sábado, 23 de fevereiro de 2013

O Batismo de Jesus - Tempo de Justiça


Catolicismo Apostólico Salomonita
Diretório de Espiritualidade Litúrgica - Ano Eclesial 1986 (2012/13)


Cores Litúrgicas:
Vermelho (Estação Verão - Festa das Luzes) - Simbolizando a coragem e a tenacidade dos seres humanos de boa vontade, na prática do amor e caridade para com todas as criaturas de Deus.

Cinza - Nos Oficios Penitenciais, de Tristeza e/ou Luto;
Branco - Substitutivo de todas as cores e simbolizando a Integralidade, a Alegria, a Pureza e a Fé Espiritual.

Atualização dos Mistérios de Deus Intervindo na História da Humanidade:
II Movimento - Arco Ascendente - Antropotéia -
A pessoa humana Jesus de Nazaré, se manifesta como Filho de Deus, anuncia seu evangelho de libertação, consuma o processo de redenção humana e edifica sua Igreja como seu Corpo Místico compondo o Mistério da Comunhão dos Santos. O ser humano se espiritualiza na Comunhão com Deus mediatizada pelo Cristo, cristificando-se para retornar ao seio da Deidade Absoluta.

Espiritualidade Litúrgica

I Tempo - Exercícios de Metanóia, Arrependimento e Catarse pelos erros e pecados cometidos. Conversão, arrependimento e reparação em preparação para entronizar o Cristo de Deus como Senhor da História da nossa vida pessoal, em nossa trajetória rumo a Deidade Transcendental.
13ª Semana do Ano Eclesial - 24/02/2013 - II Domingo das Cinzas - Alfaias nas Cores Cinza preferencialmente, ou Roxo conforme os atavismos locais ===> Praticar a justiça e a penitência reparadora.

Estamos na 13ª semana do ano eclesial 1986, e neste 24/02/2013 o II Domingo das Cinzas, quando o Hemerológio Cristão propõe para orientação de nossas celebrações litúrgicas, as reflexões e vivências sobre o batismo de Jesus no Rio Jordão e sua declaração da necessidade de se praticar toda a justiça.

O evangelho de Mateus 3: 13-17, afirma que naquele tempo, Jesus partiu da Galileia e foi para o Jordão para ser batizado por João. João Batista tentou dissuadi-lo, uma vez que Jesus Cristo espiritualmente era superior a João Batista. Mas Jesus lhe respondeu:
"Deixa por enquanto, porque, assim, nos convém cumprir toda a justiça. Então ele, João Batista o admitiu.
Uma vez batizado Jesus, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo semelhante a pomba, baixando sobre Jesus.
Ao mesmo tempo, uma voz dos céus, dizia: "Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo".

Meus amados irmãos e irmãs! Jesus afirma nesse episódio, se dirigindo a João Batista, que mesmo nas questões de práticas espirituais, simbólicas e litúrgicas, devemos respeitar e por em prática o senso de justiça. Isto evidencia o nexo de processualidade de todas as nossas práticas de fé e piedade. Não devemos ficar sempre a espera de resultados mágicos, milagrosos, excepcionais, como se estivéssemos barganhando com o Plano Espiritual; não devemos desrespeitar as prescrições bíblicas pertinentes, pois elas nos revelam o que Deus quer de nós; daí não ser compatível com a Palavra de Deus, as promessas, as romarias, as penitências de subir escadas de joelhos, surrar o corpo com açoites, pregar-se na cruz, ou coisas parecidas, em trocas de obter favores do Plano de Deus. Deus é misericordioso e agiu por amor quando enviou seu Filho Jesus Cristo, para nos ensinar o caminho mais seguro (seu evangelho) e consumar a nossa salvação, sendo fiel a seu compromisso com Deus Pai, mesmo diante da terrível morte na cruz. Sejamos agradecidos por isso. Glória a Deus!

Dizem os espiritualistas cristãos, quando se referem às questões simbólicas de suas práticas espirituais, "o que está em baixo (terra), é semelhante ao que está em cima (céus, plano espiritual superior)". Podemos inferir desse axioma, um senso de justiça e processualidade, nas construções e elaborações das diferentes práticas espirituais em seus exercícios espirituais.

Todos nós cristãos, embora com diferentes modos de se praticar nossas espiritualidades terrenas, não devemos nos distanciar das seguras diretrizes da Palavra de Deus, conforme nos relatam as Sagradas Escrituras, pois elas são suficientes fontes de regras para nos orientar nas questões de Fé e Piedade.

