Seja Missionário Cristão na Sociedade Plural

Ano Litúrgico 1989

10/07 a 16/07/2016 - 33ª Semana Eclesial

Diretório Litúrgico da Semana

Quadra temporal de inverno – Côr litúrgica verde

Simbolizando o recolhimento e a esperança em um mundo melhor, pela conjugação da nossa fé cristã com com o dinamismo da natureza criada por Deus.

Mistério Litúrgico – Jesus Cristo Ressuscitado nos empoderou com o Espírito Santo. Testemunhemos na nossa vida, os ensinamentos do Cristo no mundo, pois somos membros do seu corpo e de um dos outros na comunhão dos santos.

Nos Templos, nas comunidades e nos lares: Reflexões, celebrações e vivências com base nas Escrituras Sagradas.

Efemérides da Semana:

Dia 10/07 – 6º Domingo Missionário – Ser missionário cristão na dimensão da sociedade plural.

Na Capela Francisco de Assis (São Cristovão, Rio de Janeiro) - Ordenação Presbiteral e Consagração de Arciprestes Episcopais.

Dia 11/07 – Segunda feira – Bento de Núrsia, abade de Montecassino, 540.

Dia 13/07 – Quarta feira - Silas, companheiro do apóstolo Paulo.

6º Domingo Missionário – Ser missionário cristão na sociedade plural.

Reflexões bíblicas

É muito comum considerar a comunidade social como se fosse a sociedade plural, mas há algumas diferenças entre ambas que nos ajudam a compreender melhor os nossos papéis comportamentais em cada uma delas.

Nas comunidades sociais temos uma certa proximidade territorial, cultivamos certos vínculos afetivos e preocupação pelo bem do grupo de convivência; somos mais informais uns com os outros e há uma certa tendência ao conservadorismo comportamental. Já na sociedade, principalmente onde há pluralidade cultural, como no Brasil, cultivamos certos comportamentos formais nas regras de convivência com o outro ou outra, quando nos expomos em nossas autenticidades, mas respeitando as diferenças, idiossincrasias e subjetividades dos demais, em um verdadeiro exercício e prática da virtude da alteridade e desempenho da cidadania.

Na sociedade, enquanto missionários cristãos, devemos produzir fatos sociais em ações afirmativas que testemunhem nossas identidades de fé e crenças, naturalmente sendo respeitosos e tolerantes com as diferenças, mas sem fugir dos nossos atos e fatos identitários, pois nas verdadeiras sociedades multiculturais, respeita-se os direitos humanos fundamentais de afirmações culturais diversas, sem transformá-las em sociedades ecléticas; nas sociedades multiculturais os cristãos devem praticar a inculturação com os outros padrões culturais, visando o seu testemunho autêntico face à convivência harmoniosa entre as diferenças, com generosidade, visando a manutenção da paz, da cidadania da fraternidade entre os irmãos de humanidade.

Na segunda carta de Paulo aos Coríntios, ele faz uma reflexão que nos serve de parâmetros:

“Os cristãos não devem por-se em jugo desigual com os que não cultivam fé e crenças, porque não pode haver comunhão entre a justiça e a iniquidade, ou entre a luz e as trevas. Não há possibilidades de haver harmonia entre Cristo e o Maligno, ou comunhão de ideias entre o crédulo e o incrédulo. Não há ligação entre o Santuário de Deus e os ídolos animados ou inanimados.

Cada um de nós, batizados e praticantes do evangelho de Jesus Cristo, somos santuários do Deus que vive para sempre, por isso afirmam as Escrituras que Deus habitará entre nós, sendo Ele o nosso Deus e nós o seu povo. Recomendam as Escrituras que nós não pratiquemos o ecletismo nos contaminando com o que é impuro, para que Ele, Deus nos receba como filhos e filhas. Isto significa dizer, que devemos ser santos, no sentido de não ser mundanos, que devemos nos purificar de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando sempre nossa santidade no temor de Deus.”

(2 Coríntios 6: 14- 18 – 7: 1- versão livre de Giulini)

Meus irmãos e minhas irmãs! Vivamos em nossa sociedade multicultural, com tolerância às diferenças e aos diferentes, de modo pacífico, generoso, fraterno, mas com consciência da necessidade de nosso testemunho de crente em Deus e discípulo de Cristo, produzindo nossos atos de culto e fatos da fé, com autenticidade identitária, sem ecletismo confundidor, mas com generoso respeito às diferenças, procurando ser colaborativos nas ações comuns que promovam o ser humano, a paz, a cidadania e nos construa um mundo melhor.

Que Deus abençoe a todos, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Dom Felismar Manoel

Bispo Primaz

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Catolicismo Apostólico Salomonita

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