quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Um Menino nos Nasceu e um Filho nos Foi Dado



 Semana do Natal de Jesus
Estamos neste 25 de dezembro iniciando o II Tempo -  A Celebração do Natal de Jesus. 
Quando os seres humanos na  evolução criativa de Deus, já tinham alcançado um nivel de racionalidade para discernimento entre o bem e o mal, atingindo a condição de seres morais, capazes de fazerem escolhas, surgiram os profetas do Altíssimo, cujos ministérios prepararam as consciências humanas para receber o Enviado de Deus. De modo antecipado, afirmou o Profeta Isaias no capítulo 9, versículo 6, "porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz". O apóstolo Paulo, em sua carta aos gálatas, 4: 4,5, diz que, "vindo a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos".
Na narrativa de Lucas, sobre o nascimento de Jesus, ele coloca a fala do anjo aos pastores dizendo  "hoje  vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor". A milicia celestial também se manifestou alegremente cantando o hino de louvores a Deus, "Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem".  Este é, portanto, um tempo celebrativo; a natureza se pôs em festa pelo nascimento do Deus Encarnado: o alinhamento dos corpos celestes conhecido como o  fenômeno da Estrela de Belém; o Estábulo dos Animais como abrigo ao casal Maria e José; a Mangedoura (comedouro dos animais) servindo de leito para o Jesus recém nascido; os Pastores Guardas dos Rebanhos recebedores das primeiras noticias; o Anjo de Deus fazendo o anúncio da boa nova  de grande alegria; a Milicia Celestial entoando os louvores do "gloria in excelsis Deo"; enfim, um conjunto de fatores que compõem as manifestações do mundo de Deus, todos colaborando para os festejos do nascimento do Messias Prometido para o Israel de Deus.
A atualização deste mistério na Liturgia, conforme nos propõe o Hemerológio Cristão no Catolicismo Evangélico Salomonita, oportuniza a internalização dessa alegria cósmica, para torná-la uma alegria mística como realidade experienciável na vida espiritual de cada um de nós. Dinamizemos o surgimento deste Cristo Infante dentro de nós, invistamos no seu crescimento, na sua maturação e  na sua plenitude, como  modelo para as nossas vidas individuais, familiares e sociais. Tornêmo-lo o Verdadeiro Senhor das nossas individualidades. Com Ele, Nele e por Ele devem ser todos os nossos atos e fatos existenciais. Acompanhemos a ventura de refletir, de meditar sobre as várias fases da vida de Jesus e buscar lições proveitosas de cada uma delas, para aplicá-las na nossa reforma interior. Somos filhos adotivos de Deus, exatamente por que somos membros do Corpo Místico de Cristo. Partilhamos do seu Sacerdócio Universal enquanto crentes fiéis que somos, devendo por isso refletir a sua presença no mundo mediante o nosso comportamento pessoal, nas diversas circunstâncias da nossa existência, pois somos convocados para sermos suas testemunhas em toda parte, até o fim dos tempos.
Aproveitemos esta semana do natal de Jesus para  ativar em nossas consciências as atitudes internas e sociais de reconhecimento e gratidão, pelo Cuidadoso Zêlo do Cristo de Deus para nós humanos, enquanto Bom Pastor, agora encarnado como Menino Deus, utilizando os cenários terrestres para partilhar conosco a sua convivência exemplificadora, cumprindo toda a justiça, não se isentando como privilegiado, de nenhuma das experiências normais  na vida dos seres humanos.
     Que Deus nos abençôe  a todos!
 Dom Felismar  Manoel - Bispo Primaz
 Catolicismo  Evangélico  Salomonita
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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Resposta à Pastora Assembleiana

Em conversa com um jovem Padre  de nossa Igreja em uma Cidade no Estado do Ceará, uma Pastora de uma Igreja (dita)  Assembleiana, ao sabê-lo do Catolicismo Evangélico Salomonita, disse-lhe que sua igreja não tinha identidade, posto que não era, nem católica romana, nem evangélica tradicional, nem pentescostal, nem neo-pentescostal. A nobre irmã não fez nenhuma referência aos Cristãos Unionistas, que surgiram no mundo, graças aos esforços do Movimento Ecumênico Protestante surgido no Século XIX. Não sei se a nobre irmã tem referências da História da Igreja Cristã e principalmente o foco unionista que resultou no Conselho Mundial de Igrejas Cristãs, as Conferências de Fé e Ordem, o testemunho cristão em terras missionárias, o Quadrilátero de Lamberth; aqui no Brasil nas primeiras décadas de 1800 (envolvendo Padres, Políticos, Juristas), o movimento pela abolição do celibato obrigatório para padres, o movimento para que o  sacramento da ordem deixasse de ser impedimento dirimente para o casamento, o movimento (projeto de lei) para que a Igreja Católica do Brasil se desligasse da obediência ao Vaticano,  a instituição de uma Congregação para os Padres Casados e Suas Famílias (por razões pastorais, já que as mesmas ficavam sem assistência religiosa por parte da Igreja Oficial).  Após a promulgação da Constituição da República Brasileira em 1891, mais precisamente de 1897 a 1902, as idéias que fervilhavam  no testemunho de vida do jovem  Teólogo e Pastor Rev. Salomão Ferraz, sua  Declaração de Princípios para testemunho de vida, seu esforço pela união dos cristãos (consoante às diretrizes de Jesus, conforme  o Evangelho segundo João, capítulo 17, versículos 18 a 24), seu ministério de pastoral cristã-unionista, o movimento unionista de 1917, o movimento ecumênico cristão de 1928 e finalmente a Autonomia Eclesial do movimento em 1936, com um franco perfil unionista cristão, reunindo em seu seio cristãos presbiterianos, metodistas, episcopais, vetero-católicos e convertidos de origens diversas.
Cara irmã Pastora, o Catolicismo Evangélico Salomonita tem estado presente no Brasil em três denominações principais, na Igreja Católica Livre até 1965, na Igreja Católica Independente até 2010, na Igreja Católica Apostólica Independente de Tradição Salomoniana (ICAI-TS) a partir de 2010 e em diversas Ordens e Congregações. Nossa característica comum é o unionismo cristão nas questões da salvação cristã pela graça mediante a fé, a apostolicidade eclesial baseada nos credos ecumênicos históricos e a tradição apostólica que se pode provar no Novo Testamento e que não se oponha às claras diretrizes dos Evangelhos Canônicos, mantendo esforço comum com outras instituições em termos de promoção humana, cidadania e bem estar social.
Quanto à ICAI-TS, igreja a que o Padre do Ceará está jurisdicionado, temos o compromisso canônico de professar a fé católica com espírito fraternal para com todos os crentes em Nosso Senhor Jesus Cristo(art. 1º Const. Can.); sermos um catolicismo autônomo, composto por verdadeiros cristãos alforriados por Cristo, tanto com relação ao pecado, quanto na vida social e eclesial (§I do art.1º da Const. Can.). Temos uma história de testemunho construída no Brasil, em 1902 com a Declaração de Princípios, em 1915 defendendo a validade do batismo de católicos e protestantes firmados na autoridade das palavras pronunciadas transmitidas pelo próprio Cristo (em Congresso Internacional Protestante), em 1917 através de movimento unionista cristão (em atividades evangelísticas, cultuais e de promoção humana), em 1928 como Ordem ecumênica multicapitular com a participação de diversas denominações cristãs, em 1936 obtendo a autonomia eclesial por decisão de um Congresso Nacional Católico Evangélico Livre. A partir dessa autonomia, preferimos os estilos de Igrejas do Novo Testamento, inspirados na Igreja de Jerusalém, mantendo unidade nas questões da fé bíblica revelada, considerando os evangelhos canônicos como regra balizadora das questões doutrinárias, conservando autonomia administrativa no país onde estiver instalados(daí os ajtetivos livres, independentes, autocéfalos, autônomos). Temos transmitidos a Sucessão Apostólica Histórica para outras Igreja Cristãs que assim o desejam, como para uma Igreja Ortodoxa no Brasil, Uma Igreja Cristã Carismática na Alemanha, uma Igreja Protestante Episcopal no Brasil, como mantemos em abertura para diálogo e transmissão de Sucessão Apostólica para denominações sérias que assim o desejarem.
