terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

I - Homenagem aos Irmãos Essênios

Bispo Felismar Manoel



Essênio é uma palavra derivada provavelmente de essaya, ou essenoi, ambos vocábulos do aramáico, lingua natural de Jesus. Falar ou escrever sobre os essênios nos dias que correm é fácil, pois existem muitos estudos publicados na internete, embora nem sempre tenham suas fontes divulgadas; entretanto escritores da Antiguidade como Flávio Josefo, Plinius e Fílon de Alexandria registraram a existência de suas comunidades dispersas pela Palestina e outros lugares.

Trata-se de uma congregação de praticantes do judaísmo, que discordavam da práxis oficial e procuravam viver de modo mais fiel à Sagrada Torá. Já havia comunidade essênia ativa na época de Jonatan Makkabeus, em torno de 160 a 142 a.C. e seu desaparecimento ocorreu por volta dos anos 70 d. C., coincidindo com a destruição do templo em Jerusalém. Consta em alguns escritos , que os essênios se desligaram da principal corrente do judaísmo por desaprovarem atos praticados por Jonatan Makkabeus e do sacerdote Simeon, tendo sido perseguidos, indo refugiarem no deserto, simbólica e literalmente.

Flávio Josefo dá detalhes dos seus modos de vida, seus costumes, suas normas. Eram praticantes do vegetarianismo.Alguns historiadores acham que a história do cristianismo primitivo é a história dos essênios, tal a simetria nos dois ensinamentos.

Existe uma ideia de que Enoc foi o predecessor dos essênios; outros acham que os essênios derivam dos "escolhidos" que Moisés levou até o monte, antes de receber os Mandamentos para o Povo de Deus.

Nos dias de hoje se fala muito em essênios se referindo apenas a comunidade de Qunram, próximo ao mar morto, por causa da descoberta da biblioteca de sua comunidade, mas escritores como Plinius afirmou a existência de comunidades essênias na Siria e no Egito, sendo estes últimos chamados de curadores, ou terapeutas.

Afirmam alguns escritos que Maria, José, João Batista, como também Jesus, eram membros da comunidade dos essênios. Santo Agostinho (265 d.C.) consentia nas afirmações de que os essênios terapeutas do Egito eram cristãos. O escritor Fílon de Alexandria afirmava que o Centro dos Terapeutas essênios era a cidade de Alexandria e que suas comunidades abrigavam curadores, filósofos e ascetas, todos uníssonos em torno da máxima: " Não ajuntem riquezas na terra, mas sim no cèu, onde as traças não as podem roer, nem a ferrugem poderá destruir."

Os essênios viviam em comunidades organizadas iniciaticamente mediante mistagogias para as crianças, os jovens, os homens e as mulheres; se esforçavam para cultivar o espírito de sintonia com os anjos, em número de doze, que tinham um papel fundamental na vida da comunidade:

1 - Meditavam pela manhã a cada dia da semana, com cada um dos seis anjos da terra: Anjos da vida, anjos da alegria, anjos do sol, anjos da água, anjos da terra, anjos do ar;

2 - Meditavam à noite a cada dia da semana, com cada um dos anjos do céu: anjo da eternidade, anjo da criação, anjo do amor, anjo da sabedoria, anjo da harmonia, anjo do poder;

3 - Na sexta-feira e no sábado à noite meditavam com o Pai do Ceu e pela manhã com a mãe terra. Ao meio dia tinha o solene Rito da Paz: paz com o Corpo, paz com o Reino do Ceu, paz com o Reino da Terra, paz com o Universo, paz com a Humanidade, paz com a Família, paz com a Alma.

As comunidades dos essênios tinham outros ensinamentos e práticas salutares que oportunamente comentaremos.

