quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O Cenário da Evolução Criativa de Deus


27/11/2011 - I Domingo do Advento - Ano Cristão 1985.
Caros irmãos em Cristo Jesus! Estamos iniciando o novo Ano Litúrgico Cristão 1985, que tem como objetivo,  oferecer aos crentes fiéis em Cristo a oportunidade de "atualizar" os mistérios de Deus junto a humanidade, através da celebração da anamnese crística.
A idéia central ao comemorar esse primeiro movimento de Deus agindo na história, a teoantropéia, é que  o Cristo, Filho Unigênito de Deus, se manifesta no planeta terra tornando-se pessoa humana em Jesus de Nazaré. O seu primeiro tempo é dedicado ao advento, indicado para a preparação dos humanos para receber o Cristo de Deus em suas vidas.
Estamos no primeiro domingo do advento com sua semana, quando então faremos a anamnese misteriosa da criação da terra como  cenário da evolução criativa de Deus e a instituição da Ordem de Melquisedeque  nos céus, para assumir a  responsabilidade de  prestar   assistência angelical aos humanos durante o seu desenvolvimento´na terra, rumo a  busca da capacidade racional que nos tornasse seres morais, com possibilidades de escolhas entre o bem e o mal.
Lemos em Gênesis, capítulo 1, versículo 1, que no "princípio criou Deus o céu e a terra";  também lemos no Evangelho segundo João, capítulo 1, versículo 10, referindo-se a Jesus Cristo, que "o Verbo estava no mundo (terra), o mundo foi feito por intermédio dEle, mas o mundo (terra) não O conheceu". É nossa crença, que o Cristo em Deus, enquanto Pessoa da Trindade Santíssima, criou a terra para ser o cenário de nossa evolução e desenvolvimento, na busca dos atributos que nos tornasse seres morais, capazes do exercício do livre arbítrio nas escolhas entre o bem e o mal, para que pudéssemos com consciência, aceitar os ensinamentos anunciados por Jesus Cristo e consequentemente a sua salvação.
É época para ativar em nossas consciências, as atitudes internas e sociais de  reconhecimento e gratidão, pelo Cuidadaoso Zêlo do Cristo de Deus enquanto Bom Pastor, oferecendo-nos a terra como o lugar privilegiado para o nosso desenvolvimento e para nos apropriarmos da Salvação que Ele oferece aos pecadores que somos todos nós, bem como para cuidarmos do planeta terra como um abençoado dom que Ele nos concedeu como lar para nós e as nossas descendências.
Nessa primeira semana do advento, celebramos também, a instituição nos céus da Ordem de Melquisedeque para assistir e cuidar da precepção dos humanos na sua escalada evolutiva. Lemos  em Gênesis, capítulo 14, versículo 18, que Melquisedeque é sacerdote do Deus Altíssimo e Rei de Salém (nome antigo de Jerusalém) e que assistiu a Abraão quando de sua vitória contra os inimigos. Lemos também em Hebreus, capítulo 7, versículo 3, onde o apóstolo Paulo diz que Melquisedeque não tinha pai, nem mãe, sem genealogia; que não teve princípio de dias, nem fim de existência, entretanto feito semelhante ao Filho de Deus, permanecendo sacerdote perpetuamente.
É nossa crença, que Melquisedeque é um agênere, um anjo de Deus que veio para a terra com sua equipe angelical, para ajudar na precepção do Povo Eleito semente de Abraão, exercendo as funções de sacerdote do Altíssimo Deus e Rei da Cidade da Paz (Salém).
É época para ativar em nossas consciências, as atitudes internas e sociais de reconhecimento e gratidão, pelo Cuidadoso Zêlo do Cristo de Deus enquanto Bom Pastor, oferecendo-nos a precepção e tutela de Melquisedeque com seus anjos, para o nosso desenvolvimento e amadurecimento até atingirmos às condições de seres morais, com capacidades de fazermos escolhas entre o bem e o mal.
