Tempo
Pós Epifania do Cristo de Deus
Reflexões
sobre a formação da pessoa de Jesus de Nazaré, manifestado como o
Cristo Filho de Deus.
31/01/2016
– 10ª
Semana Eclesial 1989 – 4º
Domingo Pós Epifania.
Mistério
Litúrgico – A educação religiosa
do menino Jesus e sua entrada na vida adulta.
Nos
Templos, nas comunidades e nos lares: Reflexões, celebrações e
vivências com base nas Escrituras Sagradas.
Nota
– Neste ano não focaremos dois temas importantes nas reflexões
sobre a formação da pessoa de Jesus de Nazaré: “O silêncio
histórico da vida de Jesus, dos 13 aos 30 anos” e “A vida
oculta de Jesus e a comunidade dos essênios”.
Efemérides
da semana, comemorada no Mês de Fevereiro de 2016:
dia
01
– Brígida,
abadessa de Kildare, 523
dia
02
– Apresentação
de Jesus Cristo no templo.
Rito
de Purificação pós parto da virgem Maria.
Alegrias
de Simeão e Ana no Templo de Jerusalém.
Santa
Maria mãe de Jesus, Senhora das Candeias, ou da Luz
dia
03
- Brás, bispo de Sebaste, Armênia, mártir no século IV
dia
05
– Os
mártires do Japão, 1597
Côr
Litúrgica – Vermelho- Simboliza a coragem e a tenacidade dos
cristãos no exercício da prática do amor e da caridade para com
todas as criaturas de Deus.
Liturgia
Semanal – de 31/1
a 6
de fevereiro
de 2016:
“ A
família de Jesus participava das festas e comemorações que eram
celebradas no Templo de Jerusalém, procurando cumprir as ordenanças
das Escrituras Sagradas, internalizando
o menino Jesus esse comportamento, que o fez amar muito as Sagradas
Escrituras.
Foi assim quando Jesus completou seus doze anos, sendo ele levado ao
Templo para a cerimônia do Mitzva, o Rito de passagem da infância
para a vida adulta, quando o rapaz se torna “filho da lei”, sendo
considerado ele próprio responsável por suas ações. Foi nesse
episódio que Jesus se empolgou nas discussões da Sagrada Escritura
com os doutores do Templo, e se perdeu do seu grupo de parentes e
vizinhos, só sendo encontrado por seus pais, já depois de longas
horas de caminhada.”
(Lucas
2: 37
a 52
-versão livre de Giulini)
Meus
irmãos e minhas irmãs! De um modo bem generalizado, nós católicos
somos negligentes com a educação religiosa de nossos filhos, não
seguindo os bons exemplos a nós deixados pela família de Jesus,
mesmo por aqueles que têm o hábito de cultivar certas devoções a
Sagrada Família.
Via
de regra, os mais zelosos, mandam suas crianças para as aulas de
catecismo, por ocasião da primeira comunhão e um pouco mais tarde
para a crisma, e só. Não há efetivamente uma preocupação com a
educação religiosa, se limitam a uma introdução da criança à
vida devocional, não sendo questionado a que tipo de devoção.
O
sistema católico aceita o batismo de crianças, fundamentado na fé
dos seus pais e exigindo dois fiadores, que garantam a educação
religiosa da criança, por acompanhamento junto aos pais, ou
substituição na falta desses, sendo
um costume antigo, desde a época dos apóstolos;
segue
a preparação e conscientização sobre as promessas do batismo
feita por seus pais e padrinhos por
ocasião de seu batismo,
orientando a própria criança a assumi-la mediante voto pessoal, por
ocasião da primeira comunhão;
já
na adolescência, vem a preparação para a confirmação da fé
cristã assumida no batismo, e o próprio jovem assume por juramento
essa fé, por ocasião do sacramento do crisma, começando então a
participar da vida missionária da igreja cristã.
Tudo
isso é muito bonito no papel, na teoria, mas na prática, tem se
transformado em mero ritualismo; nesse caso, sendo o bispo com seus
padres e equipe de pastoral, os responsáveis por essa banalização
da religião, com graves prejuízos para a vida moral da sociedade.
A
Reforma
Protestante trouxe uma grande contribuição para a vida da igreja,
através do uso das Escolas Dominicais, que se encarregou de cuidar
de colocar as Escrituras Sagradas nas mãos de todos os eclesianos,
formando classes com didáticas apropriadas para faixas etárias e
níveis de compreensão dos textos sagrados. O catolicismo
apostólico salomonita, sem desprezar a riqueza do ensino do
catecismo, utiliza também as classes de Escola Dominical na rotina
da vida eclesial.
Na
época de Jesus menino, a educação religiosa fazia parte da
formação da sua pessoa, incorporando na sua identidade os traços
da sua herança cultural, geralmente à cargo da família e por suas
participações nas principais festas prescritas nas leis de Moisés,
que se desenvolviam no Templo, ao longo do ano, conforme o seu
hemerológio, que seguia um calendário lunar.
É
importante que busquemos lições na vida de Jesus, reconhecendo o
seu caráter divino sim, mas sem ignorar a sua condição humana de
“encarnado”, cuja personalidade passou pelas etapas normais de
formação, como acontece com qualquer outro ser humano e que devemos
usar como modelo a imitar.
Que
Deus abençoe a todos, em nome do Pai, do Filho
e
do
Espírito
Santo.
Dom
Felismar Manoel
Bispo
Primaz
felismarmanoel@gmail.com
Catolicismo
Apostólico Salomonita
Diocese
Primacial do Brasil
*****
Matriz
União em Cristo, Monastério Hieroseleos, Província Franciscana
"Salvação pela Graça" e Irmãos Salomonitas.
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