Quanto à identidade, somos unionistas cristãos, buscando realizar o desejo  de Jesus Cristo, manifestado na sua oração ao Pai, conforme o Evangelho de João, acima referido, tendo portanto uma forte vocação ecumênica, conservando, portanto, caráter católico pela natureza da salvação que Cristo oferece e caráter evangélico, pela fundamentação de nossas idiodoxias.
Usamos um mote definitório: Um catolicismo autêntico (posto que oferece a salvação cristã para todos, de modo geral); voltado par Deus, para os seres humanos e para a pátria onde estivermos instalados; livres de qualquer tutela política, tanto nacional, quanto estrangeira; independente para agirmos, tão somente impulsionados pelo Espírito Santo, em nome de Jesus Cristo e da legítima tradição apostólica de base bíblica e que se harmonize com o contexto do evangelho de Cristo.
A todos os que lerem esta resposta, e a própria Pastora se a ler, a minha Saudação na Paz do Senhor Jesus Cristo e os meus votos de que tenhamos portunidade de nos conhecermos melhor, pois que somos todos salvos pelo mesmo Jesus Cristo, que possibilitou nossa adoção como filhos de Deus, portanto somos irmãos uns dos outros e herdeiros participantes da Vida Eterna, todos compromissados com o Cristo em construirmos o Reino de Deus aqui no planeta terra, o lar que ele nos deu por moradia e para as futuras gerações.
     Que Deus nos abençôe  a todos!
 Dom Felismar  Manoel - Bispo Primaz
 Catolicismo  Evangélico  Salomonita
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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Os Profetas, os Humanos e o Cristo de Deus


  Semana   do  Advento   Cristão
Estamos na quarta semana do advento, quando o Hemerológio Litúrgico Cristão nos propõe atualizar como mistério de Deus, o suscitamento dos  profetas para preparar as consciências humanas para receber o seu Cristo, nosso Salvador.
O mundo pagão também teve seus profetas, ora frenéticos, ora estáticos, ou até mesmo como profissionais da profecia, mas sem vínculos com a perenidade da vida espiritual e eterna que há no Deus Vivo, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, em quem encontramos eleição, adoção e salvação.
O ministério profético suscitado por Deus teve inicio com Samuel, conforme podemos ver em I Samuel 10:5. Embora existam vários personagens das Sagradas Escrituras com funções proféticas, enquanto ministério representativo da fala de Deus, temos os Profetas Maiores, Isaias, Jeremias, Exequiel e Daniel, considerados maiores pela extensão e complexidade das suas falas, e os Profetas Menores, em número de doze, Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias, lembrando ainda João Batista, o Precursor de Jesus, o Cristo de Deus.
Os profetas prepararam os humanos para receber o Cristo de Deus, tratando-se de uma preparação a nível da consciência e não mais uma preparação inconsciente e subliminar, fazendo brotar um desejo íntimo do surgimento do redentor na vida das pessoas. Por isso, o Messias (Jesus Cristo) foi o desejado pelo Israel de Deus.
Em Isaias, capítulo 7, versículo 14, encontramos a profecia que  diz  "o Senhor mesmo vos dará um sinal:  eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel". Talvez seja uma das profecias mais espetaculares, pela maneira singular de como ocorreria o seu nascimento, a partir de uma virgem, fugindo do que é costumeiro, o que aconteceu com o nascimento de Jesus da  virgem Maria, conforme nos relatam os evangelhos canônicos. Ainda em Isaias, capítulo 28, versículo 16,  "assim diz o Senhor Deus: Eis que eu assentei em Sião uma pedra, pedra já provada, pedra preciosa, angular, solidamente assentada; aquele que crer não foge". Esta é uma das bases da construção da Igreja, fundamentada em Cristo, a pedra viva angular, que orienta outras pedras vivas, (como diz Pedro em sua carta), nós cristãos crentes fiéis, como partes da Segura Construção chamada Igreja Cristã.
Em Jeremias, capítulo 23, versículo 5, diz "eis que vem dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, rei que é, reinará, e agirá sabiamente, e executará o juizo e a justiça na terra". Ainda em Daniel, capítulo 2, versículo 44,  "o Deus do céu  suscitará um reino que jamais será destruído; este reino não passará a outro povo;  esmiuçará e consumirá todos estes reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre". Podemos encontrar diversas outras profecias falando  às nossas consciências, sobre a realidade do Cristo de Deus manifestado em Jesus de Nazaré, como Zacarias 3:8, Malaquias 3: 1, Miquéias 5: 3, e outros.
O próprio  Jesus Cristo, lá nos evangelhos, afirma que a Torá (o Pentateuco de Moisés), os Profetas e os Salmos falam sobre Ele, e que importa que tudo o que alí foi dito se cumprisse.
Hoje mais que no passado, temos a alentadora certeza da divindade e da humanidade de Jesus Cristo, e tudo aquilo que foi admoestado pelos profetas a respeito do Cristo de Deus, deve ser atitudes positivas internalizadas em cada um de nós e vivenciadas no nosso dia a dia. Isto ajudará na nossa vida de testemunho pessoal, já que para isto fomos convocados por Jesus Cristo nos momentos de sua elevação aos céus.
Estamos nesta semana concluindo o primeiro tempo dedicado à preparação das nossas consciências, desenvolvendo nelas  o desejo do desabrochamento do Cristo, do Filho de Deus em nós. Devemos internalizar esses mistérios, para torná-los anseios da alma, desejar o surgimento anímico desse potencial divino em nosso interior, para que esse perfil possa ser um qualificativo a influenciar o nosso caráter de cristãos, como crentes fiéis, que lançam às mãos no arado para preparar e construir o Reino de Deus no planeta terra, lar da família humana redimida.
    Que Deus nos abençôe  a todos!
 Dom Felismar  Manoel - Bispo Primaz
 Catolicismo  Evangélico  Salomonita
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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Humanos Participantes do Plano da Redenção Cristã



Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (João 3: 16).
O mundo foi criado, entre outras coisas,  para se constituir em um cenário onde os humanos pudessem se desenvolver e evoluir em sua escalada moral, para quando tal ocorresse, o Filho de Deus se encarnasse como humano na pessoa de Jesus, para então conquistar-nos a salvação, mediante o seu plano de redenção.
Vários seres angélicos colaboraram com os terráqueos, como verdadeiros preceptores pedagógicos, nos auxiliando nesse crescimento  até a dimensão racional e moral. Adquirido esse patamar evolutivo, varios seres humanos se encarnaram e participaram do projeto de Deus para salvar os humanos. Embora existam vários protagonistas, pontuaremos aqui apenas alguns deles, pela importância que lhes damos nos nossos sistemas culturais. Lembramos aqui a figura de Abraão, através do qual se iniciou a comunicação entre Deus e os humanos, conforme relatado no Genesis 12: 1-3. Foi através dele que surgiu a benção de Deus para todas as famílias da terra. Depois, em Siquém, ocorreu uma segunda comunicação entre Deus e Abraão, conforme relata Genesis 12: 7,  quando Deus prometeu dar a  terra de Canaã à  sua descendência. E ainda em Genesis 15, 1, 7, 18, Deus continuou a prometer a dar a terra de Canaã em herança para a descendência de Abraão.  Em Abraão cessaram os sacrificios de seres  humanos e iniciou-se a oferta a Deus do pão e do vinho, através do seu encontro com Melquisedeque, Sacerdote do Deus Altíssimo, Rei da Justiça e da Paz ( Genesis 14: 18-20), o Grande Preceptor dos humanos e lider da equipe de anjos custódios dos humanos.
Outro protagonista neste plano redentivo foi Moisés, conforme relata o livro Êxodo. Foi Moisés o responsável pela libertação do povo hebreu da escravidão do Egito, instruído pelo Deus de Abraão, de Isac e de Jacó. Foi  Moisés quem recebeu as Tábuas da Lei de Deus, que forneceu parâmetros morais para a organização do povo de Deus. Foi Moisés o responsável pelo ordenamento  jurídico da Nação de Israel, com  a organização de todos os serviços, coforme nos é relatado pelos livros do pentateuco.
