sábado, 29 de março de 2014

Jesus Ensina o Povo: Didascália, Martiria e Querigmática

II Movimento Cósmico - Antropoteia

O Divino se torna também humano em Jesus de Nazaré, que se manifesta como o Filho de Deus Pai/Mãe, anunciando o seu Evangelho Libertador, consumando a obra de Redenção Humana e edificando a sua Igreja como seu Corpo Místico, através da qual mantemos já aqui na terra, a comunhão uns com os outros (todos os santos) e com a Comunidade das Três Pessoas Divinas.

O ser humano se espiritualiza na Comunhão com Deus, intermediada pelo Cristo e se cristifica como membro do seu Corpo Místico, para manifestá-lo no mundo, e por fim, retornar ao Seio da Divindade de onde veio como centelha divina espiritual.

I - Tempo da Metanoia e Catarse Penitencial

Conversão pessoal e preparação para entronizar o Cristo de Deus em sua vida, durante a caminhada aqui no mundo, para retornar então à Pátria Celestial.

30/03/2014 - 18ª Semana do Ano Eclesial 1987

V Domingo das Cinzas
Jesus ensina o povo
===> Jesus usa a didascália, a martiria e a querigmática



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Espiritualidade Litúrgica

Têmporas estacionais de outono - Festa dos Frutos
Retiros de reflexão, recolhimento, ordenações sacras, tomada de posições, discipulado cristão.
Gratidão das Igrejas Locais pelos bens do tempo e da vida.

Cores Litúrgicas:
1 - Amarelo - Simbolizando a confiança nos frutos da terra e a fé na construção de um mundo melhor na terra, de acordo com o evangelho de Jesus de Nazaré.
2 - Cinza - Nos Oficios Penitenciais, de Tristeza e/ou Luto;
3 - Branco - Substitutivo de todas as cores e simbolizando a Integralidade, a Alegria, a Pureza e a Espiritual.


Reflexões e Vivências Litúrgicas e Pastorais


Estamos na 18ª semana do ano eclesial e no 5º domingo penitencial, também denominado das cinzas (30/03/2014). O Hemerológio Cristão como Diretório Litúrgico do Catolicismo Salomonita propõe para nossas reflexões e celebrações litúrgicas no templo, bem como para as vivências em nossos lares e comunidades a questão do ensino de Jesus ao povo.

Jesus foi um Mestre Incomparável; soube usar com perfeição os três métodos clássicos de ensinagem: a didascália, a martiria e a querigmática. São palavras da língua grega, que chegaram até nós com muita expressividade e que nós cristãos salomonitas acolhemos com gratidão, pela instrumentalidade que nos propiciam no testemunho de nosso discipulado cristão.

Sei que às vezes "prego no deserto" para os meus pares, que compõem o sistema católico apostólico salomonita, mas que trabalham utilizando as práxis do meio católico romano, por comodidade e por não quererem de fato fazer uma evangelização autêntica, inculturada sim, mas com fidelidade às nossas raízes. Somos na essência um catolicismo de base evangélica com apoio nas tradições apostólicas legítimas, aquelas que se provam no Novo Testamento, sem conflitar com os ensinamentos de Jesus consoante os quatro Evangelhos Canônicos.

No evangelho de Jesus segundo Lucas, no capítulo 10, versos 38 a 42, encontramos Jesus aplicando o ensino pela didascália, na casa de Marta e Maria, quando conversava sobre as coisas do reino, no nível de compreensão que elas podiam alcançar;
em Mateus capítulo 21, versos 12 e 13; em Marcos 11, versos 15 a 17 e em Lucas 19, versos 45 e 46, encontramos Jesus em uma exaltada e eloquente martiria ensinando sobre o zêlo que se deve ter com o templo, enquanto casa de Deus;
em Mateus nos capítulos 5, 6 e 7 e em Lucas 6, versos 20 a 23, encontramos Jesus Cristo como o Arauto do Grande e Todo-Poderoso Deus, em eloquente querigmática, anunciando doutrinas do Reino de Deus.

