sábado, 3 de março de 2012

Jesus é Batizado por João no Rio Jordão

Ciclo da Antropotéia   - Tempo de Metanóia  -
15 Semana - Prática da Justiça e da Penitência para o Arrependimento.
Estamos no segundo domingo das cinzas, ou também como pode ser chamado de segundo domingo da metanóia, ou mesmo de segundo domingo da penitência.
A Sagrada Liturgia, segundo o Hemerológio Cristão, nos propõe esse tempo de conversão, de disposição para o arrependimento, para a penitência. Foi essa a ênfase do ministério profético de João Batista e ele é o pré-cursor de Jesus Cristo, o preparador do seu caminho.
Jesus de Nazaré procurou o ministério de João para por ele ser batizado, no rio Jordão.
João pensava o contrário, que ele João é que devia ser batizado por Jesus, e não Jesus ser batizado por ele, João, mas Jesus fez questão de enquanto humano, praticar toda a justiça, pois era assim que se iniciava os ministérios públicos naquela época e cultura. Ou se tornava um Mestre Público por formação de uma escola, ou por iniciação de um profeta. Lembremos que Jesus enquanto homem endoculturou-se e socializou-se no judaismo, mas enquanto Filho de Deus, um Ser do Céu, inculturou-se na humanidade para redimí-la.
Os evangelhos canônicos, Mateus 3: 13-17; Marcos 1: 9-11; Lucas 3: 21-22; João 1: 32-34, narram o episódio do batismo de Jesus de Nazaré por João Batista, no rio Jordão.
Jesus saiu da Galiléia para o Jordão na Judéia para ali ser batizado por João. E desceram ao rio e Jesus foi batizado por ele e ao sair da água, eis que João viu os céus se abrirem e descer sobre Jesus o Espírito Santo semelhante a um pousar de pombo, e do céus ele ouviu a voz do Pai dizendo: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo. Lembra-nos assim a profecia de Isaias, capítulo 42, versículo 1: "Eis aqui o meu servo, a quem sustenho; o meu escolhido, em quem a minha alma se compraz; pus sobre ele o meu Espírito, e ele promulgará o direito para os gentios".
Esta semana é reservada em especial para o nosso esforço pessoal na prática do arrependimento de nossos pecados, de nossas falhas, nossas imperfeições, em espírito de justiça e de penitência.
O pecado é um conceito de errar o alvo da nossa vida. Acreditamos que fomos criados para o bem, para a construção e sustentação da paz, da solidariedade, do amor, da fraternidade; fomos criados para a vida de santidade, reservados para construirmos o Reino de Deus no planeta terra; fomos criados para a cidadania divina, no cumprimento de deveres e afirmação de direitos geradores do bem estar geral dos seres vivos da terra; fomos criados para constituirmos o Povo de Deus que caminha rumo a Eternidade Transcendental.
Temos errado este alvo e não temos cumprido os fins de nossa criação. Deus nos proporcionou a evolução criativa, através da qual temos crescidos e desenvolvidos, intelectual, tecnológica e científicamente, mas não temos acompanhado esse nosso progresso do ponto de vista moral, na assimilação e internalização de normas de condutas que nos leve a um comportamento ostensivo, promulgador da ética cristã no planeta em que vivemos.
Precisamos de conversão, precisamos de arrependimento e confissão de pecados diante do Deus Vivo, Eterno e Verdadeiro, que está em toda parte a espera de nosso gesto de boa vontade.
Nenhum de nós é tão perfeito que não tenha nada para ser aperfeiçoado; nenhum de nós é tão errado que não tenha chances de salvação. A Igreja de Cristo é o Hospital dos Pecadores para propiciar-nos a cura e a salvação espiritual merecida e oferecida a cada um de nós por Jesus Cristo, mediante a nossa fé.
É preciso o arrependimento de nossos pecados; é preciso o nosso propósito de emenda; é preciso o nosso desejo de mudança; é preciso nos converter ao modelo que Jesus Cristo nos aponta em seu evangelho; é preciso nos dispormos para reparar os erros cometidos e os danos provocados, sempre que isto for possível. Fazer isto como prática da penitência, como propósitos de nos tornarmos díscípulos de Jesus Cristo, como filhos adotivos de Deus e participantes da Vida Eterna, que há para aqueles que crêm que Jesus Cristo é o Filho do Deus Vivo, mesmo vivendo aqui no planeta terra hoje.
Jesus de Nazaré, ao procurar o batismo de João, nos ensina o dever de praticar a justiça legítima entre os homens, e a estarmos dispostos a esta vida de penitência, esta metanóia
constituída por esses exercícios mentais e psíquicos, de alinhamento da nossa imaginação e condução dos nossos pensamentos, de modo comparativo, entre o ideal que podemos ser amparados pelo ministério de Jesus Cristo, e que verdadeiramente temos sido neste mundo terreno, que Deus nos deu para o exercício de mordomia diaconal.
João Batista nos aponta Jesus Cristo como o grande recurso para nos ajudar, assistir e promover, e o próprio Jesus Cristo em seu evangelho, nos aponta o caminho para a nossa plena salvação. Procuremos a Jesus Cristo, o Filho do Deus Vivo (oposto aos ídolos que são mortos), o ùnico que tem Palavras de Vida Eterna, o Único Nome posto pelo qual devamos ser salvos.
Que Deus tenha piedade de nós, nos perdôe e abençôe a todos.
     Dom Felismar Manoel - Bispo Primaz
      Catolicismo Evangélico Salomonita
          Visite o site: www.icai-ts.org.br

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