Dom
Raimundo Augusto de Oliveira
Bispo
Diocesano de Feira de Santana - ICAI-TS
Não
nos deve causar espanto a intolerância Romana uma vez que nada mais
é do que ranço dos tempos imperiais quando através de Constantino
e seus “ concílios” a religião pseudo cristã torna-se a
religião oficial do Império, passando da condição de perseguidos
a perseguidores, vide filme sobre assunto ( Alexandria).
Desprezando
a temática teológica que algumas vezes destoa do original Ocidental
Cristão, a demanda do romanismo no seu sectarismo, da-se muito em
função dos prejuízos econômicos advindos de cada cisão sofrida
por Roma, quando novo grupo se forma e manifesta uma maneira
diferente de crer, embora tenha como base de fé o mesmo Evangelho de
Cristo. Naturalmente que uma milenar hierarquia cunhada no
reconhecimento de Governos e Nações, não pode admitir que seus
“símbolos de poder” sejam usados por quem não se dobra aos seus
caprichos. Isto posto, não é de se estranhar a reação romana a
quem usar de similitudes tais mas em desacordo com os princípios da
Loba.
O
Direito Sucessório advindos dos Bispos: Carlos Duarte Costa e mais
diretamente de Dom Salomão Feraz, entretanto, nos aproximam, criando
assim um impasse frente a comunidades nascidas no catolicismo romano
e apegadas aos seus símbolos e costumes. Os movimentos surgidos nas
secções com o romanismo, todos usam símbolos e costumes para assim
identificar-se com a fé cristã ocidental. Neles,entretanto não se
compreendam a Igreja Livre, movimento nativista surgido do ideal de
Cristãos forjados em várias escolas e portadores de um só
pensamento: O Serviço ao Senhor; Seu Bispo eleito o Reverendo
Salomão Feraz criou uma dinâmica litúrgica e de evangelização
próprias sem, entretanto, perder de vista a tradição observada em
cada comunidade, sendo esta uma recomendação sua que não se
escandalizasse a fé natural do novo convertido mais o instruísse
nos princípios da verdadeira fé cristã.
O
que consideramos importante entretanto é que não percamos de vista,
que embora se use nomenclatura sofisticada pelo eruditismo dos
sábios, qualquer expressão usada vem de ter o mesmo significado,
uma vez que é o que queremos dizer: Reverendo
significa um Padre ou Pastor tratado com um titulo diferente. As
palavras, básicas não pertencem a outra religião que não o
cristianismo - Presbítero, Diácono e Bispos, são títulos do Novo
Testamento a quem serve na Igreja, as derivações vão significar a
mesma coisa.
O
rótulo não modifica o produto, salvo, quando o produto não é
verdadeiro.
Quem
me diz da verdade do meu ministério é minha consciência e a
honestidade com que o exerço. Sou da Igreja de Cristo, Católica,
Batista ou qualquer que seja a denominação. Devo anunciar Jesus
Cristo ao mundo e atrair para Ele os pecadores, os que sofrem, os que
ainda não O conhecem.
Escrevam
o que quiserem, da forma, mais diversificada possível, usem as
estratégias que quiserem mas não deixem de lado o Evangelho, as
Cartas Apostólicas e a Revelação; Observem a tradição e busquem
os homens e mulheres de boa vontade. Lembrem-se não importa se somos
de “Paulo, de Apolo ou de Cefas”, o que importa é ser de Cristo.
Nos Evangelhos há o episódio daquele que expulsava os demônios em
nome de Jesus de Nazaré e os discípulos proibiram; o que diz o
Senhor? Investiguem sua recomendação( Vide Luc.- 9,49 a 50).
Ninguém pode me desautorizar na minha fé, e se tentarem, outros
morreram por defender sua crença, os Mártires, será
que temos medo? As Bem aventuranças nos alertam sobre essas
perseguições, sejamos pois bem aventurados e, se sua vaidade não
lhe permite acolher o sofrimento, a exclusão, use a lei; A
Constituição Brasileira ou o Ministério Publico. A religião é
livre no País.
Por
isso, Irmãos, não percamos tempo com esses queixumes quando temos
tanto a fazer pelo Reino de Deus. Onde a ação social em favor dos
necessitados? Drogados? prostituidos? Não gastemos nosso ideal
combatendo Roma, Roma por si está se destruindo, salvemos, pois
aqueles que se angustiam sem rumo, os que estão perdendo a fé. O
mundo precisa de nós, com batina ou sem, com véu ou sem, com
sacrário ou sem, com imagens ou sem. O que importa é levar Jesus
Cristo aos homens à luz da fé para que encontrem a salvação.
Que
o Espírito Santo ilumine o Concilio quando ele se organizar, não
para combate assim tão pequeno, que é o contraditório na fé,
mais que o Espírito nos ensine uma nova maneira de levar Jesus ao
mundo, tão racionalista e materialista do nosso Tempo.
Que
Deus Abençoe a todos
Dom
Augusto
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