O texto que segue foi uma resposta a um dos nossos padres, diante de seu posicionamento a um "recorte da Teologia da Libertação".
Caríssimo padre, reproduzi o texto do seu comentário, para sobre ele desenvolver uma reflexão. Ei-la, abaixo dele, na sequência:
[ “A situação se modificou radicalmente com o advento da virada constantiniana”. De religio ilícita o cristianismo passa a constituir a religião oficial e assim a ideologia sacral do império. Surge a grande chance da Igreja de a igreja não mais permanecer um gueto, mas uma verdadeira ecclesia universalis. Inicia sua grande aventura cultural e política. Ela faz a experiência do poder com todos os riscos que ele implica. Aproveitará o kairós histórico para articular o poder num sentido jesuânico, diferente daquele dos pagãos, gerando como consequência uma outra forma de convívio humano, um outro humanismo, uma outra significação para jogar o político? ]
Caríssimo, não sei ao certo, posto que estudei o livro de Leonardo Boff faz muito tempo, mas você só colocou aspas na frase inicial, não estou seguro que o restante também pertence a ele, mas minha reflexão é sobre este texto, como está escrito.
É importante que se saiba e tenha sempre presente na consciência que estamos tratando da IGREJA DE CRISTO formada por várias "famílias espirituais" em torno dos 12 apóstolos de Jesus Cristo, sendo chamadas hoje, essas famílias, por Patriarcados Apostólicos (em número de 5, sendo o Patriarcado de Roma apenas um deles)) e que estas famílias, ou estes Patriarcados como os queira denominar, tiveram todos eles suas COSTITUIÇÕES APOSTÓLICAS, sendo nessas constituições definidos os perfis institucionais dos respectivos patriarcados.
Tanto o Patriarcado de Constantinopla iniciado pelos trabalhos de Santo André, como o Patriarcado de Roma, iniciado pelos trabalhos do testemunho dos cristãos da dispersão e apoiados pelo pastoreio de Paulo (e talvez Pedro), tiveram suas Constituições Apostólicas, sustentando uma instituição mantenedora das atividades da ECLESIA CRISTÃ. Esses dois Patriarcados foram tentados em se prostituirem com o poder político do mundo. Entretanto, só o Patriarcado de Roma realmente se desviou e continua praticando esta prostituição, e isto desde a Era Constantiniana, pois que antes dela era fiel à práxis apostólica.
O texto faz uma reflexão, classificando a Igreja anterior a essa prostituição romana de "igreja gueto" e classificando a igreja prostituída que surge de "verdadeira ECCLESIA UNIVERSALIS'.
Interroga o texto, que caminho o Patriarcado de Roma tomará, reclamando pela oportunidade do tempo de Deus fornecido pelo KAIRÓS histórico. Usará a benção de Deus (o kairós) para articular o poder Jesuânico da verdadeira Igreja, como na época das catacumbas, que ele classificou de gueto? Ou para articular um poder diferente do pagão, mais humano, que soubesse conduzir ou subjugar o político?