Oremos ao Bom Deus Pai, Filho e Espírito Santo, que nos perdoe e nos abençoe hoje e sempre.
          Dom Felismar Manoel - Bispo Primaz
           Visite nosso site: www.icai-ts.org.br








sábado, 16 de fevereiro de 2013

Tempo de Arrependimento e Conversão


Catolicismo Apostólico Salomonita
Diretório de Espiritualidade Litúrgica - Ano Eclesial 1986 (2012/13)


Cores Litúrgicas:
Vermelho (Estação Verão - Festa das Luzes) - Simbolizando a coragem e a tenacidade dos seres humanos de boa vontade, na prática do amor e caridade para com todas as criaturas de Deus.

Cinza - Nos Oficios Penitenciais, de Tristeza e/ou Luto;
Branco - Substitutivo de todas as cores e simbolizando a Integralidade, a Alegria, a Pureza e a Fé Espiritual.

Atualização dos Mistérios de Deus Intervindo na História da Humanidade:
II Movimento - Arco Ascendente - Antropoteia -
A pessoa humana Jesus de Nazaré, se manifesta como Filho de Deus, anuncia seu evangelho de libertação, consuma o processo de redenção humana e edifica sua Igreja como seu Corpo Místico compondo o Ministério da Comunhão dos Santos. O ser humano se espiritualiza na Comunhão com Deus mediatizada pelo Cristo, cristificando-se para retornar ao seio da Deidade Absoluta.

Espiritualidade Litúrgica

I Tempo - Exercícios de Metanoia, Arrependimento e Catarse pelos erros e pecados cometidos. Conversão, arrependimento e reparação em preparação para entronizar o Cristo de Deus como Senhor da História da nossa vida pessoal, em nossa trajetória rumo a Deidade Transcendental.
12ª Semana do Ano Eclesial - 17/02/2013 - I Domingo das Cinzas - Alfaias nas Cores Cinza preferencialmente, ou Roxo conforme os atavismos locais ===> Arrependimento, conversão e reforma interior conforme o modelo proposto por Cristo.


Estamos começando o segundo movimento dos ciclos litúrgicos propostos no Hemerológio Cristão. Nesta 12ª Semana do Ano Eclesial 1986 (ano civil 2012/2013), em 17/02/2013, estamos iniciando o I Domingo das Cinzas. É uma sequência de sete semanas até a Celebração da Páscoa de Cristo, que substitui a Páscoa Judaica ordenada pelas Sagradas Escrituras.
Este é o tempo das reflexões, que orientam neste período, os nossos exercícios espirituais de verdadeiro arrependimento, conversão e mudança de vida, com práticas de penitências, mortificações, jejuns e atos reparatórios de erros e pecados cometidos na nossa vida passada e atual, buscando sermos novas criaturas pela prática da reforma interior, usando o modelo proposto por Jesus Cristo em seu evangelho.

Nessa semana estamos refletindo na pregação de João Batista, conforme Mateus 3: 1-10, que esteve no deserto da Judeia dizendo estar próximo o reino dos céus e por isso pregando o arrependimento. Mateus afirma ser ele a referência feita pelo profeta Isaías:
"voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas".
João Batista vivia uma vida natural e simples, vestindo pelo de camelos e cinto de couro, alimentando-se de gafanhotos e mel silvestre.
O evangelho de Mateus afirma que muitos iam avistar-se com ele, confessando os seus pecados e sendo por ele batizados.
Quando foi procurado pelos fariseus e saduceus, em busca do seu ministério do batismo do arrependimento, João Batista disse-lhes:
"Raça de víboras, quem vos induziu a fugir da ira vindoura?" E exortou-os: Produzi frutos dignos do arrependimento; e não comeceis a dizer entre vós mesmos: Temos por pai a Abraão; porque eu vos afirmo que destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão. E continuou:
"Já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz fruto bom, é cortada e lançada ao fogo".

Ouçamos meus irmãos e minhas irmãs, o alerta de João Batista, pois este é tempo que nos é apresentado para o exercício de nossa metanoia, para o nosso arrependimento, para a nossa conversão, para a nossa busca de um modelo para procedermos a nossa reforma interior. Temos reclamado pelo lamentável estado moral do mundo atual; mas nada, ou quase nada temos feito em busca de uma reforma de nós mesmos. A maioria só tem lembrado de rezar, transferindo para Deus a tarefa de mudar os costumes do nosso mundo, esquecendo-se que Jesus Cristo consumou o seu projeto de redenção da humanidade entregando-se a si mesmo e morrendo na cruz, mas deixou-nos a tarefa de construir o reino de Deus na vida de cada um de nós, e, por extensão, construir o reino de Deus aqui no planeta terra.