Como é reconfortante saber que estamos seguindo doutrinas ensinadas pelo Mestre dos mestres, pelo Cristo Filho de Deus, pelo Único e Suficiente Salvador, pelo Legítimo Intermediário entre Deus e a humanidade. Jesus Cristo veio do Céus da Bem-aventurança para trazer a Graça Salvadora para todos nós; Ele é o Único Mediador de todas as graças. Ele é o Único Pontífice legítimo; todos os demais são apenas seus comissários, não podendo desviar dos seus ensinamentos, tendo que comparecer ao Tribunal Divino para prestar contas das doutrinas estranhas ao seu evangelho.

Meus irmãos e minhas irmãs! Reflitam, meditem e vivenciem as doutrinas que Jesus Cristo nos ensinou e propôs que as praticássemos.

Que o Deus Tri-uno abençoe a todos, em o nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.
Dom Felismar Manoel - Bispo Primaz
Catolicismo Evangélico Salomonita
Visite o site: www.icai-ts.org.br
felismarmanoel@gmail.com



quarta-feira, 26 de março de 2014

Têmporas Outonais e Archê-odós. O que é isto?

Bispo Felismar Manoel


Celebramos  as têmporas estacionais de outono  nos dias 20, 21 e 22 de março, e com ela iniciamos também a festa dos frutos que perdurará por toda a estação, quando saborearemos a diversidade de nutrientes que a mãe terra nos fornece nas frutas sazonadas, ao fazer a sua ronda em torno de nossa estrela sol, fonte de energia para os seres vivos aqui do planeta, cenário da nossa evolução, do nosso desenvolvimento, crescimento e salvação espiritual.

Confessamos Jesus Cristo como Rei do Universo Terráqueo e quem nos delegou o Mordomado deste Planeta Nossa Casa: deveremos prestar contas a Ele sobre como exercemos esta nossa tarefa aqui. A Igreja de Cristo nos ajuda a lembrar disto, propondo para nós na Sagrada Liturgia a celebração das têmporas estacionais, para manter ativa na consciência dos eclesianos a pastoral ecológica, a Pastoral de Gaia, para a solidariedade na irmandade entre todos os seres da criação.

Este é um tempo adequado para nossos retiros de reflexões espirituais, para nossos recolhimentos individuais buscando um melhor ordenamento da nossa vida; é tempo oportuno para as  ordenações sagradas dos ministros, diáconos, diaconisas, presbíteros e bispos; é tempo das iniciações mistagógicas nos mistérios cristãos; é tempo para  tomada de posições e formulação de votos religiosos; é tempo para as adesões, propósitos e busca do discipulado cristão.  As igrejas locais externam a gratidão  pelos bens do tempo e da vida nos seus oficios e cultos.

Neste tempo os templos se engalanam com a  cor  amarela, através de suas alfaias e paramentos, para  simbolizar  a confiança nos frutos da terra  conjugada à firmeza da fé,  para a construção de um mundo melhor na terra, de acordo com o evangelho de Jesus de Nazaré.

É tempo também do Archê-odós, palavra da língua grega que nos transmite a ideia de um caminho circular, que o planeta terra percorre em torno do sol. É ao executar essa rota que no planeta surge as suas quatro estações, fenômenos opostos quando observados no hemisfério norte, ou no hemisfério sul; ao longo dos 360 graus percorridos nos enseja os doze sígnos do zodíaco celeste, durante o ano cósmico. Neste sentido Archê-odós é o Ano Novo Cósmico da terra, pois o planeta terminou os 360 graus e está reiniciando um novo ciclo em zero grau.

Os clérigos de hoje não mais têm muito interesse por estas informações,  e nem mesmo elas são divulgadas nas "casas de profetas", pois de há muito que a formação clerical deixou de ser uma iniciação nos mistérios sagrados do mundo.  "Há muito mais mistério sobre a terra e o céus, do que afirma a nossa vã filosofia".

Que  Deus nos abençoe a todos
Dom Felismar Manoel
Catolicismo Apostólico Salomonita


sábado, 22 de março de 2014

Jesus está-no-mundo.

