Catolicismo
Apostólico Salomonita
Diretório
de Espiritualidade Litúrgica - Ano Eclesial 1986 (2012/13)
Cores
Litúrgicas:
1
- Amarelo (Estação Outono - Festa dos Frutos) - Simbolizando
a confiança nos frutos da terra e a fé na construção de um mundo
melhor na terra, de acordo com o evangelho de Jesus de Nazaré, o
Cristo de Deus.
2
- Cinza - Nos Oficios Penitenciais, de Tristeza e/ou Luto;
3
- Branco - Substitutivo de todas as cores e simbolizando a
Integralidade, a Alegria, a Pureza e a Fé Espiritual.
Atualização
dos Mistérios de Deus Intervindo na História da Humanidade:
II
Movimento - Arco Ascendente - Antropoteia
-
A
pessoa humana Jesus de Nazaré, se manifesta como Filho de Deus,
anuncia seu evangelho de libertação, consuma o processo de redenção
humana e edifica sua Igreja como seu Corpo Místico compondo o
Mistério da Comunhão dos Santos. O ser humano se espiritualiza na
Comunhão com Deus mediatizada pelo Cristo, cristificando-se para
retornar ao seio da Deidade Absoluta.
Espiritualidade
Litúrgica
II
Tempo - Parusia do Cristo Encarnado na Humanidade - Celebração da
presença eficaz de Jesus Cristo em nosso planeta terra.
17ª
Semana do Ano Eclesial - 24/03/2013 - Domingo das Hosanas - Alfaias
nas Cores Branca ou Amarela
===>
Consagração dos Ramos - Reconhecimento da senhoridade de Jesus
Cristo em nossas vidas.
===>
Entronização do Cristo de Deus como Senhor da nossa vida pessoal.
Observação:
Guardamos os ramos da saudação ao Senhor, como sinal de nosso
compromisso, junto ao Mezuzá
interno, onde sustentamos os Mandamentos de Deus (Deuter. 6: 4-9),
nas portas de entradas.
===>
Há o costume dos cristãos salomonitas queimarem algumas palhas
desses ramos, com orações a Deus, pedindo pelo livramento quando
das tempestades e fragelos.
Meus
irmãos e minhas irmãs! Peço perdão por iniciar hoje reproduzindo
caminhos do Ritual da Semana Santa; mas o faço pela riqueza de
significância espiritual que ele contém e para superar a falha, ou
descaso do seu conhecimento, por elementos de nossas próprias
comunidades salomitas. Dom Felismar
Estamos
na celebração da Semana Santa. Durante o transcurso desta semana, o
Hemerológio Cristão propõe para a Sagrada Liturgia, as seguintes
reflexões e vivências para a "atualização" dos
mistérios da salvação cristã, conforme consta do Manual de
Celebração da Semana Santa do Ritual Brasiliense:
1
- Domingo das Hosanas - Consagração dos ramos para saudar a Jesus
de Nazaré reconhecido como o Messias prometido, o Cristo, o Ungido
de Deus.
Segue
os oficios para cada comemoração, sempre sendo começados com as
súplicas iniciais e concluídos com as súplicas finais e entre elas
o próprio para cada comemoração; assim no domingo segue a benção
dos ramos, a proclamação do evangelho e a benção final.
2
- Na segunda, terça e quarta- feiras se desenvolve o Tríduo Santo -
Preparação para a vida de testemunho do cristão no mundo, para
onde Cristo nos envia para dar continuidade à sua missão.
No
oficio, após as súplicas iniciais, segue a antífona do dia, a
proclamação do evangelho e as admoestações baseadas no texto do
evangelho.
Este
tríduo iniciado na segunda-feira, permanecerá aberto até na
quarta-feira santa, quando será então concluído com a benção e
as súplicas finais. Durante esses três dias a congregação
assistida pelos bispos, presbíteros, diáconos, diaconisas,
ministros do templo, professores da escola bíblica dominical e
catequistas, ajudarão os membros da comunidade a discutirem os
ensinamentos de Jesus, conforme consta no texto dos evangelhos, indo
desde o relato da entrada triunfal em Jerusalém, até os relatos que
antecedem à santa ceia, devendo examinar as quatro versões de
Mateus, Marcos, Lucas e João.