Ao analisar rapidamente como vivem as sociedades do mundo de hoje, percebemos facilmente, que nós cristão fracassamos na missão que Jesus Cristo nos confiou, pois elas vivem solenemente ignorando os valores que o Filho de Deus nos ensinou. Mas ainda está em tempo: Arrependamos de nossos erros, nossos pecados, nossos crimes contra os irmãos, contra os animais, contra os vegetais, contra o planeta que o Cristo de Deus construiu para cenário de nosso progresso e salvação. Analisemos as nossas vidas pessoais e procuremos eliminar dela, tudo aquilo que está em desacordo com o ensinamento de Jesus, proposto em seu evangelho;
convertamos as nossas vidas pessoais promovendo a nossa reforma interior, usando Jesus Cristo com um modelo perfeito para ser imitado;
procuremos reparar os erros cometidos, que ainda podem ser reparados;
procuremos viver o espírito de penitência e mortificação, o jejum, a oração, a reflexão na palavra de Deus, a meditação e a busca de momentos em comunhão com Deus, em qualquer lugar, mas, mais especialmente compartilhando a vida em congregação como povo de Deus em Cristo, onde dois ou três se reúnem em nome de Cristo.
Deus sempre perdoa ao ser humano que se arrepende, que se converte, com um coração contrito e humilhado.

Oremos ao Bom Deus Pai, Filho e Espírito Santo, que nos perdoe e nos abençoe hoje e sempre.
          Dom Felismar Manoel - Bispo Primaz
           Visite nosso site: www.icai-ts.org.br








terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Da Intolerância Religiosa e outras considerações... ( Roma contra todas as religiões)


Dom Raimundo Augusto de Oliveira
Bispo Diocesano de Feira de Santana - ICAI-TS



Não nos deve causar espanto a intolerância Romana uma vez que nada mais é do que ranço dos tempos imperiais quando através de Constantino e seus “ concílios” a religião pseudo cristã torna-se a religião oficial do Império, passando da condição de perseguidos a perseguidores, vide filme sobre assunto ( Alexandria).

Desprezando a temática teológica que algumas vezes destoa do original Ocidental Cristão, a demanda do romanismo no seu sectarismo, da-se muito em função dos prejuízos econômicos advindos de cada cisão sofrida por Roma, quando novo grupo se forma e manifesta uma maneira diferente de crer, embora tenha como base de fé o mesmo Evangelho de Cristo. Naturalmente que uma milenar hierarquia cunhada no reconhecimento de Governos e Nações, não pode admitir que seus “símbolos de poder” sejam usados por quem não se dobra aos seus caprichos. Isto posto, não é de se estranhar a reação romana a quem usar de similitudes tais mas em desacordo com os princípios da Loba.

O Direito Sucessório advindos dos Bispos: Carlos Duarte Costa e mais diretamente de Dom Salomão Feraz, entretanto, nos aproximam, criando assim um impasse frente a comunidades nascidas no catolicismo romano e apegadas aos seus símbolos e costumes. Os movimentos surgidos nas secções com o romanismo, todos usam símbolos e costumes para assim identificar-se com a fé cristã ocidental. Neles,entretanto não se compreendam a Igreja Livre, movimento nativista surgido do ideal de Cristãos forjados em várias escolas e portadores de um só pensamento: O Serviço ao Senhor; Seu Bispo eleito o Reverendo Salomão Feraz criou uma dinâmica litúrgica e de evangelização próprias sem, entretanto, perder de vista a tradição observada em cada comunidade, sendo esta uma recomendação sua que não se escandalizasse a fé natural do novo convertido mais o instruísse nos princípios da verdadeira fé cristã.

O que consideramos importante entretanto é que não percamos de vista, que embora se use nomenclatura sofisticada pelo eruditismo dos sábios, qualquer expressão usada vem de ter o mesmo significado, uma vez que é o que queremos dizer: Reverendo significa um Padre ou Pastor tratado com um titulo diferente. As palavras, básicas não pertencem a outra religião que não o cristianismo - Presbítero, Diácono e Bispos, são títulos do Novo Testamento a quem serve na Igreja, as derivações vão significar a mesma coisa.
O rótulo não modifica o produto, salvo, quando o produto não é verdadeiro.
Quem me diz da verdade do meu ministério é minha consciência e a honestidade com que o exerço. Sou da Igreja de Cristo, Católica, Batista ou qualquer que seja a denominação. Devo anunciar Jesus Cristo ao mundo e atrair para Ele os pecadores, os que sofrem, os que ainda não O conhecem.

