sábado, 29 de setembro de 2012

Ter Compaixão pelos Minerais



II Movimento (Ciclo) - Antropotéia - 3º Tempo - Martiria Eclesial.
45ª Semana do Ano Litúrgico Cristão 1985 - Nós Cristãos de Verdade, somos a luz do mundo, o sal da terra e o fermento na massa.
Período da Compaixão: ====> Ter compaixão por todas as criaturas de Deus.
30/09/2012 - Quarta Semana da Compaixão - Ter compaixão pelos Minerais.

Cores Litúrgicas:
Azul Celeste (Estação Primavera) - Celebrativo da alegria dos nossos propósitos diante de Deus.

Cinza - Nos Oficios Penitenciais, de Tristeza e/ou Luto;
Branco - Substitutivo de todas as cores e simbolizando a Neutralidade, a Alegria, a Pureza e a Fé Espiritual.



Estamos na quarta semana da compaixão (30/09/2012), quando o Hemerológio Cristão propõe as vivências litúrgicas e ações pastorais da compaixão pelos minerais.
Ter compaixão pelos minerais significa respeitar o solo que recebemos por herança, enquadrando-o também como criatura de Deus, com finalidades estabelecidas pelo próprio Autor da Criação, a favor da manutenção e desenvolvimento dos seres que compõe o cenário da vida no planeta terra.

Significa também comprender e respeitar as leis que regem a combinação dos elementos químicos, fenômenos físicos e ambientais que atuam na formação dos minerais e outros componentes do solo do planeta terra que habitamos.

Sabemos que atualmente as condições antrópicas (condições criadas pelos humanos) de grandes áreas do planeta terra, não são favoráveis à plena manifestação da vida na terra.

Devemos lembrar que Jesus Cristo ressaltou que, enquanto Filho de Deus, sua vinda ao planeta terra foi no sentido de que "haja aqui vida em abundância".

As condições geradas no solo pelos humanos, na maioria das vezes, torna o solo planetário inapropriado para a manifestação e manutenção da vida, não oferecendo condições para o desenvolvimento, evolução e autotranscendência dos humanos, nem também para uma vida harmoniosa dos coetâneos que compartilham os fenômenos dos processos da vida.

É preciso lembrar sempre que não haverá vida, se não houver o solo acolhedor e próspero, capaz de receber as energias enviadas pelo sol, armazená-las, trabalhá-las, produzir com elas e repassá-las para a confraria dos viventes que ocupam o edafo (palavra grega que significa "piso, solo") acolhedor.
Todos nós somos solidários e dependentes das condições de zoesia (palavra grega que significa "vida plena, de boa qualidade) do planeta terra, que para ser mantida necessita de respeito às leis que regem à sua criação e manutenção.

Em Deuteronômio 26: 1-4, falando das primicias da terra, a Sagrada Escritura diz: Ao entrares na terra que o Senhor, teu Deus, te dá por herança, ao possuí-la e nela habitares, tomarás das primícias de todos os frutos do solo que recolheres da terra que te dá o Senhor teu Deus, e as porás num cesto, e irás ao lugar que o Senhor, teu Deus escolher para alí fazer habitar o seu nome.
Virás ao que, naqueles dias, for sacerdote e lhe dirás: Hoje, declaro ao Senhor, teu Deus, que entrei na terra que o Senhor, sob juramento, prometeu dar a nossos pais.
O sacerdote tomará o cesto da tua mão e o porá diante do altar do Senhor, teu Deus.

Nós humanos que habitamos a terra estamos nos distanciando desse espírito proposto nas Sagradas Escrituras, nem tampouco temos estado preocupados em dar continuidade ao trabalho de Jesus Cristo, de elaborarmos na terra o Reino de Deus. É claro que esse Reino começa em nossos corações, para depois se instalar em nossas relações familiares, parentais, comunitárias, sociais, interculturais, internacionais, interestatais, atingindo o planeta terra em concerto com os demais astros do sistema solar.

Hoje, nos dias atuais, nossas responsabilidades enquantos seres humanos aumentam, tanto pelo estágio evulutivo que alcançamos, quanto pelas condições de discipulado cristão que assumimos.

Hoje estamos além da dimensão puramente animal na qual surgimos no planeta terra, assumimos a dimensão racional, a dimensão moral, a dimensão política, a dimensão espiritual e não tem sentido assumirmos o viés destrutivo e antivital neste planeta que recebemos como cenário de nossa história evolutiva.

Somos hoje auxiliados pelos avanços científicos e tecnológicos das ciências biológicas, da ecologia, da climatologia e da astronomia, todos disponíveis como auxiliares da teologia, para orientar uma sadia preocupação pastoral, visando atender à zoesia de Jesus Cristo, trazendo plenitude de vida para os terráqueos e os coetâneos da confraria da vida, sendo esta uma das tarefas dos cristãos de fato, verdadeiros discípulos de Jesus Cristo, a quem confessamos como Filho de Deus, Rei do Céus e da Terra.

Esforcemo-nos meus irmãos e irmãs, para cuidar do solo com todos os seus minerais e outros potenciais, evitando a erosão destrutiva, o desmatamento, as queimadas, as poluições que envenenam o edafo acolhedor que o Cristo de Deus providenciou para nós, muito antes de encarnar-se tornando se Jesus Cristo.

Que a benção do Deus Triuno, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, desça sobre todos e com todos permaneça para sempre!
      Dom Felismar Manoel - Bispo Primaz
       Catolicismo Apostólico Salomonita
         Visite o site: www.icai-ts.org.br

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