II
Movimento (Ciclo) -
Antropotéia
- 3º Tempo - Martiria
Eclesial.
45ª
Semana do Ano Litúrgico Cristão 1985 - Nós Cristãos de Verdade,
somos a luz do mundo, o sal da terra e o fermento na massa.
Período
da Compaixão: ====> Ter compaixão por todas as criaturas de
Deus.
30/09/2012
- Quarta Semana da Compaixão - Ter compaixão pelos Minerais.
Cores
Litúrgicas:
Azul
Celeste (Estação Primavera) - Celebrativo
da alegria dos nossos propósitos diante de Deus.
Cinza
- Nos Oficios Penitenciais, de Tristeza e/ou Luto;
Branco
- Substitutivo de todas as cores e simbolizando
a
Neutralidade, a Alegria, a Pureza e a Fé Espiritual.
Estamos
na quarta semana da compaixão (30/09/2012), quando o Hemerológio
Cristão propõe as vivências litúrgicas e ações pastorais da
compaixão pelos minerais.
Ter
compaixão pelos minerais significa respeitar o solo que recebemos
por herança, enquadrando-o também como criatura de Deus, com
finalidades estabelecidas pelo próprio Autor da Criação, a favor
da manutenção e desenvolvimento dos seres que compõe o cenário da
vida no planeta terra.
Significa
também comprender e respeitar as leis que regem a combinação dos
elementos químicos, fenômenos físicos e ambientais que atuam na
formação dos minerais e outros componentes do solo do planeta terra
que habitamos.
Sabemos
que atualmente as condições antrópicas (condições criadas pelos
humanos) de grandes áreas do planeta terra, não são favoráveis à
plena manifestação da vida na terra.
Devemos
lembrar que Jesus Cristo ressaltou que, enquanto Filho de Deus, sua
vinda ao planeta terra foi no sentido de que "haja aqui vida em
abundância".
As
condições geradas no solo pelos humanos, na maioria das vezes,
torna o solo planetário inapropriado para a manifestação e
manutenção da vida, não oferecendo condições para o
desenvolvimento, evolução e autotranscendência dos humanos, nem
também para uma vida harmoniosa dos coetâneos que compartilham os
fenômenos dos processos da vida.
É
preciso lembrar sempre que não haverá vida, se não houver o solo
acolhedor e próspero, capaz de receber as energias enviadas pelo
sol, armazená-las, trabalhá-las, produzir com elas e repassá-las
para a confraria dos viventes que ocupam o edafo
(palavra grega que significa "piso, solo")
acolhedor.
Todos
nós somos solidários e dependentes das condições de zoesia
(palavra grega que significa "vida plena, de boa qualidade)
do planeta terra, que para ser mantida necessita de respeito às
leis que regem à sua criação e manutenção.
Em
Deuteronômio 26: 1-4, falando das primicias da terra, a Sagrada
Escritura diz: Ao
entrares na terra que o Senhor, teu Deus, te dá por herança, ao
possuí-la e nela habitares, tomarás das primícias de todos os
frutos do solo que recolheres da terra que te dá o Senhor teu Deus,
e as porás num cesto, e irás ao lugar que o Senhor, teu Deus
escolher para alí fazer habitar o seu nome.
Virás
ao que, naqueles dias, for sacerdote e lhe dirás: Hoje, declaro ao
Senhor, teu Deus, que entrei na terra que o Senhor, sob juramento,
prometeu dar a nossos pais.
O
sacerdote tomará o cesto da tua mão e o porá diante do altar do
Senhor, teu Deus.
Nós
humanos que habitamos a terra estamos nos distanciando desse espírito
proposto nas Sagradas Escrituras, nem tampouco temos estado
preocupados em dar continuidade ao trabalho de Jesus Cristo, de
elaborarmos na terra o Reino de Deus. É claro que esse Reino começa
em nossos corações, para depois se instalar em nossas relações
familiares, parentais, comunitárias, sociais, interculturais,
internacionais, interestatais, atingindo o planeta terra em concerto
com os demais astros do sistema solar.
Hoje,
nos dias atuais, nossas responsabilidades enquantos seres humanos
aumentam, tanto pelo estágio evulutivo que alcançamos, quanto pelas
condições de discipulado cristão que assumimos.
Hoje
estamos além da dimensão puramente animal na qual surgimos no
planeta terra, assumimos a dimensão racional, a dimensão moral, a
dimensão política, a dimensão espiritual e não tem sentido
assumirmos o viés destrutivo e antivital neste planeta que recebemos
como cenário de nossa história evolutiva.
Somos
hoje auxiliados pelos avanços científicos e tecnológicos das
ciências biológicas, da ecologia, da climatologia e da astronomia,
todos disponíveis como auxiliares da teologia, para orientar uma
sadia preocupação pastoral, visando atender à zoesia
de Jesus Cristo, trazendo plenitude de vida para os terráqueos e os
coetâneos da confraria da vida, sendo esta uma das tarefas dos
cristãos de fato, verdadeiros discípulos de Jesus Cristo, a quem
confessamos como Filho de Deus, Rei do Céus e da Terra.
Esforcemo-nos
meus irmãos e irmãs, para cuidar do solo com todos os seus minerais
e outros potenciais, evitando a erosão destrutiva, o desmatamento,
as queimadas, as poluições que envenenam o edafo
acolhedor
que o Cristo de Deus providenciou para nós, muito antes de
encarnar-se tornando se Jesus Cristo.
Que a benção do
Deus Triuno, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, desça sobre todos e
com todos permaneça para sempre!
Dom
Felismar Manoel - Bispo Primaz
Catolicismo
Apostólico Salomonita
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