terça-feira, 30 de julho de 2013

VIII - Para conhecer o Catolicismo Salomonita


Amados irmãos e irmãs! Religiosos, Clérigos e Leigos Crentes Fiéis! Saudação e Benção na Paz do Senhor Jesus!

Como prometi fazer todas as quartas-feiras, venho aqui tecer uma sequência de reflexões sobre as Normas Canônicas que constituem o Direito Privado (o Direito Eclesiástico) de nossa Igreja Católica Apostólica Independente de Tradição Salomoniana - ICAI-TS, com o objetivo de facilitar o auto-enquadramento de cada eclesiano, clérigo ou leigo, que seja um crente fiel ao ensinamento de Nosso Senhor Jesus Cristo, conforme propõe o Catolicismo Salomonita.
Que seja um "divisor de águas" para conhecer a nossa verdadeira identidade e um saneador para evitar as confusões com outros catolicismos junto à sociedade brasileira!

Nosso compromisso doutrinário é com o evangelho de Jesus Cristo em primeiro lugar, valorizando a tradição apostólica também, mas quando ela se harmoniza com o contexto dos evangelhos canônicos. Somos parte da Igreja de Cristo Católica e Apostólica, com Sucessão Apostólica do elo sucessório do Papa Leão XIII, e incorporamos em nossa práxis eclesial, também alguns elementos do Cristianismo Ortodoxo e da Reforma Protestante, cultivando carismas próprios com espírito unionista e ecumênico, tanto intra-eclesial, com diferentes Diretórios de Espiritualidades, quanto inter-eclesial, participando em pastorais de promoção humana e diálogos sobre fé e crenças com outras igrejas. Somos comunidades de religiosos, clérigos e leigos que, como crentes fiéis, professamos a fé revelada por Jesus de Cristo, com espírito fraternal para com todos os crentes em Nosso Senhor Jesus Cristo.




O que dizem as Normas Canônicas: - Conforme o artigo 20º e 21º, assim ficam as questões relativas às Entidades Eclesiais no seio da ICAI-TS:

Conforme preceitua o Artigo 20º das Normas Canônicas, a ICAI-TS reconhece a venerabilidade das entidades eclesiais que seguem:

a) A Ordem Episcopal, formada por todos os Bispos e pelos que têm dignidades episcopais, residentes em qualquer região do Brasil;
b) As Congregações Presbiterais, formadas pelos Presbíteros nas diferentes Circunscrições Eclesiásticas do território brasileiro ;
c) As Confrarias Diaconais, formadas pelos Diáconos e Diaconisas nas diferentes Comunidades Eclesiais das diversas Circunscrições Eclesiásticas do território brasileiro;
d) As Irmandades dos Crentes Fiéis, formadas pelas congregações das comunidades locais, organizadas nas diversas Paróquias das diferentes Circunscrições Eclesiásticas do território brasileiro;
e) As Casas Religiosas, que sob seus sistemas regulares diversos, se agregam no seio da ICAI-TS, em qualquer região do território brasileiro.

Estas entidades podem democraticamente se organizarem para representar os interesses de seus pares, sempre que de acordo com o alinhamento jurídico do país e suas normas compatíveis com o evangelho de Jesus Cristo.

Institui o artigo 21º das Normas Canônicas a proclamação da ICAI-TS, como seus Fundamentos Sagrados, os seguintes aspectos indissociáveis da Igreja Cristã:

a) A Igreja de Cristo como um Mistério Divino, construída pelo próprio Cristo no coração dos seres humanos, que e quando, o confessam como Filho de Deus, sendo assim introduzidos no Corpo Místico de Cristo constitutivo da Igreja Espiritual Cristã, presente no Mistério da Comunhão dos Santos;
b) A Igreja Congregacional, quando reúne mais de duas pessoas em nome de Cristo no seio da Comunidade, tornando o próprio Cristo presente na Assembléia dos Crentes Fiéis, que pela busca do consenso em nome de Cristo garante, assim, o uso espiritual do Poder das Chaves do Reino dos Céus prometido pelo Filho de Deus;
c) A Igreja Institucional, que enquanto uma denominação religiosa formada pelos sistemas socioculturais humanos, e de acordo com o alinhamento jurídico do país, viabilizam material e moralmente, a construção do Reino de Deus na terra.

Estes três aspetos devem coexistir enquanto Igreja Cristã Apostólica, de modo obediente às diretrizes do Evangelho de Cristo e harmonizados com as tradições dos apóstolos que se contextualizam no Novo Testamento, sem contradição com os Santos Evangelhos.

É assim, meus irmãos e minhas irmãs, o ordenamento e constituição de nossa igreja, sendo organizadas de acordo com as necessidades e possibilidades materiais, já que tais medidas exigem gastos monetários, tornando-se bastante difícil nas comunidades pobres, e que são a maioria no Território Brasileiro.

Que Deus abençoe a todos, em nome do Pai, e do Filho, e do Espirito Santo. Amém
Dom Felismar Manoel - Bispo Primaz
Catolicismo Salomonita
ICAI-TS

sábado, 27 de julho de 2013

Seja Missionário na Dimensão Patriótica

Catolicismo Apostólico Salomonita
Diretório de Espiritualidade Litúrgica - Ano Eclesial 1986 (2012/13)


Cores Litúrgicas:
1 - Verde (Estação Inverno - Festa das Sementes) - A cor litúrgica verde simboliza a esperança em um mundo melhor, conjugado pelas obras da nossa fé com o dinamismo da natureza criada por Deus, que faz germinar as sementes e desenvolver o viço dos seres vivos.
2 - Cinza - Nos Oficios Penitenciais, de Tristeza e/ou Luto;
3 - Branco - Substitutivo de todas as cores e simbolizando a Integralidade, a Alegria, a Pureza e a Fé Espiritual.

Atualização dos Mistérios de Deus Intervindo na História da Humanidade:
II Movimento - Arco Ascendente - Antropotéia -
A pessoa humana Jesus de Nazaré, se manifesta como Filho de Deus, anuncia seu evangelho de libertação, consuma o processo de redenção humana e edifica sua Igreja como seu Corpo Místico compondo o Mistério da Comunhão dos Santos.

O ser humano se espiritualiza na Comunhão com Deus mediatizada pelo Cristo, cristificando-se para retornar ao seio da Deidade Absoluta.