Que Deus abençoe a todos
Dom Felismar Manoel

sábado, 22 de fevereiro de 2014

A Vida Oculta de Jesus e os Essênios


13ª Semana do Ano Eclesial 1987 (2013/2014)

Tempo da Formação da Pessoa de Jesus
Reflexões sobre a Formação da Pessoa de Jesus de Nazaré

23/02/2014 - VII Domingo Pós Epifania do Cristo
A Vida Oculta de Jesus
e a Comunidade dos Essênios


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Espiritualidade Litúrgica

Cores Litúrgicas:
1 - Vermelho - Simboliza a coragem e a tenacidade dos cristãos na prática do amor e da caridade para com todas as criaturas de Deus.
2 - Cinza - Nos Oficios Penitenciais, de Tristeza e/ou Luto;
3 - Branco - Substitutivo de todas as cores e simbolizando a Integralidade, a Alegria, a Pureza e a Espiritual.

I Movimento Litúrgico - Teoantropeia - Deus atua no mundo da matéria para ajudar as suas criaturas e envia o Cristo, seu Filho Unigênito ao mundo, para tornar-se uma pessoa humana em Jesus de Nazaré.

Reflexões e Vivências Litúrgicas e Pastorais


Estamos concluindo as reflexões do período pós efifania do Cristo de Deus. Esta é a 13ª semana eclesial 1987 e o sétimo domingo pós epifania do Cristo. O Hemerológio Cristão propõe para as nossas reflexões e vivências litúrgicas, tanto nas celebrações do templo como nas observâncias dos lares, que pratiquemos a anamnese da vida oculta de Jesus, na história de sua juventude antes dos seus trinta anos; a liturgia sagrada propõe para as nossas reflexões nesta semana, a existência das comunidades dos essênios que viveram cerca de 150 a.C a 70 d.C. Mas quem foram esses essênios?

Historiadores como Flávio Josefo e Fìlon de Alexandria fazem relatos da suas vidas e comunidades. Eram grupos discordantes do Judaísmo Oficial ligado aos exageros do poder e da política dominante, principalmente pelo seu afastamento dos princípios da Sagrada Torá e do senso de misericórdia e compaixão.

A história registra três grupos dessas seitas, os fariseus, os saduceus e os essênios; existiam também os zelotes, mas esses eram mais grupos de viés político, embora todas as seitas também cultivassem as suas ideologias políticas.

As comunidades essênias existiram em várias localidades, embora fále-se mais da comunidade de Qunram na região do mar morto, da qual existem vários escritos nos dias de hoje, pois sua biblioteca foi preservada da destruição da qual foram vítimas na época da destruição do templo de Jerusalém em 70 d.C.

A palavra "essênio" em aramaico, a língua de Jesus, é essaya ou essenoi, e significa médico, sendo geralmente envolvida nos trabalhos terapêuticos, principalmente os que viviam nas cercanias de Alexandria. Tinham um apreço pelas purificações e ênfase no amor, misericórdia e compaixão pela obra da criação, envolvendo os animais, os vegetais, os minerais e toda a existência enfim; eram vegetarianos e viviam em comunidades acolhedoras, amando a paz com todas as manifestações do mundo de Deus; admite-se que o Sermão da Montanha proferido por Jesus, conforme consta do evangelho, seja todo ele um conteúdo dos ensinamentos essênicos. Nos dias atuais, há um grande número de especialistas em estudos cristãos, que crêm ter sido Jesus Cristo um membro da Comunidade dos Essênios, sugerindo que neste período oculto sobre a história da sua juventude, ele tenha estado em práticas espirituais e de aprendizado testemunhal junto aos irmãos essênios.

Jesus Cristo revelado Filho de Deus foi também perfeito filho do homem, portanto um ser humano em sua plenitude, sendo capaz de compartilhar experiências místicas e de aprendizado espiritual com os grupos e comunidades da sua época. Parece-me muito mais plausível sua existência junto aos essênios do que junto aos induístas e budistas, como apontam alguns nos dias atuais. O que importa para nós, é reconhecer em Jesus o Cristo, o Filho de Deus e aceitá-lo como o redentor da humanidade; ele é o cabeça do Corpo Místico que constitui a Igreja Cristã, do qual somos membros em comunhão uns com os outros e com a Comunidade da Trindade Divina. Qual é o seu papel no mundo, como membro do Corpo de Jesus Cristo?

