sábado, 29 de agosto de 2015

Ser Missionário na Dimensão Martirial – no Testemunho de Vida

30/08/2015 – 40ª semana do ano eclesial 1988
=> 12º Domingo Missionário -

Reflexões – Ser missionário na dimensão do testemunho de vida.



Nas Boas Novas de Jesus Cristo, segundo João 15: 12 – 16, encontramos um claro ensino para nós nos dias presentes:

O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.
Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos.
Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando.
Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas vos tenho chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer.
Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo concederá.

Meus irmãos e minhas irmãs. Estamos completando o período missionário, pois este é o décimo segundo domingo que viemos desdobrando, didaticamente, o entendimento das diversas dimensões missionárias a que os discípulos de Cristo estão envolvidos, em razão de seu batismo, sua confirmação, sua vida de comunhão eclesial.
Neste último domingo nós englobamos todas as dimensões de nosso dever missionário, quando trazemos para as nossas vivências e reflexões litúrgicas, a ideia da dimensão martirial, ou seja a tarefa de sermos missionários de Cristo pelo nosso comportamento, pela nossa conduta, pelo nosso testemunho de vida.
Como disse Jesus Cristo, … eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis frutos … apontando-nos que precisamos dar os frutos, nos comportando sempre como discípulos de Cristo, ou seja, tendo um testemunho de vida de acordo com os ensinamentos de Jesus Cristo, o Filho de Deus.

Lembremos, meus irmãos e minhas irmãs, que temos um discurso de Jesus expondo os seus ensinamentos nos capítulos cinco, seis e sete do evangelho segundo Mateus.

Não somos cristãos porque gostamos de Maria mãe de Jesus; não somos cristãos porque gostamos dos santos; não somos cristãos porque rezamos o terço; não somos cristãos porque rezamos as ladainhas e jaculatórias; não somos cristãos porque fazemos o que manda os patriarcas, o papa, os bispos, os pastores, os padres e demais religiosos. Somos cristãos, se confessamos a Jesus Cristo como Filho de Deus e nosso salvador e pomos em prática em nossas vidas, o seu ensinamento, tendo um comportamento como verdadeiros discípulos de Cristo. Você já examinou quais são esses ensinamentos, contidos em Mateus, mais precisamente nos capítulos cinco, seis e sete? Examine-os, e tente se enquadrar, tornando-se um missionário na dimensão martirial.

Que Deus abençoe a todos, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Dom Felismar Manoel – Bispo Primaz
Visite o site: www.icai-ts.org.br
felismarmanoel@gmail.com
Catolicismo Apostólico Salomonita
Diocese Primacial do Brasil

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Hemerológio Cristão 1988 (2015/2016)
Diretório Litúrgico icai-ts
Tempo Missionário
(Período Missionário Essencial)
Pregar o Evangelho e Testemunhar a Cristo, sendo o Sal da Terra e a Luz do Mundo

Pastoral Ecológica
Estação Inverno - Festa das Sementes - Cor Litúrgica: Verde.

O verde simboliza a pujança da natureza e a esperança em um mundo melhor, pela conjugação do arroubo da nossa fé com o dinamismo da natureza criada por Deus.

Matriz União em Cristo, Monastério Hieroseleos e Província Franciscana "Salvação pela Graça"
Estrada das Amendoeiras, 248 - Vila dos Coqueirinhos
Chácaras Rio Petrópolis - Duque de Caxias RJ - CEP 25.243-420
Capela Francisco de Assis – Rua Francisco Eugênio, 180 – sobrado – São Cristovão – Rio de Janeiro, RJ




sábado, 22 de agosto de 2015

Ser Missionário na Dimensão Cósmica

23/08/2015 – 39ª semana do ano eclesial 1988
=> 11º Domingo Missionário -

Reflexões – Ser missionário na dimensão do cosmos (o sistema ordenado das forças celestes criadas por Deus).


Falando da vinda do Filho do Homem, do retorno do Cristo, no fim dos tempos, as Boas Novas de Jesus segundo Mateus 24: 29, nos relata:
Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados.”
Todo este sistema de corpos celestes, todos os seres vivos e todas as coisas existentes, foram criados pelo mesmo Deus; somos portanto irmãos de origem.

