sábado, 27 de abril de 2013

Jesus Pede: Santifiquem-se na Verdade


Catolicismo Apostólico Salomonita
Diretório de Espiritualidade Litúrgica - Ano Eclesial 1986 (2012/13)


Cores Litúrgicas:
1 - Amarelo (Estação Outono - Festa dos Frutos) - Simbolizando a confiança nos frutos da terra e a fé na construção de um mundo melhor na terra, de acordo com o evangelho de Jesus de Nazaré, o Cristo de Deus.
2 - Cinza - Nos Oficios Penitenciais, de Tristeza e/ou Luto;
3 - Branco - Substitutivo de todas as cores e simbolizando a Integralidade, a Alegria, a Pureza e a Fé Espiritual.

Atualização dos Mistérios de Deus Intervindo na História da Humanidade:
II Movimento - Arco Ascendente - Antropotéia -
A pessoa humana Jesus de Nazaré, se manifesta como Filho de Deus, anuncia seu evangelho de libertação, consuma o processo de redenção humana e edifica sua Igreja como seu Corpo Místico compondo o Mistério da Comunhão dos Santos.
O ser humano se espiritualiza na Comunhão com Deus mediatizada pelo Cristo, cristificando-se para retornar ao seio da Deidade Absoluta.


Espiritualidade Litúrgica

II Tempo - Parusia do Cristo Ressuscitado - Durante quarenta dias Jesus Ressuscitado se encontra com os discípulos, transmitindo-lhes segurança e instruções.

22ª Semana do Ano Eclesial - 28/04/2013 - 4º Domingo da Páscoa - Alfaias nas Cores Branca ou Amarela

===> Jesus Cristo Ressuscitado está entre seus discípulos vivenciando a segunda parusia.
===> Jesus Cristo pede a Deus Pai que sejamos santificados na verdade, segundo as palavras que nos deu.
===> Verdadeiramente Jesus Cristo Ressuscitou! Alegremo-nos! Aleluia! Nós que participamos do seu sofrimento, paixão e morte, participemos também da sua ressurreição. Aleluia!

* * * * *

Jesus Cristo, o Filho de Deus Ressuscitado continua convivendo com seus discípulos na sua segunda parusia. Atualizemos também em nossas vidas esta convivência espiritual com o Cristo Ressuscitado, vitorioso sobre o mundo, o pecado e a morte. As vivências litúrgicas nos possibilita esta experiência pessoal com o Cristo Divino, através da vida em comunhão com Deus.

O Hemerológio Cristão propõe como direção litúrgica para esta quarta semana da páscoa cristã (28/04/2013), a petição de Jesus Cristo ao Pai, que sejamos santificados na verdade que Ele nos revelou, conforme a sua oração sacerdotal no evangelho segundo João.

O meio católico popular, geralmente tem uma interpretação errada quando se refere a santificação, entendendo como santo aquele que foi assim declarado mediante um processo canônico da igreja institucional. Não é este o sentido de santo na linguagem do Novo Testamento, devendo entender-se como santo, aquele que se separou dos imperativos do mundo, consagrando-se a ouvir e por em prática os ensinamentos do Evangelho do Mestre e Salvador Jesus Cristo enquanto estiver vivendo aqui no mundo.

Jesus Cristo, o Filho de Deus, na oração que fez ao Pai antes de seu suplicio na cruz, conforme nos relata o capítulo dezessete do evangelho segundo João, afirma santificar-se na verdade e desejar que também nós sejamos santificados na verdade, conforme as palavras da boa nova que Ele nos deu. Mais precisamente em João 17: 18-21, Ele diz:
"Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.
E a favor deles eu me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade .
Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra;
a fim de que todos sejam um; e como és tu,ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste".

Meus irmãos e minhas irmãs! Este pensamento litúrgico que serve de tema a ser vivenciado durante esta semana, é para nós muito confortador; pois ele oferece uma medida, que nos permite avaliarmos se estamos seguindo o caminho que Ele, Jesus Cristo, nos propôs.

