sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Pescagem de uma imagem no rio! Seria da Mãe de Jesus?





Estamos hoje, em 12 de outubro, comemorando uma data sem reflexão responsável, sem amadurecimento, em desabonamento das orientações dos apóstolos e em desobediência às claras orientações do Evangelho de Jesus, conforme se nos apresentam no Novo Testamento.

Infelizmente se tem um feriado nacional para comemorar o aparecimento de uma imagem, e pasmem, considera-se essa imagem e o seu contexto como "Padroeira do Brasil". Que seja a padroeira exclusiva dos Católicos de Roma, em suas concepções imperialistas para a suditagem romano-papista, sem feriado nacional, apenas para os "arraiás romano-papistas".

Enquanto Ministro Cristão, compromissado com o Evangelho de Jesus Cristo e sua contextualização com toda as Escrituras Sagradas, não me é dado confundir ideologias institucionais e magistérios pontificais, com o verdadeiro Magistério Patrístico, contextualizados com os Livros Santos.

Existem tradições populares pelo Brasil afora e algumas delas, embora contra os ensinamentos das Sagradas Escrituras, são toleradas e incentivadas por Instituições Religiosas e pelos seus Clérigos, por favorecerem interesses escusos, incompatíveis com a Palavra de Deus, pois nem tudo que é piedoso, religioso, devocional, está de acordo com os claros ensinamentos de Jesus.

Jesus conversando com seus apóstolos, afirmou que os Livros de Moisés, as Profecias e os Salmos (portanto o Velho Testamento), falam dele e anuncia coisas que deveriam ser cumpridas, e o foram em Jesus de Nazaré. Em seus Evangelhos transmitidos por seus epígonos e nas Cartas Apostólicas (portanto o Novo Testamento), Jesus e os apóstolos ensinam claramente e de modo insofismável as verdades que deveriam ser postas em práticas pelos seus seguidores; e com certeza o culto às imagens não fazem parte desses ensinamentos.
A pretexto do termo de culto de dulia para imagens e santos, é pura falácia, sofisma para os néscios, pois dulia em lingua grega significa a relação de dependência entre o senhor e o escravo, entre o superior e o subalterno. Com certeza Jesus Cristo não transmitiu este ensinamento e ao contrário, reforçou que os mandamentos da Lei de Deus, como se encontra em Exodo, capítulo 20, não foi abolido, devendo portanto, ser ainda postos em práticas pelos cristãos que se preocupam com o verdadeiro discipulado.

Uma das tradições interioranas do Brasil é que, quando se quebra parcialmente as imagens de "santas mulheres", elas são depositadas nos rios, e quando as imagens são de "santos homens", elas são depositadas aos pés dos cruzeiros, ou ambas podem também ser depositadas nas portas das igrejas católicas. Aí se tem a origem da imagem colocada nas águas (a ação das águas e o limo a empreteceu) e que possibilitou o pescador a pescá-la com a rede. Não há aí nenhum fato extraordinário, e se surgir algum diferente, contrário ao ensinamento do evangelho, é porque sua origem não procede dos espíritos bemaventurados seguidores do Cristo. Pois sabe-se que, sempre que há uma confraria terrena cultivando certas ideologias, surgirá também nos planos espirituais uma egrégora (em formas de arquétipos) com a função de perenizar as ideologias de tais confrarias, valendo-se do espírito devocional sem discernimento das pessoas e, principalmente, dos fenômenos anímicos (de origem psiconeuroafetivo), dos quais há riqueza de manifestações na população brasileira.

Que se tenha respeito e carinho com a Mãe de Jesus, mas que este seu culto memorial, cívico-espiritual , não confunda os cristãos verdadeiros, ou bem intencionados, como se tal culto estivesse de acordo com as Sagradas Escrituras, pois como ele se apresenta no Brasil de hoje ele é uma franca idolatria.

Eu saúdo e respeito a Mãe de Jesus, a Maria do Evangelho que nos orientou para fazermos tudo o que Jesus mandou (o que ele mandou se encontra registrado nos evangelhos);
eu saúdo e respeito a Maria Mãe de Jesus, como a bemaventurada sobre todas as gerações;
eu saúdo e respeito a Maria Mãe de Jesus, porque ela foi achada em graça diante de Deus, e ao ser escolhida para gestar o Filho de Deus na encarnação terrena, ela aceitou como serva, colaborando para o plano salvador de Jesus Cristo;
eu saúdo e respeito a Maria Mãe de Jesus, porque fiel ao Espírito Santo de Deus, ela encheu sua alma de alegria e confessou também ter sido salva pelo Senhor, como fiel representante da humanidade adânica, possibilitando que o único sem pecado na terra assumisse a natureza pecadora em ação vicária e a resgatasse nas aras da cruz;
entretanto, eu não confundo todos esses predicados de Maria Mãe de Jesus, fazendo dela a salvadora, ou a mediadora das graças de Jesus Cristo, pois ele, seu primogênito e unigênito de Deus, afirmou ser o Único Senhor, Único Salvador, Único Mestre verdadeiro, Único nome posto, pelo qual devamos ser salvo.

EU NÃO CONFUNDO A IMAGEM PESCADA, COM O SEU CONTEXTO BRASILEIRO, COM A MÃE DE JESUS, A QUEM RESPEITO COM VERDADEIRO CARINHO E FILIAL DEVOÇÃO, POIS COLOCO-ME COMO JOÃO AO LADO DA CRUZ E RECEBO A MÃE DE JESUS COMO MINHA MÃE ADOTIVA NOS PÁRAMOS DA GLÓRIA.
Que Deus nos abençoe ricamente e nos faça mais inteligentes e obedientes aos seus ensinamentos revelados em Jesus Cristo.
Dom Felismar Manoel - Bispo Primaz
Catolicismo Apostólico/Evangélico Salomonita - ICAI-TS



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