Bispo
Primaz Felismar Manoel
Neste
ano 2014 estamos completando 48 anos de restauração da nossa
autonomia eclesial no Brasil; um reerguimento orientado pelo
Venerável Bispo Salomão Ferraz, após perceber que a sua união com
a Igreja de Roma no Pontificado de João XIII, efetivamente só
servira para silenciar o Catolicismo Evangélico Autônomo no Brasil,
uma vez que os acordos pactuados com as Autoridades Eclesiásticas
Romanas não foram cumpridos após a morte do referido Papa.
Vivemos
naqueles dias tempos terríveis, pois direcionou-se para uma
desarticulação de nossa estrutura eclesial, com baixa da Pessoa
Jurídica da Igreja Autônoma e consequente transferências de bens,
incorporação do clero secular dispersos em várias comunidades
passando a compor o clero regular da Ordem de Santo André e
interrupção de curso dos processos canônicos; a Diocese São José
do Rio de Janeiro, o Seminário Teológico Santo André - SETESA e as
comunidades eclesiais diversas, sobreviveram sob o báculo de Dom
Manoel Ceia Laranjeira em um clima de verdadeira Igreja das
Catacumbas. Graças a Deus, o kairós de Deus se fez perceber.
Ebenezer!
Cansado
e um tanto desiludido com o malfadado "agiornamento
romano", Dom
Salomão Ferraz esperou por uma fidelidade e cumprimento dos pactos
estabelecidos por parte da Igreja de Roma, até os meados do ano de
1965, e como isto não aconteceu, ele nos orientou a Restaurar a
Igreja Autonomamente, como fora organizada em 1936 por decisão da
Assembleia Geral do I Congresso Católico Livre.
A
Restauração se deu no Rio de Janeiro, onde havia um reduto de
irmãos que não concordavam com o desviamento de doutrinas
evangélicas claras, em favor de uma união duvidosa, sem clareza de
obediência às diretrizes legítimamentes cristãs, cedendo ao
"canto da sereia" da Voz de Roma, que histórica e
institucionalmente, muito mais se afirma pelas atitudes ultramontanas
que pelos ensinamentos de Cristo.
O
clero do Rio de Janeiro e Adjacências se reuniu em Concílio, em
duas Sessões, uma em Moquetá, Nova Iguaçu e outra nas instalações
do SETESA, em Bangu, quando se decidiu pela restauração com outro
nome e com outro modelo de Pessoa Jurídica. Seguiu-se influências
da Igreja de Jerusalém e da Igreja Independente das Filipinas e a
Reestruturação surgiu com o nome de Igreja Católica Apostólica
Independente no Brasil, tornando-se Pessoa Jurídica em 06 de janeiro
de 1966.
Estamos
pois, completando 48 anos desta restauração da autonomia no serviço
eclesial, em obediência ao comissionamento de Jesus Cristo, o Filho
de Deus, e de serviços aos irmãos reunidos no amor de Cristo.
Parabéns
a todos os que conosco caminham e muito obrigado aos amigos e
colaboradores de todas as nossas comunidades eclesiais distribuídas
pelas regiões de nosso Brasil.
Algumas
datas significativas para o Catolicismo Apostólico Salomonita do
Brasil:
4º
Ano do Realinhamento Salomonita (Feira de Santana - 2010)
39º
Ano de Episcopado do atual Primaz (Rio de Janeiro - 1975)
48º
Ano da Restauração pós-Roma (Rio de Janeiro - 1966)
69º
Ano da Sucessão Apostólica do I Primaz (Rio de Janeiro - 1945)
78º
Ano da Autonomia Eclesial pré-romana (São Paulo - 1936)
97º
Ano da I Organização Eclesial (São Paulo - 1917)
112º Ano da
Declaração dos Princípios Salomonitas (São Paulo - 1902)
Que
Deus abençoe a todos.
Dom
Felismar Manoel - Bispo Primaz
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