quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Vinde a Mim os Cansados e Oprimidos

Jesus Cristo nos convida com as palavras “vinde a mim os cansados e oprimidos”;  “aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”;  “carregai os fardos uns dos outros”;  e todo um plano para a construção do Reino de Deus na terra, quando profere as Bem Aventuranças em seu Santo Evangelho.
As orientações para o bem e para o aperfeiçoamento dos seres humanos são fartamente percebidas  pelos seres de boa vontade. Entretanto o nosso mundo continua pleno de humanos imperfeitos que frequentam os diferentes templos cristãos. Isto ocorre desde o inicio da implantação da Igreja Cristã.
A ascese foi adotada muitas vezes como disciplina para domar o corpo, como se ele fosse culpado pelos nossos pecados e imperfeições, quando na realidade sabemos que o corpo é o templo do Espírito.
No passado muitos fugiram para os ermos, para viver na solidão em busca dessa experiência pessoal com o divino; outros se enclausuraram entre as paredes dos conventos e mosteiros, buscando fugir do mundo ameaçador.
Jesus Cristo, no evangelho segundo João, faz uma comovente oração ao Pai pedindo pelos apóstolos, discípulos e por nós atuais, que nos mantivéssemos no mundo  onde devemos ser a sua luz, na terra onde  devemos ser o seu sal e junto a massa do povo, onde devemos ser o seu fermento,  sem contudo sermos do mundo, sermos mundanos. 
Sabemos ser esta missão uma tarefa difícil, pois no mundo existem os homens com seus corações endurecidos, no mundo existem os filhos das trevas com suas astúcias e perversidades, e muitas das vezes nos corrompemos, nos tornamos tolerantes e promíscuos, nos prostituimos ideológicamente, políticamente, deixamos nos seduzir pelos ídolos, sejam eles devocionais, midiáticos, de poderio financeiro, ou coisas equivalentes, e com isso nos distanciamos da simplicidade do ideal apontado por Jesus, o meigo nazareno que se manifestou como o Cristo de Deus.
Certa vez Jesus Cristo disse a um jovem que buscava o caminho da perfeição espiritual: “se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tem e dá aos pobres, e depois vem, toma a sua cruz de cada dia e segue-me”. Tarefa difícil para aquele jovem, posto que ele era muito rico. Não sabemos ao certo se ele atendeu ao convite de Jesus Cristo, mas sabemos que muitos, após ele, atenderam a esse chamado e ainda atendem nos dias de hoje.
Ao  longo do tempo, a Igreja em suas diferentes  “famílias espirituais”, criou algumas disciplinas para facilitar o encaminhamento dos homens e mulheres em sua trajetórias como religiosos:       
 os solteiros e os casados eram igualmente admitidos na vida religiosa e no ministério eclesial;  os casados geralmente assumiam as comunidades paroquiais, enquanto os solteiros eram enviados em missões; as mulheres participavam do ministério eclesial nas funções diaconais; quando havia um bispo casado e deveria ordenar sua esposa como diaconisa, buscava-se um outro bispo para fazer a imposição de mãos, por causa do vínculo parental que se estabelece entre o bispo ordenante e a nova diaconisa, evitando-se assim o tabu do incesto espiritual; na Igreja havia os mestres de ensino, os profetas, os terapeutas, que respectivamente cuidavam das catequeses mistagógicas, das oratórias denunciadoras de êrros e do apontar de seguros caminhos, bem como do tratamento das pessoas que encontravam dificuldades em sua caminhada espiritual.
O Catolicismo Evangélico Salomonita oferece toda essa riqueza deixada pelo Cristo de Deus; entretanto, também ele tem seus ministros fracos, imperfeitos, vacilantes, resistentes. Mas o ministério da Graça de Deus em Cristo resgata esse pecador, se ele se apropria do plano de salvação que Cristo oferece. Ele não pode ser resistente, é preciso usar a sua vontade para fazer a escolha, e se converter a cada dia dos seus erros, pecados e imperfeições e buscar, em disciplina e oração, a regeneração que o Espírito Santo de Deus opera em nossas vidas, enviado pelo Pai através do Filho e capaz de renovar a face da terra.
