quarta-feira, 12 de março de 2014

II - Homenagem aos Irmãos Essênios

Bispo Felismar Manoel


Como prometi em artigo anterior, vai aqui alguns outros dados sobre as comunidades dos essênios. Como afirmei do texto anterior, estas informações circulam em várias fontes, entre outras ideias mais exclusivas; mas estas são as informações compatíveis com os autores mais antigos, como Flávio Josefo, Plínius, Fílon de Alexandria, sendo referenciados por Eusébio de Cesaréia e de certa forma Agostinho.

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Como se tornava um essênio para fazer parte da Comunidade? Os irmãos e irmãs eram admitidos mediante a promessa de fidelidade à Comunidade e seus princípios e se não cumprissem eram excluídos da mesma.

Havia uma certa ordem hierárquica na formação para se tornar um membro da comunidade:
* - Havia um noviciado com duração de um ano, durante o qual o noviço  era observado cuidadosamente (semelhante ao nosso postulantado atual);
* - Seguia-se dois anos de provas (semelhante ao nosso noviciado atual) e ao final, se o noviço fosse aprovado, ele  era admitido como membro efetivo (semelhante ao nosso irmão professo).

A Irmandade era composta por quatro grupos:
* - A primeira composição era das crianças, cuidando-se da formação adequada ao tipo de conduta que se desejava na vida adulta. - É bom lembrar que a sabedoria de Provérbios adverte para ensinar a criança o caminho do bem, pois assim, quando ela for adulta não se desviará desse bom caminho;
* - A segunda composição era a primeira parte dos noviços que ficavam em observação durante um ano, assistido por um Irmão Companheiro;
* - A terceira parte compunha os noviços em provas durante dois anos, assistidos por um Mestre de Noviços, para só então serem aprovados ou não;
* - A quarta parte era formada pelos membros efetivos, incluindo as famílias e os nazireus (celibatários, vegetarianos, não usavam a navalha para cortar a barba e o cabelo, etc). Era dentre esses últimos que surgiam os Abunas, os Terapeutas, os Profetas, os Mestres de Ensino e os Mestres dos povos, enquanto esperavam o Mestre da Justiça.

Os membros da comunidade levavam uma vida humilde, pois cultivavam a crença de que todo excesso é prejudicial a alma e ao corpo. Todos eram livres, não tendo empregados, nem servos, ou escravos.

A comunidade  consistia na vida em famílias e na  vida celibatária monacal, todos praticando a sintonicidade com os trabalhos dos anjos e a união com o Sagrado Uno, o Vivente Universal, daí participarem da produção de taumatos e terastes, eventos extraordinários, como coisas maravilhosas (atualmente designadas por milagres).
Mantinham a vida relacional e cultual em sintonicidade com os anjos em busca de evolução pessoal; tinham fé em Deus Único e Verdadeiro procurando viver na comunhão da sua presença; praticavam a circuncisão e santificavam o sábado do Senhor; e se esforçavam por viverem em amizade com todos os grupos de crenças diferentes.

Observavam as disciplinas esotéricas (sob o domínio de alguns irmãos preparados) sobre a Árvore da Vida e a Unificação com os Sete Aspectos da Paz, tendo um Rito Especial para  o seu cultivo e crescimento realizado ao meio dia do Sábado, com a participação de todos:
A paz com o Corpo, a paz com o Reino do Céu, a paz com o Reino da Terra, a paz com o Universo, a paz com a Humanidade, a paz com a Família e a paz com a Alma, formando uma pessoa  (irmão ou irmã) misericordiosa e compassiva para com toda as criaturas de Deus.

Observavam também as disciplinas exotéricas (para todos os membros):
Estudavam e ensinavam a Gênesis Essênia, a Sagrada Torá de Moisés e o Sermão da Montanha (harmonizado com o que ensina Mateus, capítulos cinco, seis e sete);
Estudavam os Sábios Antigos e a Astronomia.

Usavam uma Saudação Especial uns com os outros:

Seja feita a vontade do Senhor!
Não a minha, mas a vontade do Senhor para sempre!

Que Deus abençoe a todos
Dom Felismar Manoel - Bispo Primaz
Catolicismo Apostólico Salomonita

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