Quando eu era ainda adolescente, ganhei uma imagem do menino Jesus e a levei para o Frei Cornélio benzê-la. Era esse um costume entre os católicos romanos. O Frade a benzeu e quando foi devolvê-la a mim, a mesma caiu e fez-se em pedaços. O Frade para compensar-me, deu-me uma Bíblia em substituição. Fiquei maravilhado com o conteúdo da Bíblia, pois só conhecia antes os evangelhos que ouvia nas missas, ou lia nos missais. A primeira coisa que fui averiguar na Bíblia foi os Dez Mandamentos da Lei de Deus. Ao constatar que o que estava na Bíblia era diferente do que tinha aprendido no Catecismo, voltei ao Frade querendo saber porque era diferente. A resposta que recebi era de que só estava afirmado de maneira diferente, mas que significava a mesma coisa. No inicio essa resposta me acalmou e decidi também tornar-me um Franciscano, já que o melhor envolvimento e testemunho da prática cristã que eu tinha conhecimento, era reafirmado pelos atos e feitos do Seráfico Homem de Assis.
Tive um certo encantamento com os exemplos de Francisco que muito me estimularam na minha entrega ao discipulado cristão. Tive também decepções quando tomei conhecimento das estratégias manipuladoras que a Igreja Palaciana fazia para adequação da Ordem Franciscana aos interesses da Instituição Eclesial Romana.
Comecei então, por identificar as incongruências do Catolicismo Romano com as claras orientações das Sagradas Escrituras, deixando à margem de meus estudos, para buscas posteriores, anotações dos temas que não eram muito claros. Acabei por afastar-me da Ordem Franciscana em 1957, buscando conhecer o mundo mais profano, em uma tentativa de por à prova a minha autêntica vocação cristã. Felizmente o mundo não me convenceu e em 1960 busquei o retorno à vida consagrada, mas preferindo o Catolicismo Evangélico Salomonita.
Refiz de modo crítico toda a minha formação filosófico-teológica anterior, de modo tão envolvente que acabei por buscar o Doutorado em Filosofia da Religião, que iniciei em 1968 e concluí em 1972 no Seminário Teológico Santo André, no Campus Rio de Janeiro (Rua da Chita, Bangu).
Nessa caminhada encontrei muitas vozes amigas me encorajando, onde destaco os momentos abençoados das oitivas de verdadeira Clínica Pastoral, que a mim eram dispensadas pelo Pastor José de Souza Herdy e sua virtuosa esposa, aliás os principais responsáveis pela minha busca da titulação doutoral.
Envolvi-me integralmente no Ministério Pastoral; agora em um Catolicismo sim, mas diferente do anterior, fundamentado e sustentado nas Sagradas Escrituras, tendo como bitola balizadora os Santos Evangelhos de Nosso Senhor Jesus Cristo. Da Tradição Apostólica, apenas o que se prova no Novo Testamento, mas com respaldo nos textos dos Evangelhos.
Hoje percebo que a principal devoção dos católicos tradicionais, na virgem Maria e nos Santos Cristãos, se sustenta verdadeiramente nas imagens e ícones da virgem e dos santos. A maioria não faz distinção entre a virgem, os santos e as imagens; na verdade é um fetichismo católico em franca desobediência ao segundo mandamento da Lei de Deus, conforme se encontra no capítulo 20 do livro Êxodo das Sagradas Escrituras, mesmo nas Bíblias de origem católicas.
No caso da devoção a Maria, o catolicismo tradicional é praticante também de um espiritismo, pois que põe em prática doutrinas reveladas por essas aparições anímicas (vidências anímicas) de espíritos marianos. Na prática existe hoje, no consenso popular, um catolicismo fetichista e de espiritismo mariano.
A maior parte das práticas católicas populares da atualidade não se fundamenta na Palavra de Deus e não resiste a uma crítica de teologia bíblica. Elas sustentam a dependência (dulia e hiper dulia) dos católicos ao Imperador do Vaticano, para a manutenção da sua hegemonia mundial, chegando este ao cúmulo de colocar-se como "substituto de Cristo" na terra (vigário de Cristo), em usurpação ao múnus do Espírito Santo de Deus, com o beneplácito de muitos cientistas e intelectuais ocidentais, que nada fazem para um melhor esclarecimento da humanidade que habita as regiões do planeta.
O segundo mandamento da Lei de Deus diz "não farás para tí imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o Senhor, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos".
Meus irmãos católicos tradicionais! Fujam da punição divina para o seu pecado de idolatria que poderá recair nos seus filhos e netos. Vocês poderão até continuar a serem católicos, mas seguindo as orientações que estão no Evangelho de Jesus Cristo e fugindo daquelas práticas religiosas que não se respaldam na Palavra de Deus, conforme contido no Novo Testamento.
Procurem a orientação do Espírito Santo e repreendam em nome de Jesus Cristo o absurdo de colocar o Papa como o substituto do Filho de Deus na terra (a palavra vigário significa substituto). Só o Espírito Santo tem a missão de nos orientar em todas as coisas relacioanadas à vida espiritual cristã, quando o nosso discernimento e entendimento não é suficiente. Livrem-se de todas as "amarras" que o catolicismo tradicional colocou em vocês, através do atavismo cultural do obscurantismo alimentados pelo conceito de "dulia, hiperdulia, veneração, trato respeitoso, ou coisa parecida", que vem se perpetuando através de gerações.
Não tornem em vão o sacrificio de Jesus Cristo na vida de vocês! Ele desceu do Céu para nos trazer o Evangelho da Salvação como Enviado de Deus. Estude o Evangelho. Ponha-o em prática na sua vida. Ensine os seus filhos a se orientarem pelo Evangelho de Cristo.
Busquem as misericórdias de Deus para seus descendentes até mil gerações, pondo a sua vida em ordem com a Palavra de Deus como está nas Sagradas Escrituras e não nas políticas de Missionários, Diáconos, Padres, Bispos e Pastores que condicionam os seus fazeres, não à correta obediência à Palavra de Deus, mas apenas a estarem alinhados ao Imperador do Vaticano, mesmo que para isso alimentem interesses estranhos à salvação libertadora que Jesus Cristo oferece.
Sim! Infinitamente sim, a adoração ao Deus Triuno, nas pessoas do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Mas não! Infinitamente não aos cultos de dulia, hiperdulia e/ou veneração às imagens da virgem Maria, dos Santos, ou das pessoas da Santíssima Trindade.
Fujam dos líderes religiosos que condicionam a salvação ou a legitimidade das práticas religiosas na dependência de se tornarem súditos do Papa Imperador do Vaticano, pois só Jesus Cristo tem Palavras de Vida Eterna. Sejam católicos se assim o desejarem, mas católicos evangélicos, pois os ensinamentos de Jesus Cristo se encontram predominantemente nas versões dos Quatro Evangelhos, de Mateus, Marcos, Lucas e João.
Que Deus nos abençôe a todos!
Dom Felismar Manoel
Catolicismo Evangélico Salomonita
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