quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

A Virgem Maria Meditava em seu Coração

8 - Semana da Sagrada Família

Estamos na oitava semana do ano litúrgico cristão. O nosso Hemerológio Cristão propõe para a nossa reflexão e vivências litúrgicas, dois fatos importantes que se relacionam com o nascimento de uma criança, principalmente em famílias pobres, como foi o caso da Sagrada Família.
O primeiro fato é a alegria. De um modo bem geral há alegria quando se nasce uma criança, pois com ela a vida se renova e há espectativa de um futuro que poderá ser de bençãos para as novas gerações. Foi assim com o nascimento de Jesus Cristo, pois Ele propiciou-nos a plena salvação em seu Nome, conforme fora predito pelas profecias; o segundo fato relacionado com o nascimento de uma criança, principalmente em famílias pobres, é a preocupação com a provisão dessa família, agora aumentada com mais uma pessoa. Mesmo assim, com possíveis dificuldades, as famílias, de um modo bem generalizado, se alegram com um novo ser que nasce, pois com ele também renasce novas esperanças.
A bíblia fala pouco de José, mas faz afirmações sobre o comportamento de Maria a respeito do seu menino Jesus. O Evangelho de Jesus, segundo Lucas, em seu capítulo 2, versículos 8-19, ao fazer a narrativa dos anjos aos pastores anunciando o nascimento do Salvador, registra que Maria guardava todas as coisas que eram ditas e meditava sobre elas em seu coração.
Não sabemos ao certo, quais eram as preocupações da virgem Maria, quando meditava sobre estas questões.
Será que Maria tinha já idéia dos sofrimentos que seu filho sofreria para consumar o seu projeto de salvação da humanidade? Será que Maria conversava com seu marido sobre suas preocupações a respeito do menino recém nascido? Será que Maria se preocupava com a provisão de tudo aquilo que aquela criança necessitava, enquanto um ser tão pequenino, sendo eles um casal pobre? E José, será que confabulava com sua esposa sobre suas preocupações?
Existem certas famílias pobres, que parecem só confiar na provisão da misericórdia divina. O nascimento de uma criança, é para elas, sempre só motivo de alegrias, mesmo que não tenham o que comer, ou beber. É dificil, nos dias de hoje, estimular a procriação em larga escala, atendendo apenas aos apelos das pulsões instintivas e ignorando as possibilidades de um planejamento familiar. Isto não parece harmonizado com a lógica da racionalidade evangélica.
Existem outras famílias que não têm interesse em ter filhos, só querem a comodidade da vida a dois, sem nenhuma criança para atrapalhar, mesmo tendo posses, não incluem crianças em seus projetos de vida.
Existem famílias desejosas de ter filhos, e que por algumas razões não os podem ter.
Não é nosso propósito examinar aqui estas variações de comportamentos das famílias, mas queremos refletir um pouco sobre nossas responsablidades enquanto cristãos que somos.
Nós seres humanos somos os mordomos deste mundo que Deus nos deu por cenário, para nele nos desenvolver, evoluir em santidade, moralidade, sabedoria, ciência e todos os demais dons que o Espírito Santo derrama sobre nós. Teremos que prestar contas ao Tribunal Divino, de como exercemos o nosso mordomado, em relação a nossa dimensão da vida, do corpo, da mente, das emoções, do psiquismo, da espiritualidade e de tudo enfim.
Jesus Cristo quando veio à terra, nós já éramos seres morais, e portanto, com capacidades de escolhas entre o bem e o mal; o Evangelho foi revelado como uma Boa Nova de Salvação para todos os seres humanos de boa vontade existentes na face da terra; foi requerido de nós, tão somente, arrependimento de nossos pecados e reconhecimento de Jesus Cristo como o Filho Unigênito do Deus Vivo, pondo em prática, naturalmente, as ordenanças emanadas do seu poder.
É preciso que sejamos prudentes e responsáveis em todas as nossas ações, inclusive no controle de nossas pulsões instintivas, para que tenhamos as nossas famílias planejadas de modo responsável. Hoje a ciência e a tecnologia coloca ao nosso alcance, esclarecimentos e meios que permitem termos uma vida sexual responsável e equilibrada, em nada justificando o pecado da interrupção das vidas concebidas. É preciso que afastemos de nós os comportamentos levianos e irresponsáveis e que assumamos diante de Deus, a nossa função de mordomos deste dom que Ele nos confiou, que chamamos vida. Iremos prestar contas a Deus sobre o modo como gerenciamos as nossas vidas, este precioso dom que Ele nos confiou. Afinal, Ele veio para que tenhamos vida em abundância.
    Que Deus nos abençôe a todos!
Dom Felismar Manoel - Bispo Primaz
Catolicismo Evangélico Salomonita
    Visite o site: www.icai-ts.org.br

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