Um dos meios eficientes para a busca e manutenção dessa consagração pessoal, é a organização da Igreja em Células, como parte da Igreja Local; Comunidade de adoradores, que aos domingos se reunem no templo da Igreja Local para a adoração, o estudo da palavra de Deus, a celebração da comunhão que há entre Deus e os irmãos em Cristo, como Povo de Deus que caminha para a Pátria Celestial. Durante a semana essas células se reunem sob a liderança de um Zelador Espiritual na casa de irmãos para estreitarem os laços de experiência pessoal com Deus, através das  diferentes Confrarias, Congregações, Apostolados, ou outras formas. Esta foi uma experiência rica do Catolicismo Evangélico Salomonita em sua fase pré-romana, tanto em São Paulo, como no Rio de Janeiro.
A fase pró-romana foi a experiência do esvasiamento, da dor, da desilução, do empobrecimento espiritual e do lastreamento da indisciplina, com a implantação do sacramentalismo, da ausência de diretrizes pastorais, da exacerbação das vestes nobiliárquicas e do comprometimento das práticas populares supersticiosas ou idolátricas.
Assumimos um compromisso com a fase salomonita pré-romana! Sejamos fiéis a esse compromisso e saiamos ao encontro do Cristo de Deus que nos fala  “quem comigo não ajunta, espalha”; ouçamos a afirmação do apóstolo que diz “se alguém está com Cristo, nova creatura é, pois as coisas velhas já passaram, e o homem novo surge buscando como modelo a estatura do Cristo”.
Não tenhamos medo, pois a graça de Cristo nos socorre se formos sinceros em nossa busca e fiéis aos compromissos assumidos.
Existe no mundo espiritual cristão um Banco da Misericórdia Divina, que disponibiliza para nós as suas Graças na medida que dela carecemos, se nos colocarmos em condições de rebê-las. Elas fazem parte dos tesouros meritórios do Cristo de Deus e se disponibilizam pelos Serviços da Igreja Cristã, pois a Igreja é o Hospital dos Pecadores, que manifesta o Cristo no Mundo Todos os Dias, até a consumação dos séculos.
    Que Deus nos abençôe  a todos!
           Dom Felismar  Manoel
Catolicismo  Evangélico  Salomonita
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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Evangelicidade e Catolicidade: Bitolas Doutrinárias da Igreja de Cristo.

Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema. Assim, como já dissemos,  e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além  daquele que recebestes, seja  anátema.(Gálatas 1:8 e 9)

As diversas denominações religiosas, consideradas  famílias espirituais, que compõem a Igreja de Cristo, pelo fato de serem partes da mesma Igreja de Cristo, embora tenham algumas singularidades identificatórias, não podem fugir de dois princípios balizadores de suas crenças básicas: a evangelicidade e a catolicidade.
Vemos no texto introdutório, uma mensagem do apóstolo Paulo na sua orientação para os gálatas, onde afirma que nem mesmo um anjo do céu poderá  trazer alguns aditivos ao evangelho de Cristo. Tradicionalmente, o cristianismo reconhece como ensinamentos propostos por Jesus Cristo, as versões dos quatro evangelhos, segundo Mateus, Marcos, Lucas e João. Neles estão contidas as crenças básicas possíveis em uma igreja autêntica e genuinamente cristã.
É verdade que estes textos foram escritos na língua grega, predominantemente; em uma época conhecida, em uma cultura conhecida e com instrumentos civilizatórios conhecidos; portanto, com possibilidades de serem submetidos a traduções seguras, seguindo os preceitos exegéticos e hermenêuticos. Entretanto, as opiniões (doxas) interpretativas das aplicações práticas desses ensinamentos, podem trazer variedades e singularidades em consequência dos ajustamentos que as pessoas, ou grupos de pessoas, fazem desses ensinamentos, por também serem singulares e  com capacidades de se afinizarem com determinadas ideologias que subjazem em todas as instituições culturais humanas, enquadrando-se as denominações religiosas no perfil de instituições culturais. Isto permite que na Igreja de Cristo haja a variedade, sem necessariamente fugir da unidade. É preciso que não se perca o princípio da unidade: que toda a diversidade convirja para a unidade com o Cristo. Nele todos nós partilhamos a Comunidade da Trindade Santíssima, na Comunhão com o Pai, com o Filho e com o Espírito Santo, aqui e agora nesse período transitório e em toda a Eternidade de Deus.
