domingo, 8 de julho de 2012

Salve Comunidade Católica Salomonita de Feira de Santana - Bahia!



Esta mensagem foi endereçada à Comunidade Católica Salomonita de Feira de Santana, no Estado da Bahia, por ocasião do seu 15º aniversário, para ser lida pelo Bispo de Salvador durante as festividades, mas por alguma razão essa leitura não aconteceu. Vai a público agora, pois os eclesianos não a conheceram até então. Dom Felismar

Exmº Senhor Bispo Raimundo Augusto de Oliveira 
 Diocesano de Feira de Santana
 Caríssimos Eclesianos

Em 18/05/1997, o Catolicismo Salomonita do Brasil erigia canônicamente esta Comunidade Eclesial, pelo Ministério Episcopal da Diocese da Bahia, sediada em Salvador. Como é costumeiro em nosso Pais, buscou-se para Orago Inspirador dos trabalhos apostólicos a Santa Mãe de Jesus Cristo Filho de Deus; buscou-se a Santa Maria do Evangelho.
Não poderia com certeza encontrar melhor inspiradora, pois nos relatos do Evangelho de Jesus Cristo, seu filho primogênito e Unigênito de Deus, temos excelentes lições de comportamento pessoal de Maria, como fiel serva de Deus e devotada missionária da Igreja de Jesus Cristo seu amado filho:
Percorrendo os Evangelhos Canônicos, encontramos a Virgem Maria em primeiro lugar colocando-se como serva para a realização dos Mistérios de Deus, quando soube-se escolhida para ser a mãe do Filho de Deus, embora ainda vivenciando a sua virgindade carnal;
encontramos uma Virgem Maria solicita, visitando a sua prima Isabel que fora abençoada com a maternidade para gerar o precursor de seu primogênito Jesus, e que, em inspirada empolgação, mais uma vez se coloca como serva e confessa ser Deus o seu Salvador;
encontramos em Maria uma parturiente conformada e confiante, que mesmo dando a luz a seu primogênito em uma estrebaria, procurou acomodá-lo com cuidado e proteção, os mesmos atributos que dispensou à criança como mãe e nutriz, quando juntamente com seu esposo, empreenderam a fuga para o Egito, afim de livrá-lo daqueles que a ele queriam matar;
encontramos em Maria uma mãe zelosa no cumprimento das leis do templo, providenciando a circuncisão do menino ao oitavo dia de nascido e a submissão ao ritual de purificação pós parto, aos quarenta dias depois do natal de seu filho primogênito, conforme prescreve as Sagradas Escrituras para os praticantes do judaismo;
encontramos em Maria uma mãe humilde e devotada, ouvindo com recolhimento as palavras proféticas de Ana e Simeão a respeito do ministério de seu filho quando o apresentou no templo;
encontramos em Maria uma mãe desvelada, cuidando com carinho da educação de seu filho em sua infância em Nazaré, levando-o a crescer em estatura e sabedoria diante de Deus;
encontramos em Maria uma mãe comprometida com a formação pessoal de seu filho primogênito, enviando-o ao Templo para submeter aos Ritos de Passagem do Ritual Judáico, após completar os seus doze anos;
encontramos em Maria uma mãe acatada e reflexiva, que guardava em seu coração todas as coisas que ouvia e acontecia na vida e ministério de seu filho primogênito;
e por fim, encontramos no Evangelho de João 2: 1-11, o relato de Maria com Jesus e seus irmãos comparecendo a uma festa de casamento na cultura judaica, que ao perceber que acabara o vinho quando ainda chegava convidados, e que discreta e confiante, acolhe para si a preocupação dos donos da festa e intercede junto ao seu filho primogênito, na confiança de que ele encontraria uma solução menos aflitiva. E aí se revela a Maria Missionária do Evangelho, quando em um testemunho de confiança no Unigênito de Deus, embora seu filho primogênito, ela instrui os servidores daquela festa com a exortação... "fazei tudo o que Jesus mandar".
Caríssimo Bispo Diocesano e Caríssimos Eclesianos! Eis o recado que Maria do Evangelho nos dá, fazer tudo o que Jesus mandar. E nós cristãos católicos salomonitas sabemos, que o que Jesus mandou encontra-se nos evangelhos.
É confortador para nós confiar na amizade e carinho por Santa Maria, a Mãe de Jesus Filho de Deus, pois sabemos que ela espiritualmente está no céu, fazendo parte da Igreja Triunfante, que vive em comunhão conosco da Igreja Militante aqui na terra, todos nós formando a Comunhão dos Santos, a Grande Fraternidade Branca sob as Bençãos do Supremo Arquiteto do Universo. É extremamente legítimo, que com gratidão a Deus nos alegremos com a memória de Santa Maria Mãe de Jesus; e se aqui, em Feira de Santana, a elegemos como Protetora e Inspiradora dos trabalhos desta Comunidade Eclesial, que também a saudemos como a "A Mãe dos Excluídos", pois atender os excluídos, é um dos profícuos apostolados desta comunidade.
Santa Maria, a Mãe de Jesus Cristo é acolhedora e se une a nós quando fazemos as nossas orações a favor de todos os aflitos, todos os oprimidos, todos os deserdados e excluídos dos privilégios garantidos pelas posturas públicas e privadas, de alteridade e cidadania, mas que às vezes, lhes são sonegados pelas injustiças humanas.
Esforcemo-nos meus irmãos, para que inspirados pelos exemplos da vida pessoal de Santa Maria e obedientes à sua instrução do Evangelho, acolhamos também as diretrizes de Jesus seu filho no evangelho e os seus exemplos de vida pessoal. Oremos a Deus, por intermedio de Jesus Cristo, o primogênito de Maria e Unigênito de Deus, em união com as orações de Maria e de todos os demais santos do céu, para que haja menos deserdados da sorte, menos oprimidos, menos injustiçados e menos excluídos.
Santa Maria, Mãe de Jesus e Mãe dos excluídos, ore a Deus por todos nós! Amém. Que Deus Misericordioso, abençõe a todos, em nome do Pai, em nome do Filho, e em nome do Espírito Santo. Amém. Dom Felismar Manoel - Bispo Primaz

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