Que o Deus Tri-uno abençoe a todos, em o nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.
Dom Felismar Manoel - Bispo Primaz
Catolicismo Evangélico Salomonita
Visite o site: www.icai-ts.org.br
felismarmanoel@gmail.com



sábado, 15 de fevereiro de 2014

Jesus Jovem: Silêncio Histórico sobre sua Vida


12ª Semana do Ano Eclesial 1987 (2013/2014)

Tempo da Formação da Pessoa de Jesus
Reflexões sobre a Formação da Pessoa de Jesus de Nazaré

16/02/2014 - VI Domingo Pós Epifania do Cristo
O jovem Jesus:
Silêncio histórico sobre sua vida


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Espiritualidade Litúrgica

Cores Litúrgicas:
1 - Vermelho - Simboliza a coragem e a tenacidade dos cristãos na prática do amor e da caridade para com todas as criaturas de Deus.
2 - Cinza - Nos Oficios Penitenciais, de Tristeza e/ou Luto;
3 - Branco - Substitutivo de todas as cores e simbolizando a Integralidade, a Alegria, a Pureza e a Espiritual.

I Movimento Litúrgico - Teoantropeia - Deus atua no mundo da matéria para ajudar as suas criaturas e envia o Cristo, seu Filho Unigênito ao mundo, para tornar-se uma pessoa humana em Jesus de Nazaré.


Reflexões e Vivências Litúrgicas e Pastorais

O Hemerológio Cristão propõe para as nossas reflexões e vivências, neste VI Domingo Pós Epifania do Cristo (16/02/2014), a questão do silêncio histórico sobre a vida do Jesus jovem. Os evangelistas Mateus e Lucas não fornecem informações sobe ele, no espaço de tempo entre a sua cerimônia de Bar Mitzvá e quando ele aparece procurando o Batismo de João, iniciando com o seu batismo a sua vida pública; os evangelhos se limitam a afirmar que ele crescia em estatura e sabedoria diante de Deus.

O jovem, após a sua adolescência, tem que consolidar a formação do seu ego de harmonia com sua identidade singular, firmando suas subjetividades face à convivência familiar, sociocultural e ambiental, revelando-se enquanto personalidade com seus traços de caráter; trata-se de um período complexo, que traz às vezes, algumas dificuldades para os pais, para o núcleo familiar e para o próprio jovem; não é fácil vivenciar esta fase, e nem sempre o jovem possa com justiça ser rotulado pelos momentos de incertezas e aventuras nos quais ele se envolve de passagem, para mais tarde, já amadurecido revelar-se em pessoa plena, cidadã inserida nos seus dias, lutando por um mundo melhor para todos.

Talvez o jovem Jesus tenha tido necessidade de vivenciar momentos dolorosos e cruciais diante da aceitação total de sua missão, já que ele se tornara plenamente também filho do homem, portanto carregando as cargas potenciais de nossa humanidade.

Sabemos que a dinâmica salvacional do processo cristão propõe à nós, solucionar as questões do nosso ego para concentrar na construção de um Verdadeiro Self (si mesmo verdadeiro), sepultando o velho ser humano que quer se impor e fazendo ressurgir em nosso caráter a marca do novo ser humano, construído conforme o modelo exemplificado Cristo. O apóstolo Paulo levou esse modelo tão à sério que, já no fim da sua jornada terrena afirmou: "já não sou eu quem vive, mas é o Cristo que vive em mim".

Que bom seria se já pudéssemos repetir como Paulo! Mas ainda há tempo. O processo de salvação mediante Cristo está aí, disponível para qualquer pessoa humana de boa vontade; basta que estejamos vivendo os dias da terra. Aproveitemos!