II Movimento Cósmico - Antropoteia

O Divino se torna também humano em Jesus de Nazaré, que se manifesta como o Filho de Deus Pai/Mãe, anunciando o seu Evangelho Libertador, consumando a obra de Redenção Humana e edificando a sua Igreja como seu Corpo Místico, através da qual mantemos já aqui na terra, a comunhão uns com os outros (todos os santos) e com a Comunidade das Três Pessoas Divinas.

O ser humano se espiritualiza na Comunhão com Deus, intermediada pelo Cristo e se cristifica como membro do seu Corpo Místico, para manifestá-lo no mundo, e por fim, retornar ao Seio da Divindade de onde veio como centelha divina espiritual.


I - Tempo da Metanoia e Catarse Penitencial

Conversão pessoal e preparação para entronizar o Cristo de Deus em sua vida, durante a caminhada aqui no mundo, para retornar então à Pátria Celestial.

23/03/2014 - 17ª Semana do Ano Eclesial 1987

IV Domingo das Cinzas
Jesus está-no-mundo
===> Opera maravilhas (taumatos) e milagres (terastês)


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Espiritualidade Litúrgica

Têmporas estacionais de outono - Festa dos Frutos
Retiros de reflexão, recolhimento, ordenações sacras, tomada de posições, discipulado cristão.
Gratidão das Igrejas Locais pelos bens do tempo e da vida.

Cores Litúrgicas:
1 - Amarelo - Simbolizando a confiança nos frutos da terra e a fé na construção de um mundo melhor na terra, de acordo com o evangelho de Jesus de Nazaré.
2 - Cinza - Nos Oficios Penitenciais, de Tristeza e/ou Luto;
3 - Branco - Substitutivo de todas as cores e simbolizando a Integralidade, a Alegria, a Pureza e a Espiritual.


Reflexões e Vivências Litúrgicas e Pastorais

Neste quarto domingo das cinzas (23/03/2014), o Hemerológio Cristão propõe para nossas reflexões e vivências litúrgicas a questão de Jesus estar-no-mundo. Quando nós usamos esta forma de escrever "Jesus-está-mundo", estamos dando ênfase a um fato concreto, existencial; isto significa que a igreja formada por nós continua como "corporeidade" de Jesus Cristo no mundo; isto significa que devemos estar "agiornados" com tudo que ocorre no mundo, para nele darmos o nosso testemunho como membros do Corpo de Cristo consoante os ensinos do evangelho.

Nestas reflexões podemos tomar a inteireza dos quatro evangelhos canônicos, e até mesmo incluir também, os textos dos evangelhos apócrifos; por quê não?! Tais textos também nos trazem ensinamentos positivos, valiosos para construirmos nossas espiritualidades.

Jesus Cristo Filho de Deus é o Salvador, o Redentor, o Mediador Único para Deus; mas nós somos construtores de uma certa realidade espiritual, em como vivemos e vivenciamos os ensinamentos cristãos; é daí que virá o nosso galardão.

Nestas reflexões vemos Jesus e sua mãe comparecendo a uma festa de casamento judaico; Maria se aflige por perceber que o vinho acabara e ainda tinha convidado chegando, e ela faz uma intervenção junto ao seu filho por solidariedade aos donos da festa; Jesus acaba por realizar ali um fato dito milagroso, transformando a água em vinho; neste episódio recebemos uma lição da mãe de Jesus quando ela diz aos serventes da festa, para que fizessem tudo o que Jesus mandasse. Alerto para o fato de que este ensinamento concreto de Maria do evangelho, nada tem a ver com as aparições espirituais feitas a videntes diversos, se apresentando como "nossa senhora", nome dado a ela pelos carmelitas pós-cruzados no Monte Carmelo, tratando-a como uma "senhora feudal". Jesus nos evangelhos afirma ser Ele o Único Senhor e que não devemos ter outros senhores. Nossa vassalagem deve ser exclusivamente com Jesus Cristo, o Filho de Deus, advindo daí que, qualquer outra vassalagem espiritual e religiosa é usurpatória.