Atualizar os mistérios de Deus a cada renovação do tempo litúrgico, é uma manifestação de cuidado que o Catolicismo Evangélico Salomonita, em sintonia com todas denominações religiosas que compôem a Igreja de Cristo, oferece aos eclesianos, os crentes fiéis em Cristo, para se exercitarem interna, idividual e congregacionalmente, na busca do verdadeiro discipulado de modo consciente, na construção da reforma íntima e na conversão permanente, pondo em prática as diretrizes emanadas do Evangelho de Jesus Cristo, vivenciadas na comunhão com Deus Pai, reunidos uns com os outros nas orações e no amor de Cristo, se alimentando das graças e dons espirituais municiados pelo Espírito Santo.
Aproveitemos meus irmãos, as vivências litúrgicas do Hemerológio Cristão 1985, para celebrar as glórias do Deus Todopoderoso, o poder e a salvação de Jesus Cristo seu Filho Unigênito e o transbordante amor de Deus em Cristo, que nos deve manter unidos no mundo como fiéis testemunhas, fortalecidos e orientados pelos eflúvios sagrados do Espírito Santo de Deus.
    Que Deus nos abençôe  a todos!
Dom Felismar  Manoel - Bispo Primaz
Catolicismo  Evangélico  Salomonita
   Visite o site: www.icai

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Construindo o Reino de Deus na Terra



No Hemerológio Cristão, estamos vivendo o Ano Eclesial ou Litúrgico 1984, em sua fase final, embora seja o atual calendário civil 2011. Lembremos que há cerca de 6 anos do nascimento de Jesus Cristo deixados para trás, quando foi organizada a contagem do tempo para o nosso calendário atual de 2011, e que, a igreja cristã apostólica só começa as suas atividades quando Jesus aos 33 anos de idade morre, ressuscita, ascende aos céus  e envia o Espírito Santo aos seus apóstolos e discípulos. Isto nos permite fazer uma reconstrução de 6 mais 2011, menos 33, igual a 1984. Para efeito operacional prático, a Liturgia Cristã considera que o ano inicia no primeiro domingo do advento, o domingo mais próximo a 30 de novembro, e termina com o domingo de Cristo Rei, na última semana que antecede o tempo do advento. Teremos, portanto, no próximo domingo 20 de novembro de 2011 o domingo de Cristo Rei, e na quinta-feira dessa última semana, o Dia Nacional de Ação de Graças pelas bençãos e oportunidades que recebemos durante o ano que findou.
A reflexão cristã sobre o dia de Cristo Rei, é oportuna para que os eclesianos avaliem, o que fizeram concretamente para a implantação do Reino de Deus na terra, durante o ano que findou.
Nós cristãos somos co-construtores com o Cristo, deste Reino Espiritual no mundo em que vivemos. Uma das  tarefas nessa construção é por em prática os princípios  das bemaventuranças, conforme relatam Mateus 5: 3-11 e Lucas 6: 20-38; afirmam elas as bençãos baseadas nas virtudes, na boa sorte, no perdão, na proteção e na amizade de Deus Pai, em razão da sua fé, ou da participação no Reino de Deus. Para cada bemaventurança, há uma recompensa, sinônimo do reino de Deus. A virtude da bemaventurança não é proclamada em razão da boa sorte dos humanos, mas sim, por causa da má sorte das pessoas, quando e onde o eclesiano crente fiel, estará presente aplicando as máximas do Reino de Deus ao seu próximo, mantendo o Cristo presente na distribuição de suas graças aos que delas necessitam, enquanto membros do seu Corpo Místico.
Além das bemaventuranças há outros modos de construir o Reino de Deus, pela prática das virtudes, conforme recomenda  Paulo aos Romanos 12: 9-21 e praticamente todas as cartas apostólicas do Novo Testamento; há também as prescrições do Santo Elohim  nos dez mandamentos da Lei de Deus, conforme relata o livro Êxodo 20: 1-17.
