Estamos
hoje, em 12 de outubro, comemorando uma data sem reflexão
responsável, sem amadurecimento, em desabonamento das orientações
dos apóstolos e em desobediência às claras orientações do
Evangelho de Jesus, conforme se nos apresentam no Novo Testamento.
Infelizmente
se tem um feriado nacional para comemorar o aparecimento de uma
imagem, e pasmem, considera-se essa imagem e o seu contexto como
"Padroeira do Brasil". Que seja a padroeira exclusiva dos
Católicos de Roma, em suas concepções imperialistas para a
suditagem romano-papista, sem feriado nacional, apenas para os
"arraiás romano-papistas".
Enquanto
Ministro Cristão, compromissado com o Evangelho de Jesus Cristo e
sua contextualização com toda as Escrituras Sagradas, não me é
dado confundir ideologias institucionais e magistérios pontificais,
com o verdadeiro Magistério Patrístico, contextualizados com os
Livros Santos.
Existem
tradições populares pelo Brasil afora e algumas delas, embora
contra os ensinamentos das Sagradas Escrituras, são toleradas e
incentivadas por Instituições Religiosas e pelos seus Clérigos,
por favorecerem interesses escusos, incompatíveis com a Palavra de
Deus, pois nem tudo que é piedoso, religioso, devocional, está de
acordo com os claros ensinamentos de Jesus.
Jesus
conversando com seus apóstolos, afirmou que os Livros de Moisés, as
Profecias e os Salmos (portanto o Velho Testamento), falam dele e
anuncia coisas que deveriam ser cumpridas, e o foram em Jesus de
Nazaré. Em seus Evangelhos transmitidos por seus epígonos e nas
Cartas Apostólicas (portanto o Novo Testamento), Jesus e os
apóstolos ensinam claramente e de modo insofismável as verdades que
deveriam ser postas em práticas pelos seus seguidores; e com certeza
o culto às imagens não fazem parte desses ensinamentos.
A
pretexto do termo de culto de dulia para
imagens e santos, é pura falácia, sofisma para os néscios, pois
dulia em lingua grega
significa a relação de dependência entre o senhor e o escravo,
entre o superior e o subalterno. Com certeza Jesus Cristo não
transmitiu este ensinamento e ao contrário, reforçou que os
mandamentos da Lei de Deus, como se encontra em Exodo, capítulo 20,
não foi abolido, devendo portanto, ser ainda postos em práticas
pelos cristãos que se preocupam com o verdadeiro discipulado.
Uma
das tradições interioranas do Brasil é que, quando se quebra
parcialmente as imagens de "santas mulheres", elas são
depositadas nos rios, e quando as imagens são de "santos
homens", elas são depositadas aos pés dos cruzeiros, ou ambas
podem também ser depositadas nas portas das igrejas católicas. Aí
se tem a origem da imagem colocada nas águas (a ação das águas e
o limo a empreteceu) e que possibilitou o pescador a pescá-la com a
rede. Não há aí nenhum fato extraordinário, e se surgir algum
diferente, contrário ao ensinamento do evangelho, é porque sua
origem não procede dos espíritos bemaventurados seguidores do
Cristo. Pois sabe-se que, sempre que há uma confraria terrena
cultivando certas ideologias, surgirá também nos planos espirituais
uma egrégora (em formas de arquétipos) com a função de perenizar
as ideologias de tais confrarias, valendo-se do espírito devocional
sem discernimento das pessoas e, principalmente, dos fenômenos
anímicos (de origem psiconeuroafetivo), dos quais há riqueza de
manifestações na população brasileira.
Que
se tenha respeito e carinho com a Mãe de Jesus, mas que este seu
culto memorial, cívico-espiritual , não confunda os cristãos
verdadeiros, ou bem intencionados, como se tal culto estivesse de
acordo com as Sagradas Escrituras, pois como ele se apresenta no
Brasil de hoje ele é uma franca idolatria.
Eu
saúdo e respeito a Mãe de Jesus, a Maria do Evangelho que nos
orientou para fazermos tudo o que Jesus mandou (o que ele mandou se
encontra registrado nos evangelhos);
eu
saúdo e respeito a Maria Mãe de Jesus, como a bemaventurada sobre
todas as gerações;
eu
saúdo e respeito a Maria Mãe de Jesus, porque ela foi achada em
graça diante de Deus, e ao ser escolhida para gestar o Filho de Deus
na encarnação terrena, ela aceitou como serva, colaborando para o
plano salvador de Jesus Cristo;
eu
saúdo e respeito a Maria Mãe de Jesus, porque fiel ao Espírito
Santo de Deus, ela encheu sua alma de alegria e confessou também ter
sido salva pelo Senhor, como fiel representante da humanidade
adânica, possibilitando que o único sem pecado na terra assumisse a
natureza pecadora em ação vicária e a resgatasse nas aras da cruz;
entretanto,
eu não confundo todos esses predicados de Maria Mãe de Jesus,
fazendo dela a salvadora, ou a mediadora das graças de Jesus Cristo,
pois ele, seu primogênito e unigênito de Deus, afirmou ser o Único
Senhor, Único Salvador, Único Mestre verdadeiro, Único nome posto,
pelo qual devamos ser salvo.
EU
NÃO CONFUNDO A IMAGEM PESCADA, COM O SEU CONTEXTO BRASILEIRO, COM A
MÃE DE JESUS, A QUEM RESPEITO COM VERDADEIRO CARINHO E FILIAL
DEVOÇÃO, POIS COLOCO-ME COMO JOÃO AO LADO DA CRUZ E RECEBO A MÃE
DE JESUS COMO MINHA MÃE ADOTIVA NOS PÁRAMOS DA GLÓRIA.
Que
Deus nos abençoe ricamente e nos faça mais inteligentes e
obedientes aos seus ensinamentos revelados em Jesus Cristo.
Dom
Felismar Manoel - Bispo Primaz
Catolicismo
Apostólico/Evangélico Salomonita - ICAI-TS
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