O plano de redenção dos humanos da terra, teve outros humanos participando, além de Abraão e de Moisés, como podemos perceber na leitura das Sagradas Escrituras. Esses personagens desempenharam papéis importantes na preparação da humanidade para receber o Cristo de Deus entre nós, e devemos  ser gratos a Deus por isso, pois Ele providenciou os meios para que nossa salvação fosse possível. Profetas, Reis, Sacerdotes, Salmistas, Cronistas, Pessoas Comuns praticantes de uma vida correta e virtuosa, todos protagonizaram as condições da humanidade para receber o Cristo de Deus.
Nessa terceira semana do advento devemos ativar em nossas consciências as atitudes internas e sociais de reconhecimento e gratidão, pelo Cuidadoso Zêlo do Cristo de Deus enquanto Bom Pastor ainda nos céus, antes portanto da sua encarnação, utilizando também seres humanos como protagonistas desta fase de preparação de cenários onde pudesse acontecer o desenvolvimento do povo da terra até atingirmos às condições de seres morais, com capacidades de fazermos escolhas entre o bem e o mal. A atualização desses mistérios em nossas vidas, proposta pela liturgia no Hemerológio Cristão, tem como objetivo expandir nossas consciências (auxese crística) participativas da cansciência do Corpo Místico de Cristo, para a vivência da santidade pessoal e a experimentação da Comunhão com  Deus  e o seu povo em Cristo na terra.
     Que Deus nos abençôe  a todos!
 Dom Felismar  Manoel - Bispo Primaz
 Catolicismo  Evangélico  Salomonita
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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A Assistência e o Auxílio dos Anjos de Deus


Estamos na segunda semana do Ano Litúrgico Cristão 1985, conforme registra o Hemerológio do Catolicismo Evangélico Salomonita. Sempre, nessa semana, procuramos vivenciar a atualização do mistério sobre o serviço dos Anjos de Deus a favor dos seres humanos da terra, principalmente na longa caminhada da evolução criativa de Deus, quando a equipe de Melquisedeque se desdobrava na orientação das inclinações manifestas nas culturas dos diferentes povos do planeta, desde a fase das diferentes mitologias com suas primeiras tentativas de fornecer uma explicação para as realidades circundantes, até a época da maturidade racional, quando assiste diretamente aos humanos protagonistas dos eventos que culminam com a formação do Povo de Israel,   Nação Eleita, descendência de Abraão, na qual encarnou-se o Cristo Filho Unigênito de Deus, por obra do Espírito Santo e o concurso do casal Maria e José, em cujo lar nasceu o seu primogênito Jesus, que manifestou na terra a sua Santa Divindade.
Compreende-se os Anjos como personagens sobrenaturais e celestiais, enviados por Deus como mensageiros para executar sua santa vontade junto aos seres humanos. O apóstolo Paulo na Carta aos Hebreus, capítulo 1, versículo 14, afirma que os anjos são espíritos ministradores enviados a serviço a favor dos que herdarão a salvação. Também nas Profecias de Daniel, no capítulo 7, versículo 10, encontramos a idéia de que os anjos em milhares de milhares, servem ao Ancião de Dias, personificação do nosso Santo Deus Pai e de que outras miríades de miríades se postam diante do seu Trono, quando se forma o Tribunal para avaliar o que fazemos de nossas vidas, que decisões tomamos no uso de nosso livre arbítrio face a construção do Reino de Deus na terra.
No Evangelho de Jesus segundo Mateus, no capítulo 18, versículo 10, falando sobre as crianças (e mesmo os que se mantém como elas) em seu estado de pureza  de coração, afirma que não devemos desprezá-las, porque elas tem seus anjos que vêm constantemente a  face de Deus Pai dos céus. Também no Salmo 91, versículo 11, encontramos a idéia de que Deus ordena aos seus anjos cuidar dos humanos  que trilham os caminhos de Deus anunciados por Jesus Cristo.
As Sagradas Escrituras nos falam do Ministério dos Anjos, que tradicionalmente chamamos de  "anjos da guarda", ou "anjos custódios", tanto em favor das pessoas (Mateus 18: 10), como em  favor das nações (Êxodo 23: 20), em favor das igrejas (Apocalípse 2: 1, 8, 12, 18, 3: 1, 7, 14), sendo o Anjo Miguel o Guardião de Israel (Daniel 12: 1). Existem várias ordens de anjos.
Consideramos como participantes da equipe angélica de Melquisedeque, além dos influenciadores das primeiras manifestações culturais dos povos da terra, que direcionaram suas inclinações manifestadas rumo a racionalidade, para adquirirem o status de seres morais, também os anjos que apareceram na história de vida dos personagens que compuzeram diretamente o preparo da terra para receber o Cristo de Deus, principalmente os formadores da Nação de Israel. Vamos citar alguns deles: os anjos que apareceram a Abraão (Genesis 18: 2; 22: 11-18), a Moisés (Êxodo 3: 2), a Josué (Josué 5: 15), a Elias (1 Reis 19: 5), a Zacarias (Zacarias 2: 3), a José (Mateus 1: 20), a Cristo (Mateus 4: 11), as mulheres no sepúlcro (Mateus 28: 2-5), aos discípulos na ascensão (Atos 1: 10), a João (Apocalípse 1: 1), para citar apenas alguns.
As enciclopédias bíblicas oferecem excelentes dados de referências para um estudo aprofundado, pois tanto o Velho Testamento, como o Novo Testamento,  fazem inúmeras citações relatando as intervenções angelicais, incluindo os livros apócrifos da bíblia.
Meus irmãos, para atualizar a vivência desse mistério de Deus em nossas vidas, devemos ativar em nossas consciências as atitudes internas e sociais de reconhecimento pelo Cuidadoso Zêlo do Cristo de Deus, enquanto  nosso  Bom Pastor, de providenciar essa equipe de anjos que assistiram a nossa    evolução criativa, acompanhando o surgimento, o desenvolvimento e a maturidade de nossa humanidade rumo à estatura moral, para que pudéssemos então, ser responsáveis por nossas escolhas entre o bem e o mal, diante das propostas apresentadas por Jesus Cristo em sua vida e em seu evangelho que hoje anunciamos.  Só o Cristo de Deus tem o senhorío legítimo na vida do cristão! Abrigue-o em seu interior! Abrigue-o em si mesmo! Manifeste-o no mundo como um Cristo Interno! Deixe-o dirigir o seu ego!
    Que Deus nos abençôe  a todos!
 Dom Felismar  Manoel - Bispo Primaz
 Catolicismo  Evangélico  Salomonita
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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O Cenário da Evolução Criativa de Deus


27/11/2011 - I Domingo do Advento - Ano Cristão 1985.
Caros irmãos em Cristo Jesus! Estamos iniciando o novo Ano Litúrgico Cristão 1985, que tem como objetivo,  oferecer aos crentes fiéis em Cristo a oportunidade de "atualizar" os mistérios de Deus junto a humanidade, através da celebração da anamnese crística.
A idéia central ao comemorar esse primeiro movimento de Deus agindo na história, a teoantropéia, é que  o Cristo, Filho Unigênito de Deus, se manifesta no planeta terra tornando-se pessoa humana em Jesus de Nazaré. O seu primeiro tempo é dedicado ao advento, indicado para a preparação dos humanos para receber o Cristo de Deus em suas vidas.
Estamos no primeiro domingo do advento com sua semana, quando então faremos a anamnese misteriosa da criação da terra como  cenário da evolução criativa de Deus e a instituição da Ordem de Melquisedeque  nos céus, para assumir a  responsabilidade de  prestar   assistência angelical aos humanos durante o seu desenvolvimento´na terra, rumo a  busca da capacidade racional que nos tornasse seres morais, com possibilidades de escolhas entre o bem e o mal.