Que o Deus Tri-uno abençoe a todos, em o nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.
Dom Felismar Manoel - Bispo Primaz
Catolicismo Evangélico Salomonita
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sábado, 8 de fevereiro de 2014

A Bar Mitzvá - Jesus é admitido como adulto




11ª Semana do Ano Eclesial 1987 (2013/2014)

Tempo da Formação da Pessoa de Jesus
Reflexões sobre a Formação da Pessoa de Jesus de Nazaré

09/02/2014 - V Domingo Pós Epifania do Cristo
Jesus é admitido no mundo dos adultos


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Espiritualidade Litúrgica

Cores Litúrgicas:
1 - Vermelho - Simboliza a coragem e a tenacidade dos cristãos na prática do amor e da caridade para com todas as criaturas de Deus.
2 - Cinza - Nos Oficios Penitenciais, de Tristeza e/ou Luto;
3 - Branco - Substitutivo de todas as cores e simbolizando a Integralidade, a Alegria, a Pureza e a Espiritual.

I Movimento Litúrgico - Teoantropeia - Deus atua no mundo da matéria para ajudar as suas criaturas e envia o Cristo, seu Filho Unigênito ao mundo, para tornar-se uma pessoa humana em Jesus de Nazaré.




Reflexões e Vivências Litúrgicas e Pastorais


Esta é a 11ª semana do ano eclesial 1987 e o 5º domingo pós epifania do Cristo de Deus (09/02/2014). O Hemerológio Cristão prescreve para a liturgia desta semana, a celebração, as reflexões e as vivências, nas comunidades familiares e templárias, da "introdução de Jesus de Nazaré na comunidade dos adultos", mediante a anamnese da sua Bar Mitzvá ao completar seus doze anos.

Na iniciação do judaísmo, os jovens após seus doze anos, passam pelo Rito de Passagem sendo admitidos no mundo dos adultos; trata-se da cerimônia chamada Bar Mitzvá para os rapazes (filho do mandamento), ou Bat Mitzvá para as moças (filha do mandamento). Nesta cerimônia recebem a tefilim e são considerados participantes do mundo dos adultos, sendo considerados que a partir deste evento solene, eles passam a obedecer os mandamentos por eles mesmos, com consciência do que estão fazendo.

O evangelho de Lucas 2: 41 ... , narra como se deu este evento com Jesus, sendo ele encontrado entre os Doutores da Lei, discutindo com eles em eloquente proficiência; não se dera conta de que já havia passado três dias sem ter contato com seus pais (Maria e José), pois estava na verdade se ocupando das coisas do SEU PAI do céus.

Os evangelhos não narram muito sobre esta fase da vida de Jesus de Nazaré, mas atesta que ele crescia, em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens.

Percebe-se que Jesus passou por um processo de inculturação no judaísmo, em cumprimento da Lei: Fez sua Brit milá ao oitavo dia de nascido; foi dedicado no templo após o resguardo de sua mãe; fez seu Bar Mitzvá após os doze anos, tudo como prescreve a Torá. Jesus com certeza, "praticou toda a justiça".

Como diferem os "cristãos" nos dias de hoje! A maioria dos lares ditos cristãos, a maioria dos lares dos frequentadores de igrejas, não tem siquer noção do sejam as ordenanças e mistérios das Sagradas Escrituras e do Ministério Cristão; os clérigos, em sua maioria, tem na ponta da língua as respostas da religião popular, fetichista e folclórica; sabem quase tudo sobre ladaínhas, novenas, terços, jaculatórias, procissões e romarias; mas ignoram os princípios básicos do processo salvacional proposto por Jesus Cristo nos seus evangelhos. Em vez das igrejas (comunidades templárias) exercerem a sua dinâmica de levar as pessoas a terem a experiência com o sagrado, o que fazem é levar o mundo para dentro das igrejas, sendo às vezes difícil até mesmo definir se um cântico é sagrado ou profano, pois os ritmos não mais se comprometem com a natureza da resposta anímico-espiritual que se quer obter; pensar em prosódia musical, apropriação melódica ou sinfônica virou bobagem, pois o espaço para se experienciar o sagrado não mais existe e os templos estão se transformando em vitrines. Que Deus nos perdoe!

