Catolicismo
Apostólico Salomonita
Diretório
de Espiritualidade Litúrgica - Ano Eclesial 1986 (2012/13)
Cores
Litúrgicas:
1
- Amarelo (Estação Outono - Festa dos Frutos) - Simbolizando
a confiança nos frutos da terra e a fé na construção de um mundo
melhor na terra, de acordo com o evangelho de Jesus de Nazaré, o
Cristo de Deus.
2
- Cinza - Nos Oficios Penitenciais, de Tristeza e/ou Luto;
3
- Branco - Substitutivo de todas as cores e simbolizando a
Integralidade, a Alegria, a Pureza e a Fé Espiritual.
Atualização
dos Mistérios de Deus Intervindo na História da Humanidade:
II
Movimento - Arco Ascendente - Antropotéia
-
A
pessoa humana Jesus de Nazaré, se manifesta como Filho de Deus,
anuncia seu evangelho de libertação, consuma o processo de redenção
humana e edifica sua Igreja como seu Corpo Místico compondo o
Mistério da Comunhão dos Santos.
O
ser humano se espiritualiza na Comunhão com Deus mediatizada pelo
Cristo, cristificando-se para retornar ao seio da Deidade Absoluta.
Espiritualidade
Litúrgica
II
Tempo - Parusia
do Cristo Ressuscitado - Durante quarenta dias Jesus Ressuscitado
se encontra com os discípulos, transmitindo-lhes segurança e
instruções.
22ª
Semana do Ano Eclesial - 28/04/2013 - 4º Domingo da Páscoa -
Alfaias nas Cores Branca ou Amarela
===>
Jesus Cristo Ressuscitado está entre seus discípulos vivenciando a
segunda parusia.
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Jesus Cristo pede a Deus Pai que sejamos santificados na verdade,
segundo as palavras que nos deu.
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Verdadeiramente Jesus Cristo Ressuscitou! Alegremo-nos! Aleluia!
Nós que participamos do seu sofrimento, paixão e morte,
participemos também da sua ressurreição. Aleluia!
*
* * * *
Jesus
Cristo, o Filho de Deus Ressuscitado continua convivendo com seus
discípulos na sua segunda parusia. Atualizemos
também em nossas vidas esta convivência espiritual com o Cristo
Ressuscitado, vitorioso sobre o mundo, o pecado e a morte. As
vivências litúrgicas nos possibilita esta experiência pessoal com
o Cristo Divino, através da vida em comunhão com Deus.
O
Hemerológio Cristão propõe como direção litúrgica para esta
quarta semana da páscoa cristã (28/04/2013), a petição de Jesus
Cristo ao Pai, que sejamos santificados na verdade que Ele nos
revelou, conforme a sua oração sacerdotal no evangelho segundo
João.
O
meio católico popular, geralmente tem uma interpretação errada
quando se refere a santificação, entendendo como santo aquele que
foi assim declarado mediante um processo canônico da igreja
institucional. Não é este o sentido de santo na linguagem do Novo
Testamento, devendo entender-se como santo, aquele que se separou dos
imperativos do mundo, consagrando-se a ouvir e por em prática os
ensinamentos do Evangelho do Mestre e Salvador Jesus Cristo enquanto
estiver vivendo aqui no mundo.
Jesus
Cristo, o Filho de Deus, na oração que fez ao Pai antes de seu
suplicio na cruz, conforme nos relata o capítulo dezessete do
evangelho segundo João, afirma santificar-se na verdade e desejar
que também nós sejamos santificados na verdade, conforme as
palavras da boa nova que Ele nos deu. Mais precisamente em João
17: 18-21, Ele diz:
"Assim
como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.
E a favor
deles eu me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam
santificados na verdade .
Não rogo
somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim,
por intermédio da sua palavra;
a fim de que
todos sejam um; e como és tu,ó Pai, em mim e eu em ti, também
sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste".
Meus irmãos e minhas
irmãs! Este pensamento litúrgico que serve de tema a ser vivenciado
durante esta semana, é para nós muito confortador; pois ele oferece
uma medida, que nos permite avaliarmos se estamos seguindo o caminho
que Ele, Jesus Cristo, nos propôs.