Os evangelhos nos mostram que, em suas andanças-pelo-mundo, Jesus dialogou com os pecadores sem se tornar pecador, comeu com os pecadores sem se tornar pecador, procurando os que realmente estavam necessitados de ajuda, afirmando que os sãos não necessitam do médico, nem de remédios, mas sim os doentes de qualquer sorte, e Ele tem sido este médico e este remédio para todas as sortes de mazelas e pecados, mediante a reforma de vida pessoal à luz dos seus ensinamentos, mediante a vida de arrependimento dos erros e busca de correção e de acerto. Jesus Cristo continua sendo o mesmo do passado e o mesmo agora e o será para sempre.

Muitos cristãos de hoje só estão nas igrejas buscando milagres e prodígios, e há um certo comprometimento dos pregadores, de um modo bem generalizado, enfatizando suas pregações em busca desta troca de benesses, esquecendo-se que, o principal alvo de Jesus Cristo é a salvação e plenitude de vida e isto pondo em prática os seus ensinamentos, conforme seus evangelhos. Aproveitemos e busquemos este Cristo Salvador pondo em prática em nossas vidas a sua Boa Nova.

Que o Deus Tri-uno abençoe a todos, em o nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.
Dom Felismar Manoel - Bispo Primaz
Catolicismo Evangélico Salomonita
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terça-feira, 18 de março de 2014

Têmporas Estacionais. O que é isto?

Bispo Felismar Manoel


Você católico, sabe o que são as têmporas estacionais? Nos Diretórios Litúrgicos das diversas igrejas, existem prescrições de reflexões, vivências e orações especialmente voltadas para as quatro têmporas estacionais  durante o Ano Litúrgico, ou Ano Eclesial. Trata-se de um costume antigo, vindo desde a Liturgia Judaica; mas o que significa  este movimento espiritual do povo de Deus?

A liturgia judaica nasceu ecológica, observando as variações climáticas durante o ano e as relações que os povos e demais habitantes do planeta terra tem com os cenários culturais que elas desencadeiam, daí advindo as reflexões, as vivências, as preces que os povos devem observar ao celebrá-las. São por ocasião dos três dias que antecedem a entrada das estações de outono, inverno, primavera e verão.

Em cada estação a superficie da terra muda o seu cenário, como se o tivesse preparado para algo, e isto de modo alternado no globo terrestre quando observado no hemisfério norte, ou no hemisfério sul. É o planeta terra, enquanto astro cósmico, criatura de Deus, fazendo o seu giro em torno da estrela sol e produzindo para nós as quatro estações com a exuberância de fenômenos que podemos observar. Foi da observação do  predomínio das cores existente em cada estação, que surgiu o uso de enfeitar os templos e as vestes dos sacerdotes com as cores amarelo, verde, azul e vermelho. Com essas cores os cultos se engalanavam, ou sinalizavam o espirito que se devia observar e vivenciar em tais comemorações e celebrações.

Trata-se de um diretório de pastoral ecológica, pois propõe para todo o povo de Deus refletir de modo responsável e agradecido a Deus, pelos dons que recebemos por sua sábia providência. Infelizmente, nos dias atuais a comemoração das têmporas virou apenas mais um ítem para os papagaios que falam mas não sabem o que estão falando, nem do que estão falando.

Vamos refletir sobre cada uma das quatro estações, pela ordem que elas surgem no ano eclesial, lembrando que este começa no advento, antes do natal do Senhor.

1 - Têmporas estacionais de outono - Festa dos Frutos
Retiros de reflexão, recolhimento, ordenações sacras,  tomada de posições, discipulado cristão.
Gratidão das Igrejas Locais pelos bens do tempo e da vida.

Cor Litúrgica:  Amarelo - Simbolizando a confiança nos frutos da terra e a fé na construção de um mundo melhor na terra, de acordo com o evangelho de Jesus de Nazaré.

2 - Têmporas estacionais de inverno - Festa das Sementes.
Retiros de reflexão, recolhimento, ordenações sacras,  tomada de posições, discipulado cristão.
Gratidão das Igrejas Locais pelos bens do tempo e da vida.
 