Lemos em Gênesis, capítulo 1, versículo 1, que no "princípio criou Deus o céu e a terra";  também lemos no Evangelho segundo João, capítulo 1, versículo 10, referindo-se a Jesus Cristo, que "o Verbo estava no mundo (terra), o mundo foi feito por intermédio dEle, mas o mundo (terra) não O conheceu". É nossa crença, que o Cristo em Deus, enquanto Pessoa da Trindade Santíssima, criou a terra para ser o cenário de nossa evolução e desenvolvimento, na busca dos atributos que nos tornasse seres morais, capazes do exercício do livre arbítrio nas escolhas entre o bem e o mal, para que pudéssemos com consciência, aceitar os ensinamentos anunciados por Jesus Cristo e consequentemente a sua salvação.
É época para ativar em nossas consciências, as atitudes internas e sociais de  reconhecimento e gratidão, pelo Cuidadaoso Zêlo do Cristo de Deus enquanto Bom Pastor, oferecendo-nos a terra como o lugar privilegiado para o nosso desenvolvimento e para nos apropriarmos da Salvação que Ele oferece aos pecadores que somos todos nós, bem como para cuidarmos do planeta terra como um abençoado dom que Ele nos concedeu como lar para nós e as nossas descendências.
Nessa primeira semana do advento, celebramos também, a instituição nos céus da Ordem de Melquisedeque para assistir e cuidar da precepção dos humanos na sua escalada evolutiva. Lemos  em Gênesis, capítulo 14, versículo 18, que Melquisedeque é sacerdote do Deus Altíssimo e Rei de Salém (nome antigo de Jerusalém) e que assistiu a Abraão quando de sua vitória contra os inimigos. Lemos também em Hebreus, capítulo 7, versículo 3, onde o apóstolo Paulo diz que Melquisedeque não tinha pai, nem mãe, sem genealogia; que não teve princípio de dias, nem fim de existência, entretanto feito semelhante ao Filho de Deus, permanecendo sacerdote perpetuamente.
É nossa crença, que Melquisedeque é um agênere, um anjo de Deus que veio para a terra com sua equipe angelical, para ajudar na precepção do Povo Eleito semente de Abraão, exercendo as funções de sacerdote do Altíssimo Deus e Rei da Cidade da Paz (Salém).
É época para ativar em nossas consciências, as atitudes internas e sociais de reconhecimento e gratidão, pelo Cuidadoso Zêlo do Cristo de Deus enquanto Bom Pastor, oferecendo-nos a precepção e tutela de Melquisedeque com seus anjos, para o nosso desenvolvimento e amadurecimento até atingirmos às condições de seres morais, com capacidades de fazermos escolhas entre o bem e o mal.
Atualizar os mistérios de Deus a cada renovação do tempo litúrgico, é uma manifestação de cuidado que o Catolicismo Evangélico Salomonita, em sintonia com todas denominações religiosas que compôem a Igreja de Cristo, oferece aos eclesianos, os crentes fiéis em Cristo, para se exercitarem interna, idividual e congregacionalmente, na busca do verdadeiro discipulado de modo consciente, na construção da reforma íntima e na conversão permanente, pondo em prática as diretrizes emanadas do Evangelho de Jesus Cristo, vivenciadas na comunhão com Deus Pai, reunidos uns com os outros nas orações e no amor de Cristo, se alimentando das graças e dons espirituais municiados pelo Espírito Santo.
Aproveitemos meus irmãos, as vivências litúrgicas do Hemerológio Cristão 1985, para celebrar as glórias do Deus Todopoderoso, o poder e a salvação de Jesus Cristo seu Filho Unigênito e o transbordante amor de Deus em Cristo, que nos deve manter unidos no mundo como fiéis testemunhas, fortalecidos e orientados pelos eflúvios sagrados do Espírito Santo de Deus.
    Que Deus nos abençôe  a todos!
Dom Felismar  Manoel - Bispo Primaz
Catolicismo  Evangélico  Salomonita
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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Construindo o Reino de Deus na Terra



No Hemerológio Cristão, estamos vivendo o Ano Eclesial ou Litúrgico 1984, em sua fase final, embora seja o atual calendário civil 2011. Lembremos que há cerca de 6 anos do nascimento de Jesus Cristo deixados para trás, quando foi organizada a contagem do tempo para o nosso calendário atual de 2011, e que, a igreja cristã apostólica só começa as suas atividades quando Jesus aos 33 anos de idade morre, ressuscita, ascende aos céus  e envia o Espírito Santo aos seus apóstolos e discípulos. Isto nos permite fazer uma reconstrução de 6 mais 2011, menos 33, igual a 1984. Para efeito operacional prático, a Liturgia Cristã considera que o ano inicia no primeiro domingo do advento, o domingo mais próximo a 30 de novembro, e termina com o domingo de Cristo Rei, na última semana que antecede o tempo do advento. Teremos, portanto, no próximo domingo 20 de novembro de 2011 o domingo de Cristo Rei, e na quinta-feira dessa última semana, o Dia Nacional de Ação de Graças pelas bençãos e oportunidades que recebemos durante o ano que findou.
A reflexão cristã sobre o dia de Cristo Rei, é oportuna para que os eclesianos avaliem, o que fizeram concretamente para a implantação do Reino de Deus na terra, durante o ano que findou.
Nós cristãos somos co-construtores com o Cristo, deste Reino Espiritual no mundo em que vivemos. Uma das  tarefas nessa construção é por em prática os princípios  das bemaventuranças, conforme relatam Mateus 5: 3-11 e Lucas 6: 20-38; afirmam elas as bençãos baseadas nas virtudes, na boa sorte, no perdão, na proteção e na amizade de Deus Pai, em razão da sua fé, ou da participação no Reino de Deus. Para cada bemaventurança, há uma recompensa, sinônimo do reino de Deus. A virtude da bemaventurança não é proclamada em razão da boa sorte dos humanos, mas sim, por causa da má sorte das pessoas, quando e onde o eclesiano crente fiel, estará presente aplicando as máximas do Reino de Deus ao seu próximo, mantendo o Cristo presente na distribuição de suas graças aos que delas necessitam, enquanto membros do seu Corpo Místico.
Além das bemaventuranças há outros modos de construir o Reino de Deus, pela prática das virtudes, conforme recomenda  Paulo aos Romanos 12: 9-21 e praticamente todas as cartas apostólicas do Novo Testamento; há também as prescrições do Santo Elohim  nos dez mandamentos da Lei de Deus, conforme relata o livro Êxodo 20: 1-17.
É possível o eclesiano crente fiel pensar na prática da  religião somente voltada para si mesmo, tendo fé em Deus, esperança nas suas promessas, mas não aplicar-se à caridade, à justiça, à misericórdia do amor de Deus voltadas para o próximo, para as famílias, para as comunidades, para as sociedades, para o planeta onde vive (habitação em herança para os descendentes) e até mesmo para a ordem do sistema sideral. Talvez se esforce para construir o Reino de Deus na sua vida pessoal, fugindo ou ignorando a má sorte a que estão submetidas inúmeras pessoas nos dias atuais. Estamos vivendo uma época de destruição factual dos valores do Reino de Deus: há subversão da ordem divina pelos humanos, com corrupção dos sadios propósitos, praticados por individuos e grupos da sociedade organizada, envolvendo os religiosos, os políticos, os dirigentes, os órgãos públicos, envolvendo quase toda a sociedade; os meios de comunicação registram com frequência, inúmeros desses erros citados, corroborando a existência do forte dinamismo do reino do diabo, o inimigo do bem, instalado entre nós, recebendo o beneplácito de inúmeros cristãos que se anulam na luta pela construção do Reino de Deus na terra, o lar que vamos deixar em herança para nossos filhos e netos.
A construção do Reino de Deus na terra é tarefa nossa e projeto consumado por Jesus Cristo o Filho do Deus Vivo. O Deus de Jesus Cristo é um Deus vivo e isto é importante para o investimento dos eclesianos crentes fiéis. Não tenhamos compromissos com falsos deuses escravizantes das imagens fetichistas que nada podem; não tenhamos compromissos com a devoção animista que produz fenômenos estranhos, atrás das subjetividades de individuos e grupos, que estão mais preocupados com favores pessoais do que com o cumprimento das propostas de Cristo para o seu reino da terra; não tenhamos compromissos com as  demonstrações religiosas baseadas nos arroubos emocionais, que produzem verdadeiros arrebatamentos de frenesi prazeroso, mas que nada operam com relação a construção do Reino de Deus na terra. Tenhamos cuidados, como eclesianos que somos, crentes fiéis que frequentamos nossos templos, mais em busca do convivio confortável e prazeroso de irmãos do que para realizarmos as funções da Igreja Instituída por Jesus Cristo na terra.