Espiritualidade Litúrgica

III Tempo - Dinâmica da Martiría Eclesial Cristã - Período da Dinâmica Missionária da Igreja

35ª Semana do Ano Eclesial - 28/07/2013 - VIII Domingo Missionário.
===> Seja Missionário na Dimensão da Pátria que lhe lhe dá Cidadania.

===> Jesus Cristo afirma que nós, enquanto seus discípulos, somos o sal da terra se praticarmos as virtudes cristãs, e somos a luz do mundo se vivenciarmos e anunciarmos as verdades do seu evangelho.

===> Nós cristãos formamos o Verdadeiro Corpo de Cristo, a Comunhão de todos os Santos no passado, no presente e no futuro, unidos no amor de Cristo, praticando as virtudes cristãs e vivenciando as verdades ensinadas em seu Evangelho Libertador.


* * * * *

Tira da prata a escória, e sairá vaso para o ourives;
tira o perverso da presença do rei (governante),
e o seu trono (instância de poder) se firmará na justiça.
Provérbios 25: 4-5


Estamos na 35ª semana do Ano Eclesial 1986 e no VIII domingo missionário (28/07/2013), quando o Hemerológio Cristão como Diretório Litúrgico do Catolicismo Apostólico Salomonita, propõe para nossa vivência nas práticas litúrgicas e nas ações pastorais, o exercício da missão na dimensão patriótica.

Existe bastante confusão junto ao povo em distinguir o que é pátria, nação. país, estado, e coisas do gênero. Aqui, no nosso conceito litúrgico e pastoral, Pátria é o País que nos fornece a cidadania (tem similaridade com Estado, Império, Reino), enquanto nação comporta a identidade cultural, com seus valores e princípios de unidade, envolvendo certo sentido de liderança de alguém dentro de sua malha organizacional. Assim, o membro de mais de uma nação poderá ser cidadão de uma mesma Pátria. No caso da Pátria Brasileira, temos aqui concidadãos que pertencem às várias Nações Indígenas. Nesse sentido as nações tem similaridade com nossas denominações religiosas, podendo nós termos carismas religiosos diversos e formarmos o mesmo Reino de Deus na terra.

Jesus justificou a organização do Império de César (a Pátria dos Romanos que estavam anexando a Nação Judaica), diante do interrogatório dos fariseus de sua época, conforme nos relatam os evangelistas Mateus 22: 15-22; Marcos 12: 13-17; Lucas 20: 20-26 , ele respondeu dizendo...
"Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus".
Em termos religiosos, é bastante comum nós considerarmos a nossa Pátria terrena como "figura", uma "imagem" da pátria celeste que esperamos. Paulo escrevendo aos Filipenses(3: 20) lhes disse que a nossa Pátria está no céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo.

É preciso que nós assumamos em nossas Pátrias, um ministério de participação efetiva como cristãos que somos, aproveitando o privilégio de estarmos em um regime de democracia representativa; é preciso que assumamos a nossa função missionária, principalmente a missão martirial do exemplo como discípulos de Cristo, aplicando a sabedoria de Provérbios, "tirando da prata a escória, para purificar o vaso (cadinho) para o ourives". E nós podemos fazer isto com o exercício do voto nas eleições, com a participação nas manifestações públicas legítimas e ordeiras, contra a tudo aquilo que não representa o bem estar coletivo. Como "missionários" na dimensão patriótica, nós precisamos de "tirar o perverso da presença do rei, para que seu trono se firme na justiça"; é preciso que "limpemos" o entorno dos governantes, seja em que instância for, tirando os perversos da sua equipe, para que o seu exercício de poder, de governança, de gerenciamento, então se possa firmar na justiça e na equidade. Nós cristãos não podemos ficar indiferentes ao "caos" de lisura que ocorre nos cenários públicos e com as coisas públicas em nossa Pátria.

Meus irmãos e minhas irmãs! É preciso que oremos a Deus pedindo o socorro da orientação e assistência do Espírito Santo para que acertemos em nossas ações, mas é preciso também que assumamos o ministério ativo de praticarmos as ações saneadoras, em nossas vidas pessoais pelo comportamento correto; em nossa vida em família pelo cultivo e educação dos princípios cristãos; na nossa vida comunitária testemunhando as virtudes cristãs; e na vida social e pública assumindo o exemplo de vida como uma ação missionária da Igreja de Cristo. Tudo isto seguindo o balizamento dos ensinamentos contidos nos evangelhos de Jesus Cristo.

Que o Deus Triúno abençoe a todos, em o nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.
        Dom Felismar Manoel - Bispo Primaz
         Catolicismo Evangélico Salomonita
            Visite o site: www.icai-ts.org.br
              felismarmanoel@gmail.com



terça-feira, 23 de julho de 2013

O Papa de Roma está no Brasil



O Papa de Roma está no Brasil. Como morador do Rio de Janeiro dou-lhe as boas vindas em nome de Deus, pelo que ele representa histórica e institucionalmente e pela espectativa que os jovens católicos romanos depositam nele; embora muita coisa seja fruto do marketing massificante, pois sabe-se que a grande maioria desses jovens não têm noção de todas as tramas que imbricam sua malha existencial histórica, jurídica e sócio-cultural.
Desejo-lhe as boas vindas também, porque como bispo cristão que sou, tenho a linhagem de Sucessão Apostólica da Igreja de Roma, do elo do Papa Leão XIII. Histórica, teológica e canonicamente temos a mesma responsabilidade diante de Deus, como Comissários de Cristo na terra, tendo que prestar contas diante do Tribunal Divino por nossas Ações Ministeriais aqui no planeta terra.

Que pena que o Papado de Roma não mais dá continuidade e representação ao Apostolado e Ministério de Pedro!
Se ele retornasse ao simples Ministério Apostólico de Pedro, com facilidade representaria o Princípio de Unidade Desejada por Cristo, aproximando a maioria dos cristãos do mundo.

Que saudade de Pedro, em posição igualitária junto aos Apóstolos, buscando a consensualidade entre seus pares e a congregação, para as questões controversas da sua época!
Que saudade da Igreja pós Apostólica dos séculos iniciais, buscando a disciplina canônica para as comunidades na consensualidade, pela Voz de Todos os Cantos da Terra, através dos Verdadeiros Concílios Ecumênicos!
Que saudade da Pentarquia Eclesial, quando os Patriarcados Históricos buscavam a consensualidade nas questões controversas de fé e prática, em verdadeiro clima de alteridade e caridade cristã! Mas tudo se foi; a Pentarquia se desfez, restando a Tetrarquia Patriarcal, a Monarquia Eclesial e o Conselho Mundial de Igrejas. A Sé de Roma negligenciou o Ministério de Pedro e preferiu a Monarquia dos Césares, que para ser consolidada teve que adentrar no campo das heresias.

