sábado, 20 de julho de 2013

Seja Missionário na Ambiência das Nações

Catolicismo Apostólico Salomonita
Diretório de Espiritualidade Litúrgica - Ano Eclesial 1986 (2012/13)


Cores Litúrgicas:
1 - Verde (Estação Inverno - Festa das Sementes) - A cor litúrgica verde simboliza a esperança em um mundo melhor, conjugado pelas obras da nossa fé com o dinamismo da natureza criada por Deus, que faz germinar as sementes e desenvolver o viço dos seres vivos.
2 - Cinza - Nos Oficios Penitenciais, de Tristeza e/ou Luto;
3 - Branco - Substitutivo de todas as cores e simbolizando a Integralidade, a Alegria, a Pureza e a Fé Espiritual.

Atualização dos Mistérios de Deus Intervindo na História da Humanidade:
II Movimento - Arco Ascendente - Antropotéia -
A pessoa humana Jesus de Nazaré, se manifesta como Filho de Deus, anuncia seu evangelho de libertação, consuma o processo de redenção humana e edifica sua Igreja como seu Corpo Místico compondo o Mistério da Comunhão dos Santos.
O ser humano se espiritualiza na Comunhão com Deus mediatizada pelo Cristo, cristificando-se para retornar ao seio da Deidade Absoluta.


Espiritualidade Litúrgica

III Tempo - Dinâmica da Martiría Eclesial Cristã - Período da Dinâmica Missionária da Igreja

34ª Semana do Ano Eclesial - 21/07/2013 - VII Domingo Missionário.

===> Reflexão e aplicação dos ensinamentos de Jesus Cristo no mundo por aqueles que têm a Igreja Interna, Espiritual, construída em suas vidas.

===> Seja Missionário na Ambiência das Nações do Mundo.

===> Jesus Cristo afirma que nós, enquanto seus discípulos, somos o sal da terra (enquanto praticantes das virtudes) e a luz do mundo (pelo anúncio e a vivência nas verdades do evangelho).

===> Nós cristãos formamos o Verdadeiro Corpo de Cristo, a Comunhão de todos os Santos no passado, no presente e no futuro, unidos no amor de Cristo, praticando as virtudes cristãs e vivenciando as verdades ensinadas em seu Evangelho Libertador.

* * * * *

Feliz a nação cujo Deus é o Senhor,
e o povo que ele escolheu
para sua herança.
Salmo 33: 12

Estamos na 34ª semana do ano eclesial 1986, vivenciando as propostas litúrgicas e pastorais do Catolicismo Salomonita para o VII domingo missionário (21/07/2013), quando o Hemerológio Cristão nos aponta a tarefa e exercício de sermos missionários na ambiência das nações do mundo.

Evocar o conceito de nação no contexto bíblico, nos impõe em primeiro lugar, a vinculação com a idéia de unidade cultural, muito embora haja também a presença de um sentido de governo e liderança, para a manutenção dessa unidade cultural nacional. Assim, essa idéia de nação cultural, é perfeitamente compatível com a multiplicidade de denominações, através das quais a Igreja de Cristo vivencia a diversidade idiodóxica, cultural, ideológica, mas na unidade das doutrinas com ensinamentos consistentes nos evangelhos canônicos do Novo Testamento.

O Profeta Daniel, cerca de 400 anos antes de Cristo, movido pelo Espírito Santo, levantou a sua voz apontando esse tempo de Cristo, ao qual podemos e devemos fazer parte, nos colocando como verdadeiros discípulos e missionários construtores desse Reino do Céu consumado pela salvação oferecida por Jesus Cristo, o Filho do Homem e Filho de Deus:

"Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído.
Daniel 7: 14.
Jesus Cristo Ressuscitado ao explicar as Escrituras aos Apóstolos, diz ser nossa tarefa como seus discípulos e ministros, de "em seu nome pregar o arrependimento para a remissão de pecados a todas nações, começando desde Jerusalém".
Lucas 24: 47.