Tenhamos presente que uma das definições da Igreja, é que ela é o sacramento da presença de Cristo no mundo, e como tal, ela é o meio eficaz de mantê-lo conosco até os fins dos tempos. Tenhamos presente que onde o Cristo de Deus está, há poder  de transformação, há perdão, há restauração da ordem, há santidade, há misericórdia, há construção do bem, da solidariedade, da paz, da fraternidade, há comunhão com Deus.
Examinemos meus irmãos, nossas consciências, e vejamos qual foi o tipo de colaboração que demos na construção do Reino de Deus na terra! Prestemos contas aos tribunais de nossas consciências, para aferir como foi a execução do nosso planejamento de sermos "um com o Cristo, unidos ao Pai e ao Espírito Santo", na construção do Reino de Deus no mundo! Se porventura tivermos falhados na execução do planejamento deste ano que está terminando, não desanimemos. O Cristo de Deus nos convoca ao testemunho, ao anúncio do seu evangelho no mundo, ao ensino de todas as coisas que Ele nos revelou. Nós somos a sua Igreja! Nós somos os membros do seu Corpo Místico! Nós participamos da Comunhão dos Santos! Nós formamos a Grande Fraternidade Universal!
    Que Deus nos abençôe  a todos!
           Dom Felismar  Manoel
Catolicismo  Evangélico  Salomonita
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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Bendito o que Vem em Nome do Senhor!


Que Deus abençôe a Dom Josué Souza Torres e os que por ele forem abençoados!
Minhas saudações pessoais em nome do Catolicismo Evangélico Salomonita, a Dom Josué Souza Torres, Bispo Primaz da Igreja Episcopal do Evangelho Pleno, que estará ordenando e sagrando ministros cristãos, no dia 12/11/2011, na extensão dos elos da Sucessão Apostólica Histórica, no templo da  Igreja Evangélica Ministério Javé Nissi, à Rua Marechal Fontinele, 4593 - Mallet - Rio de Janeiro, RJ.
Minhas saudações igualmente aos Reverendos Rodrigo Fadool, Elias Batista, Reinaldo Tavares, Jorge Milona e outros irmãos que estão envolvidos neste ministério de evangelicidade e apostolicidade da Igreja de Cristo, na linhagem da sucessão apostólica histórica.
É com muita alegria que o Catolicismo Evangélico Salomonita no Rio de Janeiro recebe este auspicioso evento, até porque também estamos alinhados entre as igrejas que conferem a sucessão apostólica a outras igrejas, pois já o fizemos a três igrejas irmãs, sendo à Igreja Ortodoxa  Constantinopolitana (no Rio de Janeiro), à Igreja Católica Carismática (na Alemanha) e à Igreja Episcopal Evangélica (no Nordeste Brasileiro).
O Catolicismo Evangélico Salomonita relembra com  gratidão a Deus, a unidade e ecumenicidade da Fé Eclesial mantida desde o Concílio Apostólico de Jerusalém na Era Apostólica, no Concílio de Nicéia em 325, no Concílio de Costantinopla em 381, no Concílio de Éfeso em 431, no Concílio de Calcedônia em 451, nos Concílios de Constantinopla em 553 e em 681, no Concílio de Nicéia em 787 e  no Concílio de Constantinopla em 869, quando ainda havia certa unidade entre os cristãos. Infelizmente o Patriarca de Roma alimentou querelas com os outros quatro Patriarcas Ortodoxos durante muito tempo, rompendo-se da sua comunhão  em 1054, quebrando a unidade e  impondo-se como Imperador Mundial;        igualmente louva a Deus pela unidade e ecumenicidade mantida entre as diversas Igrejas Ortodoxas, que respeitando a autonomia de suas diversas congregações, mantém os quatro Patriarcados, seus Metropolitas e Bispos  unidos sob a liderança do Patriarca Ecumênico de Costantinopla;     louva também ao Bom Deus pela unidade de Fé mantida entre os cristãos evangélicos, em torno da Bíblia como Palavra de Deus, vivenciando a diversidade e a multiplicidade de formas cultuais dinamizando uma mesma e única salvação em Cristo.
Trago carinhosamente à memória e com gratidão, o  kairós  de Deus em tempos dificeis, quando  nós buscávamos a Sucessão Apostólica Histórica no Quadrilátero de Lambeth para o Catolicismo Evangélico  Salomonita, impedidos que fomos pelas dificuldades das guerras mundiais.  Graças a Deus a recebemos pelo Ministério Apostólico de Dom Carlos Duarte Costa em 1945, durante o seu rompimento com as desorientações do Papa de Roma, sagrando Bispo a Dom Salomão Ferraz, nosso primeiro Primaz no Brasil.
A investidura que agora ocorrerá e a criação do Conselho Nacional dos Bispos Protestantes do Brasil, faz-me lembrar do acerto daquela propositura do Quadrilátero de Lambeth de 1888,  com  sua Resolução nº 11, a partir da Câmara dos Bispos da Igreja Episcopal Protestante dos Estados Unidos da América em 1886, à qual o Catolicismo Evangélico Salomonita alimenta acolhimento, incentivo, divulgação e esforço por manutenção.  Afirma o seu texto:
 -"Conferência de Lambeth de 1888, Resolução 11 -
 Que, na opinião desta Conferência, os seguintes Artigos provêm o fundamento pelo qual a reconciliação pode ser, pela bênção de Deus, obtida mediante uma Reunião Doméstica:

1.As Santas Escrituras do Antigo e Novo Testamentos, como “contendo todas as coisas necessárias para a salvação”, e como sendo a regra e o padrão final de fé.
2.O Credo dos Apóstolos, como o Símbolo Batismal, e o Credo Niceno, como suficiente declaração da fé Cristã.
3.Os dois Sacramentos ordenados pelo próprio Cristo – o Batismo e a Ceia do Senhor – administrados pelo uso regular das palavras de Cristo que os instituiu e dos elementos por Ele ordenados.
4.O Episcopado Histórico, adaptado localmente nos métodos de sua administração para as variadas necessidades das nações e povos chamados por Deus na Unidade de Sua Igreja".
Benvindos irmãos em Cristo! Mais um laço na unidade dos cristãos, além das Escrituras Sagradas como Regras de Fé e Práticas, o cumprimento das ordenanças do Batismo e Santa Ceia como Jesus Cristo as instituiu e a confirmação dos elementos da Fé Cristã Apostólica, como era no inicio das Comunidades Cristãs. Somos todos um em Cristo, o Filho Unigênito de Deus, o Único Pastor que as ovelhas reconhecem como Chefe da Igreja Verdadeira.
Corações ao alto dando louvores a Deus! No amor do Pai, na salvação do Filho e na orientação do Espírito Santo! Corações ao alto! Pois é verdadeiramente dígno e justo louvar o Deus Todopoderoso, que por amar os seres humanos no mundo, enviou seu Filho para assumir a humana natureza e redimí-la, mesmo com o sacrificio de sua própria vida. Tenhamos coragem! Pois Jesus Cristo venceu a morte, o pecado e o mundo. Ele verdadeiramente morreu, mas ao terceiro dia ressuscitou deixando o seu sepulcro vazio, em kenosis, e esta kenosis aponta para a nossa segurança, para a nossa esperança. O Cristo e Senhor vive verdadeiramente e está conosco e em nós até o fim dos tempos, sem abandonar o Sumo Sacerdócio como nosso Advogado no Santuário Celeste junto a Deus. Louvado seja  Deus!
   Que Deus nos abençôe  a todos!
Dom Felismar  Manoel - Bispo Primaz
Catolicismo  Evangélico  Salomonita
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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Os Católicos Tradicionais e os Dez Mandamentos das Sagradas Escrituras.