Escrevam o que quiserem, da forma, mais diversificada possível, usem as estratégias que quiserem mas não deixem de lado o Evangelho, as Cartas Apostólicas e a Revelação; Observem a tradição e busquem os homens e mulheres de boa vontade. Lembrem-se não importa se somos de “Paulo, de Apolo ou de Cefas”, o que importa é ser de Cristo. Nos Evangelhos há o episódio daquele que expulsava os demônios em nome de Jesus de Nazaré e os discípulos proibiram; o que diz o Senhor? Investiguem sua recomendação( Vide Luc.- 9,49 a 50). Ninguém pode me desautorizar na minha fé, e se tentarem, outros morreram por defender sua crença, os Mártires, será que temos medo? As Bem aventuranças nos alertam sobre essas perseguições, sejamos pois bem aventurados e, se sua vaidade não lhe permite acolher o sofrimento, a exclusão, use a lei; A Constituição Brasileira ou o Ministério Publico. A religião é livre no País.

Por isso, Irmãos, não percamos tempo com esses queixumes quando temos tanto a fazer pelo Reino de Deus. Onde a ação social em favor dos necessitados? Drogados? prostituidos? Não gastemos nosso ideal combatendo Roma, Roma por si está se destruindo, salvemos, pois aqueles que se angustiam sem rumo, os que estão perdendo a fé. O mundo precisa de nós, com batina ou sem, com véu ou sem, com sacrário ou sem, com imagens ou sem. O que importa é levar Jesus Cristo aos homens à luz da fé para que encontrem a salvação.

Que o Espírito Santo ilumine o Concilio quando ele se organizar, não para combate assim tão pequeno, que é o contraditório na fé, mais que o Espírito nos ensine uma nova maneira de levar Jesus ao mundo, tão racionalista e materialista do nosso Tempo.
               Que Deus Abençoe a todos
                        Dom Augusto




sábado, 9 de fevereiro de 2013

A Adolescência de Jesus de Nazaré.


Catolicismo Apostólico Salomonita
Diretório de Espiritualidade Litúrgica - Ano Eclesial 1986 (2012/13)


Cores Litúrgicas:
Vermelho (Estação Verão - Festa das Luzes) - Simbolizando a coragem e a tenacidade dos seres humanos de boa vontade, na prática do amor e caridade para com todas as criaturas de Deus.

Cinza - Nos Oficios Penitenciais, de Tristeza e/ou Luto;
Branco - Substitutivo de todas as cores e simbolizando a Integralidade, a Alegria, a Pureza e a Fé Espiritual.

Atualização dos Mistérios de Deus Intervindo na História da Humanidade:
I Movimento - Arco descendente - Teoantropéia -
O Cristo, Filho Unigênito de Deus, se manifesta no Planeta Terra tornando-se Pessoa Humana em Jesus de Nazaré.
3 - Tempo - Reflexões sobre a Pessoa Jesus de Nazaré.

Espiritualidade Litúrgica

Reflexões sobre a Formação da Pessoa Jesus de Nazaré - 11ª Semana - 10/02/2013 - V Domingo pós Epifania do Cristo de Deus - A Adolescência de Jesus de Nazaré.

Estamos na quinta semana pós epifania, não tendo neste ano eclesial, espaço para o sexto domingo pós epifania. Nesses dois domingos, respectivamente, comemoramos a adolescência de Jesus de Nazaré e o silêncio histórico sobre sua juventude. Este último tópico é bastante especulado nos meios espiritualistas e esotéricos, afirmando alguns que Jesus na sua juventude tenha se deslocado aos grandes centros de espiritualidades do mundo de então, para dialogar com os grandes mestres de espiritualidades mundiais; entretanto, trata-se de conjecturas, não havendo provas históricas desses fatos. Fala-se também da iniciação de Jesus no grupo dos judeus essênios, talvez pela similaridade de sua doutrina comportamental; nessa situação também não existem provas contundentes, embora nos "Escritos de Qunran" se estabeleçam algumas pertinências dígnas de reflexão.

Na história da vida de Jesus temos o fato da inculturação de Deus no mundo e de Cristo na história da humanidade. Bom exemplo para nós ministros da igreja cristã, pois somos dados a excluir aqueles que não pertencem ao nosso grupo de fé e cultura. Deus fez o contrário, em Jesus Cristo, Ele desce do Céu e mergulha no mundo, nas suas culturas e na humanidade.

O Hemerológio Cristão propõe para nós nesta quinta semana pós epifania, vivenciarmos os fatos relacionados com a Adolescência de Jesus de Nazaré, seu Rito de Passagem pela inculturação no judaismo. Vamos refletir um pouco sobre o que isto significa.

Os jovens judeus quando atingem a adolescência, lá pelos seus treze anos, passam pelo Rito de Passagem da vida infantil para a vida adulta. No judaísmo fala-se do Bar Mitzvá para os homens e de Bat Mitzvá para as mulheres. Significam essas palavras respectivamente, filho ou filha do mandamento de Deus.