Todas as coisas criadas por Deus tem uma finalidade no plano da criação; isto constitui a teleologia, quando se procura conhecer essas relações, e a teleonomia quando se busca conhecer as leis, regras, normas, que se estabelecem para o bom ordenamento dessas relações, visando a realização da vida e bem estar na terra conforme o plano de Deus.

Há uma dimensão na vida dos seres humanos, que encampa um nível de responsabilidade para com toda a ordem criada, dado que os humanos em Cristo são os mordomos na terra, enquanto “lar da humanidade”. Pesa sobre nós humanos a responsabilidade de bem gerenciar as aplicações dos nossos avanços científicos e tecnológicos, no sentido de que eles não ponham em risco a estabilidade das forças cósmicas (ordenamento dos astros) relacionadas com o planeta terra.

Nosso avanço científico e tecnológico tem oportunizado coisas boas para a vida na terra, mas também tem também afrontado o nível de prudência, quando se lida com as realidades pouco conhecidas, principalmente se levarmos em conta que, erros possíveis nessa dimensão, poderão trazer o sofrimento, a doença, a penúria e a própria morte para populações inteiras. Cumpre a nós cristãos, assumir uma atitude missionária nessa dimensão cósmica, para que nossas políticas gananciosas no campo da ciência e da tecnologia não polua nosso espaço sideral e instabilize os poderes celestes (cósmicos), provocando o caos antes do tempo do Senhor.

Que Deus abençoe a todos, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Dom Felismar Manoel – Bispo Primaz
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sábado, 15 de agosto de 2015

Ser Missionário na Dimensão Planetária

16/08/2015 – 38ª semana do ano eclesial 1988
=> 10º Domingo Missionário -

Reflexões – Ser missionário na dimensão do planeta terra.


O planeta terra foi nos dado por Deus, como o cenário para o nosso desenvolvimento, para a nossa evolução, para que aqui pudéssemos ser salvos por Cristo, de acordo com o seu plano consumado na cruz do calvário; uma vez nós humanos estejamos incorporados a Cristo, podemos construir aqui o Reino de Deus. Somos operários da Seara de Cristo, exatamente quando transformamos esse cenário terreal em um lugar de solidariedade, de fraternidade, de compaixão para com todas as criaturas de Deus, que aqui conosco compartilham as suas vidas, incluindo os componentes dos reinos mineral, vegetal, animal, hominal e outros, respeitando e promovendo as condições de sustentabilidade da vida aqui em nosso planeta terra.

Nos exorta o Evangelho segundo João 3: 16,17: “ Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.”

Todos nós eclesianos cristãos sabemos que somos o Corpo de Cristo no mundo, cabendo individualmente a cada um de nós, a missão de ser esse membro do Corpo de Cristo a agir aqui no nosso mundo enquanto planeta terra, para que ele continue a ser um cenário de sustentabilidade da vida, até o fim dos tempos, até o retorno do Cristo como julgador de nossas ações; nesse sentido, nós cristãos somos os mordomos do planeta, somos os servos do Deus Altíssimo, os administradores de nossos espaços terreais, onde convivemos com outras criaturas de Deus, nossos irmãos de origem, posto que todos surgimos a partir de Deus. A sustentabilidade das condições para a manutenção da vida no planeta terra, exige de nós cristãos, uma atitude ecologicamente correta como verdadeiros missionários para essa dimensão planetária do nosso mundo terreal.

Cabe para nós, enquanto missionários na dimensão da terra enquanto planeta, o ensino de Jesus Cristo como nos apresenta Lucas 12: 37:
Bem-aventurados aqueles servos a quem o Senhor, quando vier, os encontre vigilantes; em verdade vos afirmo que ele há de cingir-se, dar-lhes lugar à mesa e, aproximando-se, os servirá.”

