Dom
Felismar Manoel - Bispo Primaz
Catolicismo
Apostólico Salomonita
Ser
discípulo de Cristo, sim! Ser súdito do Papa, não!
Ser
católico apostólico, sim! Ser católico romano, não!
Vivenciar
os ensinamentos de Cristo, sim!
Vivenciar
os ensinamentos dos Papas, não!
Implantar
o catolicismo apostólico tal qual foi vivenciado e ensinado pelos
apóstolos de Cristo, como se encontra no Novo Testamento, seguindo
as diretrizes dos apóstolos presentes em Atos e Epístolas,
harmonizados com o contextos dos quatro Evangelhos canônicos, sim!.
Estas são tarefas do nosso compromisso com Jesus Cristo.
Implantar
o catolicismo romano tal qual tem sido vivenciado pelas políticas
dos Papas e da Cúpula Eclesial do Estado do Vaticano, bem como
daqueles que lhes seguem ou imitam, consusbstanciado nas ideologias
de hegemonia institucional do magistério eclesial
romano-vaticanense, não! Estas não são tarefas do nosso
compromisso com Jesus Cristo.
Ser
Igreja enquanto "Comunidade de Fé", que se reúne e se
orienta pelos quatro evangelhos canônicos, para vivenciar o consenso
nas orações, nas decisões fundamentais de interesse eclesial, na
prática da Palavra de Deus , dos Sacramentos e das Boas Obras, em
União com Cristo, seus Ministros e a Congregação dos Crentes
Fiéis, no temor de Deus e na busca do seu Santo Espírito, Sim!
Estas são tarefas do nosso compromisso com Cristo.
Ser
Igreja enquanto "Sociedade Perfeita", que se reúne e se
orienta pelas diretrizes de Papas, Patriarcas, Metropolitas, Bispos,
Pastores ou outros líderes, através de Encíclicas, Bulas
Constituições, Cartas Pastorais ou outros documentos ditos do
Magistério Eclesial, criando jurisprudência contra consciências
alheias, descontextualizados dos Evangelhos Canônicos, para se
tornar súditos de homens ou mulheres da terra, para se conformar com
políticas de hegemonia imperiais e estatais usurpadoras da única e
legítima senhoridade, que é a de Jesus Cristo, não! Estas não são
tarefas do nosso compromisso com Cristo.
A
tradição da Igreja Cristã Primitiva pós-apostólica não se
vincula em sua essência ao conceito de igreja enquanto "sociedade
perfeita", - como querem os romanistas e seus imitadores - pois
esta definição tipifica o "estado" com seu poder de
estabelecer leis, interditos, policiamentos, e nem sempre usando o
sistema democrático e de maioria consensual, como foi a práxis
apostólica, na maioria das vezes assumindo o perfil imperial, de
mando, de imposição de hegemonia, de patrulhamento sobre
consciências individuais e costumes, usando estratégias de
afirmações baseadas em sofismas e descontextualizações
sacro-escriturísticas, com objetivos de criar vassalagens e
suditagens, como vem acontecendo com a Igreja de Roma após seu
distanciamento dos Patriarcados Apostólicos Ortodoxos.
A
Igreja de Roma passou a se confundir com o Estado do Vaticano e o
Patriarca de Roma o deixou de ser, e transformou-se no Papa, o
Imperador do Vaticano, com pretensões de ser o único legítimo,
impondo-se como o único verdadeiro, sobre as demais Igrejas Cristãs
do mundo, chegando ao cúmulo de se auto-afirmar "substituto
(vigário) de Cristo na terra" e até mesmo invocar
canônicamente direitos com poderes discricionários em nome desse
pretenso direito. Isto é uma pena, pois seria facilmente aceitável,
sua possibilidade de ser "o primeiro entre os iguais" em um
princípio de liderança, para se alinhar na unidade os cristãos
pluridenominacionais, em um Verdadeiro Ecumenismo em torno de Cristo,
o Único e Supremo Pastor, assim reconhecido por todos.
Um
bom exemplo da tradição de crença pós-apostólica na Igreja
Cristã é o "Credo Atanasiano", eceito, crido, ensinado e
praticado como base para uma prática ecumênica entre os verdadeiros
discípulos de Cristo. Ei-lo:
Credo
Atanasiano - ( Igreja Primitiva - data incerta) -
"Aquele
que quiser ser salvo, antes de tudo deverá ter a verdadeira fé
cristã. Aquele que não a conservar em sua totalidade e pureza, sem
dúvida perecerá eternamente.
E
a verdadeira fé cristã é esta: que honremos um único Deus na
Trindade e a Trindade na Unidade, não confundido as pessoas nem
dividindo a sustância divina. Pois uma é a pessoa do Pai, outra a
do Filho e outra a do Espírito Santo; mas o Pai, o Filho e o
Espírito Santo são um único Deus, iguais em glória e majestade
eterna.
Qual
o Pai, tal o Filho, tal o Espírito Santo. O Pai é incriado, o Filho
é incriado, o Espírito Santo é incriado.
O
Pai é incomensurável, o Filho é incomensurável, o Espírito Santo
é incomensurável. O Pai é eterno, O Filho é eterno, o Espírito
Santo é eterno.
Contudo,
não são três Eternos, mas um único Eterno. Do mesmo modo, não
são três Incriados, nem três Incomensuráveis, mas um único
Incriado e um único incomensurável.