Quando eu era ainda adolescente, ganhei uma imagem do menino Jesus e a levei para o Frei Cornélio benzê-la. Era esse um costume entre os católicos romanos. O Frade a benzeu e quando foi devolvê-la a mim, a mesma caiu e fez-se em pedaços. O Frade para compensar-me, deu-me uma Bíblia em substituição. Fiquei maravilhado com o conteúdo da Bíblia, pois só conhecia antes  os evangelhos que ouvia nas missas, ou lia nos missais. A primeira coisa que fui averiguar na Bíblia foi os Dez Mandamentos da Lei de Deus. Ao constatar que o que estava na Bíblia era diferente do que tinha aprendido no Catecismo, voltei ao Frade querendo saber  porque era diferente. A resposta que recebi era de que só estava afirmado de maneira diferente, mas que significava a mesma coisa. No inicio essa resposta me acalmou e decidi também tornar-me um Franciscano, já que o melhor envolvimento e testemunho da prática cristã que eu tinha conhecimento, era reafirmado pelos atos e feitos  do Seráfico Homem de Assis.
Tive um certo encantamento com os exemplos de Francisco que muito me estimularam na minha entrega ao discipulado cristão. Tive também decepções quando tomei conhecimento das estratégias manipuladoras que a Igreja Palaciana fazia para adequação da Ordem Franciscana aos interesses da Instituição Eclesial Romana.
Comecei então, por identificar as incongruências do Catolicismo Romano com as claras orientações das Sagradas Escrituras, deixando à margem de meus estudos,  para buscas posteriores, anotações dos temas que não eram muito claros. Acabei por afastar-me da Ordem Franciscana em 1957, buscando conhecer o mundo mais profano, em uma tentativa de por à prova a minha autêntica vocação cristã. Felizmente o mundo não me convenceu e em 1960 busquei o retorno à vida consagrada, mas preferindo o Catolicismo Evangélico Salomonita.
Refiz de modo crítico toda a minha formação filosófico-teológica anterior, de modo tão envolvente que  acabei por buscar o Doutorado em Filosofia da Religião,  que iniciei em 1968 e concluí em 1972 no Seminário Teológico Santo André, no Campus Rio de Janeiro (Rua da Chita, Bangu).
Nessa caminhada encontrei muitas vozes amigas me encorajando, onde destaco os momentos abençoados das oitivas de verdadeira Clínica Pastoral, que a mim eram dispensadas pelo Pastor José de Souza Herdy e sua virtuosa esposa, aliás os principais responsáveis pela minha busca da titulação doutoral.
Envolvi-me integralmente no Ministério Pastoral;  agora em um Catolicismo sim, mas diferente do anterior, fundamentado e sustentado nas Sagradas Escrituras, tendo como bitola balizadora os Santos Evangelhos de Nosso Senhor Jesus Cristo. Da Tradição Apostólica, apenas o que se prova no Novo Testamento, mas com respaldo nos textos dos Evangelhos.
Hoje percebo que a principal devoção dos católicos tradicionais, na virgem Maria e nos Santos Cristãos, se sustenta verdadeiramente nas imagens e ícones da virgem e dos santos. A maioria não faz distinção entre  a virgem, os santos e as imagens; na verdade é um fetichismo católico em franca desobediência ao segundo mandamento da Lei de Deus, conforme se encontra no capítulo 20 do livro Êxodo das Sagradas Escrituras, mesmo nas Bíblias de origem católicas.
No caso da devoção a Maria, o catolicismo tradicional é praticante também de um espiritismo, pois que põe em prática doutrinas reveladas por essas aparições anímicas (vidências anímicas) de espíritos marianos. Na prática existe hoje, no consenso popular, um catolicismo fetichista e de espiritismo mariano.
A maior parte das práticas católicas populares da atualidade não se fundamenta na Palavra  de Deus e não resiste a uma crítica de teologia bíblica. Elas  sustentam a dependência (dulia e hiper dulia) dos católicos ao Imperador do Vaticano, para a manutenção da sua hegemonia mundial, chegando este ao cúmulo de colocar-se como "substituto de Cristo" na terra (vigário de Cristo), em usurpação ao múnus do Espírito Santo de Deus, com o beneplácito de muitos cientistas e intelectuais ocidentais, que nada fazem para um melhor esclarecimento da humanidade que habita as regiões do planeta.
O segundo mandamento da Lei de Deus diz "não farás para tí  imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o Senhor, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos".
Meus irmãos católicos tradicionais! Fujam da punição divina para o seu pecado de idolatria que poderá recair nos seus filhos e netos. Vocês poderão até continuar a serem católicos, mas seguindo as orientações que estão no Evangelho de Jesus Cristo e fugindo daquelas práticas religiosas que não se respaldam na Palavra de Deus, conforme contido no Novo Testamento.
Procurem a orientação do Espírito Santo e repreendam em nome de Jesus Cristo o absurdo de colocar o Papa como o substituto do Filho de Deus na terra (a palavra vigário significa substituto). Só o Espírito Santo tem a missão de nos orientar em todas as coisas relacioanadas à vida espiritual cristã, quando o nosso discernimento e entendimento não é suficiente. Livrem-se de todas as "amarras" que o catolicismo tradicional colocou em vocês, através do atavismo cultural do obscurantismo alimentados pelo conceito de "dulia, hiperdulia, veneração, trato respeitoso, ou coisa parecida", que vem se perpetuando através de gerações.
Não tornem em vão o sacrificio de Jesus Cristo  na vida de vocês! Ele desceu do Céu para nos trazer o Evangelho da Salvação como Enviado de Deus. Estude o Evangelho. Ponha-o em prática na sua vida. Ensine os seus filhos a se orientarem pelo Evangelho de Cristo. 
Busquem as misericórdias de Deus para seus descendentes até mil gerações, pondo a sua vida em ordem com a Palavra de Deus como está nas Sagradas Escrituras e não nas políticas de Missionários, Diáconos, Padres, Bispos e Pastores que condicionam os seus fazeres, não à correta obediência à Palavra de Deus, mas apenas a estarem alinhados  ao Imperador do Vaticano, mesmo que para isso alimentem interesses estranhos à salvação libertadora que Jesus Cristo oferece.
Sim! Infinitamente sim, a adoração ao Deus Triuno, nas pessoas do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Mas não! Infinitamente não aos cultos de dulia, hiperdulia e/ou veneração às imagens da virgem Maria, dos Santos, ou das pessoas da Santíssima Trindade.
Fujam dos líderes religiosos que condicionam a salvação ou a legitimidade das práticas religiosas  na dependência de se tornarem súditos do Papa Imperador do Vaticano, pois só Jesus Cristo tem Palavras de Vida Eterna.  Sejam católicos se assim o desejarem, mas católicos evangélicos, pois os ensinamentos de Jesus Cristo se encontram predominantemente nas versões dos Quatro Evangelhos, de Mateus, Marcos, Lucas e João.
       Que Deus nos abençôe  a todos!
           Dom Felismar  Manoel
Catolicismo  Evangélico  Salomonita
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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Vinde a Mim os Cansados e Oprimidos

Jesus Cristo nos convida com as palavras “vinde a mim os cansados e oprimidos”;  “aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”;  “carregai os fardos uns dos outros”;  e todo um plano para a construção do Reino de Deus na terra, quando profere as Bem Aventuranças em seu Santo Evangelho.
As orientações para o bem e para o aperfeiçoamento dos seres humanos são fartamente percebidas  pelos seres de boa vontade. Entretanto o nosso mundo continua pleno de humanos imperfeitos que frequentam os diferentes templos cristãos. Isto ocorre desde o inicio da implantação da Igreja Cristã.
A ascese foi adotada muitas vezes como disciplina para domar o corpo, como se ele fosse culpado pelos nossos pecados e imperfeições, quando na realidade sabemos que o corpo é o templo do Espírito.
No passado muitos fugiram para os ermos, para viver na solidão em busca dessa experiência pessoal com o divino; outros se enclausuraram entre as paredes dos conventos e mosteiros, buscando fugir do mundo ameaçador.