Meus irmãos e minhas irmãs! Aqui no planeta terra a humanidade se desenvolveu, composta de diversas raças, diversas etnias, diversas culturas, diversas sociedades e diferentes valores; aqui fomos alforriados por Cristo, graças ao amor desinteressado de Deus, que por misericórdia e compaixão, não poupou o seu próprio Filho, a nós revelado em Jesus de Nazaré, que por nós se ofereceu em sacrifício de sua própria vida. Nós cristãos temos responsabilidades missionárias para com nosso planeta, enquanto planeta, enquanto um astro no espaço sideral; nossas ações aqui, enquanto culturas, enquanto sociedades, enquanto grupos e enquanto indivíduos, têm de ser ecologicamente compatíveis com os rumos que garantam a sustentabilidade da vida na terra, para nós, nossos filhos, netos e futuras gerações. O Senhor Jesus Cristo nos cobrará isto em seu retorno final.

Que Deus abençoe a todos, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Dom Felismar Manoel – Bispo Primaz
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sábado, 8 de agosto de 2015

Ser Missionário na Dimensão do Mundo Habitado

09/08/2015 – 37ª semana do ano eclesial 1988
=> 9º Domingo Missionário -

Reflexões – Ser missionário na dimensão do mundo das criaturas de Deus.


É interessante entender aqui o conceito de “mundo” nos textos antigos, semelhantes aos evangelhos de Jesus Cristo no Novo testamento e por extensão às Sagradas Escrituras. Nesses textos a ideia conceitual de mundo envolve a terra habitada pelas criaturas de Deus.

Jesus Cristo coloca para seus discípulos, principalmente nas Boas Novas de Marcos, a dimensão missionária da sua Igreja em todo o mundo, anunciando o seu Evangelho a todas as criaturas. É claro que o alvo principal de sua pregação é os seres racionais, os humanos; mas enquanto criaturas, temos também toda a ordem criada por Deus, nos impondo de certa maneira, o trato misericordioso para com todos os nossos demais irmãos de origem, os demais reinos da natureza, pois que somos todos criados pelo mesmo Único Deus.

Diz o texto de Marcos:

Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado.
Estes sinais hão de acompanhar aqueles que creem: em meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados.”
Marcos: 16: 15-18.

Caros irmãos e irmãs! Com relação aos seres racionais humanos, o evangelho de Jesus deve ser pregado em todo o mundo habitado, e esta pregação inclui os três tipos clássicos de pregação:
* o anúncio solene das verdades dos evangelhos, em nossos discursos, em nossos sermões, em nossos textos litúrgicos;
* as conversas pessoais, no nível de compreensão de nossos interlocutores, na compreensão dos conteúdos ensinados pelo Filho de Deus em seu evangelho;
* o nosso testemunho de vida comportamental, em público e na vida privada, que deve sempre ser de harmonia com os ensinamentos dos evangelhos.

Alguns segmentos cristãos estendem as suas pregações do evangelho, também aos espíritos desencarnados, acreditando que a vida espiritual continua com possibilidades de se crescer no conhecimento e no amor de Deus.

O discípulo de Jesus Cristo, enquanto dimensão missionária da Igreja, tem também o dever de uma atitude evangélica diante dos demais seres da criação, que compõem a ordem criada por Deus, em espírito de misericórdia para com eles; deve ter sempre uma atitude que seja compatível e facilitadora do cumprimento das finalidades existenciais de cada ser criado.

Deus quando cria o mundo, ele estabelece uma finalidade para cada ser criado, podendo essa finalidade ser conhecida e respeitada, e facilitada, por nós, seres humanos racionais. Essa finalidade constitui a teleonomia da criação, que deve ser conhecida dos cristãos, deve ser respeitada pelos cristãos, deve ser facilitada pelos cristãos. Todo cristão verdadeiro procura orientar a sua vida, na teoria e na prática, pelos ensinamentos do evangelho de Jesus Cristo; o que importa na vida dos cristãos é a vida orientada pelos evangelhos, e não as rezas, as ladainhas, as devoções aos santos e santas, ou coisas semelhantes. Isto pode gerar pessoas piedosas, mas nem sempre com uma atitude obediente ao que Jesus Cristo mandou. Quando um irmão ou irmã, encontra um clérigo, não importa o seu grau de ordem, seja ministro leigo, diácono, presbítero, bispo, pastor, ou qualquer outro, que ensina devoções e comportamentos fora do evangelho, ore a Deus pedindo luz e unção, e pregue ao irmão religioso que está desviado do evangelho; aponte para ele o evangelho de Jesus Cristo como a verdade libertadora. O pecado sempre nós vamos encontrar nos seres humanos, clérigos ou leigos, pois a Igreja de Cristo existe exatamente por causa dos pecadores. A Igreja de Cristo é o hospital dos pecadores e Jesus Cristo, o Filho de Deus, é o remédio salutar para curar o pecado.