O Ministério de Pedro é incompatível com a ideia do Papa como substituto (vigário) de Cristo na terra; o Ministério de Pedro é incompatível com a ideia da infalibilidade pessoal de qualquer clérigo; o Ministério de Pedro é incompatível com a ideia de hegemonia de um Bispo sobre todos os demais Bispos; (no Ministério de Pedro não se confunde a deferência da precedência em rituais com a hegemonia jurídica e canônica); o Ministério de Pedro é incompatível com a ideia da Igreja enquanto sociedade perfeita, posto ser ela uma comunidade em união com Deus em Cristo e de uns com os outros,envolvendo pastores e leigos, daí se distanciar da ideia de uma Igreja Estado, com todas as suas funestas consequências, enquanto Povo de Deus; o Ministério de Pedro é incompatível com os arestos canônicos que tira dos clérigos o direito de se constituírem em famílias, conforme prescrição do Novo Testamento.

Caros irmãos e irmãs! Não podemos ignorar a realidade que se oculta através da eloquência da mídia e da sedução das pompas eclesiásticas tradicionais; a Instituição Eclesial Milenar tem suas ideologias de auto-sustentação, e estas tragam o bom senso invigilante dos próprios protagonistas, tornando-os defensores do status quo, e com muito maior facilidade elas tragam também os espectadores sensíveis à sedução do "canto da sereia".
Oremos à Santíssima Trindade, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, para que nos tragam discernimento e nos assistam nesse momento, que parece de glória, mas que não é de tanta glória assim, quando nos confrontamos com os ensinamentos de Jesus Cristo, conforme consta nos Evangelhos Canônicos.

Que Deus nos abençoe a todos
Dom Felismar Manoel


sábado, 20 de julho de 2013

Seja Missionário na Ambiência das Nações

Catolicismo Apostólico Salomonita
Diretório de Espiritualidade Litúrgica - Ano Eclesial 1986 (2012/13)


Cores Litúrgicas:
1 - Verde (Estação Inverno - Festa das Sementes) - A cor litúrgica verde simboliza a esperança em um mundo melhor, conjugado pelas obras da nossa fé com o dinamismo da natureza criada por Deus, que faz germinar as sementes e desenvolver o viço dos seres vivos.
2 - Cinza - Nos Oficios Penitenciais, de Tristeza e/ou Luto;
3 - Branco - Substitutivo de todas as cores e simbolizando a Integralidade, a Alegria, a Pureza e a Fé Espiritual.

Atualização dos Mistérios de Deus Intervindo na História da Humanidade:
II Movimento - Arco Ascendente - Antropotéia -
A pessoa humana Jesus de Nazaré, se manifesta como Filho de Deus, anuncia seu evangelho de libertação, consuma o processo de redenção humana e edifica sua Igreja como seu Corpo Místico compondo o Mistério da Comunhão dos Santos.
O ser humano se espiritualiza na Comunhão com Deus mediatizada pelo Cristo, cristificando-se para retornar ao seio da Deidade Absoluta.


Espiritualidade Litúrgica

III Tempo - Dinâmica da Martiría Eclesial Cristã - Período da Dinâmica Missionária da Igreja

34ª Semana do Ano Eclesial - 21/07/2013 - VII Domingo Missionário.

===> Reflexão e aplicação dos ensinamentos de Jesus Cristo no mundo por aqueles que têm a Igreja Interna, Espiritual, construída em suas vidas.

===> Seja Missionário na Ambiência das Nações do Mundo.

===> Jesus Cristo afirma que nós, enquanto seus discípulos, somos o sal da terra (enquanto praticantes das virtudes) e a luz do mundo (pelo anúncio e a vivência nas verdades do evangelho).

===> Nós cristãos formamos o Verdadeiro Corpo de Cristo, a Comunhão de todos os Santos no passado, no presente e no futuro, unidos no amor de Cristo, praticando as virtudes cristãs e vivenciando as verdades ensinadas em seu Evangelho Libertador.

* * * * *

Feliz a nação cujo Deus é o Senhor,
e o povo que ele escolheu
para sua herança.
Salmo 33: 12

Estamos na 34ª semana do ano eclesial 1986, vivenciando as propostas litúrgicas e pastorais do Catolicismo Salomonita para o VII domingo missionário (21/07/2013), quando o Hemerológio Cristão nos aponta a tarefa e exercício de sermos missionários na ambiência das nações do mundo.

Evocar o conceito de nação no contexto bíblico, nos impõe em primeiro lugar, a vinculação com a idéia de unidade cultural, muito embora haja também a presença de um sentido de governo e liderança, para a manutenção dessa unidade cultural nacional. Assim, essa idéia de nação cultural, é perfeitamente compatível com a multiplicidade de denominações, através das quais a Igreja de Cristo vivencia a diversidade idiodóxica, cultural, ideológica, mas na unidade das doutrinas com ensinamentos consistentes nos evangelhos canônicos do Novo Testamento.

O Profeta Daniel, cerca de 400 anos antes de Cristo, movido pelo Espírito Santo, levantou a sua voz apontando esse tempo de Cristo, ao qual podemos e devemos fazer parte, nos colocando como verdadeiros discípulos e missionários construtores desse Reino do Céu consumado pela salvação oferecida por Jesus Cristo, o Filho do Homem e Filho de Deus:

"Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído.
Daniel 7: 14.
Jesus Cristo Ressuscitado ao explicar as Escrituras aos Apóstolos, diz ser nossa tarefa como seus discípulos e ministros, de "em seu nome pregar o arrependimento para a remissão de pecados a todas nações, começando desde Jerusalém".
Lucas 24: 47.

Ser missionário na ambiência de uma nação pressupõe o processo de inculturação nos saberes e valores dessa nação, pelo que através do diálogo alteritário com esse outro diferente, nos mostrarmos como somos e acolhermos o conhecimento dele diferente, de modo igualitário e ordeiro visando o bem de todos nós. A inculturação exige de cada um de nós a autenticidade e fidelidade aos nossos valores como instrumentalidade de convivência, em humildade e sem jactância e ufanismo, mas com abertura a autenticidade aos valores do outro diferente, sem menosprezo e com respeito axiológico, também visando o bem de todos nós. É nesse contexto de testemunho e exemplos de vida que vamos expor, dar a conhecer, pregar a proposta de Jesus Cristo do arrependimento para a remissão de pecados; é nesse contexto que vamos testemunhar os ensinamentos evangélicos de Jesus Cristo, recomendando sempre tal situação ao Espírito Santo em nossas preces e orações.