Meus irmãos e minhas irmãs! Aproveitem a oportunidade, enquanto Jesus caminha conosco; se convertam verdadeiramente, produzindo em suas vidas frutos dignos dos remidos por Cristo.

Que o Deus Tri-uno abençoe a todos, em o nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.
Dom Felismar Manoel - Bispo Primaz
Catolicismo Evangélico Salomonita
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terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

A Purificação pós Parto de Maria, a Mãe de Jesus



Dia 02 de fevereiro faz quarenta dias após o parto de Maria a Mãe de Jesus. Para essa época a Torá prescreve o Rito de Purificação após o parto e a Dedicação e Consagração do Filho ao Ser Eterno, o Deus Todo Poderoso. O evangelho registra que os pais de Jesus cumpriu essa ordenança e ofereceram em sacrificio um casal de pombos, ou rolas, por serem pobres.

Conforme prescreve o Hemerológio Cristão, o Catolicismo Apostólico Salomonita, dedica este dia dois de fevereiro para a comemoração e vivência da "purificação pós parto de Maria e apresentação de Jesus no templo". Foi por essa ocasião que Simeão e Ana cantaram e profetizaram a respeito de Jesus.

Influenciados por este prescrito bíblico e registro histórico sobre Jesus, muitos Cristãos Protestantes apresentam e dedicam seus filhos crianças no templo e só os batizam quando se tornam adultos.

Há uma forte corrente de Cristãos Católicos, adeptos da devoção espírita mariana, de cunho popular, que consagram este dia a "Nossa Senhora das Candeias", não sendo essa devoção entretanto, de origem apostólica.
Também os espíritas umbandistas e outros cultos mediunistas de cunho popular, dedicam este dia a Iemanjá, a quem consideram a Rainha do Mar.

Observa-se que , muitos ensinamentos dos cristãos da Era Apostólica e pós Apostólica, organizados para celebrar a Anamnese Crística, pelos discipulos no seio das comunidades e famílias, acabaram por se transformarem em devoções fora dos ensinamentos evangélicos do Cristo, e, muitas das vezes, em verdadeiro folclore popular alienante. Parece que esta efeméride cristã, alimenta este tipo de desvio da pureza dos ensinamentos contidos nos evangelhos do Cristo.

 Seria bom que todos refletissem sobre essas coisas e retornassem a santidade dos ensinamentos cristãos verdadeiros. Maria mãe de Jesus, a Maria do evangelho naquela festa das bodas, disse aos servidores da festa: façam tudo que Jesus mandar; ela foi a mesma que participou da dedicação de Jesus no templo, e, para os cristãos de boa vontade sua voz ainda ecoa dizendo: fazei tudo que Jesus mandar; obedeçamos-la! Sigamos as diretrizes do evangelho de Jesus!

Que Deus abençoe a todos, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Dom Felismar Manoel - Bispo Primaz
Catolicismo Apostólico Salomonita


sábado, 1 de fevereiro de 2014

A Educação Templária do Menino Jesus



10ª Semana do Ano Eclesial 1987 (2013/2014)

Tempo da Formação da Pessoa de Jesus
Reflexões sobre a Formação da Pessoa de Jesus de Nazaré

02/02/2014 - IV Domingo Pós Epifania do Cristo A Educação Templária do Menino Jesus


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Espiritualidade Litúrgica

Cores Litúrgicas:
1 - Vermelho - Simboliza a coragem e a tenacidade dos cristãos na prática do amor e da caridade para com todas as criaturas de Deus.
2 - Cinza - Nos Oficios Penitenciais, de Tristeza e/ou Luto;
3 - Branco - Substitutivo de todas as cores e simbolizando a Integralidade, a Alegria, a Pureza e a Espiritual.