A dimensão missionária da Igreja de Cristo que está mais carente de nosso empenho, é a dimensão de nossa fidelidade aos ensinamentos de Jesus Cristo; tem sido ensinado rezas, jaculatórias, novenas, terços, ladainhas, ideologias de clérigos, ideologias de denominações, magistérios de bispos e pastores, mas nem sempre harmonizadas com os ensinamentos de Jesus Cristo; chega-se ao cúmulo de alguns afirmar que, só se chega a Jesus por Maria sua mãe. A Bem Aventurada Mãe de Jesus, a virgem Maria, já fez a parte dela, aceitando colaborar com o plano de Deus em sua encarnação humana, tornando-se sua mãe apesar de virgem, e nas bodas de Caná, nos orientou nas pessoas dos serventes, que nós devemos fazer tudo o que Jesus mandar.

Qualquer pregação missionária com Maria, terá de ser ensinando a fazer tudo que Jesus mandar. Convertamos a uma legítima obediência! Nos tornemos missionários com Maria, ensinando a fazer tudo que Jesus Cristo mandou, conforme se encontra nos seus evangelhos! Esforcemo-nos! Em espírito de oração o Espírito Santo de Deus nos dará força se a Ele procurarmos com fé, em nome de Jesus Cristo, e em legítima devoção.

Que Deus abençoe a todos, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Dom Felismar Manoel – Bispo Primaz
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quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Catolicismo – O Que É Isso?



Bispo Felismar Manoel
Primaz do Catolicismo Salomonita



Muitas pessoas se dizem adeptas ou seguidoras do catolicismo, mas ao conversar com elas, percebe-se não terem clareza do que significa realmente o catolicismo, nem conhecerem sua trajetória básica. Geralmente são pessoas piedosas, mas que ignoram o que seja realmente, o  próprio segmento cristão, do qual se dizem seguidoras; salvo naturalmente  a algumas exceções.

A palavra  “catolicismo”  deriva  da língua grega  “katholikos”, sendo um termo de uso na filosofia, querendo significar “geral”, “universal”, para todos,  em oposição à ideia de “particular”, “exclusivo”, afirmando portanto, a ideia do que se aplica a todos as pessoas. No caso, o termo “catolicismo”, quer dizer  um segmento da Igreja de Cristo, portanto, um sistema salvacional cristão que oferece a salvação a todas as categorias de indivíduos humanos. Logo, o catolicismo não pode ser um movimento excludente, deve ser inclusivo, possibilitando a salvação cristã a todas as categorias de seres humanos.

Os fundamentos dos ensinamentos cristãos se encontram nos evangelhos canônicos, conforme se encontram nas quatro versões que compõem o Novo Testamento; as cartas dos apóstolos que também  fazem parte do Novo Testamento, alimentam a Tradição Apostólica genuína, que deve ser seguida quando não se opõe aos  ensinamentos dos Evangelhos; o mesmo se diga do chamado Magistério dos Bispos, Patriarcas e Papas, só devem ser acatados quando não se opõem aos Evangelhos de Jesus Cristo e à Tradição Apostólica genuína. Logo a Igreja Cristã em sua legitimidade deverá ser sempre cristocêntrica; a única suditagem admitida como legítima na Igreja, é a Jesus Cristo, a quem se deve confessar Filho de Deus, Único Senhor e Salvador. O Único Chefe da Igreja é Jesus Cristo, sendo todos os demais Clérigos de qualquer grau, apenas Comissários de Jesus Cristo para o desempenho das funções eclesiais.

A organização da Igreja Cristã se deu por iniciativa dos doze apóstolos e outros discípulos, movidos pelo direcionamento do Espírito Santo de Deus no dia de Pentecostes, derramados sobre eles no décimo dia após a Ascensão de Jesus Ressuscitado aos céus. As Constituições organizativas da Igreja (seus Estatutos constitutivos) foram orientadas pelo senso apostólico, sendo por isso a Igreja denominada Cristã Apostólica. Como a natureza da salvação oferecida por Jesus Cristo é católica, ampla, oferecida para todas as pessoas, a Igreja de Cristo foi chamada Católica Apostólica nos primórdios de sua organização.