É possível o eclesiano crente fiel pensar na prática da  religião somente voltada para si mesmo, tendo fé em Deus, esperança nas suas promessas, mas não aplicar-se à caridade, à justiça, à misericórdia do amor de Deus voltadas para o próximo, para as famílias, para as comunidades, para as sociedades, para o planeta onde vive (habitação em herança para os descendentes) e até mesmo para a ordem do sistema sideral. Talvez se esforce para construir o Reino de Deus na sua vida pessoal, fugindo ou ignorando a má sorte a que estão submetidas inúmeras pessoas nos dias atuais. Estamos vivendo uma época de destruição factual dos valores do Reino de Deus: há subversão da ordem divina pelos humanos, com corrupção dos sadios propósitos, praticados por individuos e grupos da sociedade organizada, envolvendo os religiosos, os políticos, os dirigentes, os órgãos públicos, envolvendo quase toda a sociedade; os meios de comunicação registram com frequência, inúmeros desses erros citados, corroborando a existência do forte dinamismo do reino do diabo, o inimigo do bem, instalado entre nós, recebendo o beneplácito de inúmeros cristãos que se anulam na luta pela construção do Reino de Deus na terra, o lar que vamos deixar em herança para nossos filhos e netos.
A construção do Reino de Deus na terra é tarefa nossa e projeto consumado por Jesus Cristo o Filho do Deus Vivo. O Deus de Jesus Cristo é um Deus vivo e isto é importante para o investimento dos eclesianos crentes fiéis. Não tenhamos compromissos com falsos deuses escravizantes das imagens fetichistas que nada podem; não tenhamos compromissos com a devoção animista que produz fenômenos estranhos, atrás das subjetividades de individuos e grupos, que estão mais preocupados com favores pessoais do que com o cumprimento das propostas de Cristo para o seu reino da terra; não tenhamos compromissos com as  demonstrações religiosas baseadas nos arroubos emocionais, que produzem verdadeiros arrebatamentos de frenesi prazeroso, mas que nada operam com relação a construção do Reino de Deus na terra. Tenhamos cuidados, como eclesianos que somos, crentes fiéis que frequentamos nossos templos, mais em busca do convivio confortável e prazeroso de irmãos do que para realizarmos as funções da Igreja Instituída por Jesus Cristo na terra.
Tenhamos presente que uma das definições da Igreja, é que ela é o sacramento da presença de Cristo no mundo, e como tal, ela é o meio eficaz de mantê-lo conosco até os fins dos tempos. Tenhamos presente que onde o Cristo de Deus está, há poder  de transformação, há perdão, há restauração da ordem, há santidade, há misericórdia, há construção do bem, da solidariedade, da paz, da fraternidade, há comunhão com Deus.
Examinemos meus irmãos, nossas consciências, e vejamos qual foi o tipo de colaboração que demos na construção do Reino de Deus na terra! Prestemos contas aos tribunais de nossas consciências, para aferir como foi a execução do nosso planejamento de sermos "um com o Cristo, unidos ao Pai e ao Espírito Santo", na construção do Reino de Deus no mundo! Se porventura tivermos falhados na execução do planejamento deste ano que está terminando, não desanimemos. O Cristo de Deus nos convoca ao testemunho, ao anúncio do seu evangelho no mundo, ao ensino de todas as coisas que Ele nos revelou. Nós somos a sua Igreja! Nós somos os membros do seu Corpo Místico! Nós participamos da Comunhão dos Santos! Nós formamos a Grande Fraternidade Universal!
    Que Deus nos abençôe  a todos!
           Dom Felismar  Manoel
Catolicismo  Evangélico  Salomonita
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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Bendito o que Vem em Nome do Senhor!


Que Deus abençôe a Dom Josué Souza Torres e os que por ele forem abençoados!
Minhas saudações pessoais em nome do Catolicismo Evangélico Salomonita, a Dom Josué Souza Torres, Bispo Primaz da Igreja Episcopal do Evangelho Pleno, que estará ordenando e sagrando ministros cristãos, no dia 12/11/2011, na extensão dos elos da Sucessão Apostólica Histórica, no templo da  Igreja Evangélica Ministério Javé Nissi, à Rua Marechal Fontinele, 4593 - Mallet - Rio de Janeiro, RJ.
Minhas saudações igualmente aos Reverendos Rodrigo Fadool, Elias Batista, Reinaldo Tavares, Jorge Milona e outros irmãos que estão envolvidos neste ministério de evangelicidade e apostolicidade da Igreja de Cristo, na linhagem da sucessão apostólica histórica.