Nossas denominações não devem congelar dogmas eternos, mas doxas que conservem abertura para o aperfeiçoamento, tanto na nossa compreensão, como na nossa adesão aos ensinamentos do Cristo, à luz da assistência que o Espírito Santo traz para a regeneração dos humanos e o progresso das ciências, das artes, das tecnologias. Por isso, a Igreja de Cristo é assembléia em consenso, em nome de Cristo, em vivência com o Cristo, por mediação de Cristo junto ao Trono da Graça de Deus. Aí reside o poder das chaves, que liga o céu e a terra.
Nenhuma crença espiritual poderá fugir da bitola do Evangelho de Jesus, pois ele é o balizador dos doxas que sustentam as crenças de cada denominação e as crenças sustentam a fé nas coisas espirituais de cada individuo, de cada grupo, de cada denominação. E não poderá haver nessa questão diversidade, pois haverá uma só fé, haverá um só batismo, haverá um só evangelho e um só Senhor, Jesus Cristo, o Filho do Deus Vivo.
A catolicidade é um outro balizador, para o conjunto de crenças e práticas das denominações religiosas, que se enquadram verdadeiramento na Igreja de Cristo. A catolicidade é a própria natureza dos ensinamentos de Cristo, e portanto, da sua Igreja. Diz o evangelho segundo João, ... importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna. Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.(João 3:14-16)
Pode-se perceber com clareza, que Deus deseja a salvação de todas as pessoas humanas, que o seu Filho Unigênito, Jesus Cristo, oferece a salvação para todas as pessoas, residindo aí a catolicidade dos seus ensinamentos, das suas propostas salvacionais. O Cristo de Deus em seu evangelho, traz libertação para todos os humanos de boa vontade, basta aceitar o seu plano salvador e se enquadrar nas suas diretrizes. Ele, o Cristo oferece a verdadeira alforria para o pecado, na vida individual, familiar, social, patriótica e no contexto planetário do nosso mundo multicultural e globalizado. A sua salvação é católica, porque é universal, em termos francos, fraternos, oferecida às crianças, aos jovens, aos adultos, aos velhos; a sua salvação é católica, porque oferecida a todos os gêneros, a todas as raças, a todas as etnias, a todas as culturas, a todas as sociedades;  a sua salvação é católica, porque oferecida aos ricos, aos pobres, aos que nada possuem, aos sem tetos, aos sem lares, aos sem pátrias, aos párias, aos rejeitados, enfim aos deserdados de tudo. Por isso a salvação de Cristo é católica, o ensino de Cristo é católico, e em consequência, as doutrinas das denominações que compõem a Igreja de Cristo são católicas.
A Igreja de Cristo, nas suas diferentes e diversas denominações religiosas, em questões de fé e práticas espirituais, terá que sustentar a evangelicidade e a catolicidade, sem o que, correrá o risco de ser o grêmio religioso de alguém que não seja o Cristo.
Examine, caro irmão, ou cara irmã! Como está a sua idiodoxia (conjunto de crenças) denominacional? Ela se sustenta na evangelicidade e na catolicidade do ensinamento de Cristo? Caso conclua que não, procure o Cristo de Deus, único nome posto, pelo qual devamos ser salvos. Sua salvação é generosa, gratuita, como um dom de Deus, é católica posto que é para todos os pecadores, é evangélica porque revelada pelo Divino Logos, o Verbo de Deus encarnado, que do céu veio para nos trazer a libertação na pessoa de Jesus Cristo.
   Que Deus nos abençôe  a todos!
           Dom Felismar  Manoel
Catolicismo  Evangélico  Salomonita
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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Padroeira! Devocionismo, Animismo e Ideologias!

Se a mãe de Jesus de Nazaré, a Maria de Nazaré, a excelsa virgem mulher, que foi achada em graça diante de Deus, que se colocou na condição de serva para o plano de Deus, que deu à luz a Jesus Cristo, que lhe dispensou os cuidados de mãe, que participou de sua vida social e que junto a ele interviu a favor dos aflitos, que sofreu com todo o martírio de seu filho, que alegrou com sua ressurreição e ascensão, que recebeu o batismo do Espírito Santo naquele pentecoste em Jerusalém, que morreu na fé anunciada por seu filho, e que, em espírito partilha da salvação dos eleitos, como membro da Igreja do Filho de Deus, que na encarnação humana é também seu filho; se esse espírito excelso,  considerada a bem aventurada entre todas as mulheres, fosse a Padroeira do Brasil, se justificaria com certo aprumo e lógica. Mas não é o que ocorre no caso de "Nossa Senhora Aparecida", pois a virgem mãe de Jesus não é a Aparecida, a dita Aparecida é uma imagem de barro, que foi "descarregada" nas águas, porque teve seu pescoço quebrado, separando a cabeça do corpo.