Nos primeiros tempos propriamente apostólicos, os crentes fiéis se reuniam nas Sinagogas dos judeus, sendo bem cedo expulsos das Sinagogas, passando a realizar seus cultos nas casas dos irmãos, como na casa de Maria de  Cléofas,  por exemplo. Suas primeiras comunidades se deram em Jerusalém naturalmente, se expandindo para outras regiões, pelas pregações dos apóstolos e demais discípulos de Cristo, ainda existindo comunidades de origem organizacional nas pessoas dos apóstolos, que mantém continuidade histórica até os nossos dias.

Nos primeiros tempos pós apostólicos, cinco líderes das sedes principais, unidos em consenso formavam uma Pentarquia Governativa na Igreja Católica Apostólica, gozando de prestígio e respeito dos povos, sendo reconhecidos como Patriarca de Roma, Patriarca de Constantinopla, Patriarca de Alexandria, Patriarca de Antioquia e Patriarca de Jerusalém. Essas cinco lideranças, seguiam os direcionamentos das Constituições Apostólicas e buscavam consenso para as questões gerais da Igreja Cristã, através dos Concílios Ecumênicos, durando esta conduta até o século III.

A partir do século IV, mais ou menos, o Patriarca de Roma sobressaiu-se sobre os outros quatro Patriarcas, se impondo com pretensões de hegemonia sobre todos, e, a partir daí, caminhou na substituição dos princípios das Constituições Apostólicas, em favor dos princípios da Constituição Imperial de Roma, subvertendo o conceito de definição de Igreja, considerando-a como  “sociedade perfeita” , com isto equiparando-se a Sede do Patriarcado de Roma como um Império Monárquico, com hegemonia sobre todas as Igrejas do mundo. Para consolidar essa noção de Igreja-Estado,  primeiro com os Estados Pontifícios e depois com o Estado do Vaticano, caminhou-se para a construção de  “ideologias”, “magistérios”, “dogmas”, e estratégias afins consolidadoras da hegemonia. Nada demais se tal Estado Pontifício não tivesse a pretensão de ser a própria  Igreja Cristã.  Assim, a Igreja de Roma se desenvolveu com forte perfil de política de hegemonia no Ocidente, lançando mãos de instrumentos contra-cristãos, como  a “Santa Inquisição”, o “Ultra Montanismo”,  o “Sillabus”, entre outros, decaindo muito o seu nível de práticas das virtudes cristãs, gerando no seio das comunidades, grande desejo de reformas na Igreja, sendo essa uma das intenções de Francisco de Assis e a sua Fraternidade dos Irmãos Menores.

Esse desejo de que a Igreja Cristã do Ocidente retornasse às suas bases evangélicas cristã-apostólicas e neo-testamentárias, levou ao surgimento de vários reformadores dentro da própria Igreja, consolidando-se de fato, a partir da Reforma Luterana. Assim, o catolicismo  ocidental, continua sendo um sistema  salvacional cristão, que oferece salvação para todas as categorias de seres humanos, existindo em várias partes do mundo diversas organizações católicas componentes da Igreja Cristã:
O Catolicismo Ortodoxo (o mais antigo), o Catolicismo Romano (com pretensões de hegemonia a partir do IV século), o Catolicismo Reformado (após a Reforma Luterana), o Catolicismo Evangélico, o Catolicismo Anglicano, o Catolicismo Melquita, o Catolicismo Maronita, o Vétero-Catolicismo Holandês, o Catolicismo Salomonita, o Catolicismo Brasileiro, o Catolicismo Luzitano, o Catolicismo Galicano, o Catolicismo Liberal, o Catolicismo Carismático e outros Movimentos Católicos.

O conceito proclamado de Igreja, no consenso cristão-apostólico é ser,  uma “comunidade do povo de Deus que se reúne em nome de Jesus Cristo e que  busca  o  consenso para adorar a Deus, para orar, para ministrar a palavra de Deus, para participar dos sacramentos e para implantar o reino de Deus na terra, sempre em união  os crentes fiéis,  os  pastores e outros ministros”. Portanto, a Igreja não é uma “sociedade perfeita” e sim uma “comunidade de crentes-fiéis a Jesus Cristo, como Filho de Deus”.