3
- Quinta-feira Santa - Comemoração da instituição da Sagrada
Eucaristia. a Ceia Santa, que nos oferece a atualização (a
perenização) da Comunhão com Deus e o seu Povo reunidos no amor de
Cristo, através da participação no mistério do seu Corpo e do seu
Sangue. Comemora-se também a instituição das Sagradas Ordenanças
dos Sacramentos da Ordem, das Sagradas Unções e demais sacramentos
do ministério apostólico.
O
oficio da quinta-feira santa poderá ser fora da santa missa, ou
fazendo parte dela, tanto no rito ocidental (antes do ofertório),
quanto no rito oriental (antes da liturgia do sacramento).
Após
as súplicas iniciais, segue a antífona do dia e a exposição dos
diversos elementos sacramentais :
===>
o pão e o vinho para o sacramento da eucaristia; a água e o sal
para o sacramento do batismo; a cinza para o sacramento da
penitência no ministério da reconciliação; os óleos e o bálsamo
para os sacramentos da ordem, da preparação e da unção dos
enfermos no ministério da saúde; e um casal (homem e mulher para o
sacramento do matrimônio - podem ser casados ou solteiros -
pois aí eles são apenas os elementos do sacramento do matrimônio).
Logo a seguir vem a proclamação do evangelho com uma reflexão, a
preparação dos elementos, imposição de mãos sobre eles, benção
e as súplicas finais.
4
- Sexta-feira Santa - Consumação do plano de redenção para a
humanidade - Paixão, Morte e Sepultamento do Senhor. - Desnudação
dos Altares e Escuridão no Templo (as luzes se apagam a partir das
15 horas e só voltarão no ritual de sábado santo à noite), pois o
templo está de luto.
No
oficio, após as súplicas iniciais, segue a antífona do dia, a
proclamação do evangelho e uma reflexão sobre o significado de
todo esse drama vivenciado por Jesus Cristo e sua relação com a
nossa oportunidade atual de salvação.
Logo
a seguir, sobre o altar desnudo estarão depositados a cruz com a
toalha de descida do corpo do morto, o martelo, a coroa de espinho,
os cravos e a lança (símbolos do sofrimento, paixão e morte de
Jesus de Nazaré produzidos pela lei dos homens); segue a oração da
comunidade e conclui com a benção e as súplicas finais.
5.1
- Sábado Santo (durante o dia claro) - Desolação no Templo -
Tristeza e Luto - O corpo de Jesus está no túmulo, mas em espírito
o Cristo visita o hades, onde vai anunciar o evangelho da salvação
aos espíritos que lá estão.
Segue
o oficio pelo crescimento dos espíritos desencarnados, no
conhecimento e amor de Deus, com as súplicas iniciais, antífona do
dia e proclamação do evangelho, com uma reflexão sobre o texto e a
relação que há entre a igreja dos espíritos encarnados na terra
e a igreja dos espíritos desencarnados nas diferentes moradas na
Casa do Pai, todos submissos ao direcionamento do Espírito Santo de
Deus, formando a comunhão dos santos; em continuidade vem a litânea
geral, com a benção e as súplicas finais.
5.2
- Sábado Santo após anoitecer (o templo terá o mínimo de luz
possível) - Consagração do Fogo Novo extraído da pedra, de onde
se usará a chama para o Novo Círio Pascal - Preparação da Água
Lustral e Reserva da Água Batismal - Cristo Ressuscitou. Aleluia!
Verdadeiramente Ele ressuscitou. Aleluia!
O
oficio inicia com as súplicas iniciais e a antífona do dia, com
reflexão e oração. A seguir extrai-se o fogo da pedra, transfere
para uma pequena vela e segue a preparação do Círio para proclamar
a ressurreição do Cristo; segue a benção do círio, colocação
do mesmo no pedestal e sua saudação como Arauto da Ressurreição
no Templo, que poderá ser feita pelos diáconos, diaconisas ou
Ministros do Templo. através da leitura ou canto do Prefácio
Próprio; em continuidade haverá a reserva e guarda da água
batismal, preparação da água lustral com os santos óleos, a cinza
e o sal e as orações apropriadas, concluindo com a benção e as
súplicas finais.
