Princípios
Básicos Orientadores
Para
os Bispos, Abunas, Abades, Pastores, Padres, Madres, Diáconos,
Diaconisas,Ministros da Liturgia, Catequistas, Professores de Escolas
Dominicais, Líderes Cristãos, Crentes Fiéis e Pessoas
Interessadas.
I
- Catolicismo Apostólico Salomonita
(Desde
1902 no Brasil)
O
Catolicismo Apostólico Salomonita é um modo de se vivenciar a
fidelidade aos ensinamentos de Jesus Cristo dentro do catolicismo,
expurgando os erros institucionais que ao longo dos séculos foram a
ele incorporados, por políticas espúrias. Trata-se de um movimento
cristão unionista, presente no Brasil desde 1902, graças ao
idealismo do Reverendo Salomão Ferraz. Esta união é vivenciada
na teoria e na prática através de um ecumenismo cristão, tanto
intra-eclesial, quanto inter-eclesial, adotando os seguintes
distintivos:
1.1
- O Ecumenismo é entendido como participação na confissão da
centralidade da comunhão do Povo de Deus em Cristo;
1.2
- com participação no testemunho da presença do Cristo Vivo
Ressuscitado na sua Igreja;
1.3
- pela continuidade do processo de salvação em Cristo das pessoas
humanas do mundo, da condição de pecado na vida pessoal, na vida
familiar e social, através da Graça mediante a fé;
1.4
- Jesus Cristo é confessado, aceito e proposto como o Único Chefe
da Igreja Cristã na terra e nos céus, sem prejuízo da variedade de
governos das igrejas cristãs particulares existentes no mundo;
1.5
- oportuniza a coparticipação nos trabalhos pastorais de promoção
humana e sociais das diferentes instituições eclesiais, das
diversas igrejas particulares e denominações cristãs;
1.6
- pugna pelo respeito e consideração pelos atributos e carismas
especiais das diversas e/ou diferentes denominações institucionais
cristãs;
1.7
- busca a autenticidade de confissão e testemunho idiodóxico de
cada instituição denominacional e compartilhamento de vivências
testemunhais cristãs entre instituições, sem confundir Unidade de
Fé, Testemunho e Louvor, com união orgânico-jurídica das
Instituições Eclesiais.
II
- A Espiritualidade Católica Romano-Salomonita
Na
vivência do ecumenismo intra-eclesial, o Catolicismo Apostólico
Salomonita sustenta diferentes formas de espiritualidades cristãs,
incluindo entre elas a Espiritualidade Católica Romano-Salomonita
(ou Românica), praticada em algumas comunidades de fé, derivada da
Igreja Católica Romana Papal, mas que não se confunde com ela,
pelas distinções e clareza do que confessa como certo e coerente
com a Palavra de Deus, diferenciado daquilo que refuta contrário à
Palavra de Deus e ao Bom Senso, mas que continua existindo como erro
na Igreja Papal de Roma.
As
principais posições da Espiritualidade Católica Romano-Salomonita
são:
2.1
- A Chefia Verdadeira da Igreja Cristã está em Jesus Cristo
Ressuscitado, Vivo, presente nos céus junto ao Pai, como nosso
Advogado junto a Deus, nos assistindo através do Espírito Santo
pelo ministério dos seus anjos a nosso favor;
2.2
- Todos os cristãos batizados que confessam Jesus Cristo como Filho
de Deus, participam como Membros do seu Corpo Místico na sua Igreja,
quer estejamos vivendo na carne aqui na terra, quer estejam vivendo
nas regiões espirituais, formando a Comunhão dos Santos, todos
participando dos dons e graças de Cristo e dos benefícios das
orações e virtudes praticadas pelos santos mediadas pelo Cristo
de Deus.
2.3
- A Igreja de Cristo não é uma "sociedade
perfeita"
como definida pela Igreja Católica do Papa de Roma para justificar o
"Estado do Vaticano e a Igreja" (como se fossem a mesma
coisa), e assim, impor-se como império hegemônico supranacional e
supra-estatal, interferindo na vida de igrejas particulares, de povos,
de governos e nações; a Igreja de Cristo é sim, "a
comunidade de todos os cristãos batizados que confessam a Jesus
Cristo como Filho de Deus, praticam o seu evangelho, congregam como
Povo de Deus nas diferentes comunidades e denominações
institucionais, em união com o Ministério Cristão legítimo,
conformando-se com as tradições apostólicas do Novo Testamento e
não necessariamente com o magistério romano-pontifical".
2.4
- A Igreja de Cristo não pode se confundir com Um
Estado, mesmo que seja o Estado do Vaticano,
impondo-se como um Império Mundial sobre pessoas, crenças, governos
e nações.
2.5
- A Igreja de Cristo não pode criar doutrinas, dogmas e doxas
contrários aos claros ensinamentos deixados por Jesus Cristo nos
Evangelhos Canônicos e pelos seus Apóstolos nos escritos das Cartas
Apostólicas canônicas. Não há uma Tradição Apostólica legítima
quando contraria enunciados contextualizados no Novo Testamento e
compatibilizados com toda as Sagradas Escrituras.
2.6
- Uma prática ecumênica legítima e verdadeira não pode ignorar os
esforços demonstrados pelas várias Instituições Eclesiais que
aderiram e aderem ao Conselho Mundial de Igrejas.