É com muita alegria que o Catolicismo Evangélico Salomonita no Rio de Janeiro recebe este auspicioso evento, até porque também estamos alinhados entre as igrejas que conferem a sucessão apostólica a outras igrejas, pois já o fizemos a três igrejas irmãs, sendo à Igreja Ortodoxa  Constantinopolitana (no Rio de Janeiro), à Igreja Católica Carismática (na Alemanha) e à Igreja Episcopal Evangélica (no Nordeste Brasileiro).
O Catolicismo Evangélico Salomonita relembra com  gratidão a Deus, a unidade e ecumenicidade da Fé Eclesial mantida desde o Concílio Apostólico de Jerusalém na Era Apostólica, no Concílio de Nicéia em 325, no Concílio de Costantinopla em 381, no Concílio de Éfeso em 431, no Concílio de Calcedônia em 451, nos Concílios de Constantinopla em 553 e em 681, no Concílio de Nicéia em 787 e  no Concílio de Constantinopla em 869, quando ainda havia certa unidade entre os cristãos. Infelizmente o Patriarca de Roma alimentou querelas com os outros quatro Patriarcas Ortodoxos durante muito tempo, rompendo-se da sua comunhão  em 1054, quebrando a unidade e  impondo-se como Imperador Mundial;        igualmente louva a Deus pela unidade e ecumenicidade mantida entre as diversas Igrejas Ortodoxas, que respeitando a autonomia de suas diversas congregações, mantém os quatro Patriarcados, seus Metropolitas e Bispos  unidos sob a liderança do Patriarca Ecumênico de Costantinopla;     louva também ao Bom Deus pela unidade de Fé mantida entre os cristãos evangélicos, em torno da Bíblia como Palavra de Deus, vivenciando a diversidade e a multiplicidade de formas cultuais dinamizando uma mesma e única salvação em Cristo.
Trago carinhosamente à memória e com gratidão, o  kairós  de Deus em tempos dificeis, quando  nós buscávamos a Sucessão Apostólica Histórica no Quadrilátero de Lambeth para o Catolicismo Evangélico  Salomonita, impedidos que fomos pelas dificuldades das guerras mundiais.  Graças a Deus a recebemos pelo Ministério Apostólico de Dom Carlos Duarte Costa em 1945, durante o seu rompimento com as desorientações do Papa de Roma, sagrando Bispo a Dom Salomão Ferraz, nosso primeiro Primaz no Brasil.
A investidura que agora ocorrerá e a criação do Conselho Nacional dos Bispos Protestantes do Brasil, faz-me lembrar do acerto daquela propositura do Quadrilátero de Lambeth de 1888,  com  sua Resolução nº 11, a partir da Câmara dos Bispos da Igreja Episcopal Protestante dos Estados Unidos da América em 1886, à qual o Catolicismo Evangélico Salomonita alimenta acolhimento, incentivo, divulgação e esforço por manutenção.  Afirma o seu texto:
 -"Conferência de Lambeth de 1888, Resolução 11 -
 Que, na opinião desta Conferência, os seguintes Artigos provêm o fundamento pelo qual a reconciliação pode ser, pela bênção de Deus, obtida mediante uma Reunião Doméstica:

1.As Santas Escrituras do Antigo e Novo Testamentos, como “contendo todas as coisas necessárias para a salvação”, e como sendo a regra e o padrão final de fé.
2.O Credo dos Apóstolos, como o Símbolo Batismal, e o Credo Niceno, como suficiente declaração da fé Cristã.
3.Os dois Sacramentos ordenados pelo próprio Cristo – o Batismo e a Ceia do Senhor – administrados pelo uso regular das palavras de Cristo que os instituiu e dos elementos por Ele ordenados.
4.O Episcopado Histórico, adaptado localmente nos métodos de sua administração para as variadas necessidades das nações e povos chamados por Deus na Unidade de Sua Igreja".
Benvindos irmãos em Cristo! Mais um laço na unidade dos cristãos, além das Escrituras Sagradas como Regras de Fé e Práticas, o cumprimento das ordenanças do Batismo e Santa Ceia como Jesus Cristo as instituiu e a confirmação dos elementos da Fé Cristã Apostólica, como era no inicio das Comunidades Cristãs. Somos todos um em Cristo, o Filho Unigênito de Deus, o Único Pastor que as ovelhas reconhecem como Chefe da Igreja Verdadeira.