É preciso que não cansemos nem desistamos dos nossos propósitos, orando, falando do amor de Deus, exortando ao arrependimento na presença do pecado, expondo os ensinamentos do evangelho através das nossas condutas, das nossas ações e das nossas palavras, buscando a convivência com o outro no amor divino, sem "visão" de menos valia do outro diferente - pois só Deus é o Juiz. É preciso alimentar a fé e a esperança, em autenticidade de vida exemplar como testemunho e em oração e comunhão com a Trindade Divina. É assim que veremos um dia, o evangelho de Jesus Cristo brotar nessas almas e corações, e de modo muito melhor quando se manifestar nos coloridos da sua própria cultura nacional. É preciso que abandonemos a predominante idéia errônea, de que só se é correto quando estiver exatamente como em nossa cultura nacional, pois a unidade em Cristo se faz nos seus ensinamentos evangélicos universais que subsistirão na diversidade das diferentes nações culturais que se juntarão no Reino Eterno de Jesus Cristo.

Aqui se inserem dois aspectos da atualidade para os quais precisamos discernimento: o sincretismo e o "ecumenismo".
Pelo sincretismo tende-se a considerar como se fossem a mesma coisa, certos aspectos de enunciados axiológicos que são contraditórios, generalizando o que deveria ser relativizado. É preciso não ter medo da relativização e reconhecer a utilidade de certas práticas culturais diferentes, mas que também constroem a verdadeira estrutura de uma pessoa e a autêntica cidadania que geram a solidariedade e o bem comum.
Pelo ecumenismo, principalmente após o chamado Concílio Vaticano II, subverteu-se o conceito da palavra a nível das comunidades praticantes das religiões e confunde-se o ecumenismo, ora com a política de boa vizinhança - quando as diferentes crenças religiosas colaboram uma com a outra; ora com a união orgânica, quando uma organização religiosa menor desaparece mergulhada na identidade de outra mais expressiva socialmente - e aí não há ecumenismo, pois quando este existe "ouve-se a voz dos diferentes de qualquer canto da terra". Ecumenismo valioso e bem mais significativo, surgiu nos meios da Igreja da Reforma, que culminou na existência do Conselho Mundial de Igrejas Cristãs ainda hoje atuante, do qual fazem parte os cristãos de boa vontade, com exclusão de quem só busca hegemonia sobre outros. É preciso lembrar que ecumenismo verdadeiro pressupõe o diálogo alteritário, para se expor com autenticidade e para se abrir ao outro com a mesma autenticidade; a unidade nos ensinamentos de Jesus Cristo serão consensualmente reconhecidos, praticados e defendidos, sem que se perca a autenticidade dos diferentes carismas que compõem as identidades confessionais que formarão a diversidade. Uma Igreja Cristã, autenticamente ecumênica manifestará a unidade cristã doutrinária na diversidade dos carismas axiológicos e culturais das suas múltiplas denominações religiosas.

Meus irmãos e minhas irmãs! Qual é a sua posição no contexto exposto? Será que você se adequa a ser missionário na ambiência das nações? O futuro de paz e solidariedade do Reino de Deus pressupõe a mudança da ordem atual, tão corrompida, interesseira e cruel. Isto exige mudança, conversão, arrependimento para a remissão de pecados. Jesus Cristo nos deu essa ordenança. Vamos cumpri-la com a ajuda do Espírito Santo.

Que o Deus Triúno abençoe a todos, em o nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.
         Dom Felismar Manoel - Bispo Primaz
          Catolicismo Evangélico Salomonita
            Visite o site: www.icai-ts.org.br
               felismarmanoel@gmail.com



quarta-feira, 17 de julho de 2013

VII - Para conhecer o Catolicismo Salomonita

Amados irmãos e irmãs! Religiosos, Clérigos e Leigos Crentes Fiéis! Saudação e Benção na Paz do Senhor Jesus!

Como prometi fazer todas as quartas-feiras, venho aqui tecer uma sequência de reflexões sobre as Normas Canônicas que constituem o Direito Privado (o Direito Eclesiástico) de nossa Igreja Católica Apostólica Independente de Tradição Salomoniana - ICAI-TS, com o objetivo de facilitar o auto-enquadramento de cada eclesiano, clérigo ou leigo, que seja um crente fiel ao ensinamento de Nosso Senhor Jesus Cristo, conforme propõe o Catolicismo Salomonita.
Que seja um "divisor de águas" para conhecer a nossa verdadeira identidade e um saneador para evitar as confusões com outros catolicismos junto à sociedade brasileira!

Nosso compromisso doutrinário é com o evangelho de Jesus Cristo em primeiro lugar, valorizando a tradição apostólica também, mas quando ela se harmoniza com o contexto dos evangelhos canônicos. Somos parte da Igreja de Cristo Católica e Apostólica, com Sucessão Apostólica do elo sucessório do Papa Leão XIII, e incorporamos em nossa práxis eclesial, também alguns elementos do Cristianismo Ortodoxo e da Reforma Protestante, cultivando carismas próprios com espírito unionista e ecumênico, tanto intra-eclesial, com diferentes Diretórios de Espiritualidades, quanto inter-eclesial, participando em pastorais de promoção humana e diálogos sobre fé e crenças com outras igrejas. Somos comunidades de religiosos, clérigos e leigos que, como crentes fiéis, professamos a fé revelada por Jesus de Cristo, com espírito fraternal para com todos os crentes em Nosso Senhor Jesus Cristo.




O que dizem as Normas Canônicas: - Conforme os artigos 13º a 19º, assim ficam as questões relativas aos Reitores Paroquiais e às Paróquias:

Artigo 13º – O Reitor Paroquial é um presbítero nomeado pelo Bispo Diocesano, recebendo deste todos os anos, o seu documento de legitimação chamado "Provisão"; não existe vitaliceidade nesta função, sendo ela renovada a cada ano pelo Bispo Diocesano. Deve ser ordenado legítima e validamente. Constitui-se em vigário do bispo no território paroquial, devendo ser maior de vinte e um anos e aprovado nas disciplinas eclesiásticas indicadas para a assistência espiritual dos fiéis.
O Parágrafo Único desse artigo diz que o Reitor Paroquial será auxiliado no seu múnus pastoral no âmbito da Congregação de Crentes Fiéis pelos Diáconos, Diaconisas, Ministros e Ministras da Liturgia.