Ser missionário na ambiência de uma nação pressupõe o processo de inculturação nos saberes e valores dessa nação, pelo que através do diálogo alteritário com esse outro diferente, nos mostrarmos como somos e acolhermos o conhecimento dele diferente, de modo igualitário e ordeiro visando o bem de todos nós. A inculturação exige de cada um de nós a autenticidade e fidelidade aos nossos valores como instrumentalidade de convivência, em humildade e sem jactância e ufanismo, mas com abertura a autenticidade aos valores do outro diferente, sem menosprezo e com respeito axiológico, também visando o bem de todos nós. É nesse contexto de testemunho e exemplos de vida que vamos expor, dar a conhecer, pregar a proposta de Jesus Cristo do arrependimento para a remissão de pecados; é nesse contexto que vamos testemunhar os ensinamentos evangélicos de Jesus Cristo, recomendando sempre tal situação ao Espírito Santo em nossas preces e orações.

É preciso que não cansemos nem desistamos dos nossos propósitos, orando, falando do amor de Deus, exortando ao arrependimento na presença do pecado, expondo os ensinamentos do evangelho através das nossas condutas, das nossas ações e das nossas palavras, buscando a convivência com o outro no amor divino, sem "visão" de menos valia do outro diferente - pois só Deus é o Juiz. É preciso alimentar a fé e a esperança, em autenticidade de vida exemplar como testemunho e em oração e comunhão com a Trindade Divina. É assim que veremos um dia, o evangelho de Jesus Cristo brotar nessas almas e corações, e de modo muito melhor quando se manifestar nos coloridos da sua própria cultura nacional. É preciso que abandonemos a predominante idéia errônea, de que só se é correto quando estiver exatamente como em nossa cultura nacional, pois a unidade em Cristo se faz nos seus ensinamentos evangélicos universais que subsistirão na diversidade das diferentes nações culturais que se juntarão no Reino Eterno de Jesus Cristo.

Aqui se inserem dois aspectos da atualidade para os quais precisamos discernimento: o sincretismo e o "ecumenismo".
Pelo sincretismo tende-se a considerar como se fossem a mesma coisa, certos aspectos de enunciados axiológicos que são contraditórios, generalizando o que deveria ser relativizado. É preciso não ter medo da relativização e reconhecer a utilidade de certas práticas culturais diferentes, mas que também constroem a verdadeira estrutura de uma pessoa e a autêntica cidadania que geram a solidariedade e o bem comum.
Pelo ecumenismo, principalmente após o chamado Concílio Vaticano II, subverteu-se o conceito da palavra a nível das comunidades praticantes das religiões e confunde-se o ecumenismo, ora com a política de boa vizinhança - quando as diferentes crenças religiosas colaboram uma com a outra; ora com a união orgânica, quando uma organização religiosa menor desaparece mergulhada na identidade de outra mais expressiva socialmente - e aí não há ecumenismo, pois quando este existe "ouve-se a voz dos diferentes de qualquer canto da terra". Ecumenismo valioso e bem mais significativo, surgiu nos meios da Igreja da Reforma, que culminou na existência do Conselho Mundial de Igrejas Cristãs ainda hoje atuante, do qual fazem parte os cristãos de boa vontade, com exclusão de quem só busca hegemonia sobre outros. É preciso lembrar que ecumenismo verdadeiro pressupõe o diálogo alteritário, para se expor com autenticidade e para se abrir ao outro com a mesma autenticidade; a unidade nos ensinamentos de Jesus Cristo serão consensualmente reconhecidos, praticados e defendidos, sem que se perca a autenticidade dos diferentes carismas que compõem as identidades confessionais que formarão a diversidade. Uma Igreja Cristã, autenticamente ecumênica manifestará a unidade cristã doutrinária na diversidade dos carismas axiológicos e culturais das suas múltiplas denominações religiosas.

Meus irmãos e minhas irmãs! Qual é a sua posição no contexto exposto? Será que você se adequa a ser missionário na ambiência das nações? O futuro de paz e solidariedade do Reino de Deus pressupõe a mudança da ordem atual, tão corrompida, interesseira e cruel. Isto exige mudança, conversão, arrependimento para a remissão de pecados. Jesus Cristo nos deu essa ordenança. Vamos cumpri-la com a ajuda do Espírito Santo.

Que o Deus Triúno abençoe a todos, em o nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.
         Dom Felismar Manoel - Bispo Primaz
          Catolicismo Evangélico Salomonita
            Visite o site: www.icai-ts.org.br
               felismarmanoel@gmail.com



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