Quem Somos Nós !
Somos eclesianos em comunhão com a Igreja Católica Apostólica Independente de Tradição Salomoniana – ICAI-TS. Somos um segmento do cristianismo de base evangélica que valoriza a Sucessão Apostólica Histórica e a legítima Tradição Apostólica, que se pode provar bíblicamente e que não se contradiga aos ensinos contextualizados nos Evangelhos Canônicos.
Nossa Igreja no Brasil, não pode ser pensada e compreendida, ignorando o Ministério Pastoral do Reverendo Salomão Ferraz, que lhe deu consistência e estruturação ao longo dos anos:
De 1897 a 1901 Salomão Ferraz faz profunda reflexão sobre os males causados pela desunião entre cristãos. Nessa época ele era aluno de Teologia no Seminário Presbiteriano em São Paulo ; em 1902, ao assumir o Ministério Pastoral na Igreja Presbiteriana, ele elabora a Declaração de Princípios que norteou sua existência, tanto na vida pessoal, quanto na vida ministerial; em 1915 ele desenvolveu e publicou um estudo (Princípios e Métodos) sobre a validade do sacramento do batismo ministrado por padres católicos romanos, baseado na autoridade das palavras sagradas ordenadas por Cristo e proferidas por aqueles ministros; em 1917 ele organizou um movimento ecumênico devocional da Ordem de Santo André, inspirado na atitude de levar as pessoas a conhecerem a Cristo, como fizera André com seu irmão Simão; em 1928 ele reforma a Ordem de Santo André para abrigar o ecumenismo em bases práticas, através das organizações de Capítulos em diferentes denominações cristãs e consolida a Liturgia do Rito Brasiliense; em 1932 ele consolida e publica o livro "A Fé Nacional", discutindo os principais pontos de crenças do Movimento Salomonita; em 1936 a Ordem de Santo André realiza um Congresso Nacional que avalia e aprova a tese “A Igreja e a Sinagoga”, fundamentando “A Igreja e a Anti-igreja”, “o que a Igreja deve ser e o que a Igreja não pode ser”, e aprova a criação da Igreja Católica Livre, como Igreja Autônoma, inspirando-se na Igreja de Jerusalém e outras Igrejas Ortodoxas. Salomão Ferraz é eleito Bispo Primaz da referida Igreja e busca a Sucessão Apostólica nas Igrejas da Europa, baseando-se no Quadrilátero de Lamberth, sendo muito difícil entretanto, por causa da guerra mundial. Em 1945 Dom Salomão Ferraz recebeu a Sagração Episcopal de Dom Carlos Duarte Costa, bispo romano que rompeu com o papismo. Em 1951 criou a Diocese do Rio de Janeiro e designou Dom Manoel Ceia Laranjeira para seu Ordinário Diocesano, A nova diocese se estruturou com seu Escritório, Capela Episcopal e instalou o Campus Rio de Janeiro do Seminário Teológico Santo André - SETESA, para a formação do clero. O SETESA inovou ao adotar as pedagogias ativas, com Orientadores Tutores para a fase de construção do conhecimento e de Clérigos Preceptores para a prática ministerial pastoral; em 1959 Dom Salomão Ferraz acreditou no Ecumenismo do Papa João XXIII e foi recebido como bispo pela Igreja de Roma. Infelizmente com a morte de João XXIII o ecumenismo de Roma tomou outros rumos e em consequência, o clero que estava sob a jurisdição de Dom Salomão Ferraz, não foi respeitado pela Igreja de Roma em seus carismas especiais. Em 1965 Dom Salomão Ferraz desiludido com Roma e sem forças para lutar, solicita que o bispo do Rio de Janeiro toque o barco para a frente e para o alto, comprometidos com Cristo em primeiro lugar. Em 1966 Dom Manoel Ceia Laranjeira em um Concílio no Rio de Janeiro, é eleito Patriarca do Rito Brasiliense, reestrutura o movimento com o nome de Igreja Católica Apostólica Independente no Brasil – ICAIB e reorganiza os trabalhos pastorais, embora com muita dificuldade pelo dilapidamento material e moral que o movimento sofreu com seu malogrado ecumenismo com Roma. Dom Manoel Ceia Laranjeira dirigiu a Igreja com muito paternalismo pastoral e a fez crescer em várias partes do Brasil. Com a morte de Dom Manoel Ceia Laranjeira assumiu a direção como Patriarca (do Rito Brasiliense), Dom Lapercio Eudes Moreira, que alterou a Constituição da Igreja sem o conhecimento de todos, introduzindo o direito de clérigos de outros paises, sem vínculo com a ICAIB, votarem e ser votados e assinou um tratado secreto com uma Igreja Ortodoxa, dando-lhe o direito de intervenção em nossos assuntos internos, sendo esse tratado desconhecido do clero da ICAIB, que só tomou conhecimento dele após a morte de Dom Lapercio. Dom Lapercio morreu e foi eleito pelo clero estrangeiro, um filho da sua casa como Patriarca do Rito Brasiliense, desconhecido da maioria do clero do Brasil, o que levou a ser votada e aprovada uma nova Constituição Canônica, à qual ele jurou respeitar, mas que recentemente quer se impor com direitos plenipotenciários, contrariando a práxis do apostolado da ICAIB, que considera o Patriarca um título honorífico, um primeiro entre os iguais, apenas com o direito de precedência nos encontros nacionais, não tendo nenhum bispo jurisdição sobre outros bispos. Apesar de esforço do clero nacional no sentido de que não se desviasse dos nossos ideais costumeiros, o referido Patriarca não deu ouvidos e tenta se impor com poderes pessoais, o que levou este segmento da Igreja de Cristo a se alinhar em torno dos ideais traçados desde longa data por Dom Salomão Ferraz e praticados em suas comunidades por Ministros e Congregação de Fiéis, dispersos pelo solo brasileiro, para prestar o culto a Deus em espírito e em verdade, de acordo com o Rito Brasiliense, para adorar e Celebrar a Comunhão com Deus e o seu Povo em Jesus Cristo , nosso único e suficiente Salvador. Fazemos nos conhecer como Eclesianos do Catolicismo Evangélico Salomonita, pois somos membros da Igreja Católica Apostólica Independente de Tradição Salomoniana.
Que Deus abençôe sua leitura e sua vida !
Você é benvindo às nossas comunidades!
Dom Felismar Manoel – Bispo Primaz
Duque de Caxias e Rio de Janeiro, 06/10/2010
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