6
- Domingo da Ressurreição (na verdade o domingo da ressurreição
começou com o por do sol de sábado santo e faz parte da sua
comemoração todo o cerimonial de sábado à noite - Aleluia! Cristo
Ressuscitou! Aleluia! - Sua sepultura está vazia (em Kenosis).
Verdadeiramente Ele ressuscitou. Alegremo-nos! Aleluia!
Celebração
do Oficio Divino a partir das Matinas, ou Celebração da Santa Missa
da Ressurreição do Senhor, conforme os rituais costumeiros.
O
Evangelho do Domingo das Hosanas
O
evangelho deste domingo encontra-se em Mateus 21: 1-11 e registra
Jesus com seus apóstolos e discípulos chegando a Jerusalém para
celebrar a festa da páscoa dos judeus; mais precisamente eles
chegaram a Betfagé, ao monte das oliveiras, de onde Jesus enviou
dois de seus discípulos com instruções para preparar a comemoração
da páscoa e arrumar uma jumenta com seu jumentinho, para que ele
entrasse em Jerusalém montado nela. Assim continua o texto do
evangelho:
Indo
os discípulos e tendo feito como Jesus lhes ordenara, trouxeram a
jumenta e o jumentinho. Então, puseram em cima deles as suas vestes,
e sobre elas Jesus montou.
E
a maior parte da multidão estendeu as suas vestes pelo caminho, e
outros cortavam ramos de árvores, espalhando-os pela estrada.
E
as multidões, tanto os que precediam como os que o seguiam,
clamavam: Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do
Senhor! Hosana nas maiores alturas!
E,
entrando ele em Jerusalém, toda a cidade se alvoroçou, e
perguntavam: Quem é este? E as multidões clamavam: Este é o
profeta Jesus, de Nazaré da Galileia !
Meus
irmãos! Minhas irmãs! Grande parte dos judeus naquela época,
reconheceram Jesus Cristo como o Senhor das suas Vidas, para dirigir
os seus destinos junto ao "porto seguro" da salvação,
contra as diversas opressões, às quais estavam submetidos contra a
suas vontades.
Hoje
também nos achamos oprimidos pelos pecados, pelos instintos e
pulsões desordenadas, pelas investidas dos espíritos do mal, pelas
injunções sócioculturais, políticas e econômicas, que dificultam
enormemente o reto caminhar no evangelho do Cristo Salvador. Mas
Ele próprio nos advertiu: se perseguiram a mim, também perseguirão
a vocês; mas tenham bom ânimo, pois Eu vencí o mundo. Eu venci o
pecado. Eu venci a morte e ressuscitei triunfante, e eis que estou
com vocês todos os dias, até o fim dos séculos.
Jesus
nos apontou o caminho seguro e nos legou nos evangelhos os seus
ensinamentos; Ele intituiu e continua edificando a sua Igreja nos
corações e almas humanas, que o confessam como Filho de Deus; Ele
continua nos prometendo estar junto de nós, quando nos reunimos em
seu nome formando a Congregação do Povo de Deus. Estar
unidos congregacionalmente como Povo de Deus, é ter a certeza de que
estamos na presença espiritual de Jesus Cristo junto a nós, capaz
de nos proporcionar uma experiência pessoal com Ele em nossas vidas;
capaz de mantermos na comunhão com o Pai e o Espírito Santo, para
vir a Trindade Santíssima fazer morada em nossas vidas pessoais, e
assim, nos fazer também vencedores contra o mundo, contra os
espíritos do mal e o pecado, tanto na nossa vida pessoal, quanto na
nossa vida social, se realmente elegermos a Jesus Cristo como o ùnico
Senhor da nossa vida, Aquele Único que pode decidir o nosso agir em
todas as circunstâncias.
Saudá-lo
com os ramos neste Domingo das Hosanas, traduz toda essa
responsabilidade, que é também um privilégio, pois elegemos como
Senhor das Nossas vidas Aquele que é também Senhor da Terra e dos
Céus.
Oremos
ao Bom Deus Pai, Filho e Espírito Santo, que nos perdoe e nos
abençoe hoje e sempre.
Dom Felismar
Manoel - Bispo Primaz
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