Afirma o Artigo 14º que o Reitor Paroquial tem jurisdição delegada do seu Bispo na área territorial de sua paróquia, não havendo portanto, a figura jurídica do vigário inamovível e vitalicio. O Reitor Paroquial é o representante legal da Paróquia, em juízo ou fora dele, podendo substabelecer.

O Artigo 15º coloca a Paróquia como a Sede de Representação da ICAI-TS no território paroquial, fixando aí a residência oficial do Reitor Paroquial, sendo o seu território delimitado dentro da área territorial de uma diocese.
Conforme o Parágrafo Único desse artigo, o foro jurídico da Paróquia será sempre o da região da Sede Paroquial.

O Artigo 16º confere à Paróquia a amplitude dos trabalhos pastorais de base da ICAI-TS, podendo por isso, constituir oratórios públicos para as suas diferentes células ou irmandades, as capelas para as congregações da periferia da sede matriz, as filadelfias para os diversos núcleos de ministérios especiais e as confrarias para os múltiplos apostolados; pode ainda erigir asilos, albergues, ambulatórios, consultórios, hospitais, escolas, colégios e afins para dar cobertura às suas diferentes obras de misericórdias do evangelho do Cristo. Em todas as Paróquias deverão existir os Centros de Instrução pró-Vida-CIVIDA, para cuidar da educação de base da cidadania cristã, tanto no âmbito intra-eclesial, quanto inter-eclesial e social, bem como para outras atividades permitidas por lei e de acordo com suas possibilidades.
O Parágrafo I desse artigo diz que a Paróquia poderá instituir Diaconias Especiais, voltadas para algumas atividades pastorais específicas, ficando tais funções a cargo de seu Corpo diaconal; já o seu Parágrafo II define que o Corpo Diaconal da Paróquia se encarregará da parte de promoção humana e de assistência à comunidade local, tudo sob a supervisão do Reitor Paroquial.

O Artigo 17º afirma que o Conselho Paroquial é o órgão de administração da Paróquia, sendo sua composição indicada pela Assembléia Paroquial, tendo mandato de um ano, sendo formada pelos seguintes cargos:
a) Secretário Paroquial para as funções da secretaria da paróquia;
b) Guardião Paroquial para as funções de administração da paróquia;
c)Ecônomo Paroquial para as funções de tesouraria da paróquia;
d) Ouvidor Paroquial para as funções de ouvidoria da paróquia.

O Artigo 18º diz que a Assembléia Paroquial elegerá também a Junta de Ministros da Liturgia, com mandato de um ano, para as seguintes funções:
a) Os Ministros Vigilantes para as portas do templo durante os cultos e ofícios, sendo os recepcionistas que introduzem as pessoas nos templos;
b) Os Ministros Exortadores para o interior do templo durante os cultos e oficios, sendo os responsáveis para orientar a disciplina interna devida nos templos;
c) Os Ministros da Palavra para exercerem suas funções nos cultos e oficios, tanto nas leituras, como também nas pregações, se preparados para tal;
d) Os Ministros dos Sacramentos para exercerem suas funções nos cultos e oficios, como auxiliares nas funções litúrgicas e pastorais.
Afirma o Parágrafo Único desse artigo que a Junta de Ministros da Liturgia desempenham suas funções em todos os templos, mas poderão atuar principalmente nas localidades onde não há Presbíteros permanentes.

Define o Artigo 19º que o Reitor Paroquial é membro permanente do Conselho Paroquial e da Junta de Ministros, tanto por sua responsabilidade pastoral, quanto por sua função de vigário regional do seu bispo diocesano no território paroquial.

Caros irmãos e caras irmãs! Devido as grandes distâncias que separam as sedes diocesanas de algumas sedes paroquiais, impossibilitando uma assistência episcopal direta junto aos Reitores Paroquiais, existem muitas desordens organizacionais nas comunidades paroquiais dispersas pelo nosso Território Brasileiro, cabendo a cada eclesiano cristão salomonita de bom entendimento, o dever de ajudar ao seu Reitor Paroquial na formação canônica da administração da paróquia. Admoeste o seu Reitor Paroquial, mostrando-lhe que, o que se apresenta diferente do que aqui é exposto, está em desalinhamento com as Normas Canônicas e Jurídicas da ICAI-TS no Brasil.

Que Deus abençoe a todos, em nome do Pai, e do Filho, e do Espirito Santo. Amém
Dom Felismar Manoel - Bispo Primaz
Catolicismo Salomonita
ICAI-TS

sábado, 13 de julho de 2013

Seja Missionário na Sociedade Atual


Catolicismo Apostólico Salomonita
Diretório de Espiritualidade Litúrgica - Ano Eclesial 1986 (2012/13)


Cores Litúrgicas:
1 - Verde (Estação Inverno - Festa das Sementes) - A cor litúrgica verde simboliza a esperança em um mundo melhor, conjugado pelas obras da nossa fé com o dinamismo da natureza criada por Deus, que faz germinar as sementes e desenvolver o viço dos seres vivos.
2 - Cinza - Nos Oficios Penitenciais, de Tristeza e/ou Luto;
3 - Branco - Substitutivo de todas as cores e simbolizando a Integralidade, a Alegria, a Pureza e a Fé Espiritual.

Atualização dos Mistérios de Deus Intervindo na História da Humanidade:
II Movimento - Arco Ascendente - Antropotéia -
A pessoa humana Jesus de Nazaré, se manifesta como Filho de Deus, anuncia seu evangelho de libertação, consuma o processo de redenção humana e edifica sua Igreja como seu Corpo Místico compondo o Mistério da Comunhão dos Santos.

O ser humano se espiritualiza na Comunhão com Deus mediatizada pelo Cristo, cristificando-se para retornar ao seio da Deidade Absoluta.


Espiritualidade Litúrgica

III Tempo - Dinâmica da Martiría Eclesial Cristã - Período da Dinâmica Missionária da Igreja

33ª Semana do Ano Eclesial - 14/07/2013 - VI Domingo Missionário.

===> Reflexão e aplicação dos ensinamentos de Jesus Cristo no mundo por aqueles que têm a Igreja Interna, Espiritual, construída em suas vidas.

