terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Da Intolerância Religiosa e outras considerações... ( Roma contra todas as religiões)


Dom Raimundo Augusto de Oliveira
Bispo Diocesano de Feira de Santana - ICAI-TS



Não nos deve causar espanto a intolerância Romana uma vez que nada mais é do que ranço dos tempos imperiais quando através de Constantino e seus “ concílios” a religião pseudo cristã torna-se a religião oficial do Império, passando da condição de perseguidos a perseguidores, vide filme sobre assunto ( Alexandria).

Desprezando a temática teológica que algumas vezes destoa do original Ocidental Cristão, a demanda do romanismo no seu sectarismo, da-se muito em função dos prejuízos econômicos advindos de cada cisão sofrida por Roma, quando novo grupo se forma e manifesta uma maneira diferente de crer, embora tenha como base de fé o mesmo Evangelho de Cristo. Naturalmente que uma milenar hierarquia cunhada no reconhecimento de Governos e Nações, não pode admitir que seus “símbolos de poder” sejam usados por quem não se dobra aos seus caprichos. Isto posto, não é de se estranhar a reação romana a quem usar de similitudes tais mas em desacordo com os princípios da Loba.

O Direito Sucessório advindos dos Bispos: Carlos Duarte Costa e mais diretamente de Dom Salomão Feraz, entretanto, nos aproximam, criando assim um impasse frente a comunidades nascidas no catolicismo romano e apegadas aos seus símbolos e costumes. Os movimentos surgidos nas secções com o romanismo, todos usam símbolos e costumes para assim identificar-se com a fé cristã ocidental. Neles,entretanto não se compreendam a Igreja Livre, movimento nativista surgido do ideal de Cristãos forjados em várias escolas e portadores de um só pensamento: O Serviço ao Senhor; Seu Bispo eleito o Reverendo Salomão Feraz criou uma dinâmica litúrgica e de evangelização próprias sem, entretanto, perder de vista a tradição observada em cada comunidade, sendo esta uma recomendação sua que não se escandalizasse a fé natural do novo convertido mais o instruísse nos princípios da verdadeira fé cristã.

O que consideramos importante entretanto é que não percamos de vista, que embora se use nomenclatura sofisticada pelo eruditismo dos sábios, qualquer expressão usada vem de ter o mesmo significado, uma vez que é o que queremos dizer: Reverendo significa um Padre ou Pastor tratado com um titulo diferente. As palavras, básicas não pertencem a outra religião que não o cristianismo - Presbítero, Diácono e Bispos, são títulos do Novo Testamento a quem serve na Igreja, as derivações vão significar a mesma coisa.
O rótulo não modifica o produto, salvo, quando o produto não é verdadeiro.
Quem me diz da verdade do meu ministério é minha consciência e a honestidade com que o exerço. Sou da Igreja de Cristo, Católica, Batista ou qualquer que seja a denominação. Devo anunciar Jesus Cristo ao mundo e atrair para Ele os pecadores, os que sofrem, os que ainda não O conhecem.

Escrevam o que quiserem, da forma, mais diversificada possível, usem as estratégias que quiserem mas não deixem de lado o Evangelho, as Cartas Apostólicas e a Revelação; Observem a tradição e busquem os homens e mulheres de boa vontade. Lembrem-se não importa se somos de “Paulo, de Apolo ou de Cefas”, o que importa é ser de Cristo. Nos Evangelhos há o episódio daquele que expulsava os demônios em nome de Jesus de Nazaré e os discípulos proibiram; o que diz o Senhor? Investiguem sua recomendação( Vide Luc.- 9,49 a 50). Ninguém pode me desautorizar na minha fé, e se tentarem, outros morreram por defender sua crença, os Mártires, será que temos medo? As Bem aventuranças nos alertam sobre essas perseguições, sejamos pois bem aventurados e, se sua vaidade não lhe permite acolher o sofrimento, a exclusão, use a lei; A Constituição Brasileira ou o Ministério Publico. A religião é livre no País.

Por isso, Irmãos, não percamos tempo com esses queixumes quando temos tanto a fazer pelo Reino de Deus. Onde a ação social em favor dos necessitados? Drogados? prostituidos? Não gastemos nosso ideal combatendo Roma, Roma por si está se destruindo, salvemos, pois aqueles que se angustiam sem rumo, os que estão perdendo a fé. O mundo precisa de nós, com batina ou sem, com véu ou sem, com sacrário ou sem, com imagens ou sem. O que importa é levar Jesus Cristo aos homens à luz da fé para que encontrem a salvação.

Que o Espírito Santo ilumine o Concilio quando ele se organizar, não para combate assim tão pequeno, que é o contraditório na fé, mais que o Espírito nos ensine uma nova maneira de levar Jesus ao mundo, tão racionalista e materialista do nosso Tempo.
               Que Deus Abençoe a todos
                        Dom Augusto




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