Os homens quando do seu Bar Mitzvá recebem seu Talite e os Tefilim. Pela primeira vez ele receberá um Aliá, que é o chamado para ler a Torá na Sinagoga. Os seguidores da Tradição da Cabalá afirmam que, por essa ocasião, os jovens recebem uma alma adicional, com o desejo de fazer o bem e de cumprir os mandamentos de Deus, alma essa diferente da alma de nascimento, que se relaciona com as funções instintuais.

Segundo Lucas 2: 41-52, os pais de Jesus tinham o costume de ir a Jerusalém para a festa da páscoa, todos os anos, e quando Jesus completou seus doze anos (o Bar Mitzvá acontece depois dos doze anos), a familia subiu a Jerusalém para a festa, conforme o costume.
Terminada a festa eles regressaram para a casa, sem perceberem que Jesus não estava entre os parentes, amigos e conhecidos. Quando se deram conta da sua falta, voltaram a Jerusalém e o encontraram, já após três dias, entre os doutores do templo, em franco diálogo com eles. Registra o texto que os que o ouviam ficavam admirados da sua inteligência e das suas respostas.

Quando seus pais o encontraram no templo ficaram maravilhados, e sua mãe Maria de Nazaré lhe perguntou: Filho, porque fez isto conosco? Eu e seu pai estamos aflitos à sua procura. Ao que Jesus respondeu: Por que me procuram: Não sabem que devo ocupar-me das coisas de meu Pai? Parece que essas palavras de Jesus não foram compreendidas à época, por seus pais.

Jesus com submissão a seus pais desceu para Nazaré, e sua mãe registrava essas coisas em seu coração. Jesus crescia em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens, vivendo assim a sua juventude como exemplo para qualquer jovem: Crescer em sabedoria - nossos jovens precisam modernamente de buscar a sabedoria, não buscar somente as informações, mas a sua correta aplicações na existência; crescer em estatura - nossos jovens precisam se alimentar corretamente e se dedicarem aos exercícios e atividades físicas que permitem uma saudável maturação biológica; crescer em graça diante de Deus - nossos jovens precisam crescer no amor e reverência a Deus, no respeito e amor ao próximo, na misericórdia e compaixão por todas as criaturas de Deus, incluindo entre elas os minerais, os vegetais, os animais, os humanos, os planetas do sistema heliocêntrico, a via láctea, o mundo de Deus; pois todos nós somos apenas um dos componentes de todos esses sistemas originados pela vontade e pelo poder de Deus.

Concluímos nosso primeiro ciclo da Teoantropeia, quando refletimos na ação de Deus no mundo, intervindo na história da humanidade em prol de nossa salvação; vamos a seguir, entrar no segundo ciclo da Antropoteia, quando refletiremos no homem cristificado, voltando-se para o seu mergulho na Deidade revelada e mediatizada por Jesus Cristo.

Oremos ao Boníssimo Deus Pai, Filho e Espírito Santo, que nos abençoe rica e abundantemente.
             Dom Felismar Manoel - Bispo Primaz
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domingo, 3 de fevereiro de 2013

Catolicismo Romano-Salomonita - O Que É Isso?



Princípios Básicos Orientadores

Para os Bispos, Abunas, Abades, Pastores, Padres, Madres, Diáconos, Diaconisas,Ministros da Liturgia, Catequistas, Professores de Escolas Dominicais, Líderes Cristãos, Crentes Fiéis e Pessoas Interessadas.

I - Catolicismo Apostólico Salomonita
(Desde 1902 no Brasil)


O Catolicismo Apostólico Salomonita é um modo de se vivenciar a fidelidade aos ensinamentos de Jesus Cristo dentro do catolicismo, expurgando os erros institucionais que ao longo dos séculos foram a ele incorporados, por políticas espúrias. Trata-se de um movimento cristão unionista, presente no Brasil desde 1902, graças ao idealismo do Reverendo Salomão Ferraz. Esta união é vivenciada na teoria e na prática através de um ecumenismo cristão, tanto intra-eclesial, quanto inter-eclesial, adotando os seguintes distintivos:

1.1 - O Ecumenismo é entendido como participação na confissão da centralidade da comunhão do Povo de Deus em Cristo;
1.2 - com participação no testemunho da presença do Cristo Vivo Ressuscitado na sua Igreja;
1.3 - pela continuidade do processo de salvação em Cristo das pessoas humanas do mundo, da condição de pecado na vida pessoal, na vida familiar e social, através da Graça mediante a fé;
1.4 - Jesus Cristo é confessado, aceito e proposto como o Único Chefe da Igreja Cristã na terra e nos céus, sem prejuízo da variedade de governos das igrejas cristãs particulares existentes no mundo;
1.5 - oportuniza a coparticipação nos trabalhos pastorais de promoção humana e sociais das diferentes instituições eclesiais, das diversas igrejas particulares e denominações cristãs;
1.6 - pugna pelo respeito e consideração pelos atributos e carismas especiais das diversas e/ou diferentes denominações institucionais cristãs;
1.7 - busca a autenticidade de confissão e testemunho idiodóxico de cada instituição denominacional e compartilhamento de vivências testemunhais cristãs entre instituições, sem confundir Unidade de Fé, Testemunho e Louvor, com união orgânico-jurídica das Instituições Eclesiais.