Cor Litúrgica:  Verde - Simbolizando o recolhimento e a esperança em um mundo melhor pela conjugação da nossa fé com o dinamismo da natureza criada por Deus.

3 - Têmporas Estacionais da Primavera - Festa das Flores.
Retiros de reflexão, recolhimento, ordenações sacras, tomada de posições, discipulado cristão.
Gratidão das Igrejas Locais pelos bens do tempo e da vida. 

Cor Litúrgica:   Azul Celeste -
Simbolizando a alegria dos nossos propósitos diante de Deus.

 4 - Têmporas Estacionais de Verão -  Festa das Luzes
Retiros de reflexão, recolhimento, ordenações sacras, tomada de posições, discipulado cristão.
Gratidão das Igrejas Locais pelos bens do tempo e da vida.

Cor Litúrgica:  Vermelho - Simbolizando a coragem e a tenacidade na prática do amor e caridade para com todas as criaturas de Deus.

5 - A Igreja incorporou também a cor branca, como síntese de todas as cores, representando a pureza, retidão e prática das virtudes cristãs e a cor cinza (ou preta em algumas igrejas) simbolizando o luto, a tristeza, o recolhimento penitencial.
 
Como vêm meus irmãos, existe uma relação entre as cores litúrgicas e o exercício de participação do povo de Deus com os eventos cósmicos que se relacionam com a vida na terra; as têmporas estacionais é a oportunidade que a Sagrada Liturgia criou para o exercio da pastoral ecológica.

Você já refletiu que toda a ordem criada teve origem em Deus semelhante a nós? Você já refletiu que todas as criaturas de Deus têm uma certa irmandade posto terem a mesma origem? Você já refletiu que todas as criaturas de Deus tentam cumprir os propósitos para os quais foram criadas?  E você? Porque anda despreocupado com a sua finalidade na terra?  Qual a finalidade da sua vida pessoal? Colaborar com os planos do Criador ou trabalhar contra ele? Pense! Reflita! É época de mudar. Procure seguir ao máximo a ordem natural das coisas. Ame todas as criaturas de Deus, pois elas são nossas irmãs de origem.

Que Deus abençoe a todos.
Dom Felismar Manoel
Catolicismo Apostólico Salomonita

domingo, 16 de março de 2014

Jesus É Provado no Deserto.

II Movimento Cósmico - Antropoteia

O Divino se torna também humano em Jesus de Nazaré, que se manifesta como o Filho de Deus Pai/Mãe, anunciando o seu Evangelho Libertador, consumando a obra de Redenção Humana e edificando a sua Igreja como seu Corpo Místico, através da qual mantemos já aqui na terra, a comunhão uns com os outros (todos os santos) e com a Comunidade das Três Pessoas Divinas.

O ser humano se espiritualiza na Comunhão com Deus, intermediada pelo Cristo e se cristifica como membro do seu Corpo Místico, para manifestá-lo no mundo, e por fim, retornar ao Seio da Divindade de onde veio como centelha divina espiritual.

I - Tempo da Metanoia e Catarse Penitencial

Conversão pessoal e preparação para entronizar o Cristo de Deus em sua vida, durante a caminhada aqui no mundo, para retornar então à Pátria Celestial.

16/03/2014 - 16ª Semana do Ano Eclesial 1987

III Domingo das Cinzas
Jesus é provado no deserto
===> Retiro, Jejum e Oração


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Espiritualidade Litúrgica

Têmporas estacionais de outono - Festa dos Frutos
Retiros de reflexão, recolhimento, ordenações sacras, tomada de posições, discipulado cristão.
Gratidão das Igrejas Locais pelos bens do tempo e da vida.

Cores Litúrgicas:
1 - Amarelo - Simbolizando a confiança nos frutos da terra e a fé na construção de um mundo melhor na terra, de acordo com o evangelho de Jesus de Nazaré.
2 - Cinza - Nos Oficios Penitenciais, de Tristeza e/ou Luto;
3 - Branco - Substitutivo de todas as cores e simbolizando a Integralidade, a Alegria, a Pureza e a Espiritual.