Jesus Cristo, no evangelho segundo João, faz uma comovente oração ao Pai pedindo pelos apóstolos, discípulos e por nós atuais, que nos mantivéssemos no mundo  onde devemos ser a sua luz, na terra onde  devemos ser o seu sal e junto a massa do povo, onde devemos ser o seu fermento,  sem contudo sermos do mundo, sermos mundanos. 
Sabemos ser esta missão uma tarefa difícil, pois no mundo existem os homens com seus corações endurecidos, no mundo existem os filhos das trevas com suas astúcias e perversidades, e muitas das vezes nos corrompemos, nos tornamos tolerantes e promíscuos, nos prostituimos ideológicamente, políticamente, deixamos nos seduzir pelos ídolos, sejam eles devocionais, midiáticos, de poderio financeiro, ou coisas equivalentes, e com isso nos distanciamos da simplicidade do ideal apontado por Jesus, o meigo nazareno que se manifestou como o Cristo de Deus.
Certa vez Jesus Cristo disse a um jovem que buscava o caminho da perfeição espiritual: “se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tem e dá aos pobres, e depois vem, toma a sua cruz de cada dia e segue-me”. Tarefa difícil para aquele jovem, posto que ele era muito rico. Não sabemos ao certo se ele atendeu ao convite de Jesus Cristo, mas sabemos que muitos, após ele, atenderam a esse chamado e ainda atendem nos dias de hoje.
Ao  longo do tempo, a Igreja em suas diferentes  “famílias espirituais”, criou algumas disciplinas para facilitar o encaminhamento dos homens e mulheres em sua trajetórias como religiosos:       
 os solteiros e os casados eram igualmente admitidos na vida religiosa e no ministério eclesial;  os casados geralmente assumiam as comunidades paroquiais, enquanto os solteiros eram enviados em missões; as mulheres participavam do ministério eclesial nas funções diaconais; quando havia um bispo casado e deveria ordenar sua esposa como diaconisa, buscava-se um outro bispo para fazer a imposição de mãos, por causa do vínculo parental que se estabelece entre o bispo ordenante e a nova diaconisa, evitando-se assim o tabu do incesto espiritual; na Igreja havia os mestres de ensino, os profetas, os terapeutas, que respectivamente cuidavam das catequeses mistagógicas, das oratórias denunciadoras de êrros e do apontar de seguros caminhos, bem como do tratamento das pessoas que encontravam dificuldades em sua caminhada espiritual.
O Catolicismo Evangélico Salomonita oferece toda essa riqueza deixada pelo Cristo de Deus; entretanto, também ele tem seus ministros fracos, imperfeitos, vacilantes, resistentes. Mas o ministério da Graça de Deus em Cristo resgata esse pecador, se ele se apropria do plano de salvação que Cristo oferece. Ele não pode ser resistente, é preciso usar a sua vontade para fazer a escolha, e se converter a cada dia dos seus erros, pecados e imperfeições e buscar, em disciplina e oração, a regeneração que o Espírito Santo de Deus opera em nossas vidas, enviado pelo Pai através do Filho e capaz de renovar a face da terra.
Um dos meios eficientes para a busca e manutenção dessa consagração pessoal, é a organização da Igreja em Células, como parte da Igreja Local; Comunidade de adoradores, que aos domingos se reunem no templo da Igreja Local para a adoração, o estudo da palavra de Deus, a celebração da comunhão que há entre Deus e os irmãos em Cristo, como Povo de Deus que caminha para a Pátria Celestial. Durante a semana essas células se reunem sob a liderança de um Zelador Espiritual na casa de irmãos para estreitarem os laços de experiência pessoal com Deus, através das  diferentes Confrarias, Congregações, Apostolados, ou outras formas. Esta foi uma experiência rica do Catolicismo Evangélico Salomonita em sua fase pré-romana, tanto em São Paulo, como no Rio de Janeiro.
A fase pró-romana foi a experiência do esvasiamento, da dor, da desilução, do empobrecimento espiritual e do lastreamento da indisciplina, com a implantação do sacramentalismo, da ausência de diretrizes pastorais, da exacerbação das vestes nobiliárquicas e do comprometimento das práticas populares supersticiosas ou idolátricas.
Assumimos um compromisso com a fase salomonita pré-romana! Sejamos fiéis a esse compromisso e saiamos ao encontro do Cristo de Deus que nos fala  “quem comigo não ajunta, espalha”; ouçamos a afirmação do apóstolo que diz “se alguém está com Cristo, nova creatura é, pois as coisas velhas já passaram, e o homem novo surge buscando como modelo a estatura do Cristo”.
Não tenhamos medo, pois a graça de Cristo nos socorre se formos sinceros em nossa busca e fiéis aos compromissos assumidos.
Existe no mundo espiritual cristão um Banco da Misericórdia Divina, que disponibiliza para nós as suas Graças na medida que dela carecemos, se nos colocarmos em condições de rebê-las. Elas fazem parte dos tesouros meritórios do Cristo de Deus e se disponibilizam pelos Serviços da Igreja Cristã, pois a Igreja é o Hospital dos Pecadores, que manifesta o Cristo no Mundo Todos os Dias, até a consumação dos séculos.
    Que Deus nos abençôe  a todos!
           Dom Felismar  Manoel
Catolicismo  Evangélico  Salomonita
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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Evangelicidade e Catolicidade: Bitolas Doutrinárias da Igreja de Cristo.

Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema. Assim, como já dissemos,  e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além  daquele que recebestes, seja  anátema.(Gálatas 1:8 e 9)

As diversas denominações religiosas, consideradas  famílias espirituais, que compõem a Igreja de Cristo, pelo fato de serem partes da mesma Igreja de Cristo, embora tenham algumas singularidades identificatórias, não podem fugir de dois princípios balizadores de suas crenças básicas: a evangelicidade e a catolicidade.
Vemos no texto introdutório, uma mensagem do apóstolo Paulo na sua orientação para os gálatas, onde afirma que nem mesmo um anjo do céu poderá  trazer alguns aditivos ao evangelho de Cristo. Tradicionalmente, o cristianismo reconhece como ensinamentos propostos por Jesus Cristo, as versões dos quatro evangelhos, segundo Mateus, Marcos, Lucas e João. Neles estão contidas as crenças básicas possíveis em uma igreja autêntica e genuinamente cristã.
É verdade que estes textos foram escritos na língua grega, predominantemente; em uma época conhecida, em uma cultura conhecida e com instrumentos civilizatórios conhecidos; portanto, com possibilidades de serem submetidos a traduções seguras, seguindo os preceitos exegéticos e hermenêuticos. Entretanto, as opiniões (doxas) interpretativas das aplicações práticas desses ensinamentos, podem trazer variedades e singularidades em consequência dos ajustamentos que as pessoas, ou grupos de pessoas, fazem desses ensinamentos, por também serem singulares e  com capacidades de se afinizarem com determinadas ideologias que subjazem em todas as instituições culturais humanas, enquadrando-se as denominações religiosas no perfil de instituições culturais. Isto permite que na Igreja de Cristo haja a variedade, sem necessariamente fugir da unidade. É preciso que não se perca o princípio da unidade: que toda a diversidade convirja para a unidade com o Cristo. Nele todos nós partilhamos a Comunidade da Trindade Santíssima, na Comunhão com o Pai, com o Filho e com o Espírito Santo, aqui e agora nesse período transitório e em toda a Eternidade de Deus.
Nossas denominações não devem congelar dogmas eternos, mas doxas que conservem abertura para o aperfeiçoamento, tanto na nossa compreensão, como na nossa adesão aos ensinamentos do Cristo, à luz da assistência que o Espírito Santo traz para a regeneração dos humanos e o progresso das ciências, das artes, das tecnologias. Por isso, a Igreja de Cristo é assembléia em consenso, em nome de Cristo, em vivência com o Cristo, por mediação de Cristo junto ao Trono da Graça de Deus. Aí reside o poder das chaves, que liga o céu e a terra.
Nenhuma crença espiritual poderá fugir da bitola do Evangelho de Jesus, pois ele é o balizador dos doxas que sustentam as crenças de cada denominação e as crenças sustentam a fé nas coisas espirituais de cada individuo, de cada grupo, de cada denominação. E não poderá haver nessa questão diversidade, pois haverá uma só fé, haverá um só batismo, haverá um só evangelho e um só Senhor, Jesus Cristo, o Filho do Deus Vivo.