II - A Espiritualidade Católica Romano-Salomonita

Na vivência do ecumenismo intra-eclesial, o Catolicismo Apostólico Salomonita sustenta diferentes formas de espiritualidades cristãs, incluindo entre elas a Espiritualidade Católica Romano-Salomonita (ou Românica), praticada em algumas comunidades de fé, derivada da Igreja Católica Romana Papal, mas que não se confunde com ela, pelas distinções e clareza do que confessa como certo e coerente com a Palavra de Deus, diferenciado daquilo que refuta contrário à Palavra de Deus e ao Bom Senso, mas que continua existindo como erro na Igreja Papal de Roma.

As principais posições da Espiritualidade Católica Romano-Salomonita são:

2.1 - A Chefia Verdadeira da Igreja Cristã está em Jesus Cristo Ressuscitado, Vivo, presente nos céus junto ao Pai, como nosso Advogado junto a Deus, nos assistindo através do Espírito Santo pelo ministério dos seus anjos a nosso favor;
2.2 - Todos os cristãos batizados que confessam Jesus Cristo como Filho de Deus, participam como Membros do seu Corpo Místico na sua Igreja, quer estejamos vivendo na carne aqui na terra, quer estejam vivendo nas regiões espirituais, formando a Comunhão dos Santos, todos participando dos dons e graças de Cristo e dos benefícios das orações e virtudes praticadas pelos santos mediadas pelo Cristo de Deus.
2.3 - A Igreja de Cristo não é uma "sociedade perfeita" como definida pela Igreja Católica do Papa de Roma para justificar o "Estado do Vaticano e a Igreja" (como se fossem a mesma coisa), e assim, impor-se como império hegemônico supranacional e supra-estatal, interferindo na vida de igrejas particulares, de povos, de governos e nações; a Igreja de Cristo é sim, "a comunidade de todos os cristãos batizados que confessam a Jesus Cristo como Filho de Deus, praticam o seu evangelho, congregam como Povo de Deus nas diferentes comunidades e denominações institucionais, em união com o Ministério Cristão legítimo, conformando-se com as tradições apostólicas do Novo Testamento e não necessariamente com o magistério romano-pontifical".
2.4 - A Igreja de Cristo não pode se confundir com Um Estado, mesmo que seja o Estado do Vaticano, impondo-se como um Império Mundial sobre pessoas, crenças, governos e nações.
2.5 - A Igreja de Cristo não pode criar doutrinas, dogmas e doxas contrários aos claros ensinamentos deixados por Jesus Cristo nos Evangelhos Canônicos e pelos seus Apóstolos nos escritos das Cartas Apostólicas canônicas. Não há uma Tradição Apostólica legítima quando contraria enunciados contextualizados no Novo Testamento e compatibilizados com toda as Sagradas Escrituras.
2.6 - Uma prática ecumênica legítima e verdadeira não pode ignorar os esforços demonstrados pelas várias Instituições Eclesiais que aderiram e aderem ao Conselho Mundial de Igrejas.
2.7 - A Igreja de Cristo deve estar inserida na complexidade do momento histórico, envolvida no ministério profético, mas com abertura para aprender com os outros, tanto do ponto de vista institucional, como teológico e pastoral.
2.8 - As Instituições Eclesiais internacionais devem evitar a centralização do poder e valorizar seus órgãos ou representações nacionais, compromissadas com as realidades locais, para possibilitar uma evangelização inculturada e não a imposição dos modelos metropolitanos importados, alienantes ou camufladores.
2.9 - É preciso que não se confunda, no caso da Igreja de Roma, o poder político do Estado do Vaticano com seus Núncios em diversos países, com a jurisdição pastoral da Instituição Romana na Igreja de Cristo na pessoas dos seus Bispos.
2.10 - É preciso não confundir, no caso da Igreja de Roma, a Missão da Igreja de Cristo nas Instituições Eclesiais Internacionais, com o poder empresarial multinacional dos diversos Cardeais dispersos por várias regiões. O Ministério Episcopal deverá ser exercido na plenitude pelos Bispos, compromissados com Cristo, no interesse das Comunidades do Povo de Deus que pastoreiam.