Jesus orou ao seu e
nosso Pai afirmando que Ele se santificava a si mesmo, para que
também nós sejamos santificados na verdade, e na verdade que Ele
nos revelou, ou seja, o santo evangelho. Os evangelhos tem sido
recebidos tradicionalmente na Igreja nas versões dos quatro
evangelhos, considerados canônicos pela cristandade de forma geral,
não havendo nenhuma discordância entre as várias correntes
eclesiais acerca da legitimidade dos seus ensinamentos. Assim, temos
os elementos para avaliar se as nossas crenças praticadas nos dias
de hoje, são verdadeiramente cristãs.
Nossos padrões de fé
são alimentados pelos nossos padrões de crenças. Podemos avaliar
se nossas crenças são racionais, logicamente baseadas nos
ensinamentos de Jesus Cristo; podemos avaliar se as nossas práticas
devocionais e religiosas são baseadas nos ensinamentos de Jesus
Cristo, conforme registram os santos evangelhos; podemos avaliar qual
é verdadeiramente o nosso discipulado, se somos realmente discípulos
de Cristo, ou discípulo de algum outro ente que apareceu ensinando
coisas e doutrinas diferentes do evangelho de Jesus Cristo; discípulo
de alguma autoridade terrena que se impõe persuasivamente sobre nós,
sobre nossas organizações sociais e culturais, nos distanciando do
verdadeiro ensinamento do Cristo Filho de Deus que se manifestou em
Jesus Cristo.
É importante
refletirmos nessa oração de Jesus Cristo, para percebermos que Ele
orou não só por aqueles discípulos que conviveram com Ele quando
ainda na carne junto à humanidade, mas que orou por nós que somos
seus discípulos hoje, na era atual também. Jesus manifesta o seu
desejo de que sejamos santificados na verdade, a verdade que Ele nos
ensinou em seu evangelho.
Sabemos que a nossa
santificação pessoal na verdade ensinada por Jesus Cristo, conforme
seu evangelho, depende de nossa adesão através de nosso livre
arbítrio; nós temos o poder de resistir aos ensinamentos de Jesus;
nós temos o poder de falsificar os ensinamentos de Jesus Cristo,
interpolando nele palavras devotas, piedosas, mas que não fazem
parte daquilo que Jesus ensinou; é fácil observar nos meios
religiosos como são diversificadas as práticas de devoções
populares, toleradas e exploradas pelas igrejas diversas, mas que não
foram ensinadas por Jesus Cristo; algumas dessas práticas
religiosas sustentam posições que são proibidas pelo ensinamento
cristão do evangelho de Jesus Cristo.
Meus irmãos e minhas
irmãs! Examine as suas crenças pessoais que alimentam a sua fé!
Examine as suas práticas religiosas, devocionais da sua vida atual!
Examine se tais crenças e tais práticas são realmente ensinadas
no evangelho de Jesus Cristo! Examine se tais crenças e tais
práticas religiosas se opõem a algum ensinamento claro do evangelho
de Jesus Cristo! Com isso, caro irmão, cara irmã, você poderá
certificar-se de quem você é discípulo: se é discípulo de Jesus
Cristo, o Filho de Deus, vivendo de acordo com a verdade do
evangelho, ou se você é discípulo de algum outro espirito que
apareceu ensinando coisas diferentes do evangelho de Jesus. Nós
temos o direito de seguir a qualquer espírito, mesmo distanciando
do ensinamento de Jesus Cristo para nos perdermos da participação
na vida eterna de Deus desde agora. Eu aponto o caminho para a
participação na vida eterna desde aqui e agora; eu aponto o caminho
para a construção do reino de Deus já aqui na terra; eu aponto o
caminho da santificação desejado por Jesus Cristo, vivendo a vida
integral, nas crenças que alimentam a fé, nas práticas
devocionais, piedosas, religiosas, comportamentais e profissionais,
de acordo com as verdades ensinadas por Cristo em seu evangelho.
Oremos
ao Bom Deus Pai, Filho e Espírito Santo, que nos perdoe e nos
abençoe hoje e sempre.
Dom Felismar
Manoel - Bispo Primaz
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