Da
mesma maneira, o Pai é todo-poderoso, o Filho é todo-poderoso, o
Espírito Santo é todo-poderoso; contudo, não são três
Todo-poderosos, mas um único Todo-poderoso. Assim, o Pai é Deus, o
Filho é Deus, o Espírito Santo é Deus; todavia, não são três
Deuses, mas um único Deus.
Deste
modo, o Pai é Senhor, o Filho é Senhor, o Espírito Santo é
Senhor; entretanto, não são três Senhores, mas um único
Senhor.
Visto que, segundo a verdade cristã, nos importa confessar cada pessoa por sua vez como sendo Deus o Senhor, é-nos proibido pela fé cristã dizer que há três Deuses e três Senhores.
Visto que, segundo a verdade cristã, nos importa confessar cada pessoa por sua vez como sendo Deus o Senhor, é-nos proibido pela fé cristã dizer que há três Deuses e três Senhores.
O
Pai por ninguém foi feito, nem criado, nem gerado. O Filho provém
apenas do Pai, não foi feito, nem criado, mas gerado.
O Espírito Santo não foi feito,nem criado, nem gerado pelo Pai pelo Filho, mas deles procede.
O Espírito Santo não foi feito,nem criado, nem gerado pelo Pai pelo Filho, mas deles procede.
Logo,
é um único Pai, não são três Pais; um único Filho, não três
Filhos; um único Espírito Santo, não três Espíritos Santos.E
nesta Trindade nenhuma pessoa é anterior ou posterior, nenhuma maior
ou menor, mas todas as três pessoas são coeternas e iguais entre
si; de modo que, como foi dito, em tudo seja honrada a Trindade na
Unidade e a Unidade na Trindade.
Portanto,
quem quiser ser salvo, deverá pensar assim da Trindade. Entretanto,
é necessário para a salvação eterna crer também fielmente na
humanação de nosso Senhor Jesus Cristo.
Esta
é, portanto, a fé verdadeira: crermos e confessarmos que nosso
Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, é Deus e Homem. É Deus da
substância do Pai, gerado antes dos tempos, e Homem da substância
de sua mãe, nascido no tempo; Deus perfeito e Homem
perfeito, subsistindo em alma racional e carne humana.
Igual ao Pai segundo a divindade e menor do que o Pai segundo a sua humanidade. Ainda que é Deus e Homem, nem por isso são dois, mas um único Cristo. Um só, não pela transformação da divindade em humanidade, mas mediante a recepção da humanidade na divindade. É, de fato, um só, não pela fusão das duas substâncias, mas por unidade de pessoa. Pois, assim como corpo e alma racional constituem um único homem, Deus e homem é um único Cristo, o qual padeceu pela nossa slavação, desceu ao inferno, no terceiro dia ressuscitou dos mortos. Subiu ao céu, está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
E quando vier, todos os homens hão de ressuscitar com os seus corpos e dar contas de seus próprios atos, e aqueles que fizeram o bem irão para a vida eterna, mas aqueles que fizeram o mal, para o fogo eterno.
Igual ao Pai segundo a divindade e menor do que o Pai segundo a sua humanidade. Ainda que é Deus e Homem, nem por isso são dois, mas um único Cristo. Um só, não pela transformação da divindade em humanidade, mas mediante a recepção da humanidade na divindade. É, de fato, um só, não pela fusão das duas substâncias, mas por unidade de pessoa. Pois, assim como corpo e alma racional constituem um único homem, Deus e homem é um único Cristo, o qual padeceu pela nossa slavação, desceu ao inferno, no terceiro dia ressuscitou dos mortos. Subiu ao céu, está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
E quando vier, todos os homens hão de ressuscitar com os seus corpos e dar contas de seus próprios atos, e aqueles que fizeram o bem irão para a vida eterna, mas aqueles que fizeram o mal, para o fogo eterno.
Esta
é a verdadeira fé cristã. Aquele que não crer com firmeza e
fidelidade, não poderá ser salvo".
Temos
uma grande responsabilidade diante de Jesus Cristo, o Sumo Sacerdote
da Ordem de Melquisedeque, que assiste no Santuário Celeste junto à
Deus Pai e Deus Espírito Santo, como nosso Advogado enquanto aqui na
terra trabalhamos na implantação do Reino de Deus que existe dentro
de cada ser humano, mediante a consumação deste projeto realizado
pelo próprio Jesus Cristo, conforme Ele mesmo proclamou quando
estava humanamente agonizante nas aras da cruz, sendo Ele o Filho do
Deus Vivo, nosso Redentor, nosso Mestre, mas que se fez nosso irmão
para que com Ele pudéssemos partilhar da sagrada herança dos Céus
e da Vida Eterna.
Sejamos
fiel a Cristo! Não o neguemos aqui na terra, com nossas
tergiversassões, cedendo a interesses adversos aos seus claros
ensinamentos contidos nos Quatro Evangelhos Canônicos, conforme
consta no Novo Testamento das Sagradas Escrituras, suficiente fonte
para a nossa fé e prática de obras pias e de religião.
Que
Deus nos abençoe e nos ajude em nosso testemunho a Jesus Cristo em
fiel discipulado. Amém
Monastério
Hierosèleos - Advento de 2012/Ano Eclesial 1986
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