Jesus orou ao seu e nosso Pai afirmando que Ele se santificava a si mesmo, para que também nós sejamos santificados na verdade, e na verdade que Ele nos revelou, ou seja, o santo evangelho. Os evangelhos tem sido recebidos tradicionalmente na Igreja nas versões dos quatro evangelhos, considerados canônicos pela cristandade de forma geral, não havendo nenhuma discordância entre as várias correntes eclesiais acerca da legitimidade dos seus ensinamentos. Assim, temos os elementos para avaliar se as nossas crenças praticadas nos dias de hoje, são verdadeiramente cristãs.

Nossos padrões de fé são alimentados pelos nossos padrões de crenças. Podemos avaliar se nossas crenças são racionais, logicamente baseadas nos ensinamentos de Jesus Cristo; podemos avaliar se as nossas práticas devocionais e religiosas são baseadas nos ensinamentos de Jesus Cristo, conforme registram os santos evangelhos; podemos avaliar qual é verdadeiramente o nosso discipulado, se somos realmente discípulos de Cristo, ou discípulo de algum outro ente que apareceu ensinando coisas e doutrinas diferentes do evangelho de Jesus Cristo; discípulo de alguma autoridade terrena que se impõe persuasivamente sobre nós, sobre nossas organizações sociais e culturais, nos distanciando do verdadeiro ensinamento do Cristo Filho de Deus que se manifestou em Jesus Cristo.

É importante refletirmos nessa oração de Jesus Cristo, para percebermos que Ele orou não só por aqueles discípulos que conviveram com Ele quando ainda na carne junto à humanidade, mas que orou por nós que somos seus discípulos hoje, na era atual também. Jesus manifesta o seu desejo de que sejamos santificados na verdade, a verdade que Ele nos ensinou em seu evangelho.

Sabemos que a nossa santificação pessoal na verdade ensinada por Jesus Cristo, conforme seu evangelho, depende de nossa adesão através de nosso livre arbítrio; nós temos o poder de resistir aos ensinamentos de Jesus; nós temos o poder de falsificar os ensinamentos de Jesus Cristo, interpolando nele palavras devotas, piedosas, mas que não fazem parte daquilo que Jesus ensinou; é fácil observar nos meios religiosos como são diversificadas as práticas de devoções populares, toleradas e exploradas pelas igrejas diversas, mas que não foram ensinadas por Jesus Cristo; algumas dessas práticas religiosas sustentam posições que são proibidas pelo ensinamento cristão do evangelho de Jesus Cristo.

Meus irmãos e minhas irmãs! Examine as suas crenças pessoais que alimentam a sua fé! Examine as suas práticas religiosas, devocionais da sua vida atual! Examine se tais crenças e tais práticas são realmente ensinadas no evangelho de Jesus Cristo! Examine se tais crenças e tais práticas religiosas se opõem a algum ensinamento claro do evangelho de Jesus Cristo! Com isso, caro irmão, cara irmã, você poderá certificar-se de quem você é discípulo: se é discípulo de Jesus Cristo, o Filho de Deus, vivendo de acordo com a verdade do evangelho, ou se você é discípulo de algum outro espirito que apareceu ensinando coisas diferentes do evangelho de Jesus. Nós temos o direito de seguir a qualquer espírito, mesmo distanciando do ensinamento de Jesus Cristo para nos perdermos da participação na vida eterna de Deus desde agora. Eu aponto o caminho para a participação na vida eterna desde aqui e agora; eu aponto o caminho para a construção do reino de Deus já aqui na terra; eu aponto o caminho da santificação desejado por Jesus Cristo, vivendo a vida integral, nas crenças que alimentam a fé, nas práticas devocionais, piedosas, religiosas, comportamentais e profissionais, de acordo com as verdades ensinadas por Cristo em seu evangelho.

Oremos ao Bom Deus Pai, Filho e Espírito Santo, que nos perdoe e nos abençoe hoje e sempre.
          Dom Felismar Manoel - Bispo Primaz
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