Reflexões e Vivências Litúrgicas e Pastorais

Estamos na 16ª semana do ano eclesial 1987, no 3º domingo das cinzas (16/03/2014), constituindo esse o tempo penitencial da Igreja Cristã. Alguns clérigos dizem "tempo da quaresma"; mas esta é uma denominação usada pela Igreja Romana. O uso correto no catolicismo salomonita é "tempo de penitência", e não são quarenta dias e sim sete semanas antes da páscoa.

Infelizmente, o "mundo" vem penetrando paulatinamente em certos setores da igreja; a estratégia da quaresma é um "arranjo" mundano para acabar com os exercícios espirituais da "septuagésima", que a maioria dos clérigos já nem sabe o que significa. Temos uma pleiade de embatinados fazendo uma "pantomima" de clérigos romanos, mas que nem sabem com profundidade o que estão fazendo; só a misericórdia de Deus para entender e conviver com isto. Temo muito pela prestação de contas diante do Trono da Graça.

Neste terceiro domingo estamos refletindo sobre as provações a que Jesus foi submetido no deserto, logo após o seu batismo; é proposto para nós vivenciarmos o retiro espiritual, praticarmos o jejum e a oração, tanto em nossos templos, como no seio das famílias em nossos lares.

Para praticarmos o espírito de deserto, é preciso que pratiquemos a experiência da solidão, da sensação de desamparo, de abandono, de perda, mas cultivando a certeza de nosso refúgio no Absoluto, no Único Uno, no Eterno Vivente Universal; para praticarmos o jejum, devemos ser comedidos, tendo a noção das coisas devidas, para atender o nosso ego apenas no essencial, sabendo que devemos reforçar o nosso Self Filho de Deus, estreitando a nossa comunhão com o Divino Cristo revelado em Jesus de Nazaré; para praticarmos a oração, é preciso que nos concentremos em Deus em adoração, com amor e profunda reverência, para evocar o acampamento dos seus anjos ao nosso redor, nos protegendo de todo o mal e desabrochando o nosso coração e sentimentos em sua Santa Presença. Trata-se de um exercício verdadeiro, solitário, acontecendo em uníssono, entre cada um de nós e Deus, como uma Instância Suprema, Onisciente, Oninteligente, Onipresente, Onipotente, como Fonte de todo o bem, da vida e da santidade. Tudo isto deve ser vivenciado, nos templos e nos lares, na vida em família.

Em toda a ICAI-TS como dever e nas comunidades do Rio de Janeiro de fato, tanto no Mosteiro Compaixão Sagrada, quanto nas Fraternidades, estaremos vivenciando também as Têmporas Estacionais de Outono, a festa dos frutos, o término de um ciclo da terra em torno do sol e o reinício de outro ciclo, para novamente criar para nós que vivemos aqui no planeta terra, as condições ideais para a nossa sobrevivência. Devemos agradecer a Deus por esta providência e zelarmos pela nossa pastoral ecológica, não poluindo o planeta nossa casa, amando todas as criaturas de Deus como irmãos de origem.

Na quinta, sexta-feira e no sábado os Mosteiros e as Fraternidades estarão reunidos em congregação para os Oficios de Têmporas, comemorando a Festa dos Frutos e estaremos festejando também o inicio do Ano Cósmico, que ocorre com a entrada do sol no signo de aries. O Hemerológio Cristão considera esta festa como o Arkê-Odos, o inicio da rota da terra em torno do sol.

Meditemos no trabalhos dos astros, ou outras criaturas de Deus, que ao cumprirem as funções para as quais foram criados, oferecem condições melhores para a manifestação da vida e bem estar dos que aqui vivem. Porque será que os seres humanos não agem também assim? Cumprindo sempre a finalidade para as quais fomos criados? Devotemos amor e respeito por todas as criaturas de Deus e procuremos ser mordomos responsáveis pela nossa casa planeta terra.

