Feliz
Páscoa aos Católicos Romano-Salomonitas!
Que
Deus abençoe os esforços de vocês por uma purificação
doutrinária prudente face aos ensinamentos de Jesus Cristo em seu
Santo Evangelho Alforriador.
Na
vivência do ecumenismo intra-eclesial, o Catolicismo
Apostólico/Evangélico Salomonita sustenta diferentes formas de
espiritualidades cristãs, incluindo entre elas a Espiritualidade
Católica Romano-Salomonita (ou Românica), derivada da Igreja
Católica Romana Papal, mas que não se confunde com ela, pelas
distinções e clareza do que confessa como certo e coerente com a
Palavra de Deus, diferenciado daquilo que refuta contrário à
Palavra de Deus e ao Bom Senso, mas que continua existindo como erro
na Igreja de Roma.
As
principais posições da Espiritualidade Católica Romano-Salomita
são:
2.1
- A Chefia Verdadeira da Igreja Cristã está em Jesus Cristo
Ressuscitado, Vivo, presente nos céus junto ao Pai, como nosso
Advogado junto a Deus, nos assistindo através do Espírito Santo e
no ministério dos anjos a nosso favor e não na pessoa do Papa de
Roma;
2.2
- Todos os cristãos batizados que confessam Jesus Cristo como Filho
de Deus participam como Membros do seu Corpo Místico na sua Igreja,
quer estejamos vivendo na carne aqui na terra, quer estejam vivendo
nas regiões espirituais, formando a Comunhão dos Santos, todos
participando dos dons e graças de Cristo e dos benefícios das
orações mediadas por Cristo e das virtudes praticadas por todos os
santos.
2.3
- A Igreja de Cristo não é uma "sociedade
perfeita"
como definida pela Igreja Católica do Papa de Roma para justificar o
"Estado do Vaticano e a Igreja" como se fossem a mesma
coisa, e assim, impor-se como império hegemônico supranacional e
supraestatal, interferindo na vida de igrejas particulares, povos,
governos e nações; a Igreja de Cristo é sim, "a
comunidade de todos os cristãos batizados que confessam a Jesus
Cristo como Filho de Deus, praticam o seu evangelho, congregam como
Povo de Deus nas diferentes comunidades e denominações
institucionais, em união com o Ministério Cristão legítimo,
conformando-se com as tradições apostólicas do Novo Testamento e
não necessariamente com o magistério romano-pontifical".
2.4
- A Igreja de Cristo não pode se confundir com Um
Estado, mesmo que seja o Estado do Vaticano,
impondo-se como um Império Mundial sobre pessoas, crenças, governos
e nações.
2.5
- A Igreja de Cristo não pode criar doutrinas, dogmas e doxas
contrários aos claros ensinamentos deixados por Jesus Cristo nos
Evangelhos Canônicos e pelos seus Apóstolos nos escritos das Cartas
Apostólicas canônicas. Não há uma Tradição Apostólica legítima
quando contraria enunciados contextualizados no Novo Testamento e
compatibilizados com toda as Sagradas Escrituras.
2.6
- Uma prática ecumênica legítima e verdadeira não pode ignorar os
esforços demonstrados pelas várias Instituições Eclesiais que
aderiram e aderem ao Conselho Mundial de Igrejas.
2.7
- A Igreja de Cristo deve estar inserida na complexidade do momento
histórico, envolvida no ministério profético mas com abertura para
aprender com os outros, tanto do ponto de vista institucional, como
teológico e pastoral.
2.8
- As Instituições Eclesiais internacionais devem evitar a
centralização do poder e valorizar seus órgãos ou representações
nacionais, compromissados com as realidades locais, para possibilitar
uma evangelização inculturada e não a imposição dos modelos
metropolitanos importados, alienantes ou camufladores.