Corações ao alto dando louvores a Deus! No amor do Pai, na salvação do Filho e na orientação do Espírito Santo! Corações ao alto! Pois é verdadeiramente dígno e justo louvar o Deus Todopoderoso, que por amar os seres humanos no mundo, enviou seu Filho para assumir a humana natureza e redimí-la, mesmo com o sacrificio de sua própria vida. Tenhamos coragem! Pois Jesus Cristo venceu a morte, o pecado e o mundo. Ele verdadeiramente morreu, mas ao terceiro dia ressuscitou deixando o seu sepulcro vazio, em kenosis, e esta kenosis aponta para a nossa segurança, para a nossa esperança. O Cristo e Senhor vive verdadeiramente e está conosco e em nós até o fim dos tempos, sem abandonar o Sumo Sacerdócio como nosso Advogado no Santuário Celeste junto a Deus. Louvado seja  Deus!
   Que Deus nos abençôe  a todos!
Dom Felismar  Manoel - Bispo Primaz
Catolicismo  Evangélico  Salomonita
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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Os Católicos Tradicionais e os Dez Mandamentos das Sagradas Escrituras.


Quando eu era ainda adolescente, ganhei uma imagem do menino Jesus e a levei para o Frei Cornélio benzê-la. Era esse um costume entre os católicos romanos. O Frade a benzeu e quando foi devolvê-la a mim, a mesma caiu e fez-se em pedaços. O Frade para compensar-me, deu-me uma Bíblia em substituição. Fiquei maravilhado com o conteúdo da Bíblia, pois só conhecia antes  os evangelhos que ouvia nas missas, ou lia nos missais. A primeira coisa que fui averiguar na Bíblia foi os Dez Mandamentos da Lei de Deus. Ao constatar que o que estava na Bíblia era diferente do que tinha aprendido no Catecismo, voltei ao Frade querendo saber  porque era diferente. A resposta que recebi era de que só estava afirmado de maneira diferente, mas que significava a mesma coisa. No inicio essa resposta me acalmou e decidi também tornar-me um Franciscano, já que o melhor envolvimento e testemunho da prática cristã que eu tinha conhecimento, era reafirmado pelos atos e feitos  do Seráfico Homem de Assis.
Tive um certo encantamento com os exemplos de Francisco que muito me estimularam na minha entrega ao discipulado cristão. Tive também decepções quando tomei conhecimento das estratégias manipuladoras que a Igreja Palaciana fazia para adequação da Ordem Franciscana aos interesses da Instituição Eclesial Romana.
Comecei então, por identificar as incongruências do Catolicismo Romano com as claras orientações das Sagradas Escrituras, deixando à margem de meus estudos,  para buscas posteriores, anotações dos temas que não eram muito claros. Acabei por afastar-me da Ordem Franciscana em 1957, buscando conhecer o mundo mais profano, em uma tentativa de por à prova a minha autêntica vocação cristã. Felizmente o mundo não me convenceu e em 1960 busquei o retorno à vida consagrada, mas preferindo o Catolicismo Evangélico Salomonita.
Refiz de modo crítico toda a minha formação filosófico-teológica anterior, de modo tão envolvente que  acabei por buscar o Doutorado em Filosofia da Religião,  que iniciei em 1968 e concluí em 1972 no Seminário Teológico Santo André, no Campus Rio de Janeiro (Rua da Chita, Bangu).
Nessa caminhada encontrei muitas vozes amigas me encorajando, onde destaco os momentos abençoados das oitivas de verdadeira Clínica Pastoral, que a mim eram dispensadas pelo Pastor José de Souza Herdy e sua virtuosa esposa, aliás os principais responsáveis pela minha busca da titulação doutoral.
Envolvi-me integralmente no Ministério Pastoral;  agora em um Catolicismo sim, mas diferente do anterior, fundamentado e sustentado nas Sagradas Escrituras, tendo como bitola balizadora os Santos Evangelhos de Nosso Senhor Jesus Cristo. Da Tradição Apostólica, apenas o que se prova no Novo Testamento, mas com respaldo nos textos dos Evangelhos.
