Bispo
Felismar Manoel
A
Igreja Católica Apostólica Romana – ICAR, tem sua origem legitimamente
constituída pelos cristãos em diáspora, em regime de servidão, sendo pastoreado
pelo apóstolo Paulo, com certeza histórica. Bem cedo esta Igreja sofreu
perseguição por parte dos Imperadores de Roma, sendo esta perseguição
abandonada com o passar dos tempos e substituída por beneplácitos de ditos
imperadores, chegando alguns Bispos da Igreja a se tornarem membros da nobreza
imperial dos Césares.
Foram
desses cenários de nobreza que surgiram os distintivos heráldicos que os Bispos
Católicos Romanos usam com propriedade, com o nome de “Armas Episcopais”.
Percebe-se
a legitimidade de uso desses símbolos por parte dos dignatários da Igreja Papal
de Roma, uma vez que esta Igreja se confunde com o Estado Imperial do Vaticano,
constituindo tais símbolos, confirmação de uma linhagem nobiliárquica própria
desse clero, o que leva naturalmente os católicos romanos dispersos pelo mundo
a se constituírem súditos vassalos do Papa Imperial do Vaticano.
É
verdade que a maioria dessa parafernália eclesiástica não encontra respaldo na
Teologia Cristã Neo-testamentária, se baseando em estratégias criadas para
sustentação ideológica, incorporadas no que se convencionou chamar de Tradição
Pontifícia ou Magistério Eclesial. São recursos muito distantes da singeleza dos ensinamentos de Jesus
Cristo, conforme textos e contextos dos quatro Evangelhos Canônicos.
É
bastante estranho que diversas Igrejas
Católicas Autônomas e Cleros avulsos, sem Igreja de fato, existentes no Brasil
ou em qualquer outra parte, tenham seus Bispos e dignatários, usando esses
distintivos eclesiásticos que simbolizam o
“status” de membros de uma hierarquia nobiliárquica própria do Estado
Imperial Papal, que tem geminação permanente com a Igreja Católica Apostólica
Romana.
Este
contexto leva a uma interrogação: Por qual razão, cleros católicos não romanos,
usam esses distintivos próprios do clero romano?
Observação
participante, em razão de convivência, leva a percepção de quatro tipos:
I
– Há um segmento clerical que usa tais distintivos ignorando o que eles significam histórico-culturalmente;
II
– Há outro segmento clerical que tem nesses distintivos uma afirmação de
grandeza;
III
– Ainda há outro segmento clerical que utiliza tais distintivos para sustentar
uma crise de identidade e pertencimento eclesial;
IV
– Também existem os que usam porque acham bonito, “chique”, mas estão alienados das afirmações
heráldicas histórico-culturais que lhes são próprias.
Nada
disto tem a ver com os legítimos ensinamentos de Jesus Cristo, conforme nos
propõem os Quatro Evangelhos Canônicos.
Que
Deus abençoe a todos
Dom
Felismar Manoel
Catolicismo
Apostólico Salomonita
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