2.9
- É preciso que não se confunda, no caso da Igreja de Roma, o poder
político do Estado do Vaticano com seus Núncios em diversos paises,
com a jurisdição pastoral da Instituição Romana na Igreja de
Cristo, representada nas pessoas dos bispos em suas dioceses.
2.10
- É preciso não confundir a Missão da Igreja de Cristo nas
Instituições Eclesiais Internacionais, com o poder empresarial
romano-papal, multinacional, dos diversos Cardeais dispersos por
várias regiões. O Ministério Episcopal deverá ser exercido na
plenitude pelos Bispos, compromissados com Cristo, no interesse das
Comunidades do Povo de Deus que pastoreiam.
2.11
- Na historicidade dos Patriarcados Apostólicos, o Papado de Roma
poderá expressar facilmente o ideal de unidade dos cristãos, se
voltar a ser simplesmente "Pedro", abandonando a
centralidade jurídica e o poder temporal, assumindo o "Ministério
do Primus
inter Pares",
ou seja, o "Ministério do Primeiro entre os Iguais" com
seu direito de precedência.
2.12
- É preciso abandonar o espírito de "casta" do clero e
considerá-lo como uma classe de serventuários do culto e da
comunidade do povo de Deus, valorizando mais a participação do
ministério dos leigos, com inserção mais ativa das mulheres na
vida e ministério da Igreja de Cristo.
2.13
- É preciso urgência na valorização dos clérigos casados, em
obediência aos ensinamentos evangélicos e ao ensino dos apóstolos,
sejam bispos, padres, diáconos e diaconisas, respeitando as
autênticas vocações, tanto para o ministério como para a vida
exemplar em família.
2.14
- É preciso uma evangelização inculturada, sincera e obediente a
Jesus Cristo, para ofertar a salvação plena que Cristo traz às
pessoas, libertando-as das formas do devocionismo fetichista
santoral, iconodúlico, mágico, consumista, mantenedor do "status
quo espiritual,
alienante, parasitário, depreciador da dignidade da pessoa humana
construída como imagem e semelhança do Criador.
2.15 - É preciso que
devolva a Maria o lugar que lhe é devido na história de Jesus
Cristo e do seu evangelho, na história do contexto apostólico, na
história da Igreja Cristã das primeiras comunidades cristãs, e
acabe com essas mariolatrices misturadas com fenômenos
psico-anímicos de espiritismo mariano, que inventou e consolida a
figura de "nossa senhora", tão ao gosto dos interesses
institucionais, desrespeitando as orientações evangélicas,
denegrindo o verdadeiro papel de Maria na história da salvação
humana e na história da Igreja Cristã. Essas colocações atuais de
exagerada dependência de Maria em detrimento do Salvador Jesus
Cristo, é indígna do Ministério de Maria, Virgem Mãe, do
Evangelho Cristão, constituindo um sacrilégio e um pecado contra a
humanidade pecadora redimida, pois só Jesus Cristo possui o dom da
salvação e assim nos apontou Jesus Cristo e a própria Virgem Mãe.
2.16 - É preciso que
valorize mais o espírito de oração, estudo bíblico e discipulado
cristão, conforme Jesus e seus apóstolos, em detrimento das rezas,
jaculatórias, novenas, rosários, ladainhas, procissões, romarias
e coisas do gênero.
2.17 - É urgentemente
preciso que o catolicismo popular se torne verdadeiramente cristão,
abandonando as crendices populares e se submetendo às diretrizes do
Evangelho, e isto pressupõe que os diversos Ministros Cristãos,
Bispos, Padres, Diáconos, Diaconisas e Outros Líderes Cristãos
sejam obedientes aos ensinamentos de Jesus Cristo, o único nome
posto pelo qual devamos ser salvos.
Que Deus nos abençoe
e nos ajude a ser fiéis a Jesus Cristo, o Único Chefe Verdadeiro da
Igreja Cristã.
Dom
Felismar Manoel - Bispo Primaz
Catolicismo
Apostólico/Evangélico Salomonita
felismarmanoel@gmail.com
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