Hoje percebo que a principal devoção dos católicos tradicionais, na virgem Maria e nos Santos Cristãos, se sustenta verdadeiramente nas imagens e ícones da virgem e dos santos. A maioria não faz distinção entre  a virgem, os santos e as imagens; na verdade é um fetichismo católico em franca desobediência ao segundo mandamento da Lei de Deus, conforme se encontra no capítulo 20 do livro Êxodo das Sagradas Escrituras, mesmo nas Bíblias de origem católicas.
No caso da devoção a Maria, o catolicismo tradicional é praticante também de um espiritismo, pois que põe em prática doutrinas reveladas por essas aparições anímicas (vidências anímicas) de espíritos marianos. Na prática existe hoje, no consenso popular, um catolicismo fetichista e de espiritismo mariano.
A maior parte das práticas católicas populares da atualidade não se fundamenta na Palavra  de Deus e não resiste a uma crítica de teologia bíblica. Elas  sustentam a dependência (dulia e hiper dulia) dos católicos ao Imperador do Vaticano, para a manutenção da sua hegemonia mundial, chegando este ao cúmulo de colocar-se como "substituto de Cristo" na terra (vigário de Cristo), em usurpação ao múnus do Espírito Santo de Deus, com o beneplácito de muitos cientistas e intelectuais ocidentais, que nada fazem para um melhor esclarecimento da humanidade que habita as regiões do planeta.
O segundo mandamento da Lei de Deus diz "não farás para tí  imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o Senhor, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos".
Meus irmãos católicos tradicionais! Fujam da punição divina para o seu pecado de idolatria que poderá recair nos seus filhos e netos. Vocês poderão até continuar a serem católicos, mas seguindo as orientações que estão no Evangelho de Jesus Cristo e fugindo daquelas práticas religiosas que não se respaldam na Palavra de Deus, conforme contido no Novo Testamento.
Procurem a orientação do Espírito Santo e repreendam em nome de Jesus Cristo o absurdo de colocar o Papa como o substituto do Filho de Deus na terra (a palavra vigário significa substituto). Só o Espírito Santo tem a missão de nos orientar em todas as coisas relacioanadas à vida espiritual cristã, quando o nosso discernimento e entendimento não é suficiente. Livrem-se de todas as "amarras" que o catolicismo tradicional colocou em vocês, através do atavismo cultural do obscurantismo alimentados pelo conceito de "dulia, hiperdulia, veneração, trato respeitoso, ou coisa parecida", que vem se perpetuando através de gerações.
Não tornem em vão o sacrificio de Jesus Cristo  na vida de vocês! Ele desceu do Céu para nos trazer o Evangelho da Salvação como Enviado de Deus. Estude o Evangelho. Ponha-o em prática na sua vida. Ensine os seus filhos a se orientarem pelo Evangelho de Cristo. 
Busquem as misericórdias de Deus para seus descendentes até mil gerações, pondo a sua vida em ordem com a Palavra de Deus como está nas Sagradas Escrituras e não nas políticas de Missionários, Diáconos, Padres, Bispos e Pastores que condicionam os seus fazeres, não à correta obediência à Palavra de Deus, mas apenas a estarem alinhados  ao Imperador do Vaticano, mesmo que para isso alimentem interesses estranhos à salvação libertadora que Jesus Cristo oferece.
Sim! Infinitamente sim, a adoração ao Deus Triuno, nas pessoas do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Mas não! Infinitamente não aos cultos de dulia, hiperdulia e/ou veneração às imagens da virgem Maria, dos Santos, ou das pessoas da Santíssima Trindade.
Fujam dos líderes religiosos que condicionam a salvação ou a legitimidade das práticas religiosas  na dependência de se tornarem súditos do Papa Imperador do Vaticano, pois só Jesus Cristo tem Palavras de Vida Eterna.  Sejam católicos se assim o desejarem, mas católicos evangélicos, pois os ensinamentos de Jesus Cristo se encontram predominantemente nas versões dos Quatro Evangelhos, de Mateus, Marcos, Lucas e João.
       Que Deus nos abençôe  a todos!
           Dom Felismar  Manoel
Catolicismo  Evangélico  Salomonita
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