Que o Deus Tri-uno abençoe a todos, em o nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.
Dom Felismar Manoel - Bispo Primaz
Catolicismo Evangélico Salomonita
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quarta-feira, 12 de março de 2014

II - Homenagem aos Irmãos Essênios

Bispo Felismar Manoel


Como prometi em artigo anterior, vai aqui alguns outros dados sobre as comunidades dos essênios. Como afirmei do texto anterior, estas informações circulam em várias fontes, entre outras ideias mais exclusivas; mas estas são as informações compatíveis com os autores mais antigos, como Flávio Josefo, Plínius, Fílon de Alexandria, sendo referenciados por Eusébio de Cesaréia e de certa forma Agostinho.

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Como se tornava um essênio para fazer parte da Comunidade? Os irmãos e irmãs eram admitidos mediante a promessa de fidelidade à Comunidade e seus princípios e se não cumprissem eram excluídos da mesma.

Havia uma certa ordem hierárquica na formação para se tornar um membro da comunidade:
* - Havia um noviciado com duração de um ano, durante o qual o noviço  era observado cuidadosamente (semelhante ao nosso postulantado atual);
* - Seguia-se dois anos de provas (semelhante ao nosso noviciado atual) e ao final, se o noviço fosse aprovado, ele  era admitido como membro efetivo (semelhante ao nosso irmão professo).

A Irmandade era composta por quatro grupos:
* - A primeira composição era das crianças, cuidando-se da formação adequada ao tipo de conduta que se desejava na vida adulta. - É bom lembrar que a sabedoria de Provérbios adverte para ensinar a criança o caminho do bem, pois assim, quando ela for adulta não se desviará desse bom caminho;
* - A segunda composição era a primeira parte dos noviços que ficavam em observação durante um ano, assistido por um Irmão Companheiro;
* - A terceira parte compunha os noviços em provas durante dois anos, assistidos por um Mestre de Noviços, para só então serem aprovados ou não;
* - A quarta parte era formada pelos membros efetivos, incluindo as famílias e os nazireus (celibatários, vegetarianos, não usavam a navalha para cortar a barba e o cabelo, etc). Era dentre esses últimos que surgiam os Abunas, os Terapeutas, os Profetas, os Mestres de Ensino e os Mestres dos povos, enquanto esperavam o Mestre da Justiça.

Os membros da comunidade levavam uma vida humilde, pois cultivavam a crença de que todo excesso é prejudicial a alma e ao corpo. Todos eram livres, não tendo empregados, nem servos, ou escravos.

A comunidade  consistia na vida em famílias e na  vida celibatária monacal, todos praticando a sintonicidade com os trabalhos dos anjos e a união com o Sagrado Uno, o Vivente Universal, daí participarem da produção de taumatos e terastes, eventos extraordinários, como coisas maravilhosas (atualmente designadas por milagres).
Mantinham a vida relacional e cultual em sintonicidade com os anjos em busca de evolução pessoal; tinham fé em Deus Único e Verdadeiro procurando viver na comunhão da sua presença; praticavam a circuncisão e santificavam o sábado do Senhor; e se esforçavam por viverem em amizade com todos os grupos de crenças diferentes.

Observavam as disciplinas esotéricas (sob o domínio de alguns irmãos preparados) sobre a Árvore da Vida e a Unificação com os Sete Aspectos da Paz, tendo um Rito Especial para  o seu cultivo e crescimento realizado ao meio dia do Sábado, com a participação de todos:
A paz com o Corpo, a paz com o Reino do Céu, a paz com o Reino da Terra, a paz com o Universo, a paz com a Humanidade, a paz com a Família e a paz com a Alma, formando uma pessoa  (irmão ou irmã) misericordiosa e compassiva para com toda as criaturas de Deus.

Observavam também as disciplinas exotéricas (para todos os membros):
Estudavam e ensinavam a Gênesis Essênia, a Sagrada Torá de Moisés e o Sermão da Montanha (harmonizado com o que ensina Mateus, capítulos cinco, seis e sete);
Estudavam os Sábios Antigos e a Astronomia.

Usavam uma Saudação Especial uns com os outros:

Seja feita a vontade do Senhor!
Não a minha, mas a vontade do Senhor para sempre!

Que Deus abençoe a todos
Dom Felismar Manoel - Bispo Primaz
Catolicismo Apostólico Salomonita