2.11 - Na historicidade dos Patriarcados Apostólicos, o Papado de Roma poderá expressar facilmente o ideal de unidade dos cristãos, se voltar a ser simplesmente "Pedro", abandonando a centralidade jurídica e o poder temporal, assumindo o "Ministério do Primus inter Pares", ou seja, o "Ministério do Primeiro entre os Iguais" com seu direito de precedência nos encontros e cerimoniais.
2.12 - É preciso abandonar o espírito de "casta" do clero e considerá-lo como uma classe de serventuários do culto e da comunidade do povo de Deus, valorizando mais a participação do ministério dos leigos, com inserção mais ativa das mulheres na vida e ministério da Igreja de Cristo.
2.13 - É preciso urgência na valorização dos clérigos casados, sejam bispos, padres, diáconos e diaconisas, respeitando as autênticas vocações, tanto para o ministério como para a vida exemplar em família.
2.14 - É preciso uma evangelização inculturada, sincera e obediente a Jesus Cristo, para ofertar a salvação plena que Cristo traz às pessoas, libertando-as das formas do devocionismo fetichista santoral, iconodúlico, mágico, mercadejante, consumista, mantenedor do "status quo espiritual, alienante, parasitário, depreciador da dignidade da pessoa humana construída como imagem e semelhança do Criador.
2.15 - É preciso que devolva a Maria o lugar que lhe é devido na história de Jesus Cristo e do seu evangelho, na história do contexto apostólico, na história da Igreja Cristã das primeiras comunidades cristãs, e acabe com essas mariolatrices misturadas com fenômenos psico-anímicos de espiritismo mariano, que inventou e consolida a figura de "nossa senhora", tão ao gosto dos interesses institucionais, desrespeitando as orientações evangélicas, denegrindo o verdadeiro papel de Maria na história da salvação humana e na história da Igreja Cristã, que mandou "fazer tudo o que Jesus mandar". Essas colocações atuais de exagerada dependência de Maria em detrimento do Salvador Jesus Cristo, é indigna do Ministério de Maria, Virgem Mãe, do Evangelho Cristão, constituindo um sacrilégio e um pecado contra a humanidade pecadora, pois só Jesus Cristo possui o dom da salvação e assim nos apontou Jesus Cristo e a própria Virgem Mãe Maria.
2.16 - É preciso que valorize mais o espírito de oração, estudo bíblico e discipulado cristão, conforme Jesus e seus apóstolos, em detrimento das rezas, jaculatórias, novenas, rosários, ladainhas, procissões, romarias e coisas do gênero.
2.17 - É urgentemente preciso que o catolicismo popular se torne verdadeiramente cristão, abandonando as crendices populares e se submetendo às diretrizes do Evangelho, e isto pressupõe que os diversos Ministros Cristãos, Bispos, Abunas, Abades, Pastores, Padres, Madres, Diáconos, Diaconisas e Outros Líderes Cristãos sejam obedientes aos ensinamentos de Jesus Cristo, o único nome posto pelo qual devamos ser salvos.
2.18 - É preciso que se honre a legitimidade da Sucessão Apostólica da Sé de Roma, por uma obediência à centralidade dos ensinamentos evangélicos de Jesus Cristo em sua Igreja, como fizeram os doze apóstolos, e não através de políticas humanas de afirmação de poder e hegemonia institucional; é premente que se façam súditos pelo mundo, mas de Jesus Cristo e do seu império de graça, luz, misericórdia e salvação mediante a fé.
Que Deus nos abençoe e nos ajude a ser fiéis a Jesus Cristo, o Único Chefe Verdadeiro da Igreja Cristã.

Dom Felismar Manoel - Bispo Primaz
Duque de Caxias, RJ, 06/01/2013
47º ano de Restauração da Autonomia do Catolicismo Salomonita no Brasil
Catolicismo Apostólico Salomonita
felismarmanoel@gmail.com



sábado, 2 de fevereiro de 2013

A Educação Religiosa do Menino Jesus de Nazaré.


Catolicismo Apostólico Salomonita
Diretório de Espiritualidade Litúrgica - Ano Eclesial 1986 (2012/13)


Cores Litúrgicas:
Vermelho (Estação Verão - Festa das Luzes) - Simbolizando a coragem e a tenacidade dos seres humanos de boa vontade, na prática do amor e caridade para com todas as criaturas de Deus.

Cinza - Nos Oficios Penitenciais, de Tristeza e/ou Luto;
Branco - Substitutivo de todas as cores e simbolizando a Integralidade, a Alegria, a Pureza e a Fé Espiritual.