===> Seja Missionário no Ambiente da Sociedade de Nossos Dias.

===> Jesus Cristo afirma que nós, enquanto seus discípulos, somos o sal da terra (enquanto praticantes das virtudes) e a luz do mundo (pelo anúncio e a vivência nas verdades do evangelho).

===> Nós cristãos formamos o Verdadeiro Corpo de Cristo, a Comunhão de todos os Santos no passado, no presente e no futuro, unidos no amor de Cristo, praticando as virtudes cristãs e vivenciando as verdades ensinadas em seu Evangelho Libertador.

* * * * *

Pede-me, e eu te darei as nações por herança e as extremidades da terra por possessão.
Salmo 2: 8

Estamos no VI domingo missionário (14/07/2013), quando o Hemerológio Cristão nos propõe sermos missionários nos ambientes da sociedade atual, sabendo que vivemos em época de globalização e multiculturalismo.

Uma das estratégias para o trabalho missionário é a inculturação, e constitui uma tarefa bastante difícil inculturar-se nos grupos ou comunidades que sustentam valores e práticas do mundo pagão, idólatra e licencioso. No confronto de valores culturais religiosos e profanos de nossa sociedade multicultural, à luz dos ensinamentos dos evangelhos de Jesus Cristo, há uma tendência ao sincretismo e a relativização, o que se torna incompatível com o posicionamento do cristão no mundo.

A inculturação busca o conhecimento dos valores do outro para estabelecer-se o diálogo e oferecer testemunho, mas não para que se faça o julgamento do outro. É preciso enquadrar-se no senso de alteridade para fazer a abordagem do outro diferente de nós, e sabemos que a alteridade é uma abordagem dialogal, sincera, igualitária, pacífica, buscadora de um bem comum; nela nós nos abrimos sinceramente para o outro e procuramos também ouví-lo nas suas idiossincrasias. não para julgá-lo, nem para nos exibirmos com jactância, mas para permitir que nos conheçamos verdadeiramente e nos constituamos como companheiros na caminhada terrena, dentro dos parâmetros de cidadania e solidariedade, como irmãos de humanidade.

Ao estudar a atitude do apóstolo Paulo em Atos 17: 16-34, percebemos a dificuldade encontrada por ele naqueles dias, em uma Atenas dominada pela idolatria. O texto nos diz que Paulo estava com seu espírito revoltado diante daquela realidade, e que ele dissertava sobre isso junto aos judeus e aos gentios piedosos nas sinagogas. É muito comum, nos dias de hoje, também os cristãos contemporâneos se revoltarem. Não podemos agir sob o espírito de revolta nesses meios, pois o próprio Deus respeita o livre arbítrio dos humanos, mesmo quando eles discordam das revelações de Jesus Cristo. Aliás nesse contexto, o próprio Cristo constitui um bom exemplo de inculturação missionária para nós; pois Ele sendo o Filho de Deus, se inculturou na humanidade e se fez humano no seio da virgem Maria, se inculturou no judaísmo e se fez judeu; mas não para consolidar o judaísmo dogmático, político e ideológico; mas para, através dele e dentro dele, apresentar as Boas Novas do Reino de Deus aqui na terra e o caminho para a salvação eterna, o caminho para a perfeita comunhão através Dele, com o Pai do Céu na dinâmica do Espírito Santo.

Jesus Cristo, no seu exemplo de inculturação missionária junto aos humanos, deixou eloquentes exemplos de estratégias missionárias, agindo didaticamente quando as circunstâncias assim o exigiam, como fez na casa de Marta e Maria; sendo o Arauto do Deus Altíssimo quando proferiu seus discursos reveladores das verdades sublimes do Pai; agindo por martiria quando foi o exemplo testemunhal de comportamento espiritual, de cidadania, de fidelidade ao Pai da Eternidade e de amor por nós, ovelhas resgatadas de seu rebanho.

Do exposto percebe-se que a inculturação missionária com culturas de valores diferentes é uma estratégia conveniente para os cristãos em nossos dias de multiculturalismo; entretanto, é preciso que não confundamos a inculturação missionária, nem com o ecumenismo de conveniência, nem com o ecletismo religioso. O apóstolo Paulo em 2 Coríntios 6: 14-18, prescreve que não devemos ter nenhuma comunhão com os incrédulos, pois não é possível haver uma sociedade entre a justiça e a iniquidade, nem haver comunhão entre a luz e as trevas; não pode haver harmonia entre Cristo e o maligno, nem a união do crente com o incrédulo; não pode haver ligação entre o Santuário de Deus e os ídolos; pois nós somos o santuário do Deus que vive para sempre., conforme nos diz as Sagradas Escrituras: "Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Por isso, retirai-vos do meio deles, separaivos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras; e eu vos receberei, serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo Poderoso".

Como conciliar, meus irmãos e minhas irmãs, estas exortações apostólicas com a práxis do trabalho missionário nas sociedades do planeta terra multicultural de nossos dias?

O Catolicismo Apostólico Salomonita no Manual do Eclesiano, adota um comportamento ecumênico baseado em seis princípios e que pode ser adaptado e servir de roteiro para nossa inculturação missionária, nesses dias multiculturais. Vejamos:
1º – Buscar a orientação do Espírito Santo através das orações individual ou congregacional, a nível institucional, ou de participação com outras denominações que também buscam e servem ao Deus de Jesus Cristo.
2º – Buscar conhecer os valores e carismas próprios de nossas comunidades e denominação, praticando o verdadeiro discipulado cristão, sendo zelosos em testemunhá-los com autenticidade pessoal.
3º – Procurar conhecer os valores e carismas das outras comunidades e denominações, ou princípios de vida, ou ideologias pessoais, respeitando-os de acordo com o senso de alteridade e cidadania.
4º – Não concordar que falem inverdades sobre nossas comunidades, nossas denominações, nossas ideologias; nem falarmos sobre as outras comunidades, denominações, ideologias, o que não sabemos ser verdadeiro sobre elas. Em tudo fazendo defesas pacíficas, harmoniosas, a bem da verdade.
5º– Promover sempre que possível o conhecimento de nossas semelhanças, evitando sempre as discussões sem propósito sobre as nossas diferenças. Quando surgir possibilidades, em espaços adequados, com propósitos definidos, dialogar sobre os pontos de divergências, sempre respeitando os direitos alteritários das diferenças.
6º – Participar de trabalhos inter-religiosos, interculturais, inter-ideológicos que promovam o ser humano, que promovam a paz, que promovam o bem social, que proteja o planeta e a vida, que discutam com respeito e real desejo de conhecer verdadeiramente nossos pontos de idiodoxias e crenças básicas, que contribuam para a maior glória de Deus.

