Dom
Felismar Manoel - Bispo Primaz
Catolicismo
Apostólico/Evangélico Salomonita - ICAI-TS
O
Catolicismo Apostólico/Evangélico Salomonita na ICAI-TS é um
movimento cristão unionista. Esta união é vivenciada na teoria e
na prática através de um ecumenismo cristão, tanto intra-eclesial
quanto inter-eclesial.
Este
ecumenismo é entendido como participação na confissão da
centralidade da comunhão do Povo de Deus em Cristo;
participação
no testemunho da presença do Cristo Vivo Ressuscitado na sua Igreja;
continuidade
do processo de salvação em Cristo das pessoas humanas do mundo, da
condição de pecado na vida pessoal, na vida familiar e social;
Jesus
Cristo é confessado, aceito e proposto como o Único Chefe da
Igreja Cristã na terra e nos céus, sem prejuízo da variedade de
governos das igrejas cristãs particulares;
coparticipação
nos trabalhos pastorais de promoção humana e sociais das diferentes
instituições eclesiais, das diversas igrejas particulares e
denominações cristãs;
respeito
e consideração pelos atributos e carismas especiais das diversas
e/ou diferentes denominações institucionais cristãs;
autenticidade
de confissão e testemunho idiodóxico de cada instituição
denominacional e compartilhamento de vivências testemunhais cristãs
entre instituições, sem confundir Unidade de Fé, Testemunho e
Louvor com união orgânico-jurídica das Instituições Eclesiais.
Espiritualidade
Católica Românica, ou Romano-Salomonita
Na
vivência do ecumenismo intra-eclesial, o Catolicismo
Apostólico/Evangélico Salomonita sustenta diferentes formas de
espiritualidades cristãs, incluindo entre elas a Espiritualidade
Católica Românica, ou Romano-Salomonita, derivada da Igreja
Católica Romana Papal, mas que não se confunde com ela, pelas
distinções e clareza do que confessa como certo e coerente com a
Palavra de Deus, diferenciado daquilo que refuta como errado diante
da Palavra de Deus e do Bom Senso.
As
principais posições da Espiritualidade Católica Romano-Salomita
são:
1
- A Chefia Verdadeira da Igreja Cristã está em Jesus Cristo
Ressuscitado, Vivo, presente nos céus junto ao Pai, como nosso
Advogado junto a Deus, nos assistindo através do Espírito Santo no
ministério dos anjos a nosso favor;
2
- Todos os cristãos batizados que confessam Jesus Cristo como Filho
de Deus participam como Membros do seu Corpo Místico na sua Igreja,
quer estejamos vivendo na carne aqui na terra, quer estejam vivendo
nas regiões espirituais, formam a Comunhão dos Santos, todos
participando dos dons e graças de Cristo e dos benefícios das
orações mediadas por Cristo e das virtudes praticadas pelos santos.
3
- A Igreja de Cristo não é uma "sociedade perfeita"
como definida pela Igreja Católica do Papa de Roma para justificar o
"Estado do Vaticano e a Igreja" como se fossem a mesma
coisa, e assim, impor-se como império hegemônico supranacional e
supra-estatal, interferindo na vida de igrejas particulares, povos,
governos e nações; a Igreja de Cristo é sim, "a
comunidade de todos os cristãos batizados que confessam a Jesus
Cristo como Filho de Deus, praticam o seu evangelho, congregam como
Povo de Deus nas diferentes comunidades e denominações
institucionais, em união com o Ministério Cristão legítimo,
conformando-se com as tradições apostólicas do Novo Testamento e
não necessariamente com o magistério romano-pontifical".
4
- A Igreja de Cristo não pode se confundir com Um Estado, mesmo
que seja o Estado do Vaticano, impondo-se como um Império
Mundial sobre pessoas, crenças, governos e nações.
5
- A Igreja de Cristo não pode criar doutrinas, dogmas e doxas
contrários aos claros ensinamentos deixados por Jesus Cristo nos
Evangelhos Canônicos e pelos seus Apóstolos nos escritos das Cartas
Apostólicas canônicas. Não há uma Tradição Apostólica legítima
quando contraria enunciados contextualizados no Novo Testamento e
compatibilizados com toda as Sagradas Escrituras.