A catolicidade é um outro balizador, para o conjunto de crenças e práticas das denominações religiosas, que se enquadram verdadeiramento na Igreja de Cristo. A catolicidade é a própria natureza dos ensinamentos de Cristo, e portanto, da sua Igreja. Diz o evangelho segundo João, ... importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna. Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.(João 3:14-16)
Pode-se perceber com clareza, que Deus deseja a salvação de todas as pessoas humanas, que o seu Filho Unigênito, Jesus Cristo, oferece a salvação para todas as pessoas, residindo aí a catolicidade dos seus ensinamentos, das suas propostas salvacionais. O Cristo de Deus em seu evangelho, traz libertação para todos os humanos de boa vontade, basta aceitar o seu plano salvador e se enquadrar nas suas diretrizes. Ele, o Cristo oferece a verdadeira alforria para o pecado, na vida individual, familiar, social, patriótica e no contexto planetário do nosso mundo multicultural e globalizado. A sua salvação é católica, porque é universal, em termos francos, fraternos, oferecida às crianças, aos jovens, aos adultos, aos velhos; a sua salvação é católica, porque oferecida a todos os gêneros, a todas as raças, a todas as etnias, a todas as culturas, a todas as sociedades;  a sua salvação é católica, porque oferecida aos ricos, aos pobres, aos que nada possuem, aos sem tetos, aos sem lares, aos sem pátrias, aos párias, aos rejeitados, enfim aos deserdados de tudo. Por isso a salvação de Cristo é católica, o ensino de Cristo é católico, e em consequência, as doutrinas das denominações que compõem a Igreja de Cristo são católicas.
A Igreja de Cristo, nas suas diferentes e diversas denominações religiosas, em questões de fé e práticas espirituais, terá que sustentar a evangelicidade e a catolicidade, sem o que, correrá o risco de ser o grêmio religioso de alguém que não seja o Cristo.
Examine, caro irmão, ou cara irmã! Como está a sua idiodoxia (conjunto de crenças) denominacional? Ela se sustenta na evangelicidade e na catolicidade do ensinamento de Cristo? Caso conclua que não, procure o Cristo de Deus, único nome posto, pelo qual devamos ser salvos. Sua salvação é generosa, gratuita, como um dom de Deus, é católica posto que é para todos os pecadores, é evangélica porque revelada pelo Divino Logos, o Verbo de Deus encarnado, que do céu veio para nos trazer a libertação na pessoa de Jesus Cristo.
   Que Deus nos abençôe  a todos!
           Dom Felismar  Manoel
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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Padroeira! Devocionismo, Animismo e Ideologias!

Se a mãe de Jesus de Nazaré, a Maria de Nazaré, a excelsa virgem mulher, que foi achada em graça diante de Deus, que se colocou na condição de serva para o plano de Deus, que deu à luz a Jesus Cristo, que lhe dispensou os cuidados de mãe, que participou de sua vida social e que junto a ele interviu a favor dos aflitos, que sofreu com todo o martírio de seu filho, que alegrou com sua ressurreição e ascensão, que recebeu o batismo do Espírito Santo naquele pentecoste em Jerusalém, que morreu na fé anunciada por seu filho, e que, em espírito partilha da salvação dos eleitos, como membro da Igreja do Filho de Deus, que na encarnação humana é também seu filho; se esse espírito excelso,  considerada a bem aventurada entre todas as mulheres, fosse a Padroeira do Brasil, se justificaria com certo aprumo e lógica. Mas não é o que ocorre no caso de "Nossa Senhora Aparecida", pois a virgem mãe de Jesus não é a Aparecida, a dita Aparecida é uma imagem de barro, que foi "descarregada" nas águas, porque teve seu pescoço quebrado, separando a cabeça do corpo.
No imaginário popular do interior brasileiro, descarrega-se as imagens femininas danificadas nas águas e as imagens masculinas são descarregadas, ou nas portas dos templos, ou nos pés dos cruzeiros, dispersos pelas várias regiões do país. E é claro, a imagem de barro no fundo do rio por longo tempo, mudou de côr, ficou preta, mas trata-se de uma imagem, que foi guardada por quinze anos pelo seu  pescador, que quando mudou de casa deixou-a com seu filho, este desenvolveu seu culto.
Compreende-se esse comportamento pelo devocionismo popular, tendente ao fetichismo, embora claramente proibido nos dez mandamentos da Lei de Deus, conforme nos relata as Sagradas Escrituras, no livro Êxodo, capítulo 20. Existe um certo fenômeno de "messianismo", alimentador de esperanças, nas comunidades muito sofridas, que pode levar a esse comportamento, sendo dever pastoral dos Ministros da Igreja empoderar esses cristãos para a maturidade da fé. Fenômenos anímicos diversos podem surgir nesses ambientes de devocionismo fetichista, alimentando as ideologias que surgem no imaginário popular, que muitas das vezes confere às instituições religiosas  e ao seu clero, conveniências, quer como fontes de recursos, quer como hegemonia dirigente, quer como fonte de poder junto às massas.
 É triste constatar que a ênfase pastoral devocional, às vezes tem mais compromissos com as ideologias institucionais, que com as fundamentações teológicas do evangelho libertário de Jesus Cristo.
A Igreja Institucional, seu clero, seu arsenal estratégico, tem excelentes condições para a evangelização verdadeira, que traga  a libertação da massa devota popular  rumo a salvação integral da pessoa humana. Vê-se com tristeza, uma massa devota, mas ignorante com relação aos ensinamentos verdadeiros de Jesus Cristo.
É lamentável que alguns cristãos elejam como padroeira do Brasil uma imagem. Não se percebe nesses cultos marianos, em sua grossa maioria, uma distinção, entre Maria a mãe de Jesus Cristo e as imagens. As devoções são dirigidas verdadeiramente às imagens, constituindo um agravante para os católicos, posto que eles conhecem os livros das Sagradas Escrituras. Não há como conciliar a franca desobediência ao decálogo divino mantida pelo culto às imagens, sob o beneplácito de padres, bispos e papas, com a fidelidade séria ao Comissionamento de Jesus Cristo para o seu Sagrado Ministério na terra. Arruina-se as possibilidades de salvação espiritual de inúmeras almas, por infidelidade  doutrinária, e usurpa-se do legítimo exercicio do pastorado de clérigos que receberam a genuína  sucessão apostólica, para serem fiéis a Cristo, mas que condicionam esse exercício a serem súditos de um imperador  estatal com pretensões hegemônicas, através de uma empresa multinacional.
Conclamo a todos! Devotem suas reverências ao Deus Todopoderoso, a Jesus Cristo seu Filho, e ao Espírito Santo, que poderá acolhê-los verdadeiramente. Abandonem os cultos às imagens de santos e santas, pois elas são peças construídas pela arte e engenho de alguns, mas são impotentes em ordem à salvação espiritual.
Se atenção e carinho tiverem para com os santos de Deus, que sejam os humanos que não se  contaminaram com o  mundo e permaneceram no mundo, para nele ser a sua luz e o sal da terra.  Que tenham carinho para com os santos que estão na glória do Pai, como concidadãos que conseguiram a vitória por terem sido fièis até o fim, mas não como salvadores. Somente Jesus Cristo foi posto, único nome pelo qual devamos ser salvos. Jesus Cristo é o Rei do Mundo. Ele é o nosso verdadeiro padroeiro e comprou esse padroado com o preço da sua vida, o seu precioso sangue derramado no sacrificio da cruz. Se tiverem carinho por Maria, o espirito que julgamos estar no céu, ouçam o que ela disse aos servos naquele casamento, em que esteve na companhia de seu filho: "Fazei tudo o que Jesus mandar", e o que ele mandou está escrito nos evangelhos. Leiam o evangelho para conhecer o que Jesus Cristo nos ensina.
   Que Deus nos abençôe  a todos!
            Dom Felismar  Manoel
Catolicismo  Evangélico  Salomonita
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