Amados
irmãos e irmãs! Clérigos e Leigos Crentes Fiéis! Saudação e
Benção na Paz do Senhor Jesus!
Pretendo,
na medida do possível, todas as quartas-feiras, tecer aqui uma
sequência de reflexões sobre as Normas Canônicas que constituem o
Direito Privado de nossa Igreja Católica Apostólica Independente de
Tradição Salomoniana - ICAI-TS, com o objetivo de facilitar o
auto-enquadramento de cada eclesiano, clérigo ou leigo, que seja um
crente fiel ao ensinamento de Nosso Senhor Jesus Cristo, conforme
propõe o Catolicismo Salomonita.
Que
seja um "divisor de águas" para a nossa identidade e um
saneador para evitar as confusões com outros catolicismos junto a
sociedade brasileira!
Somos
uma Igreja de compromisso doutrinário com o evangelho de Jesus
Cristo, valorizando a tradição apostólica sim, mas que se
harmoniza com o contexto dos evangelhos canônicos. Constituímos
parte da Igreja de Cristo Católica e Apostólica, com Sucessão
Apostólica do elo sucessório do Papa Leão XIII, incorporando
elementos da Teologia da Reforma e cultivando carismas próprios com
espírito unionista e ecumênico, tanto intra-eclesial quanto
inter-eclesial. Somos compostos de clérigos e leigos que, como
crentes fiéis, professamos a fé revelada por Jesus de Nazaré,
com espírito fraternal para com todos os crentes em Nosso Senhor
Jesus Cristo.
Qual
é a finalidade do Catolicismo Salomonita?
Nossa
finalidade principal é cumprir a Grande Comissão de Jesus Cristo,
de "ir por todo o mundo fazendo discípulos de todas as nações".
Diz
o artigo 2º de nossas Normas Canônicas que a
finalidade
da ICAI-TS é levantar
nas almas o padrão de fé e fomentar o espírito de devoção,
centralizadas em Nosso Senhor Jesus Cristo, em uma experiência
espiritual progressiva, de conformidade com a “Declaração de
Principios”
de Dom Salomão Ferraz.
===>
A Declaração de Princípios do Bispo Salomão Ferraz, pré-romano,
foi firmada em 04/12/1902, assumindo os seguintes compromissos:
a)
Ter a Biblia como regra de fé e de conduta, lendo-a com simplicidade
e em espírito de oração, crendo, sendo e fazendo tudo o que ela
ensina;
b)
Ter a oração como primeiro dever, na vida cristã e no ministério,
imitando Cristo e seus apóstolos (Lucas 6: 12; Atos 6: 4);
c)
Não relatar a pessoa alguma as coisas que mais impressionam ou
excitam, sem tê-las relatado primeiramente a Cristo em oração;
d)
Não fazer qualquer coisa que excite a vaidade ou o desejo de
aplauso, a não ser que elas sejam absolutamente indispensáveis ao
cumprimento do dever;
e)
Não alegrar-se em qualquer bom terreno sem reconhecer nele a dádiva
de Deus, tendo portanto um coração reconhecido e agradecido;
f)
Não ter má vontade, indisposição, ou prejuizo para com pessoa
alguma, tendo como dever, manter os olhos abertos, o coração aberto
e os lábios abertos.
Devem
perceber os irmãos que no Catolicismo Salomonita as devoções devem
ser centralizadas
em Cristo,
estando em desacordo com os nossos compromissos com Cristo , a quem
consideramos o único
Chefe da Igreja
e em desacordo com o nosso direito privado as devoções populares
que se distanciam da centralização em Cristo, quer sejam aos
personagens do imaginário popular, folclorizados; quer sejam aos
ícones e estátuas dos santos populares; bem como dos santos que
honraram a Igreja Cristã com seus exemplos de vida; não lhes
cabendo nenhum culto devocional litúrgico, ou paralitúrgico.
Cabe-lhes, entretanto, principalmente a estes últimos, o culto
memorial de alegria e gratidão pelos seus testemunhos de vida,
agradável a Deus, quando houver substância de vida cristã
edificadora, valores filosóficos, pedagógicos, andragógicos,
culturais e cívicos.
Quando
houver nas regiões ou localidades, contextos culturais do imaginário
popular e social que comprometem este ideal proposto, deve o clérigo,
missionário ou crente fiel, inculturar-se nesses valores locais e
dar o seu exemplo de seguidor do Cristo, orando com confiança a
Deus, por mediação de Jesus Cristo, que envie o Espírito Santo
para operar as mudanças e aguardar com paciência o desabrochamento
do evangelho de Cristo nas almas desses amigos e irmãos.
A
questão da experiência espiritual progressiva com Cristo, deve-se
dar pelo zelo e orientação pastoral dos Reitores Paroquiais, com
sua equipe, junto a Congregação do Povo de Deus, pelos estudos do
"discipulado cristão", pelas "práticas da
espiritualidade" e pelas "vivências da sagrada liturgia",
conforme são propostas durante o Ano Eclesiástico pelo Hemerológio
Cristão que constitui o nosso Diretório Litúrgico próprio.
O
eclesiano do Catolicismo Salomonita não deve nunca ser um julgador
de nenhum outro irmão que apresenta valores culturais diferentes do
seu, sejam religiosos, filosóficos, ou do imaginário popular. Deve
sempre orar por todos nós, pois todos somos pecadores e
beneficiados pela misericórdia de Deus em Cristo, semelhante ao sol
de Deus, que existe irradiando-se sobre os bons e os maus ao mesmo
tempo.
Que
Deus abençoe a todos, em nome do Pai, e do Filho, e do Espirito
Santo. Amém
Dom
Felismar Manoel - Bispo Primaz
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