Bispo Felismar Manoel
Celebramos as têmporas estacionais de outono nos dias 20, 21 e 22 de março, e com ela
iniciamos também a festa dos frutos que perdurará por toda a estação, quando
saborearemos a diversidade de nutrientes que a mãe terra nos fornece nas frutas
sazonadas, ao fazer a sua ronda em torno de nossa estrela sol, fonte de energia
para os seres vivos aqui do planeta, cenário da nossa evolução, do nosso
desenvolvimento, crescimento e salvação espiritual.
Confessamos Jesus
Cristo como Rei do Universo Terráqueo e quem nos delegou o Mordomado deste
Planeta Nossa Casa: deveremos prestar contas a Ele sobre como exercemos esta
nossa tarefa aqui. A Igreja de Cristo nos ajuda a lembrar disto, propondo para
nós na Sagrada Liturgia a celebração das têmporas estacionais, para manter
ativa na consciência dos eclesianos a pastoral ecológica, a Pastoral de Gaia,
para a solidariedade na irmandade entre todos os seres da criação.
Este é um tempo
adequado para nossos retiros de reflexões espirituais, para nossos
recolhimentos individuais buscando um melhor ordenamento da nossa vida; é tempo
oportuno para as ordenações sagradas dos
ministros, diáconos, diaconisas, presbíteros e bispos; é tempo das iniciações
mistagógicas nos mistérios cristãos; é tempo para tomada de posições e formulação de votos
religiosos; é tempo para as adesões, propósitos e busca do discipulado
cristão. As igrejas locais externam a
gratidão pelos bens do tempo e da vida
nos seus oficios e cultos.
Neste tempo os
templos se engalanam com a cor amarela, através de suas alfaias e
paramentos, para simbolizar a confiança nos frutos da terra conjugada à firmeza da fé, para a construção de um mundo melhor na
terra, de acordo com o evangelho de Jesus de Nazaré.
É tempo também do Archê-odós,
palavra da língua grega que nos transmite a ideia de um caminho circular,
que o planeta terra percorre em torno do sol. É ao executar essa rota que no
planeta surge as suas quatro estações, fenômenos opostos quando observados no
hemisfério norte, ou no hemisfério sul; ao longo dos 360 graus percorridos nos
enseja os doze sígnos do zodíaco celeste, durante o ano cósmico. Neste sentido Archê-odós
é o Ano Novo Cósmico da terra, pois o planeta terminou os 360 graus e está
reiniciando um novo ciclo em zero grau.
Os clérigos de hoje
não mais têm muito interesse por estas informações, e nem mesmo elas são divulgadas nas
"casas de profetas", pois de há muito que a formação clerical deixou
de ser uma iniciação nos mistérios sagrados do mundo. "Há muito mais mistério sobre a terra e
o céus, do que afirma a nossa vã filosofia".
Que Deus nos abençoe a todos
Dom Felismar Manoel
Catolicismo
Apostólico Salomonita
Nenhum comentário:
Postar um comentário