I Movimento Litúrgico - Teoantropeia - Deus atua no mundo da matéria para ajudar as suas criaturas e envia o Cristo, seu Filho Unigênito ao mundo, para tornar-se uma pessoa humana em Jesus de Nazaré.



Reflexões e Vivências Litúrgicas e Pastorais


Estamos na 10ª semana do ano eclesial 1987 (02/02/2014) e no 4º domingo pós epifania. O Hemerológio Cristão propõe para as nossas reflexões e vivências espirituais A Educação Templária do Menino Jesus.

A educação templária geralmente ocorre através dos processos de endoculturação e socialização primária, sendo os principais agentes educadores as pessoas significativas na vida da criança, que refletem, vivenciam e celebram os monumentos propostos pela Sagrada Liturgia.

Os cultos católicos tradicionais utilizam o Calendário herdado dos pagãos, focando os principais monumentos litúrgico das ideologias devocionais, semelhante ao que se observava nas Calendas Romanas; os cultos judaicos utilizam o Sidur para a ordem das orações da manhã, tarde e noite e o Machzor focando os monumentos de atualização dos mistérios de cada celebração, tais como Yamim Noraim, Rosh Rasanah, Yom Kipur, Pessach, Shavuot, Sucot e outros, tendo o menino Jesus participado das vivências destas festas; os católicos salomonitas, semelhantes aos cristãos primitivos e aos ortodoxos, utilizam o Hemerológio Cristão, focando os principais monumentos da sagrada liturgia que deverá ser atualizado espiritualmente pelas congregações e as famílias, para atualizar os mistérios da intervenção de Deus na História da espiritualidade humana.

A educação templária de Jesus se deu por sua participação das festas do templo, juntamente com seus familiares e vizinhança. É nesses ambientes que se cultiva o respeito e amor pela Palavra de Deus, pois a liturgia é o serviço público do templo, que sacraliza o que toca, constituindo portanto uma ameaça para o "mundo", este sob o domínio de Satanás como Príncipe das Trevas. Foi aí no Templo e Sinagogas que o Menino Jesus, espírito divino vindo do céu, se inculturou no Judaísmo.

No Catolicismo Apostólico Salomonita as propostas e diretrizes litúrgicas se encontram no Hemerológio Cristão; ele propõe as reflexões e vivências para serem celebradas nos templos e vivenciadas pelas famílias, em seus lares e na sociedade, através dos exemplos e testemunhos de vida, construindo uma verdadeira espiritualidade de experiência com o sagrado, conforme proposta das Sagradas Escrituras.

Vivemos dias difíceis nas igrejas de hoje, com um clero geralmente preguiçoso, que não tem interesse em aprofundar-se nas reflexões da Palavra de Deus, nem nas Tradições dos Antigos que são próprias das suas respectivas denominações; o que se busca com frequência é o "pavonismo" dos artistas, a propaganda do "marketing" e as "máscaras" dos atores de outrora, vivendo de faz de conta em paupérrima pantomima, sem a "encarnação" verdadeira das funções ministeriais. Este estado de coisas, torna difícil a "educação templária" nos dias de hoje, por falta do "espelho" das pessoas significativas, pois com relativa frequência, as famílias só comemoram as efemérides espirituais cristãs através das celebrações do templo, nada sendo vivenciado no seio das famílias; nem mesmo os clérigos e religiosos se sentem compromissados a este espírito de testemunho nas vinte e quatro horas do seus dias.

Vivemos dias de superficialidade e consumismo de afirmação de "egos; a construção do self cristão ideal, tanto enaltecida por Paulo e outros discípulos de Cristo, parece não despertar interesse verdadeiro no âmago da vida dos cristãos.

Meus irmãos e minhas irmãs! Reflitam e façam tomada de posição, celebrando as festas verdadeiras dos mistérios cristãos, pela participação no templo sim, mas principalmente pela vivência nos lares e na sociedade. Sejam fiéis testemunhas de Cristo no Mundo.

Que o Deus Tri-uno abençoe a todos, em o nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.
Dom Felismar Manoel - Bispo Primaz
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