Assim, espero e desejo que, quem for simpatizante, adepto, ou praticante  de qualquer uma dessas tradições católicas, se instruam para conhecer as verdades históricas que envolvem  qualquer tradição católica. Devemos refletir sobre os erros que nossas tradições históricas já cometeram no passado, pedir perdão pelos pecados que cometemos enquanto instituição, fazer reparações quando possíveis e propósitos de acerto na nossa caminhada daqui para frente, nos orientando pelos ensinamento seguros do Evangelho de Jesus Cristo. Que Deus nos abençoe a todos.
Dom Felismar Manoel
Bispo Primaz do Catolicismo Salomonita
Comemoração da Transfiguração do Senhor
Dia das Vestes Litúrgicas
Em 06/08/2015

sábado, 1 de agosto de 2015

Ser Missionário na Dimensão Patriótica

02/08/2015 – 36ª semana do ano eclesial 1988
=> 8º Domingo Missionário -

Reflexões – Ser missionário na dimensão da pátria que nos dá cidadania.


Entende-se por pátria, o país onde nascemos, ou que nos oferece cidadania; traz embutido neste conceito a noção de pessoa, com seus ideais de segurança, de respeito, de dignidade, de bem estar e solidariedade para com o outro, independente de sua nação, de suas tradições culturais. Como, então, ser missionário nessa dimensão?

O apóstolo Paulo nos apresenta um ideal de transcendência, quando evoca aos filipenses a questão da aspiração por uma pátria para os cristãos.

Irmãos, sede imitadores meus e observai os que andam segundo o modelo que tendes em nós. Pois muitos andam entre nós, dos quais, repetidas vezes, eu vos dizia e, agora, vos digo, até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo. O destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles está na sua infâmia, visto que só se preocupam com as coisas terrenas.
Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas.
Portanto, meus irmãos, amados e mui saudosos, minha alegria e coroa, sim, amados, permanecei, deste modo, firmes no Senhor.
Filipenses 3: 17-21; 4: 1.

Meus irmãos e minhas irmãs! São Paulo no texto acima nos exorta a aspirarmos uma pátria celeste, sendo a nossa pátria terrestre como um símbolo de nossa aspiração. Seu discurso é muito adequado aos dias atuais, pois convivemos com grande número de compatriotas que, nos dias presentes, só estão envolvidos nas coisas terrenas, no gozo dos prazeres e satisfações da carne, nas conveniências sociais e no poder, sendo os valores espirituais, morais e do bem comum desprezados por uma imensa maioria.

Paulo nos convida, junto aos filipenses, em sermos imitadores dos que operam o bem; nesse momento deveríamos olhar para os santos do passado, que nos deixaram exemplos de fé, boa conduta, temor de Deus, solidariedade com toda a ordem criada, sendo um bom modelo o exemplo dos próprios apóstolos.

Temos o péssimo costume de corromper o nosso senso de devoção, de transformar os nossos santos em ídolos, os nossos heróis em ídolos, os nossos artistas em ídolos, os nossos pastores em ídolos; e não é isso o que o apóstolo Paulo pede aos cristãos de Filipos. O apóstolo Paulo pede aos cristãos de Filipos, e que estende o pedido a cada um de nós hoje, que sejamos imitadores dos santos, transcendendo a nós mesmos em nossa conjuntura de humilhação, firmados na esperança de adentrarmos a uma pátria nos céus, onde partilharemos da glória do Senhor Jesus, nosso Senhor e Salvador, enquanto aqui na terra, somos cidadãos da Pátria que nos dá cidadania.

Assim, irmãos e irmãs, sejamos missionários na dimensão patriótica, buscando imitar o bem, imitar o bom, deixando de lado os maus e o mal, e seguindo nossa vida na imitação dos santos. Menos devoção e mais ação.

Que Deus abençoe a todos, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Dom Felismar Manoel – Bispo Primaz
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O verde simboliza a pujança da natureza e a esperança em um mundo melhor, pela conjugação do arroubo da nossa fé com o dinamismo da natureza criada por Deus.

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