No imaginário popular do interior brasileiro, descarrega-se as imagens femininas danificadas nas águas e as imagens masculinas são descarregadas, ou nas portas dos templos, ou nos pés dos cruzeiros, dispersos pelas várias regiões do país. E é claro, a imagem de barro no fundo do rio por longo tempo, mudou de côr, ficou preta, mas trata-se de uma imagem, que foi guardada por quinze anos pelo seu  pescador, que quando mudou de casa deixou-a com seu filho, este desenvolveu seu culto.
Compreende-se esse comportamento pelo devocionismo popular, tendente ao fetichismo, embora claramente proibido nos dez mandamentos da Lei de Deus, conforme nos relata as Sagradas Escrituras, no livro Êxodo, capítulo 20. Existe um certo fenômeno de "messianismo", alimentador de esperanças, nas comunidades muito sofridas, que pode levar a esse comportamento, sendo dever pastoral dos Ministros da Igreja empoderar esses cristãos para a maturidade da fé. Fenômenos anímicos diversos podem surgir nesses ambientes de devocionismo fetichista, alimentando as ideologias que surgem no imaginário popular, que muitas das vezes confere às instituições religiosas  e ao seu clero, conveniências, quer como fontes de recursos, quer como hegemonia dirigente, quer como fonte de poder junto às massas.
 É triste constatar que a ênfase pastoral devocional, às vezes tem mais compromissos com as ideologias institucionais, que com as fundamentações teológicas do evangelho libertário de Jesus Cristo.
A Igreja Institucional, seu clero, seu arsenal estratégico, tem excelentes condições para a evangelização verdadeira, que traga  a libertação da massa devota popular  rumo a salvação integral da pessoa humana. Vê-se com tristeza, uma massa devota, mas ignorante com relação aos ensinamentos verdadeiros de Jesus Cristo.
É lamentável que alguns cristãos elejam como padroeira do Brasil uma imagem. Não se percebe nesses cultos marianos, em sua grossa maioria, uma distinção, entre Maria a mãe de Jesus Cristo e as imagens. As devoções são dirigidas verdadeiramente às imagens, constituindo um agravante para os católicos, posto que eles conhecem os livros das Sagradas Escrituras. Não há como conciliar a franca desobediência ao decálogo divino mantida pelo culto às imagens, sob o beneplácito de padres, bispos e papas, com a fidelidade séria ao Comissionamento de Jesus Cristo para o seu Sagrado Ministério na terra. Arruina-se as possibilidades de salvação espiritual de inúmeras almas, por infidelidade  doutrinária, e usurpa-se do legítimo exercicio do pastorado de clérigos que receberam a genuína  sucessão apostólica, para serem fiéis a Cristo, mas que condicionam esse exercício a serem súditos de um imperador  estatal com pretensões hegemônicas, através de uma empresa multinacional.
Conclamo a todos! Devotem suas reverências ao Deus Todopoderoso, a Jesus Cristo seu Filho, e ao Espírito Santo, que poderá acolhê-los verdadeiramente. Abandonem os cultos às imagens de santos e santas, pois elas são peças construídas pela arte e engenho de alguns, mas são impotentes em ordem à salvação espiritual.
Se atenção e carinho tiverem para com os santos de Deus, que sejam os humanos que não se  contaminaram com o  mundo e permaneceram no mundo, para nele ser a sua luz e o sal da terra.  Que tenham carinho para com os santos que estão na glória do Pai, como concidadãos que conseguiram a vitória por terem sido fièis até o fim, mas não como salvadores. Somente Jesus Cristo foi posto, único nome pelo qual devamos ser salvos. Jesus Cristo é o Rei do Mundo. Ele é o nosso verdadeiro padroeiro e comprou esse padroado com o preço da sua vida, o seu precioso sangue derramado no sacrificio da cruz. Se tiverem carinho por Maria, o espirito que julgamos estar no céu, ouçam o que ela disse aos servos naquele casamento, em que esteve na companhia de seu filho: "Fazei tudo o que Jesus mandar", e o que ele mandou está escrito nos evangelhos. Leiam o evangelho para conhecer o que Jesus Cristo nos ensina.
   Que Deus nos abençôe  a todos!
