quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

A Educação Templária de Jesus


11 - Semana da Educação Templária de Jesus.
Estamos comemorando a Semana Pós-Epifania em nosso Hemerológio Cristão, quando nossas reflexões se voltam para a educação templária do menino Jesus de Nazaré.
Sabemos da importãncia dos processos de endoculturação e socialização primária na vida das crianças, principalmente na fase de 0 a 6 anos de idade. A história de vida da criança, seus potenciais biológicos, as influências ambientais e as manifestações socio-culturais, são decisórios na formação da mente e aparelho psíquico, os quais serão estruturas funcionais para a construção do caráter e da identidade, que se manifestarão na subjetividade como um indivíduo singular e pessoa, ser humano biológico normal na fase adulta.
Embora o superego dos valores culturais se construa após esta faixa etária, é importante também para a criança esse período até a adolescência plena, pois ela consolidará o seu ego como individuo e sujeito singular.
A adolescência, em quase todas as culturas, é o tempo dos ritos de passagem, quando o individuo sai da infância e é admitido no grupo dos adultos. Não foi diferente com Jesus de Nazaré, pois embora sendo ele o Filho de Deus, quando ele assumiu a nossa natureza humana, ele o fez "praticando toda a justiça" usando a sua forma de expressar, ou seja, não buscou nenhum privilégio pessoal, cumprindo todas as normas legítimas que o seu sistema socio-cultural adotava.
Normalmente a educação templária se faz de modo inculturado e como Jesus de Nazaré nasceu em um lar judeu, também ele inculturou-se no judaismo de sua época.
A educação templária ocorre como fenômeno de endoculturação e socialização primária, quando os pais cumprem as normas prescritas pelo templo, juntamente com os filhos. As crianças aprendem com as pessoas que são significativas para elas e seus pais estão nesta categoria.
Jesus foi circuncidado no oitavo dia de nascido e recebeu o seu nome, Jesus, com o qual iria construir sua identidade singular, conforme prescrito na lei do templo; Jesus foi apresentado no templo no quadragésimo dia de nascido, sendo dedicado ao Senhor Eterno, passando sua mãe pelo rito de purificação após o parto e oferecendo o sacrificio do casal de pombos, como mandava a lei do templo na sua época; com certeza Jesus aprendeu a orar voltado para o templo de Jerusalém e viu ou participou da prece do SHEMA, quando com seus pais saiam da sua residência, ou quando a ela retornavam; enfim, Jesus de Nazaré deve ter sido preparado para desejar submeter-se ao rito de passagem na adolescência, transitando da infância para a vida adulta, participando da cerimônia do BAR MISSO, quando aos doze anos pôde ler a SAGRADA TORÁ pela primeira vez, discutindo com os doutores da lei o seu essencial conteúdo.
Os evangelhos canônicos não relatam pormenores da educação templária de Jesus, à semelhança da educação doméstica, mas registra que em tudo Jesus de Nazaré era submisso aos seus pais. Isto nos autoriza a refletir nessa forma de participação endoculturativa de Jesus, pois assim se comportavam os lares judeus.
Os livros apócrifos, incluindo o "Evangelho da Infância de Jesus", fazem outros relatos, mas de modo muito controvertido e a meu ver, incoerentes.
Acho que nossas reflexões devem ser baseadas nos evangelhos canônicos, que embora não foquem detalhes sobre sua educação doméstica ou templária, nos fornece, por ilação do costumeiro das famílias judias religiosas de então, os elementos que robustece a nossa conceituação do divino Rabi da Galiléia, mesmo na sua formação enquanto pessoa.
Aprendamos meus irmãos, a amar e crer nesse ser maravilhoso que foi Jesus de Nazaré, que mesmo sendo o Cristo, o Filho de Deus, se humilhou em sua divindade encarnando-se como um ser humano, para que por sua divina doação a nós, possamos divinizar a nossa humanidade. Entretanto, meus irmãos, ele respeita o livre arbítrio de cada um de nós, apenas nos faz o seu convite para aceitar a salvação que ele nos oferece, a Vida Eterna que em seu Santo Nome, o único Nome posto por Deus para nós, pelo qual possamos ser salvos.
A quem iremos? disseram os apóstolos, pois tú, ó Cristo, tens palavras de vida eterna! Assim também eu digo: A quem iremos, Senhor? se tu podes nos salvar? Convido os irmãos leitores a também dizerem o mesmo. Mas não fiquem nas palavras, pratiquem também as ações; pois se alguém está em Cristo nova criatura é, as coisas velhas e erradas passaram e o novo ser que surge, é semelhante ao modelo por Jesus Cristo fornecido.
         Que Deus nos abençôe a todos!
         Dom Felismar Manoel - Bispo Primaz
      Catolicismo Evangélico Salomonita
        Visite o site: www.icai-ts.org.br


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