* Do texto grego para o português, a meu ver,
a melhor tradução é pedrinha, pedra pequena.
O apóstolo Simão Pedrinha direciona as suas cartas a nós cristãos, residentes em qualquer lugar. Diz ele, nos capítulos 3, versiculos de 15 a 22 e 4, versículos 1 a 6: ...
"Santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós, fazendo-o, todavia, com mansidão e temor, com boa consciência, de modo que, naquilo que falam contra vós outros, fiquem envergonhados os que difamam o vosso bom procedimento em Cristo, porque, se for da vontade de Deus, é melhor que sofrais por praticardes o que é bom do que praticando o mal.
Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito, no qual também foi e pregou aos espíritos em prisão, os quais, noutro tempo, foram desobedientes quando a longanimidade de Deus aguardava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca, na qual poucos, a saber, oito pessoas, foram salvas, através da água, a qual, figurando o batismo, agora também vos salva, não sendo a remoção da imundícia da carne, mas a indagação de uma boa consciência para com Deus, por meio da ressurreição de Jesus Cristo; o qual, depois de ir para o céu, está à destra de Deus, ficando-lhe subordinados os anjos, e potestades, e poderes.
Ora, tendo Cristo sofrido na carne, armai-vos também vós do mesmo pensamento; pois aquele que sofreu na carne deixou o pecado, para que, no tempo que vos resta na carne, já não vivais de acordo com as paixões dos homens, mas segundo a vontade de Deus.
Porque basta o tempo decorrido para terdes executado a vontade dos gentios (não cristãos), tendo andado em dissoluções, concupiscências, embriaguês, orgias, bebedices e detestáveis idolatrias.
Por isso, difamando-vos, estranham que não concorrais com eles ao mesmo excesso de devassidão, os quais hão de prestar conta àquele que é competente para julgar vivos e mortos; pois, para este fim, foi o evangelho pregado também a mortos, para que, mesmo julgados na carne segundo os homens, vivam no espírito segundo Deus".
É interessante tomar deste texto do apóstolo Simão Pedrinha, a crença que era comum aos primeiros cristãos, de que mesmo estando despidos da carne, na habitação dos mortos, os espíritos podem ouvir a pregação evangélica da salvação que há em Cristo Jesus , mediante o seu amoroso sacrificio vigário por nós humanos. O livre arbítrio é inerente aos seres humanos, sendo a condição que nos eleva ao padrão de entidades morais, condição essa respeitada pelo próprio Deus Supremo, estando nós na carne ou despidos dela na condição de seres desencarnados. É claro que a oportunidade ímpar de nossa salvação é enquanto estamos encarnados no planeta terra, pois este é o cenário especial que Deus criou para nossa evolução, desenvolvimento e participação na sua Vida Eterna em Cristo, seu amado Filho, enviado ao mundo por amor a nós. A Santa Igreja é construída perenemente pelo próprio Cristo na terra, na vida daqueles que o confessam como Filho do Deus Vivo, para cuidar desta missão de anunciar o seu Santo Evangelho a todas as criaturas em todo mundo. Aqueles que ouvem, aceitam, se mantêm fiéis e são batizados, entram na posse da Vida Que Não Tem Fim, na comunhão com o pai, o Filho, o Espírito Santo e os irmãos, estando eles encarnados ou desencarnados, compondo o Corpo Místico de Cristo. Isto não nos autoriza a inventar um lugar purgatório, ou limbo, reservado aos espíritos dos mortos. Nem podemos inventar que um patriarca, bispo, pastor, ou concilio tenha uma jurisdição penal sobre as almas dos mortos, para que sobre elas funcione um sistema de indulgências que reduzam suas dívidas parciais ou totais. Isto constitui uma heresia e quem alimenta tais idéias está se desviando do ensinamento cristão e cultivando idéias do paganismo. Fica claro então, que as doutrinas de aliviar as almas do purgatório por nossas indulgências a elas alcançadas, as intervenções da tal Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, ou coisas semelhantes, são doutrinas heréticas, emanadas do espiritismo católico mariano e de pontífices teológicamente irresponsáveis. Os que alimentam tais idéias e práticas, terão que prestar contas a Deus destes pecados e dos danos que produzem nas mentes das pessoas simples, desviando-as do correto caminho que conduz à salvação, Jesus Cristo. Não há nenhum outro nome posto, pelo qual possamos ser salvos.
Nas Liturgias do Rito Brasiliense soleniza-se os Oficios, ou Missas, como Cultos Memoriais pelos Crentes que desta vida partiram em fiel testemunho cristão. Trata-se de uma atitude pastoral pelos que aqui ficaram com saudade, e um reforço para alimentar a esperança na ressurreição do grande dia, conforme nos fala o apóstolo Paulo. É uma celebração do conforto com a memória dos justos, pelo que glorificamos a Deus e oramos para que eles cresçam no conhecimento e no amor de Deus, alimentados pela esperança na ressurreição, para então estarmos todos reunidos com Cristo. Longe está de alimentar a crença em um poder de barganha com Deus, baseado nas indulgências, mecanismos de interesses de clérigos irresponsáveis, para iludir pessoas simples e em momentos aflitivos, com a idéia de que algum ato religioso meu a favor de um morto, aliviaria a sua pena e o livraria do seu sofrimento espiritual. Este é um mecanismo religioso indecente, usado por clérigos irresponsáveis e sem compromissos com o ministério cristão, iludindo a boa fé dos crentes simples, para levarem vantagens, ou pela capitalização de ascendência social sobre as pessoas, ou para conseguir ganhos materiais. Estes clérigos terão que prestar contas a Deus por estas orientações erradas, desvinculadas do ensinamento do Evangelho de Cristo.
""" Ó Deus, Criador e Redentor de todos os fiéis; Aos teus servos e servas que desta vida partiram, concede que, renovados pelo efeito salutar da tua graça, cresçam mais e mais no senso do teu divino amor. Mediante Jesus Cristo teu Filho, nosso Salvador. Amém, """
(Coleta da Missa de Réquiem - Missal Brasiliense).
Lembrem-se os irmãos, que nós humanos alcançamos a dimensão de seres espirituais, quando nos tornamos capazes da autorreflexão, do cultivo de ideais altruistas e de sentimentos nobres, mas que nada podemos construir em ordem à salvação eterna, quando a nossa espiritualidade estiver desvinculada de Jesus Cristo, da sua proposta evangélica, conforme chegou até nós pelo ministério dos seus apóstolos e discípulos, conforme está escrito nos livros da Sagrada Escritura, principalmente no Novo Testamento. Você que me lê agora, ore a Deus e busque orientação para sua vida, estudando o Evangelho, unindo-se aos irmãos na Congregação do Templo para celebrar o amor de Deus, apoiando a sua Denominação religiosa, para que ela possa propagar a obra de Cristo na terra. Você que é batizado na Igreja de Cristo, é seu Missionário para anunciar o Evangelho a toda a criatura, é Sacerdote com Ele para apresentá-lo como único intermediário legítimo entre Deus e o povo.
Que Deus nos abençôe a todos!
Dom Felismar Manoel
Catolicismo Evangélico Salomonita
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