2.7
- A Igreja de Cristo deve estar inserida na complexidade do momento
histórico, envolvida no ministério profético, mas com abertura
para aprender com os outros, tanto do ponto de vista institucional,
como teológico e pastoral.
2.8
- As Instituições Eclesiais internacionais devem evitar a
centralização do poder e valorizar seus órgãos ou representações
nacionais, compromissadas com as realidades locais, para possibilitar
uma evangelização inculturada e não a imposição dos modelos
metropolitanos importados, alienantes ou camufladores.
2.9
- É preciso que não se confunda, no caso da Igreja de Roma, o poder
político do Estado do Vaticano com seus Núncios em diversos países,
com a jurisdição pastoral da Instituição Romana na Igreja de
Cristo na pessoas dos seus Bispos.
2.10
- É preciso não confundir, no caso da Igreja de Roma, a Missão da
Igreja de Cristo nas Instituições Eclesiais Internacionais, com o
poder empresarial multinacional dos diversos Cardeais dispersos por
várias regiões. O Ministério Episcopal deverá ser exercido na
plenitude pelos Bispos, compromissados com Cristo, no interesse das
Comunidades do Povo de Deus que pastoreiam.
2.11
- Na historicidade dos Patriarcados Apostólicos, o Papado de Roma
poderá expressar facilmente o ideal de unidade dos cristãos, se
voltar a ser simplesmente "Pedro", abandonando a
centralidade jurídica e o poder temporal, assumindo o "Ministério
do Primus
inter Pares",
ou seja, o "Ministério do Primeiro entre os Iguais" com
seu direito de precedência nos encontros e cerimoniais.
2.12
- É preciso abandonar o espírito de "casta" do clero e
considerá-lo como uma classe de serventuários do culto e da
comunidade do povo de Deus, valorizando mais a participação do
ministério dos leigos, com inserção mais ativa das mulheres na
vida e ministério da Igreja de Cristo.
2.13
- É preciso urgência na valorização dos clérigos casados, sejam
bispos, padres, diáconos e diaconisas, respeitando as autênticas
vocações, tanto para o ministério como para a vida exemplar em
família.
2.14
- É preciso uma evangelização inculturada, sincera e obediente a
Jesus Cristo, para ofertar a salvação plena que Cristo traz às
pessoas, libertando-as das formas do devocionismo fetichista
santoral, iconodúlico, mágico, mercadejante, consumista, mantenedor
do "status
quo espiritual,
alienante, parasitário, depreciador da dignidade da pessoa humana
construída como imagem e semelhança do Criador.
2.15 - É preciso que
devolva a Maria o lugar que lhe é devido na história de Jesus
Cristo e do seu evangelho, na história do contexto apostólico, na
história da Igreja Cristã das primeiras comunidades cristãs, e
acabe com essas mariolatrices misturadas com fenômenos
psico-anímicos de espiritismo mariano, que inventou e consolida a
figura de "nossa senhora", tão ao gosto dos interesses
institucionais, desrespeitando as orientações evangélicas,
denegrindo o verdadeiro papel de Maria na história da salvação
humana e na história da Igreja Cristã, que mandou "fazer tudo
o que Jesus mandar". Essas colocações atuais de exagerada
dependência de Maria em detrimento do Salvador Jesus Cristo, é
indigna do Ministério de Maria, Virgem Mãe, do Evangelho Cristão,
constituindo um sacrilégio e um pecado contra a humanidade pecadora,
pois só Jesus Cristo possui o dom da salvação e assim nos apontou
Jesus Cristo e a própria Virgem Mãe Maria.
2.16 - É preciso que
valorize mais o espírito de oração, estudo bíblico e discipulado
cristão, conforme Jesus e seus apóstolos, em detrimento das rezas,
jaculatórias, novenas, rosários, ladainhas, procissões, romarias
e coisas do gênero.
2.17 - É urgentemente
preciso que o catolicismo popular se torne verdadeiramente cristão,
abandonando as crendices populares e se submetendo às diretrizes do
Evangelho, e isto pressupõe que os diversos Ministros Cristãos,
Bispos, Abunas, Abades, Pastores, Padres, Madres, Diáconos,
Diaconisas e Outros Líderes Cristãos sejam obedientes aos
ensinamentos de Jesus Cristo, o único nome posto pelo qual devamos
ser salvos.
2.18 - É preciso que
se honre a legitimidade da Sucessão Apostólica da Sé de Roma, por
uma obediência à centralidade dos ensinamentos evangélicos de
Jesus Cristo em sua Igreja, como fizeram os doze apóstolos, e não
através de políticas humanas de afirmação de poder e hegemonia
institucional; é premente que se façam súditos pelo mundo, mas de
Jesus Cristo e do seu império de graça, luz, misericórdia e
salvação mediante a fé.
Que
Deus nos abençoe e nos ajude a ser fiéis a Jesus Cristo, o Único
Chefe Verdadeiro da Igreja Cristã.
Dom
Felismar Manoel - Bispo Primaz
Duque
de Caxias, RJ, 06/01/2013
47º
ano de Restauração da Autonomia do Catolicismo Salomonita no
Brasil
Catolicismo
Apostólico Salomonita
felismarmanoel@gmail.com
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