Que o Deus Triuno abençoe a todos, em o nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.
        Dom Felismar Manoel - Bispo Primaz
         Catolicismo Evangélico Salomonita
           Visite o site: www.icai-ts.org.br
             felismarmanoel@gmail.com



terça-feira, 9 de julho de 2013

VI - Para conhecer o Catolicismo Salomonita

Amados irmãos e irmãs! Religiosos, Clérigos e Leigos Crentes Fiéis! Saudação e Benção na Paz do Senhor Jesus!

Como prometi fazer todas as quartas-feiras, venho aqui tecer uma sequência de reflexões sobre as Normas Canônicas que constituem o Direito Privado (o Direito Eclesiástico) de nossa Igreja Católica Apostólica Independente de Tradição Salomoniana - ICAI-TS, com o objetivo de facilitar o auto-enquadramento de cada eclesiano, clérigo ou leigo, que seja um crente fiel ao ensinamento de Nosso Senhor Jesus Cristo, conforme propõe o Catolicismo Salomonita.
Que seja um "divisor de águas" para conhecer a nossa verdadeira identidade e um saneador para evitar as confusões com outros catolicismos junto à sociedade brasileira!

Nosso compromisso doutrinário é com o evangelho de Jesus Cristo em primeiro lugar, valorizando a tradição apostólica também, mas quando ela se harmoniza com o contexto dos evangelhos canônicos. Somos parte da Igreja de Cristo Católica e Apostólica, com Sucessão Apostólica do elo sucessório do Papa Leão XIII, e incorporamos em nossa práxis eclesial, também alguns elementos do Cristianismo Ortodoxo e da Reforma Protestante, cultivando carismas próprios com espírito unionista e ecumênico, tanto intra-eclesial, com diferentes Diretórios de Espiritualidades, quanto inter-eclesial, participando em pastorais de promoção humana e diálogos sobre fé e crenças com outras igrejas. Somos comunidades de religiosos, clérigos e leigos que, como crentes fiéis, professamos a fé revelada por Jesus de Cristo, com espírito fraternal para com todos os crentes em Nosso Senhor Jesus Cristo.


O que dizem as Normas Canônicas: - Conforme o artigo 12º e seu parágrafo, assim ficam as questões relativas aos Superiores e Superioras das Instituições Religiosas agregadas à ICAI-TS, bem como de suas respectivas Casas Religiosas:

Conforme preceitua o artigo 12º, a ICAI-TS acolhe e agrega em seu seio os Superiores e Superioras de diferentes Instituições Religiosas, sendo os mesmos regidos pelas Regras Sagradas (normas de viver e comportar-se próprias) de suas respectivas Entidades Religiosas. Tais Entidades (Ordens, Congregações, Institutos, ou equivalentes), além das Regras Sagradas, deverão ter suas Instituições ou Associações Religiosas Mantenedoras, com seus respectivos Estatutos de Pessoas Jurídicas, CNPJ, cumprindo o ordenamento jurídico do pais. Terão também um Ordenamento do Costumeiro Comum, ou Regimento Interno, para regular a vida doméstica das suas comunidades. Todos esses documentos serão analisados pelos Bispos das respectivas regiões, visando averiguar se há compatibilidades entre o ideário da ICAI-TS e as proposituras de tais Casas Religiosas.

Quando tais Casas Religiosas tiverem várias unidades em territórios de diferentes Dioceses, suas acolhidas deverão ser providenciadas através da Sé Primacial, que proverá instâncias junto às demais Dioceses.

Participam dessas análises junto ao Bispo Ordinário, o seu Conselho Diocesano, ou junto ao Bispo Primaz e seu Conselho Primacial.

Essas Entidades Religiosas agregadas gozam de autonomia administrativa em suas respectivas unidades, mas devem obediência às diretrizes pastorais dos seus respectivos Bispos Diocesanos, das respectivas regiões onde desenvolverem atividades missionárias, apostolares, pastorais, ministeriais e litúrgicas.

Define o parágrafo I do artigo 12º, que a ICAI-TS respeita os antigos costumes cristãos que reconhece e institui as Abadias, sendo essas Abadias Regulares, próprias das Instituições Religiosas agregadas, cujas Santas Regras tenham como Superiores os Abades ou Abadessas com jurisdição “intra-murus”;
reconhece e institui também as Abadias Substanciais, próprias do sistema canônico da ICAI-TS, para situações especiais em sua vida pastoral, sendo nesse caso suas jurisdições sobre bens e pessoas e não territorial;
reconhece e institui ainda os Mosteiros, Conventos, Claustros e Institutos Regulares, quando se tratar de Instituições Religiosas agregadas, cujas Santas Regras adotem regime de vida contemplativa, tendo seus superiores jurisdição “intra-murus”.

Meus irmãos e minhas irmãs. Lembrem-se sempre que nós religiosos, sendo clérigos ou leigos cristãos, estamos assumindo nossos ministérios como Comissários de Cristo e que Cristo veio para servir e não para ser servido; sendo assim, nenhum missionário, clérigo de qualquer grau, ou religioso de qualquer voto, pode usar suas funções e seus cargos para promover a vaidade e orgulho pessoal. Não tenham dúvidas! Se agirem desse modo, tais irmãos estão em desacordo com as orientações do Catolicismo Salomonita, Façam advertências com caridade, exortando e orando para que tais irmãos se convertam às diretrizes de Jesus Cristo em seu evangelho.

Que Deus abençoe a todos, em nome do Pai, e do Filho, e do Espirito Santo. Amém
Dom Felismar Manoel - Bispo Primaz
Catolicismo Salomonita
ICAI-TS

sábado, 6 de julho de 2013

Seja Missionário na Comunidade Social

Catolicismo Apostólico Salomonita
Diretório de Espiritualidade Litúrgica - Ano Eclesial 1986 (2012/13)


Cores Litúrgicas:
1 - Verde (Estação Inverno - Festa das Sementes) - A cor litúrgica verde simboliza a esperança em um mundo melhor, conjugado pelas obras da nossa fé com o dinamismo da natureza criada por Deus, que faz germinar as sementes e desenvolver o viço dos seres vivos.
2 - Cinza - Nos Oficios Penitenciais, de Tristeza e/ou Luto;
3 - Branco - Substitutivo de todas as cores e simbolizando a Integralidade, a Alegria, a Pureza e a Fé Espiritual.

