Esta
mensagem foi endereçada à Comunidade Católica Salomonita de Feira
de Santana, no Estado da Bahia, por ocasião do seu 15º aniversário,
para ser lida pelo Bispo de Salvador durante as festividades, mas por
alguma razão essa leitura não aconteceu. Vai a público agora, pois
os eclesianos não a conheceram até então. Dom Felismar
Exmº
Senhor Bispo Raimundo Augusto de Oliveira
Diocesano de
Feira de Santana
Caríssimos
Eclesianos
Em
18/05/1997, o Catolicismo Salomonita do Brasil erigia canônicamente
esta Comunidade Eclesial, pelo Ministério Episcopal da Diocese da
Bahia, sediada em Salvador. Como é costumeiro em nosso Pais,
buscou-se para Orago Inspirador dos trabalhos apostólicos a Santa
Mãe de Jesus Cristo Filho de Deus; buscou-se a Santa Maria do
Evangelho.
Não
poderia com certeza encontrar melhor inspiradora, pois nos relatos
do Evangelho de Jesus Cristo, seu filho primogênito e Unigênito de
Deus, temos excelentes lições de comportamento pessoal de Maria,
como fiel serva de Deus e devotada missionária da Igreja de Jesus
Cristo seu amado filho:
Percorrendo
os Evangelhos Canônicos, encontramos a Virgem Maria em primeiro
lugar colocando-se como serva para a realização dos Mistérios de
Deus, quando soube-se escolhida para ser a mãe do Filho de Deus,
embora ainda vivenciando a sua virgindade carnal;
encontramos
uma Virgem Maria solicita, visitando a sua prima Isabel que fora
abençoada com a maternidade para gerar o precursor de seu
primogênito Jesus, e que, em inspirada empolgação, mais uma vez se
coloca como serva e confessa ser Deus o seu Salvador;
encontramos
em Maria uma parturiente conformada e confiante, que mesmo dando a
luz a seu primogênito em uma estrebaria, procurou acomodá-lo com
cuidado e proteção, os mesmos atributos que dispensou à criança
como mãe e nutriz, quando juntamente com seu esposo, empreenderam a
fuga para o Egito, afim de livrá-lo daqueles que a ele queriam
matar;
encontramos
em Maria uma mãe zelosa no cumprimento das leis do templo,
providenciando a circuncisão do menino ao oitavo dia de nascido e a
submissão ao ritual de purificação pós parto, aos quarenta dias
depois do natal de seu filho primogênito, conforme prescreve as
Sagradas Escrituras para os praticantes do judaismo;
encontramos
em Maria uma mãe humilde e devotada, ouvindo com recolhimento as
palavras proféticas de Ana e Simeão a respeito do ministério de
seu filho quando o apresentou no templo;
encontramos
em Maria uma mãe desvelada, cuidando com carinho da educação de
seu filho em sua infância em Nazaré, levando-o a crescer em
estatura e sabedoria diante de Deus;
encontramos
em Maria uma mãe comprometida com a formação pessoal de seu filho
primogênito, enviando-o ao Templo para submeter aos Ritos de
Passagem do Ritual Judáico, após completar os seus doze anos;
encontramos
em Maria uma mãe acatada e reflexiva, que guardava em seu coração
todas as coisas que ouvia e acontecia na vida e ministério de seu
filho primogênito;
e
por fim, encontramos no Evangelho de João 2: 1-11, o relato de Maria
com Jesus e seus irmãos comparecendo a uma festa de casamento na
cultura judaica, que ao perceber que acabara o vinho quando ainda
chegava convidados, e que discreta e confiante, acolhe para si a
preocupação dos donos da festa e intercede junto ao seu filho
primogênito, na confiança de que ele encontraria uma solução
menos aflitiva. E aí se revela a Maria Missionária do Evangelho,
quando em um testemunho de confiança no Unigênito de Deus, embora
seu filho primogênito, ela instrui os servidores daquela festa com a
exortação...
"fazei tudo o que Jesus mandar".
Caríssimo
Bispo Diocesano e Caríssimos Eclesianos! Eis o recado que Maria do
Evangelho nos dá, fazer tudo o que Jesus mandar. E nós cristãos
católicos salomonitas sabemos, que o que Jesus mandou encontra-se
nos evangelhos.
É
confortador para nós confiar na amizade e carinho por Santa Maria, a
Mãe de Jesus Filho de Deus, pois sabemos que ela espiritualmente
está no céu, fazendo parte da Igreja Triunfante, que vive em
comunhão conosco da Igreja Militante aqui na terra, todos nós
formando a Comunhão dos Santos, a Grande Fraternidade Branca sob as
Bençãos do Supremo Arquiteto do Universo. É extremamente legítimo,
que com gratidão a Deus nos alegremos com a memória de Santa Maria
Mãe de Jesus; e se aqui, em Feira de Santana, a elegemos como
Protetora e Inspiradora dos trabalhos desta Comunidade Eclesial, que
também a saudemos como a "A Mãe dos Excluídos", pois
atender os excluídos, é um dos profícuos apostolados desta
comunidade.
Santa
Maria, a Mãe de Jesus Cristo é acolhedora e se une a nós quando
fazemos as nossas orações a favor de todos os aflitos, todos os
oprimidos, todos os deserdados e excluídos dos privilégios
garantidos pelas posturas públicas e privadas, de alteridade e
cidadania, mas que às vezes, lhes são sonegados pelas injustiças
humanas.
Esforcemo-nos
meus irmãos, para que inspirados pelos exemplos da vida pessoal de
Santa Maria e obedientes à sua instrução do Evangelho, acolhamos
também as diretrizes de Jesus seu filho no evangelho e os seus
exemplos de vida pessoal. Oremos a Deus, por intermedio de Jesus
Cristo, o primogênito de Maria e Unigênito de Deus, em união com
as orações de Maria e de todos os demais santos do céu, para que
haja menos deserdados da sorte, menos oprimidos, menos injustiçados
e menos excluídos.
Santa
Maria, Mãe de Jesus e Mãe dos excluídos, ore a Deus por todos nós!
Amém. Que Deus Misericordioso, abençõe a todos, em nome do Pai,
em nome do Filho, e em nome do Espírito Santo. Amém. Dom
Felismar Manoel - Bispo Primaz
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