Acontece que esses fatos são históricos, aconteceram realmente. Nós conhecemos sobejamente quais foram eles e em que sentido o Patriarcado de Roma os utilizou. E não foi para gerar um novo humanismo que conduzisse o poder político, nós bem o sabemos, e sim, para impor-se como Imperador do Mundo, usurpando a função de Jesus Cristo, tendo a falta de cerimônia de afirmar-se seu substituto (vigário de Cristo) na terra; para adotar a triplice coroa sobre as pessoas, sobre as instituições eclesiais e sobre os governantes da terra, constituindo-os todos eles seus vassalos, de forma confessa; para aprovar as Cruzadas que tantas vidas e espoliamentos praticaram; para patrocinar as loucuras do Tribunal do Santo Oficio, que tantas vidas ceifaram, para silenciar a voz dos que ousavam discordar do Patriarca de Roma; para adotar herezias que confirmasse as suas nefastas intenções, como "infalibilidade papal", "hegemonia eclesial", "sillabus", "imprimatur e nihil obstat em obras escritas", "celibato clerical obrigatório", "alteração dos 10 mandamentos da Lei de Deus (anulando o 2º e subdividindo o 10º mandamento)", "aprovação do espiritismo mariano na Igreja Católica Ocidental (reza do rosário e coisas correlatas)", "aprovação do fetichismo santoral das imagens", "coisificação do sacramento da Eucaristia (pecado de sacrilégio por lesa finalidade do sacramento da eucaristia), reservando-o como OBJETO para adoração e exposição em espetáculos públicos", "proclamação do dogma da ascensão de Maria, contrariando a afirmação evangélica de que nos céus só estão os corpos ressurretos", "proclamação do dogma da imaculada concepção de Maria (gravidez de Ana), contrariando a Palavra de Deus na Bíblia, que afirma que na terra, todos pecaram e destituídos estão da graça de Deus, sendo a única exceção, Jesus o Cristo Filho de Deus"; ainda, as "indulgências plenárias e parciais, firmando jurisprudência para tirar as almas de um purgatório, que ele e os pagãos inventaram", que tanto lucro dá à Sé Romana através do incentivo turístico aos lugares famosos.
Muitas outras tramas existem articuladas pelo Patriarcado de Roma/Império do Vaticano, (diferentemente dos outros Patriarcados), como a consagração do poder político temporal do Imperador do Estado do Vaticano, buscando reconhecimento político e enviando seus embaixadores (Núncios) para outros paises, para que eles interfiram sociologicamente nos interesses das igrejas locais (onde está a alienada congregação de crentes, em maioria), indicando quem tem o perfil para ser bispo, que concorda com a linha do poder exclusivista e de arbítrio que o Papa pretende exercer nos paises da terra; como a forma da sua igreja/organização em empresa multinacional, através da elevação ao Cardinalato, daqueles bispos que se alinham à politica de hegemonia do Estado do Vaticano para exercerem os seus múnus articulatórios nas diferentes regiões onde existem as igrejas locais; para conduzir o povo devoto e simples nas comunidades locais, através dos bispos patrulhados tanto pelos cardeais regionais como pelo núncio papal nos paises credenciados.
Como vê, meu irmão, tudo isso é o caminho que a Igreja e o Papado de Roma tomou, que não pode ser ignorado, pois que a sua infra-estrutura, estrutura e supra-estrutura de poder nada tem de jesuânico, nem de humanismo, com exceção do seu discurso (por sinal muito diferente de sua práxis), estando declaradamente comprometido com a anti-igreja cristã, conforme definição salomonita.
Hoje a estrutura funcional do Patriarcado de Roma, como Imperador do Vaticano, mas com espectro de ação como pretenso substituto de Cristo e Claras afirmações de Hegemonia, próprias de quem se julga Imperador do Mundo, espalhado por todas as partes do planeta onde ele tem seus vassalos, tornando-se com segurança, um grande aliado de satanás. Faz-me lembrar da ousadia do imperador das trevas, que não se envergonhou, nem temeu, mas tentou o próprio Filho de Deus, manipulando as Santas Palavras das Sagradas Escrituras para seduzír Jesus a se desviar do cumprimento da vontade de Deus.
Como Jesus Cristo fez com satanás, importa que também nós façamos, estudar as Sagradas Escrituras, por em prática as diretrizes do evangelho e refutar os demônios e os diabos que nos surgem em formas modernas, com a sabedoria das suas Santas Palavras.
Do ponto de vista da teologia e eclesiologia neotestamentária, a teologia da libertação está obsoleta face aos textos de Dom Salomão Ferraz pré-romano e o estudo sério das Sagradas Escrituras. Nenhuma "teologia" é legítima quando se distancia das Sagradas Escrituras.
Nosso clero precisa urgente de mais intimidade com a Bíblia Sagrada. Formulo votos de que vocês consigam perceber isto. Duque de Caxias, RJ- 01/02/2012
Que Deus nos abençôe a todos!
Dom Felismar Manoel - Bispo Primaz
Catolicismo Evangélico Salomonita
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