6
- Uma prática ecumênica legítima e verdadeira não pode ignorar os
esforços demonstrados pela variedade de Instituições Eclesiais que
aderiram e aderem ao Conselho Mundial de Igrejas.
7
- A Igreja de Cristo deve estar inserida na complexidade do momento
histórico, envolvida no ministério profético mas com abertura para
aprender com os outros, tanto do ponto de vista institucional, como
teológico e pastoral.
8
- As Instituições Eclesiais internacionais devem evitar a
centralização do poder e valorizar seus órgãos ou representações
nacionais, compromissados com as realidades locais, para possibilitar
uma evangelização inculturada e não a imposição dos modelos
metropolitanos importados, alienantes ou camufladores.
9
- É preciso que não se confunda, no caso da Igreja de Roma, o poder
político do Estado do Vaticano com seus Núncios em diversos países,
com a jurisdição pastoral da Instituição Romana na Igreja de
Cristo.
10
- É preciso não confundir a Missão da Igreja de Cristo nas
Instituições Eclesiais Internacionais, com o poder empresarial
multinacional dos diversos Cardeais dispersos por várias regiões. O
Ministério Episcopal deverá ser exercido na plenitude pelos Bispos,
compromissados com Cristo, no interesse das Comunidades do Povo de
Deus que pastoreiam.
11
- Na historicidade dos Patriarcados Apostólicos, o Papado de Roma
poderá expressar facilmente o ideal de unidade dos cristãos, se
voltar a ser simplesmente "Pedro", abandonando a
centralidade jurídica e o poder temporal, assumindo o "Ministério
do Primus inter Pares", ou seja, o "Ministério do
Primeiro entre os Iguais" com seu direito de precedência.
12
- É preciso abandonar o espírito de "casta" do clero e
considerá-lo como uma classe de serventuários do culto e da
comunidade do povo de Deus, valorizando mais a participação do
ministério dos leigos, com inserção mais ativa das mulheres na
vida e ministério da Igreja de Cristo.
13
- É preciso urgência na valorização dos clérigos casados,
bispos, padres, diáconos e diaconisas, respeitando as autênticas
vocações, tanto para o ministério como para a vida exemplar em
família.
14
- É preciso uma evangelização inculturada, sincera e obediente a
Jesus Cristo, para ofertar a salvação plena que Cristo traz às
pessoas, libertando-as das formas do devocionismo fetichista
santoral, iconodúlico, mágico, consumista, mantenedor do "status
quo espiritual, alienante,
parasitário, depreciador da dignidade da pessoa humana construída
como imagem e semelhança do Criador.
15
- É preciso que devolva a Maria o lugar que lhe é devido na
história de Jesus Cristo e do seu evangelho, na história do
contexto apostólico, na história da Igreja Cristã das primeiras
comunidades cristãs, e acabe com essas mariolatrices misturadas com
fenômenos psico-anímicos de espiritismo mariano, que inventou e
consolida a figura de "nossa senhora", tão ao gosto dos
interesses institucionais, desrespeitando as orientações
evangélicas, denegrindo o verdadeiro papel de Maria na história da
salvação humana e na história da Igreja Cristã. Essas colocações
atuais de exagerada dependência de Maria em detrimento do Salvador
Jesus Cristo, é indigna do Ministério de Maria, Virgem Mãe, do
Evangelho Cristão, constituindo um sacrilégio e um pecado contra a
humanidade pecadora, pois só Jesus Cristo possui o dom da salvação
e assim nos apontou Jesus Cristo e a própria Virgem Mãe.
16
- É preciso que valorize mais o espírito de oração, estudo
bíblico e discipulado cristão, conforme Jesus e seus apóstolos, em
detrimento das rezas, jaculatórias, novenas, rosários, ladainhas,
procissões, romarias e coisas do gênero.
17
- É urgentemente preciso que o catolicismo popular se torne
verdadeiramente cristão, abandonando as crendices populares e se
submetendo às diretrizes do Evangelho, e isto pressupõe que os
diversos Ministros Cristãos sejam obedientes aos ensinamentos de
Jesus Cristo, o único nome posto pelo qual devamos ser salvos.
Que
Deus nos abençoe e nos ajude a ser fiéis.
Dom
Felismar Manoel - Bispo Primaz
Catolicismo
Apostólico/Evangélico Salomonita
felismarmanoel@gmail.com
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