            Dom Felismar  Manoel
Catolicismo  Evangélico  Salomonita
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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

LIVRES! POR QUE? PARA QUE?


Com o título acima, estas palavras abaixo, foram proferidas pelo Venerável Bispo Manoel Ceia Laranjeira, em 1951, ao iniciar os trabalhos da Diocese do Catolicismo Evangélico Salomonita no Rio de Janeiro, em sua fase pré-romana, antes do malogrado e nefasto ecumenismo encetado com a Igreja de Roma. Reflitam meus irmãos, sobre sua mensagem e encham seus corações de amor por esta chama de luz,  que ainda hoje temos o privilégio de manter acesa, graças à Deus.
 Estamos seguros de que, os que se afirmam seguidores, súditos, daquele que se diz vigário de Cristo na terra, na verdade estão seguindo a pessoa que se manifesta como Chefe de um Estado,como  Mandatário de uma Instituição, como Monarca de um povo, que embora invoque o nome de Deus, verdadeiramente se subordina, a ouvir a sua voz divina somente através da concordância, do “imprimatur, do nihil obstat”, de quem  abdicou de ser um  Comissário de Jesus Cristo para ser o Soberano Mandatário de consciências alheias, por cujo fato prestará contas um dia ao Tribunal Divino. Oremos a Deus para que todos eles se convertam e aceitem a Jesus Cristo como o Único Senhor e Salvador e que a divina misericórdia perdoe os pecados de todos nós.   Eis o texto:
            " Católicos,  sim, mas também livres."
 "Livres, pela confiança na validade absoluta do sacrifício na cruz para a salvação individual e social.
Livres, na valorização dos fiéis, pela sua integração no culto, que deixa de ser  um ato de afirmação de poderio clerical, para ser, como originariamente, um ato religioso e social, de que o povo participa mediante a liturgia na língua nacional (Ritual Brasiliense).
Livres, na valorização dos ministros, que deixam de ser uma espécie de alimárias, mudas, amordaçadas, para se tornarem  homens, homens livres, responsáveis, com o direito de pensar e expressar o seu pensamento, e com o direito de serem integrados na vida nacional mediante a família legitimamente constituída, segundo a regra divina e o exemplo apostólico.
Livres, para proclamar a todos os homens o santo evangelho da livre graça de Deus, e o livre acesso das almas crentes a Deus, sem embargos humanos artificiais.
Livres, para dar aos sacramentos o seu verdadeiro sentido, o seu verdadeiro valor,  como selos de Deus, e não como marcas de propriedade humana de padres ou de seitas; para mostrar que o Santo Batismo, em nome de Deus, confere ao homem um título sagrado, inviolável, e que coloca o batizado em direta relação com Deus, independente dos agentes humanos e os seus caprichos;  que a Eucaristia é um pacto social, novo, livre, no plano superior em que as almas crentes reafirmam sua união com Deus e a universal irmandade dos crentes, acima de qualquer política de clérigos ou de seitas que se julgam no senhorio das almas; que as sagradas ordens do ministério são selos divinos, sacramentais, sagrados, invioláveis, e não meros mandatos políticos de bispos ou de seitas; que o sacramento da penitência é destinado à cura e a saúde das almas, e não artifício para as manter na condição de perpétua invalidez; para pôr  sem medo as Santas Escrituras nas mãos do povo e ensina-lo a ler com reverência e proveito a mensagem do Pai celestial.
Livres, para estender a todos os homens, e em particular aos que professam a mesma fé cristã, termos de leal e respeitosa fraternidade, independente de qualquer política de bispos, patriarcas, de papas ou de seitas.
Livres, para seguir desassombradamente a nossa vocação cristã em terras do Novo Mundo, sem necessidade de importar para aqui odiosidades e preconceitos de outras eras, de outros povos e outros climas.
Livres, para servir a toda humanidade, nos termos livres do novo pacto social, firmado no sangue da redenção, e sem esquecer – lembremos bem! – da nossa especial obrigação para  com a pátria brasileira.
Livres, porque cremos na fraternidade universal dos crentes e das nações. E esta fraternidade só é possível entre homens livres, igrejas livres e povos livres.
Livres, enfim, porque esta é a única maneira em que poderá subsistir e triunfar a santa fé católica e apostólica em nossa pátria e no mundo em nossos dias".   
   Que Deus nos abençôe  a todos!
           Dom Felismar  Manoel
Catolicismo  Evangélico  Salomonita
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