Atualização dos Mistérios de Deus Intervindo na História da Humanidade:
I Movimento - Arco descendente - Teoantropéia -
O Cristo, Filho Unigênito de Deus, se manifesta no Planeta Terra tornando-se Pessoa Humana em Jesus de Nazaré.
3 - Tempo - Reflexões sobre a Pessoa Jesus de Nazaré.

Espiritualidade Litúrgica

Reflexões sobre a Formação da Pessoa de Jesus de Nazaré - 10ª Semana - 03/02/2013 - IV Domingo pós Epifania do Cristo de Deus - A Educação Religiosa do Menino Jesus de Nazaré.

O Evangelho de Mateus, no capítulo 2, versículo 23, narrando o retorno da família de Jesus de Nazaré vinda do Egito, afirma que eles foram habitar uma cidade chamada Nazaré, para que se cumprisse o que fora dito por intermédio dos profetas, que Jesus seria chamado Nazareno. Entretanto, Lucas 2: 39-40, nos fornece mais dados sobre o menino Jesus em Nazaré, como vimos na mensagem da semana que passou, afirmando que a família de Jesus após cumprir todas as formalidades prescritas pela Lei do Senhor, eles voltaram para a Galileia, para a Cidade de Nazaré. E diz que o menino crescia e se fortalecia, enchendo-se de sabedoria; e a Graça de Deus estava sobre Ele.

Como afirmamos na semana que passou, os lares hebreus eram células educativas especiais, onde as crianças desde  cedo começavam aprender um repertório formador da identidade cultural e do caráter, pois sempre se preocupavam com a personalidade do adulto e do caminho que ele iria seguir, por isso a proverbial sentença" "ensina a criança a trilhar o caminho do bem, e quando ela for grande não se desviará dele".

Na semana que passou refletimos sobre a educação doméstica do memino Jesus de Nazaré; hoje queremos refletir um pouco sobre a educação religiosa do menino Jesus em Nazaré. Embora Maria mãe de Jesus soubesse da sacrossanta finalidade da vinda de Jesus ao mundo, o evangelista afirma que ela guardava "todas essas coisas em seu coração", querendo com isto dizer que Maria e José tiveram um comportamento correto, coerente com o que se esperavam deles, naquela cultura e sociedade em que viviam. Não houve "atos mágicos, misticista, ou prestidigitadícios" envolvendo a vida de Jesus. Em tudo ele assumiu a natureza humana, exceto no pecado.

Assim voltemos a educação religiosa (ou templária) do menino Jesus de Nazaré, como nos propõe o Hemerológio Cristão para esta quarta semana após Epifania do Cristo de Deus.

A adoração do povo judeu (hebreu) acontecia historicamente, primeiro no Tabernáculo, depois no Templo de Jerusalém e por último nas Sinagogas. Em principio qualquer adulto masculino pode dirigir o serviço de adoração .

As crianças desde cedo, já aos três anos, começam a aprender sobre o Menorá e seu simbolismo com a Fé Judaica; aprendem sobre o Mezuzá e sobre as admoestações do que Deus deseja de nós humanos, e da proteção que Ele nos oferece quando obedecemos os seus mandamentos; aprendem sobre o ritual familiar da celebração da Páscoa e sua relação com o poder de Deus nos assuntos humanos; aprendem o significado da festa da Páscoa, e sua relação com o livramento dos seus ancestrais da escravidão do Egito, de modo maravilhoso; aprendem sobre a festa de Pentecoste e sua relação com o direcionamento de Deus entregando a Lei à Moisés; aprendem sobre a festa dos Tabernáculos, com suas tendas dos três galhos, e sua relação com a amizade e fidelidade de Deus para com os judeus na sua peregrinação até à Terra Prometida.

Com certeza meus irmãos e minhas irmãs, Jesus de Nazaré enquanto menino, historicamente experimentou todos esses aprendizados; este é o Menino Jesus verdadeiro, filho primogênito de Maria e José, embora Filho Unigênito de Deus enquanto dimensão espiritual; este é o Menino Jesus verdadeiro, digno de ser modelo para nossos filhos e filhas, e que nada tem a ver com o tal de "Menino Jesus de Praga" (uma imagem de porcelana que não queimou no incêndio), ou o tal de "Menino Jesus Filhote de Santo Antonio", ou o "Filhote de São Cristovão", ou outros semelhantes, que estão ligados às narrativas lendárias, e que nada tem a ver com o verdadeiro Menino Jesus, filho de José e Maria, que historicamente viveu em um lar na localidade de Nazaré.

Oremos ao Boníssimo Deus Pai, Filho e Espírito Santo, que nos abençoe rica e abundantemente.

       Dom Felismar Manoel - Bispo Primaz
         Catolicismo Apostólico Salomonita
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