Atualização dos Mistérios de Deus Intervindo na História da Humanidade:
II Movimento - Arco Ascendente - Antropotéia -
A pessoa humana Jesus de Nazaré, se manifesta como Filho de Deus, anuncia seu evangelho de libertação, consuma o processo de redenção humana e edifica sua Igreja como seu Corpo Místico compondo o Mistério da Comunhão dos Santos.
O ser humano se espiritualiza na Comunhão com Deus mediatizada pelo Cristo, cristificando-se para retornar ao seio da Deidade Absoluta.



Espiritualidade Litúrgica

III Tempo - Dinâmica da Martiria Eclesial Cristã - Período da Dinâmica Missionária da Igreja

32ª Semana do Ano Eclesial - 07/07/2013 - V Domingo Missionário.

===> Reflexão e aplicação dos ensinamentos de Jesus Cristo no mundo por aqueles que têm a Igreja Interna, Espiritual, construída em suas vidas.

===> Seja Missionário no Ambiente da Comunidade Social.

===> Jesus Cristo afirma que nós, enquanto seus discípulos, somos o sal da terra (enquanto praticantes das virtudes) e a luz do mundo (pelo anúncio e a vivência nas verdades do evangelho).

===> Nós cristãos formamos o Verdadeiro Corpo de Cristo, a Comunhão de todos os Santos no passado, no presente e no futuro, unidos no amor de Cristo, praticando as virtudes cristãs e vivenciando as verdades ensinadas em seu Evangelho Libertador.

* * * * *
A meus irmãos declarei o teu nome;
cantar-te-ei louvores no meio da congregação.
Salmo 22: 22

Estamos na 32ª semana do Ano Eclesial 1986 (2012/2013) e no V domingo missionário, quando o Hemerológio Cristão enquanto Diretório Litúrgico, nos propõe como exercício de testemunho e vivências, sermos missionários nos ambientes de nossas comunidades sociais.

No mundo atual multicultural e globalizado, principalmente as populações urbanas (que constitui a maioria), participamos de dois tipos de comunidades sociais: as comunidades dos irmãos de fé e idiodoxías religiosas e as comunidades dos irmãos de humanidade, constituídas estas pelos núcleos de nossas identidades religiosas e pelos que compartilham conosco as proximidades das nossas moradias, incluindo aí aspetos de territorialidade e interesses do bem estar comum, bem como, certa partilha de valores socioculturais locais e certos vínculos afetivos, pela parceria da vida compartilhada na trajetória da caminhada na terra.

Quando somos convocados pela Sagrada Liturgia a exercer o nosso ministério de missionários, uma vez que assumimos esse compromisso pelos Sacramentos do Santo Batismo e pelo Santo Crisma recebidos, sendo feitos membros do Corpo do Cristo de Deus e participantes do seu Sacerdócio Universal de Salvação oferecida e disponível a toda a humanidade de ontem, de hoje e do futuro, nos investimos no dever de exercer este sublime múnus pastoral, tanto junto à Comunidade Congregacional de nossa Igreja, como também junto à Comunidade Social de nosso local de moradia.
O apóstolo Paulo, em sua Carta aos Hebreus, capítulo 10, versículo 25, faz uma exortação: --- "Não deixemos de congregar-nos, como alguns costumam fazer; mas antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia do Senhor se aproxima". --- A julgar pela proliferação do pecado e do mal em nossos dias, presentes em todas as camadas das sociedades, desde os religiosos, governantes, políticos, órgãos sociais diversos e atingindo a vida dos povos comuns, tornando-a muito mais difícil de ser vivida, podemos perfeitamente admitir que, por causa dos justificados no amor de Cristo, o Dia do Senhor está mais próximo. Devemos exercer o nosso ministério como missionários junto a nossa comunidade eclesial, admoestando, exemplificando, encorajando, auxiliando os irmãos que passam por dificuldades, sem jamais nos desertarmos da convivência congregacional. É principalmente na congregação que podemos exercitar melhor o nosso discipulado cristão, conforme nos propõe o evangelho de Nosso Único Senhor Jesus Cristo. Somente a Ele devemos vassalagem; somente a Ele devemos dulia ou hiperdulia. Segundo a Palavra de Deus, não pode existir para nós eclesianos cristãos, nenhum outro senhor, ou senhora, mesmo que seja a Santa Mãe de Jesus, a quem verdadeiramente honramos como Bem Aventurada entre todas as mulheres, de cuja memória nós nos alegramos com graças diante do Trono de Deus em Cristo, de quem partilhamos a ventura de pertencer ao mesmo Corpo Místico de Cristo na Comunhão dos Santos e de esforçarmos por praticar o seu conselho de FAZER TUDO QUE JESUS MANDAR.

Com relação à comunidade social do nosso hethos de convivência partilhada, é o lugar privilegiado de nosso testemunho de vida cristã autêntica (martiría), o lugar de demonstrar na verdade a nossa vida de cristãos virtuosos, consoante a exortação de Paulo, conforme Colossenses 3: 12-17: --- "Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade.
Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivos de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós; acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição.
Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um só corpo; e sede agradecidos.
Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus com salmos, e hinos, e cânticos espirituais com gratidão, em vosso coração.
E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai".

Meus irmãos e minhas irmãs! Valorizemos sempre a dinâmica influenciadora da nossa vida compartilhada nas localidades de moradias (hethos), pois é nesse espaço que geralmente ocorre grande parte da endoculturação e socialização primária de nossas crianças, através das pessoas significativas de suas vidas. Procuremos ser para a infância e a adolescência os entes significativos de suas existências, e mesmo para os adultos, procuremos exercer a eloquência de uma vida cristã autêntica e virtuosa, para que possamos influenciar na aculturação e socialização secundária dos adultos, nossos concidadãos. Pois com certeza, fazendo isto, estaremos concorrendo para a construção de um mundo melhor, digno de ser considerado o Reino de Deus na Terra, reino este, que foi trazido por Jesus de Nazaré, a quem Deus constituiu o seu Ungido Salvador.

Que o Deus Triúno abençoe a todos, em o nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.
          Dom Felismar Manoel - Bispo Primaz
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